Fanfic: Dois corações e um destino | Tema: Yu-Gi-Oh!, ação, aventura, drama, magia, dragão, híbrida, romance, multiverso, AtemuXYuugi, puzzlesh
Ao detectar que um dos corpos era de Yuugi, ela ruge com uma fúria extrema, sendo tomada por uma ira sem precedentes e começa a avançar contra os invasores, desejando aplicar neles a dor que ela sentia e quando se preparava para matar os que atacaram a vila e mataram o seu amigo, Yukiko desperta, sendo que transpirava, enquanto que a dor de ver o corpo sem vida do seu amigo e o seu desespero, assim como a fúria descomunal que sentiu naquele instante, ainda persistia nela, fazendo-a tremer pela fúria extrema que a tomava.
Então, após alguns minutos, olhando em volta e para onde se encontrava, após conseguir se acalmar, ela registra o fato de que havia acabado de acordar e murmura consigo mesma:
- Um pesadelo dentro de um pesadelo?
Yukiko pergunta para si mesma, enquanto ficava pensativa, pois havia sido tão real que ela demorou alguns minutos para perceber que era apenas um pesadelo, embora uma sensação incômoda persistisse nela, pois algo dentro dela clamava que não foi um pesadelo.
Ela caminha até um riacho cristalino próximo de onde ficava para poder beber água, uma vez que estava com sede, quando percebe que o seu símbolo de lua crescente brilhava, embora estivesse reduzindo gradativamente o fulgor até que o brilho cessou e conforme constava o fato de que havia brilhado, surge um sentimento em seu peito e uma estranha sensação de que aquilo não era um simples pesadelo, com ela passando a ouvir aquela voz dentro dela que falava que não era um pesadelo, desde que despertara.
Um pensamento surge em sua mente, fazendo-a ter a sensação de que era uma visão de algo que iria acontecer e esse mesmo sentimento palpitava intensamente nela, fazendo-a analisar atentamente as cenas, se recordando de ter observado o céu dentro do sonho e ao olhar para a abóboda celeste, arregala os olhos, pois o momento que as suas visões ocorreriam não tardariam a acontecer, pois não demoraria muito para amanhecer.
Afinal, algo clamava que aquela visão iria se concretizar naquele dia e era um clamor tão intenso que não havia como ignorá-lo, uma vez que reconheceu o seu sonho como sendo uma premonição.
Mesmo assim, ainda havia uma ínfima dúvida e para silenciá-la eficazmente, desejou confirmar se de fato, o seu sonho era premonitório.
Portanto, ela abre as suas asas possantes e ascende para o céu o mais rápido que conseguia, após impulsionar o seu corpo para cima ao usar as suas possantes patas traseiras.
Quando sobe consideravelmente no ar, ela faz os seus olhos azuis brilharem e passa a esquadrinhar a terra abaixo dela até que fica estarrecida ao avistar centenas de soldados que estavam marchando em direção a vila, aproveitando um acesso ao sul onde várias pedras haviam caído, formando um caminho sólido, com a albina se recordando que foi do último desmoronamento de neve das montanhas próximas a vila.
Rapidamente, ela desce na floresta sagrada e sai da mesma, surpreendendo todos quando avança pelo centro da vila na sua forma verdadeira, com Yuugi a vendo passar ao seu lado, para depois correr até a sua amiga de infância, perguntando em um misto de confusão e de preocupação, sendo que estava estarrecido pela conduta inesperada dela que detém o seu avanço para fora da vila ao ouvir a voz preocupada dele e ao olhar para ele, percebe que o seu amigo estava usando uma roupa de Alto sacerdote, idêntica a do seu genitor:
- O que houve?
A dragoa não responde, enquanto se vira para todos e fala:
- Um exército se aproxima desse local e há Deuses poderosos com eles. Muitos Deuses – todos ficam estarrecidos ao saber que outros Deuses iam invadir o local – Nós, Deuses, vamos ganhar tempo para vocês fugirem! Em meu nome, da minha mãe e dos outros Deuses, nós autorizamos o uso da Floresta sagrada para que possam fugir. Sigam para o norte. Há uma trilha estreita. Procurem acompanhar o curso do rio.
Yukiko havia mentido, usando a religião deles para que eles ficassem apavorados, pois desejava que eles fugissem o quanto antes, assim como, para que não culpassem os seus Deuses por não impedirem a invasão.
Afinal, com eles pensando erroneamente que havia outros Deuses, não poderiam condená-los por não os protegerem, sendo que era necessário que eles tivessem esse respeito pelos Deuses, pois os fariam obedecer ao Alto sacerdote e seu filho, para que houvesse uma fuga ordenada.
Os que estavam na praça se encontravam estarrecidos, sendo que o pai de Yuugi se aproxima e pergunta, respeitosamente:
- Eles conseguem encontrar a vila?
- Sim. Nós vamos retardá-los. Peguem apenas o necessário para a longa jornada e fujam.
Ao perceber que a maioria deles está chocada demais para se mexer, ela cerra os punhos e senta sobre as patas traseiras que eram bem maiores que as da dianteira e exclama, fingindo ser uma Deusa ao procurar dar uma entonação superiora, profunda e autoritária que não aceitava qualquer contestação:
- Ousam desobedecer-me?! A quem me tomam?
O tom usado e as palavras despertam os aldeões de seu estupor e eles começam a correr desesperados para as suas casas, visando pegar somente o necessário, incluindo os animais que precisavam para a jornada, tanto para levar mantimentos, quanto para fazerem criação, com Yukiko ficando satisfeita ao ver que eles começaram a se mexer ao compreenderem a gravidade da situação e ao ficar satisfeita, ela sorri e consente, sendo que Yuugi olha para a sua amiga, falando com determinação:
- Eu vou com você. Não posso deixá-la!
Ela se aproxima e fala:
- Vá, por favor. Você não terá a mínima chance contra eles. Ademais, é preciso organizar a fuga, além de guiá-los. Como eles acreditam nos Deuses, eles irão ouvir você e o seu pai, garantindo um maior controle da fuga e menos chances de revolta ou problemas de liderança.
- Você também não terá qualquer chance. Não acredito que possa vencer um grande exército. Nós somos muito jovens, ainda.
- Por favor, faça o que eu peço... – ela clama para ele, para em seguida, abrir as suas asas, enquanto dobrava as patas traseiras para tomar impulso – Adeus, amigo.
Yukiko alça voo, movimentando as suas poderosas asas, voando em direção ao exército, para depois descer o seu voo, avançando contra eles, enquanto estreitava os olhos ao usar a sua visão especial para aproximar a sua visão deles, sendo que o sonho premonitório que teve, apenas aumentou a sua fúria, com ela jurando estraçalhar todos eles, pois não deixaria nenhum deles vivo.
O general que liderava as tropas fica estarrecido ao seguir o dedo de um dos seus soldados que exibiam o mais puro terror em seu rosto, quando o mesmo aponta para o alto.
Afinal, era um dragão de tamanho considerável avançando neles e isso deixaria qualquer um, estupefato.
Yukiko havia feito um mergulho vertiginoso, para depois abrir as suas asas e mandíbulas, soprando uma rajada congelante que transformou os que foram atingidos em cubo de gelo humanos.
Os cavalos relinchavam, empinando sobre as patas traseiras somente pela presença de uma dragoa, sendo que a visão de Yukiko encheu de terror o coração de inúmeros soldados, fazendo surgir o caos dentre eles, com o general galopando entre os seus homens, esbravejando para que retornassem a formação anterior e para enfrentarem o dragão, conforme lutava para reorganizar as tropas frente à presença inesperada de Yukiko, enquanto a albina continua o sobrevoo, atacando-os implacavelmente, com muitos gritando de terror, dor ou agonia:
- Um dragão!
- É mesmo um dragão! Salvem-se!
Muitos soldados são tomados pelo mais puro medo, pois ao contrário de Yuugi e dos moradores daquela vila, na cultura daqueles soldados havia dragões e isso os fez temê-la ainda mais e de forma demasiadamente drástica.
Afinal, os dragões em sua cultura eram bestas poderosas e implacáveis, com nenhum mortal conseguindo lidar com eles que destruíam tudo em seu caminho.
Com a voz firme, o general começa a distribuir ordens, conseguindo reduzir o medo no coração de muitos, ordenando aos arqueiros que atacassem, fazendo surgir uma saraivada de flechas que voavam em direção a Yukiko, enquanto que os lanceiros atiravam lanças afiadas, além de serem lançados contra ela, varas com pontas afiadas.
Um intenso vento congelante é gerado por suas asas para dissipar todos os objetos lançados contra ela e mesmo que algumas delas tenham conseguido fazer contato com a pelagem dela, eles não conseguiram perfurar a sua pelagem, embora a tenham incomodado.
Porém, essa invulnerabilidade foi alterada quando resolveram usar flechas, lanças e varas flamejantes que ao conseguirem atingi-la, passaram a fazer algum dano e quando os soldados perceberam essa fraqueza, eles começaram a intensificar o disparo de armas envoltas em fogo.
Apesar do ataque de armas flamejantes, ela estava conseguindo suprimir o exército, provocando centenas de mortes e um pouco de caos remanescente do terror da visão de um dragão, com Yukiko fazendo questão de brandir implacavelmente o seu porrete, fazendo voar corpos de soldados pelo ar, com os mesmos se chocando contra pedras e árvores, sendo que alguns tinham seus corpos perfurados ao se chocarem contra pontas afiadas de madeira, isso quando não caiam em um precipício próximo dali, juntamente com o fato de haver membros humanos voando pelo ar por terem sido estraçalhados pelas garras afiadas, porrete na ponta da cauda ou pelo impacto dos corpos contra as rochas, após serem atirados há dezenas de metros no ar.
A visão dos pedaços de corpos voando pelo ar, além da chuva de sangue pelos esguichos provenientes dos corpos estraçalhados ou que foram estourados com o impacto ao serem lançados a dezenas de metros no ar, antes que se chocasse contra algo, fez aumentar o terror dos soldados e a visão de um dragão, apenas os aterrorizou ainda mais.
Enquanto procurava eliminar o máximo de soldados possível, Yukiko procurou olhar por alguns instantes para a vila, usando a sua visão especial para aproximar a sua visão do que desejava, ficando aliviada ao ver que os aldeões estavam consideravelmente longe e que se mantivessem esse ritmo, nunca seriam pegos.
A albina continua o seu ataque implacável, visando dar o maior tempo possível para que os aldeões estivessem o mais longe possível da vila.
Conforme o general avistava a dragoa sobrevoando o seu exército, procurando eliminar o máximo de soldados possível, ele é tomado por uma fúria intensa que anulou qualquer medo inicial que tomou o seu coração ao ver um dragão em carne e osso na sua frente.
Enquanto continuava instigando os seus homens a atacá-la, lutando para fazê-los sobrepujar o medo em seus corações com a visão dela e do sangue, além de membros voando pelo ar, juntamente com os corpos, ele pensava em alguma forma de derrotar um ser tido como impossível de ser derrotado por simples humanos.
Conforme observava o sobrevoo dela próximo às árvores adjacentes, juntamente com a recordação da aparente fraqueza dela com objetos quentes ou envoltos em chamas, o general tem uma ideia e sorri de forma vitoriosa.
Então, ele bate em seu cavalo com os calcanhares, forçando o garanhão a correr próximo de algumas árvores que seriam ideais para por o seu plano em ação e ao se aproximar daquela que era maior, ele ascende um fogo próximo dela ao descer do seu cavalo que ao ver a dragoa próxima dali, empina desesperado sobre as suas patas traseiras, conseguindo fugir do local ao se desvencilhar do galho que as suas rédeas haviam sido presas, com o animal procurando manter a maior distância possível da dragoa, sendo o mesmo com os demais cavalos, fazendo com que os seus respectivos cavaleiros tivessem dificuldade em controlá-los pelo forte medo que os tomava ao verem Yukiko.
O general percebe o ato do seu cavalo, mas decide não ir atrás do animal, pois ele precisava deter o dragão, antes que todo o seu exército fosse dizimado pelo mesmo.
Após pegar duas espadas, uma plana e outra curvada, colocando-as nas chamas, ele as retira ao notar que estavam vermelhas por causa da temperatura intensa.
Então, ajeitando-as cuidadosamente em seu corpo para que não fosse queimado pelas lâminas ardentes, ele sobe habilmente na árvore e espera pacientemente pela aproximação dela, sendo ciente que os seus comandantes remanescentes estavam trabalhando arduamente para fazer os soldados atacarem por mais medo que sentissem ao verem um dragão em carne e osso na frente deles.
Desconhecendo a armadilha que havia sido armada contra ela, Yukiko acaba se aproximando inadvertidamente da árvore onde se encontrava o general que estava de tocaia e ao chegar perto da mesma, ele toma impulso e salta em suas costas, fincando a espada que era curvada em sua carne, passando a desferir golpes com a sua outra espada ao mesmo tempo em que procurou ficar longe do pescoço comprido dela, assim como visava atingir, se possível, a junção das asas dela para interromper o voo da albina, sendo que a lâmina estava vermelha de tão quente, juntamente com o sangue da dragoa que emplastava a lâmina que cortava facilmente a sua pelagem e pele, enquanto a queimava, sendo visível o sangue rubro dela na armadura do homem que sorria vitorioso, enquanto a pelagem alva dela se encontrava manchada com o sangue carmesim que escorria pelos seus ferimentos.
Yukiko ruge pelas dores intensas que sentia e mesmo sentindo dores lacerantes, ela se absteve de usar o seu porrete no general, pois poderia acabar acertando a si mesma e tudo o que ela menos precisava era provocar a sua própria queda.
Mesmo dentre as dores intensas que a tomavam, a albina tem um plano e antes que o colocasse em prática, abre as suas mandíbulas e faz surgir uma névoa alva que acaba se cristalizando, tomando a forma de seres que tinham garras, porretes em suas caudas, asas e presas afiadas, sendo criaturas criadas com um gelo demasiadamente espesso para evitar que fossem destruídos facilmente e que passam a atacar implacavelmente os soldados, os estraçalhando, enquanto surgiram vários pássaros de gelo cujas asas eram como navalha, possuindo garras e bicos afiados que degolavam os soldados que tentavam inutilmente atingir eles.
O general ergue a lâmina ardente para golpeá-la novamente, enquanto mantinha fincado na carne dela uma espada curvada e igualmente quente para que pudesse se manter em cima dela, estranhando o fato do dragão não usar o porrete, pois seria o esperado.
Afinal, ele julgava, erroneamente, que ela era uma mera besta em decorrência dos seus contos sobre dragões.
Autor(a): Yukiko Tsukishiro
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