Fanfics Brasil - Allan Especial - Corações Predestinados

Fanfic: Especial - Corações Predestinados | Tema: Pokémon, drama, ação, mudança, revolução, destino


Capítulo: Allan

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Há cento e sessenta anos atrás, em uma região consideravelmente isolada, conhecida como Alola, mais precisamente na ilha Ula'Ula, a Kahuna dessa ilha, sendo que os Kahunas eram escolhidos pelos Guardiões de cada ilha, vistos como divindades, no caso, os pokémons lendários, se encontrava ajoelhado em frente ao altar da divindade guardiã daquela ilha.


O pokémon lendário daquela ilha e que zelava pelo mesmo era Tapu Bulu e ele escolheu Mahara como a sua Kahuna.


Como Kahuna, além de zelar pelos pokémons, ela era reconhecida como a escolhida por Tapu Bulu, organizando festividades para homenagear a divindade da ilha e era aquela que conversava com essa divindade em seu altar, sendo que ela conseguia ler o coração dos pokémons.


Naquele instante, a mulher estava ajoelhada em frente ao altar de Tapu Bulu, se concentrando, sendo que estava conversando com a divindade sobre o fato do seu filho com um estrangeiro, chamado Allan, querer ser um Mestre Pokémon, saindo da ilha para enfrentar o mundo.


- Eu fico preocupada. Ele foi criado nessa ilha, com a nossa visão sobre pokémons e humanos, ó divindade. O mundo lá fora, a maior parte dele, vê os pokémons como bestas sem sentimentos. Sequer os protegem. Eu temo que ele seja corrompido com essa visão e se torne cruel como o seu pai. Mas, o que posso fazer? Ele deseja ser um Mestre Pokémon e só pode realizar esse sonho no além-mar, em terras estrangeiras e com visões diferentes de nós. O que o senhor aconselha, honorável guardião, que nós protege por infindáveis séculos?


O pokémon aparece em frente a ela, flutuando de forma majestosa, com ela fazendo mais uma reverência, sendo que aquele local era sagrado e somente os Kahunas escolhidos pela própria divindade, podiam pisar ali e que essas mesmas divindades, conversavam diretamente com o coração do Kahuna escolhido por eles.


"Não esqueçais que teu filho possuí o sangue dos estrangeiros. Apesar de seres um povo afetuoso e aberto aos estrangeiros, deves recorda-se que vossos costumes não se aplicais aos estrangeiros, além-mar. Se teu filho deseja seguir o sonho que almeja tanto, não deverás ser tu a impedir-te. Tal desejo deve-se, talvez, a teu sangue estrangeiro. Há lições que deveis ser aprendidas e este teu filho, aprenderás no exterior. O que ele fará com tais experiências, dependerá de teu coração. Tu ensinaste o valor do bem e sobre o coração de nós, pokémons. O que ele fará com teu coração é tua própria decisão. Alegre-se de ter lhe ensinado valorosas lições. Confie no coração dele. Se há a luz, ela não será corrompida. Sinto que tal viagem faz-se te necessário. Sinto que o destino de teu filho está ligado ao destino dos pokémons do mundo. Ademais, se proibi-lo de partir, somente despertará raiva e frustração. Nada de bom virás de tais sentimentos. Sinto que teu filho está predestinado a uma grande missão. Sinto que ele trará uma grande mudança. Tenha fé. Ele retornará a sua terra. Teu coração és forte e deverá ser forte para suplantar a perda, temporária, porém, igualmente necessária."


Ela fica surpresa com as palavras da divindade e sorri internamente ao imaginar que o seu filho iria promover uma mudança no mundo. Somente ficava preocupada pelo fato da divindade não ter revelado que mudanças seriam essas e orava para que fossem boas. Se bem, que ela devia acreditar em Tapu Bulu. Ele cuidava e zelava por todos daquela ilha e por Alola. Era uma das quatro divindades pokémons que protegiam a região de Alola a infindáveis séculos. Devia ter fé e confiança, assim como confiar no coração do seu filho. Ela deve confiar naquele que a escolheu como Kahuna.


- Agradeço as vossas palavras, honorável guardião, Tapu Bulu-sama. Irei confiar no coração do meu filho e em vossas palavras. Agradeço por dedicar-me tais palavras.


"Não esqueçais. Sempre estarei aqui para guiar-te e ajudar a ti e aos humanos, assim como aos pokémons. Rogue por ajuda, que virei em teu socorro. Tú és a Kahuna escolhida pessoalmente por mim. Teu coração é digno e valoroso de ser a Kahuna. Nunca esqueçais disso. Confie em teu coração..."


Ele falava enquanto flutuava para o alto, para depois partir por uma imensa janela rumo ao céu.


- Não esquecerei. Muito obrigada, Tapu Bulu-sama.


Ela se levanta e dedica mais uma reverência ao altar, antes de se dirigir a sua vila, sendo que um charizard selvagem, que ela conhecia desde criança, a esperava do lado de fora. O Kahuna, por sua ligação com a divindade, refletia seu amor e os pokémons selvagens se ofereciam para ajuda-la e ela, em contrapartida, ajudava os pokémons selvagens, zelando por eles. No caso desse charizard, ele morava junto dela por sua própria escolha, permanecendo selvagem.


Ela monta e o charizard ruge, antes de voar pelo céu, a deixando na sua vila, para depois a Kahuna dar um carinho nele, falando:


- Muito obrigada.


O charizard ruge para o céu, para depois tomar o seu lugar em uma espécie de quarto em anexo, próximo do quarto dela, sendo que ao longe ela avista alguns cavalos e outros animais, sobreviventes do evento de séculos atrás. Ela acreditava que havia sido o poder reunido das quatro divindades que protegeram aquela região de tal evento catastrófico, diminuindo os danos ao criarem uma redoma translúcida, protegendo a região.


Ela observa o charizard, que sempre estava próximo dela e que havia evoluído apenas para salvá-la de alguns perigos. Ela se recorda de quando ele era um charmander, que foi abandonado por seu treinador, que o julgava fraco. Na ocasião, foi abandonado no Monte Lanakila. Ela o encontrou ferido e esgotado.


Então, o levou para casa e cuidou dele. Quando ele se recuperou, passou a ficar ao seu lado, sem se afastar dela.


Antes de entrar em sua casa, um dos moradores se aproxima e fala respeitosamente a Kahuna:


- Mahara-sama, vosso filho retornou e está com a sua licença. Também conseguiu seu primeiro pokémon com o Kahuna de Melemele.


- Entendo. Normalmente, ele é o encarregado de dar pokémons iniciais, somente a aqueles que ele reconhece como sendo dignos. É sinal que meu filho é digno de receber um.


- A senhora não parece muito feliz.


Ela suspira e fala:


- Nunca é fácil ficar longe de um filho. Além disso, ele viajará para além-mar. Terá contato com pessoas que enxergam os pokémons como bestas e não seres vivos com sentimentos.


- Verdade. Eu soube de algumas coisas que fazem com os pokémons e fiquei horrorizado. Achei muito cruel.


- Bem, nós sempre vemos os estrangeiros como cruéis. Mas, quanto ao pai dele, creio que me enganei e me deixei seduzir... Devia ter sentido o mal em seu coração.


- Eu acho que a senhora não deve se condenar. Ele tinha uma lábia habilidosa e disfarçava bem o seu coração. A senhora pode ser a escolhida pela divindade para ser Kahuna, mas, é acima de tudo uma humana. Não acho que deva se culpar. Ele só revelou a sua verdadeira natureza quando o jovem Allan tinha dois anos. Não sabíamos que ele odiava tanto os pokémons. Provavelmente, deve ter ficado aqui por curiosidade e após explorar o que podia explorar, partiu – o aldeão fala.


- Provavelmente, foi isso. Muito obrigada.


- Por nada.


Eles se despedem e ela entra em casa, vendo o seu filho animado, ajeitando os seus itens na mochila.


Ela se aproxima e pergunta:


- Irá partir amanhã?


- Sim. Vou para as ilhas. Participarei dos testes dos capitães, assim como irei capturar pokémons e depois, partirei para o estrangeiro. É o meu sonho ser um mestre pokémon, kaa-chan. – ele fala em tom suplicante.


Ela se aproxima, o abraçado e beijando maternalmente a sua testa, para depois falar:


- Não vou impedir.


- Sério? – ele fica surpreso – Mas, estava com receio, pelo menos, até ontem.


- Fui até o altar de nossa divindade, Tapu Bulu-sama. Ele me deu orientações e uma delas era deixa-lo partir.


- Fico feliz que a divindade tenha ficado ao meu lado. Bem, amanhã começarei a minha jornada. Voltarei aqui mais uma vez e depois, partirei.


- Desejo-lhe sorte filho. Você deve realizar o seu sonho, se deseja tanto assim ser um Mestre pokémon.


- Obrigado.


- Qual foi o pokémon que você escolheu?


- Um litllen. Eu dei o nome de Honoo. Ei, Honoo, venha conhecer a minha kaa-chan, ela voltou do templo.


O litllen aparece, segurando algumas roupas que ele pediu para buscar e quando deixou com ele, miou e pulou no colo da mãe dele, que começou a afaga-lo, ouvindo ele ronronar.


- Foi uma bela escolha. Com certeza, serão grandes amigos.


- Nós já somos.


- Prazer em conhecê-lo. – ela fala sorrindo.


Litllen mia, também, respondendo a ela que sorri, para depois conversar com o seu filho, sendo que no dia seguinte se despediria dele.


A mãe havia decidido que o que Tabu Balu disse a ela, permaneceria com ela, pois, não queria que o seu filho ficasse arrogante ou que então, as palavras da divindade guardiã da ilha, influenciasse o seu filho.


Alguns meses depois, na ilha Ula'Ula, mais precisamente no Monte Lanakila, uma vulpix forma alola vagava dentre a neve em busca de algum animal para comer, sendo normalmente pequenos animais, quando mexe as orelhas, captando sons de passos.


Ela passa a olhar para os lados, até que ouve uma voz humana, exclamando:


- Vá, Flame! Use ember!


A vulpix olha na direção da voz, vendo uma salandit fêmea, liberando o seu ataque de chamas contra ela, que consegue desviar, vendo um humano mais a frente, que parecia maravilhado do salto que ela deu para se esquivar do ataque de fogo.


Ela decide fugir, mas, ouve o humano exclamando:


- Use poison gas!


Tudo o que ela vê é uma nuvem tóxica envolve-la, ao ponto dela não saber o caminho para a floresta, além de se sentir mal, provavelmente pelo veneno.


- Use ember!


Usando a sua audição, ela capta a direção do pokémon e mesmo enfraquecida pelo veneno, consegue vê as chamas contra si. Agilmente, ela desvia, acabando por sair da nuvem de gás, sentindo que não conseguiria fugir para a floresta.


A pokémon oponente avança contra ela, que decide usar a sua técnica Mist, para tentar escapar novamente, enquanto o treinador pokémon exclamava:


- Use ember!


Ela sopra uma névoa que envolve o local onde ela estava, deixando a oponente confusa, não sabendo onde ela estava, acabando por errar o seu golpe, sendo que a vulpix estava quase comemorando o fato de estar se aproximando da floresta, quando ouve a voz do humano.


- Use flame burst!


A vulpix nota que a salandit errou o ataque, porém, ela viu que respingos flamejantes respingaram para os lados, a surpreendendo, acabando por fazê-la levar dano, enquanto sentia que o veneno agia cada vez mais em seu sistema.


O impacto do golpe a faz cair, sendo que ela vê uma esfera cinza sendo atirada em sua direção, pois, a dispersão das chamas do ataque, havia dispersado parte da névoa, permitindo que a localizasse, mesmo parcamente.


Ela sente que está sendo capturada, quando se recusa e sai da pokeball, para depois voltar a ficar de pé, com a salandit próxima dela. Mesmo enfraquecida, ela decide usar Mist novamente, aproveitando a surpresa do humano ao sair da pokeball.


- Use flame burst novamente!


Com a névoa, a salandit não consegue localizá-la, mas, respingos flamejantes se espalharam e um desses respingos, atinge a vulpix, que se encontrava envenenada também, acaba sendo atingida, novamente, com a névoa que ela lançou sendo, dispersada, levemente.


- Vá, pokeball!


De novo, a vulpix vê a bola cinza indo na sua direção e novamente, consegue se libertar, após sentir que o estranho objeto estava tentando subordiná-la ao humano.


Dessa vez ele está perto, com salandit ao seu lado e antes que ele percebesse, ela usa seu ataque icy wind no humano, que fica estarrecido, sendo que a salandit o empurra para o chão, para ele escapar da névoa.


Aproveitando o ensejo, ela se levanta debilmente e tenta fugir, usando mist novamente.


- Gostei dela! Use flame burst!


"Gostar? Não consigo compreender os humanos" – a vulpix pensa consigo mesma.


Novamente, ela é atingida por respingos flamejantes, acabando por cair no chão, vendo novamente a pokeball em sua direção.


Determinada, se ergue e escapa da captura, quando a pokeball atinge onde ela estava alguns segundos antes, quando se afastou.


 


 


 



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Autor(a): Yukiko Tsukishiro

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