Fanfics Brasil - Capítulo 17 Querido Vizinho - Vondy (Adaptada) [Terminada]

Fanfic: Querido Vizinho - Vondy (Adaptada) [Terminada] | Tema: Vondy


Capítulo: Capítulo 17

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Mais um bônus!!! Comentemmm



Quem muda de roupa dez vezes para ir comer hambúrguer?


Esta garota.


Não fazia diferença se Christopher era meu amigo. Eu queria que, quando olhasse para mim, ele se arrependesse da decisão que havia tomado quando me enquadrou nessa categoria.


Não conseguia controlar o que sentia.


Ontem à noite, quando saí para comer fondue com Brian, fiquei pensando em Christopher: o traseiro de Christopher, a mão de Christopher no meu quadril, o almoço de domingo com Christopher. Foi patético. Eu ria de mim mesma toda vez que Brian mergulhava alguma coisa no molho, porque lembrava de Christopher dizendo que era a única coisa que ele mergulharia em algum lugar. Não conseguia tirar o meu amigo da cabeça, e nem queria, na verdade.


De minivestido Betsey Johnson com top de couro falso e saia rodada roxa, fui atender a porta.


Christopher arregalou os olhos quando me viu.


— Não sabia que íamos para a boate em uma tarde de domingo.


— Deu vontade de me arrumar. Algum problema?


— Não. Ficou legal — ele disse ao passar por mim e entrar no apartamento.


— Obrigada.


Christopher também estava bem ajeitado de jaqueta de couro marrom e calça jeans desgastada que realçava sua bunda.


Ele olhou para os meus saltos de doze centímetros.


— Tem certeza de que quer ficar em uma fila enorme com esses sapatos?


— Quanto tempo de espera?


 — Meia hora, mais ou menos, só para chegar à porta. Isso indica que os hambúrgueres são bons de verdade. A espera faz parte da experiência.


— Caramba. Talvez eu troque de sapato, então.


— Essa é minha baixinha — ele disse.


— Por que não escuto os cachorros?


— Jenna voltou cedo de onde estava e eu perguntei se ela podia ficar com eles. Deixei os dois na casa dela depois da caminhada matinal. Achei melhor, já que podemos ficar fora por um bom tempo. Tem outro lugar para onde quero ir, se sobrar tempo depois do almoço.


— Onde?


— É surpresa.


A ideia de passar o dia inteiro com ele me deixou muito empolgada.


Era um domingo ensolarado e praticamente não havia trânsito na 101. Christopher mantinha as janelas da caminhonete abertas e o meu cabelo voava por todo lado.


Ele olhou para mim e falou alto em meio ao vento:


— Quer que eu feche as janelas?


— Não. Eu adoro isso — gritei.


— Eu também.


— Você adora o vento no cabelo? Está de touca!


— Não. Adoro o seu cabelo todo louco desse jeito. E adoro que você não ligue para essa bagunça. Não tem nada de patricinha.


Durante todo o percurso, tive vontade de me aproximar e colocar a mão no joelho dele, mas é claro que me contive. Quando chegamos ao Bad Boy Burger, a fila estava virando na esquina.


— Você não estava brincando. Este lugar é bem cheio.


— Os hambúrgueres valem a pena.


 Depois de quarenta minutos, finalmente chegamos à parte da fila que ficava dentro do restaurante. Era uma lanchonete, então, depois de fazer o pedido, você encontra um lugar lá dentro, pede para viagem ou se senta com sua bandeja em um dos bancos do lado de fora.


Havia só umas dez pessoas entre nós e o caixa, quando olhei para a área das mesas. Minha garganta parecia estar fechando e eu fiquei tonta.


Pisquei.


Não.


Pisquei de novo.


Não podia ser.


Ele estava em Nova York.


Não, ele estava aqui.


Elec.


Meu ex estava sentado com a mãe e a mulher por quem me trocara – Greta.


Ele não me viu.


Ai, meu Deus.


Eu tinha que sair daqui.


— Dulce, que foi? Você ficou pálida.


Segurei o braço dele para me apoiar.


— É o Elec.


— O que tem ele?


— Está aqui.


— Quê?


— Atrás de mim, à direita. Christopher virou para trás.


— Que porra ele está fazendo aqui?


— A mãe dele mora aqui em Sunnyvale. — Soprei o ar numa reação nervosa. — Ele deve ter vindo visitar a mãe.


 — Quais são as chances, sério?


— Com a minha sorte? São bem altas, pelo jeito. Ele olhou para a mesa deles.


— É ela?


— Sim.


— Não tem nada a ver com você.


— Não quero que ele me veja.


— Então talvez eu não devesse contar que ele está olhando para cá.


— Acha que ele sabe que sou eu?


— Não sei. Quer ir embora?


— Quero. Mas também não quero virar.


— Acha que ele vai falar alguma coisa?


— Não sei. Mas garanto que a mãe dele vai. Ela me ama.


Christopher olhou para a mesa de novo antes de colocar as mãos nos meus ombros.


— Ok. Não surta, mas ele está olhando para cá.


— Merda.


— Você confia em mim?


— Confio.


— Só vem comigo, ok?


— Tudo bem.


Antes que eu pudesse perguntar mais alguma coisa, as mãos de Christopher estavam no meu rosto, me puxando. Ele colou os lábios nos meus e começou a me beijar mais forte do que eu jamais tinha sido beijada em toda a minha vida.


Meu coração disparou e eu não sabia se era por saber que Elec estava olhando, pelo choque da situação toda ou simplesmente por saber que isso acabaria comigo.


Tudo uma encenação.


Apesar de eu continuar dizendo a mim mesma que não era real, com certeza não pareceu falso quando Christopher enfiou a língua na minha boca. Os lábios quentes e molhados nos meus eram, sem dúvida, os melhores que eu havia sentido.


Depois de sentir seu sabor, todos os meus sentidos enfraqueceram. Minhas pernas pareciam prestes a se dobrar, como se a única coisa que ainda me segurava fossem as mãos dele em meu rosto.


Abri mais a boca, engolindo cada respiração dele como se fosse meu único oxigênio. Continuava esperando ele se afastar, mas o beijo só ganhava intensidade e agora ele pressionava o corpo inteiro contra o meu. Não me importava mais onde estávamos ou se ainda estávamos em uma fila enorme.


Ele escorregou as mãos pelo meu rosto e começou a enfiar os dedos no meu cabelo, puxando-o com suavidade. Estávamos chamando a atenção. Mesmo que a intenção inicial dele fosse criar uma cena para Elec, eu não tinha certeza de que ainda era só isso.


O gemido baixo que invadiu a minha boca foi a prova de que ele também tinha se deixado levar pela situação e perdido o controle. O beijo que começara calculado, calmo e contido não era mais nada disso, e senti o coração dele bater forte contra o meu. Foi uma sensação linda porque era a prova de que eu não estava louca, que essa química que eu sentia não era coisa da minha cabeça.


Eu tinha certeza de que as pessoas atrás de nós na fila estavam passando na nossa frente, mas estava muito imersa no beijo para notar. Eu não tomaria a iniciativa de interrompê-lo, porque sabia que, quando isso acontecesse, eu teria que aceitar que a minha vida nunca mais seria a mesma. Porque não conseguiria apagar isso. Nunca poderia esquecer como tinha me sentido.


Ele diminuiu o ritmo antes de se afastar com relutância. Eu me inclinei, tentando continuar o beijo, mas ele virou o rosto e murmurou:


— Porra. — Era como se a compreensão do que tinha feito finalmente o atingisse. Ele não precisava explicar. Eu sabia por que estava com raiva de si mesmo. Era assim que eu me sentia.


Totalmente fodida.


Atordoada e confusa, perguntei:


— Eles ainda estão aqui? — Eu não sabia mais se ainda me importava, para ser honesta. Só precisava dizer alguma coisa.


Christopher olhou para trás de mim.


— Não. Foram embora.


— Que bom.


— Tudo bem se a gente não voltar para a fila? Não estou mais a fim de comer hambúrguer.


— Claro. Vamos sair daqui.


Voltamos à caminhonete, e o trajeto foi silencioso e tenso. Christopher não olhava para mim, mantinha os olhos voltados para a frente. Meu corpo estava confuso. Meus nervos estavam em estado de alerta e, ao mesmo tempo, eu me sentia excitada a ponto de ser doloroso. Minha calcinha estava molhada. Os mamilos estavam rígidos. Cérebro e corpo queriam coisas diferentes.


Meu corpo só queria que ele encostasse a caminhonete e transasse comigo no acostamento até me fazer esquecer tudo.


Mas meu cérebro queria entender por que ele continuava lutando contra o que sentia por mim, por que não podia simplesmente assumir o risco e ver como as coisas aconteciam. Queria saber por que eu não era importante o suficiente para ele correr esse risco, quando ele era tudo que importava para mim.


Queria chorar só porque meu coração continuava batendo tão depressa quanto bateu quando vi Elec. Mas agora eu sabia que não tinha nada a ver com meu ex. Meu coração não doía mais por Elec; agora ele doía por Christopher. E eu tinha medo de que Christopher me fizesse sofrer muito mais do que Elec fizera.


— Aonde estamos indo?


— Para um lugar onde a gente possa extravasar. Era onde eu planejava ir depois do almoço.


— Não vai me dizer que lugar é esse?


 — É surpresa.


— Você está cheio de surpresas hoje, não?


Ele não respondeu, mas seu rosto ficou vermelho com a minha tentativa de abordar o beijo.


Christopher continuou dirigindo.


Quarenta e cinco minutos depois, chegamos a Santa Cruz e eu deduzi aonde ele estava me levando.


— Vamos ao calçadão. — Sorri.


— Não venho aqui há anos. E você?


— Não venho desde que era adolescente.


— Meu pai costumava trazer a gente aqui sempre, Alfonso e eu. Muitas das melhores lembranças da minha infância são daqui.


— Por que quis vir aqui hoje?


— Não sei exatamente. Só sabia que queria vir aqui com você.


A confissão me causou arrepios.


Depois de pararmos em uma vaga no estacionamento, prometi a mim mesma que me livraria do que tinha acontecido na lanchonete.


— O que quer fazer primeiro? — Ele perguntou.


— Estou começando a recuperar o apetite.


— Vamos comer, então.


 



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Autor(a): Primasvondy

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 1052



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  • jucinairaespozani Postado em 07/03/2021 - 12:02:18

    Simplesmente amei S2

  • anne_mx Postado em 22/11/2020 - 23:16:51

    Deu uma dorzinha no coração quando eu fui na parte das fanfics de romance que não estão terminadas e não encontrei essa lá porque eu sabia que você tinha finalizado ela, vou sentir muita saudade dessa história incrível, obrigadaaa por ter nos presenteado com ela, já estarei te acompanhando na próxima <3 OBS: Trolou a gente direitinho nos fazendo pensar que era menina kkkkkkkkkkkkkkk

    • Primasvondy Postado em 23/11/2020 - 20:52:14

      É uma história que vale muito a pena ser compartilhada... Ps. Ele mudou a história. Isso faz todo sentido né? hahaha

  • dudinham20 Postado em 22/11/2020 - 20:54:43

    Com certeza a melhor. O amor deles é lindo e tão nostálgico, que não tem como não se sentir bem lendo essa história. Mexeu muito com minhas emoções, me fez sentir por eles. Espero que volte a escrever outras fanfic como esta, ganhou uma seguidora fiel. Parabéns <3

    • Primasvondy Postado em 22/11/2020 - 21:55:45

      É uma história de amor linda de se ler né? Obrigada pela companhia!!

  • ana_vondy03 Postado em 22/11/2020 - 16:15:58

    Hahahaha eu simplesmente amei essa história! Ela foi simplesmente perfeita! Pode contar cmg para a próxima história! S2

    • Primasvondy Postado em 22/11/2020 - 18:17:13

      Obrigada pela companhiaaa. Até a próxima!

  • taianetcn1992 Postado em 22/11/2020 - 16:10:07

    ja indo para ler a nova

    • Primasvondy Postado em 22/11/2020 - 18:14:12

      Vai siim

  • taianetcn1992 Postado em 22/11/2020 - 16:09:44

    sem palavras para descrever o quanto achei perfeito

    • Primasvondy Postado em 22/11/2020 - 18:13:58

      Assim eu choro

  • binha1207 Postado em 22/11/2020 - 16:09:33

    Amei...lindo o final... Já estou pronta para a proxima...

    • Primasvondy Postado em 22/11/2020 - 18:13:43

      Ainnnnn... Vai láaaa

  • taianetcn1992 Postado em 22/11/2020 - 16:09:19

    amei muita coisaaaaaa

    • Primasvondy Postado em 22/11/2020 - 18:13:17

      Que tudooo

  • capitania_12 Postado em 22/11/2020 - 14:22:36

    Ikkllllll ameeeeeeim terminou ...

    • Primasvondy Postado em 22/11/2020 - 18:12:52

      Finalmenteeeee

  • taianetcn1992 Postado em 22/11/2020 - 02:33:16

    quero mais

    • Primasvondy Postado em 22/11/2020 - 12:53:55

      Postadíssimo


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