Fanfic: Querido Vizinho - Vondy (Adaptada) [Terminada] | Tema: Vondy

Uma das desvantagens de não saber o sexo de nosso bebê era não termos nenhum nome escolhido.

Estávamos tão focados em nomes de meninas que as opções de menino caíram no esquecimento.

Nosso filho tinha algumas semanas quando finalmente escolhemos um nome. Optamos por anunciá-lo aos familiares e amigos mais próximos na véspera de Natal.

Parece que foi ontem que fizemos uma festa de Natal na nossa casa no ano passado. Muita coisa tinha mudado desde então. Naquela época, Christopher nem tinha decidido fazer a cirurgia, nós pensávamos que nunca teríamos filhos e estávamos apenas namorando. Avanço rápido para um ano depois: Christopher tinha feito a cirurgia dez meses atrás, nos casamos e tivemos um filho. Sem mencionar os cães, que agora eram nossos em tempo integral.

Christopher segurava o bebê no sling junto ao peito e colocava as últimas decorações. Ainda me recuperando da cesariana, eu preparava a comida na cozinha sem pressa. Não tínhamos planejado uma festa, mas seria muito mais fácil do que transportar nosso filho de casa em casa durante aquela época. Tínhamos tudo de que precisávamos para ele aqui em nossa casa.

A campainha tocou.

Alfonso, sua namorada, Nicole, e a mãe de Christopher estavam na porta com presentes nas mãos.

— Ei, pessoal! Entrem. Alexandra me abraçou com força.

— Como você está se sentindo?

— Estou bem, ainda um pouquinho dolorida, mas ótima para as circunstâncias.

Nicole me olhou da cabeça aos pés.

— Você está tão magra! Ninguém diz que deu à luz há um mês.

— Por trás ela não parecia grávida nem no nono mês. Eu sei disso porque passei muito tempo nessa posição no final. — Ele olhou para Alexandra. — Opa, desculpe, mãe.

Alfonso passou por nós e foi ver o bebê.

— Meu afilhado sem nome!

— Ah, ele está de touca como o pai dele.

— Nunca pensei que veria esse dia, cara.

— Nem eu, irmão.

Alfonso falou perto do bebê:

 — Não se preocupe, pequeno sem nome. Seu tio Alfonso vai te ensinar tudo que você precisa saber nesta vida.

— E aí o papai vai dizer para você fazer o contrário do que o tio Alfonso disse — brincou Christopher.

— Quando vamos saber o nome dele? — Alexandra perguntou.

— Quando todo mundo chegar aqui, talvez depois do jantar, vamos anunciar — disse Christopher. — Ainda estamos esperando a família da Dulce.

Nicole se aproximou de mim tocando seu colar.

— Olha o que o Alfonso me deu de presente de Natal. É da Tiffany’s.

— Nada mal, Poncho.

— Ele escolheu bem. — Ela sorriu.

— É muito bonito. Vocês dois devem ter acabado de comemorar um ano também, não é? Lembro que conheci você no ano passado, quando começaram a namorar.

— Sim. Ainda continua forte.

— O que significa... que ainda não fiz besteira.

Christopher bateu no ombro do irmão.

— Sério, Nicole, tem que ser uma mulher especial para lidar com meu irmão narcisista. Parabéns.

— Touché. — Alfonso riu. Depois olhou para mim. — Então, quem vem da sua família?

— Minha irmã Maite, seu marido, Christian, e a filhinha deles, Lupita. E meus pais.

— Você não tem outra irmã? — perguntou Alexandra.

— Tenho. — Eu fiz beicinho. — Annie não conseguiu sair de Nova York. O espetáculo tem sempre uma plateia maior nesta época do ano.

— Que pena.

 — Sim, eu sinto falta dela. Ela nem conheceu o bebê ainda. Está morrendo por isso, mas eles ameaçaram demiti-la quando ela pediu licença para voltar para casa quando ele nasceu. — Triste, eu disse: — Logo. Ela vem assim que tiver uma chance.

Alfonso passou o braço em volta de Nicole.

— Por que não estou bebendo nada?

— Na verdade, irmãozinho, eu ia mandar você ao mercado para comprar um pouco de cerveja. Saí mais cedo e esqueci o mais importante.

— Eu posso ir. — Ele beijou o nariz da namorada. — Nic, você quer ficar ou vem comigo?

— Eu vou ficar.

Alguns minutos depois que Alfonso saiu, a campainha tocou. Imaginei que fosse minha família, já que viriam todos juntos em uma minivan.

Meu coração disparou quando vi minha irmã. Ela estava ali parada, segurando um monte de sacolas.

— Annie! Meu Deus!

Pulamos nos braços uma da outra. Quando ela se afastou, ficou com os olhos cheios de lágrimas ao ver o bebê. Sem aviso, Christopher o tirou do sling e entregou para a tia.

Annie admirou nosso filho em seus braços.

— Eu estava morrendo de vontade de segurá-lo.

Dei a ela um minuto antes de perguntar:

— Como conseguiu fugir?

— Eu literalmente chorei, implorei e supliquei por uma noite de folga. Tenho que estar de volta amanhã à noite. Eu simplesmente não podia esperar mais para vê-lo. — Ela olhou para o bebê e disse: — Ele parece com a gente. Mas tem o nariz do Christopher.

— Foi exatamente o que eu disse!

Christopher parecia feliz por me ver tão feliz.

— Annie, que surpresa incrível. Você não tem ideia de quanto acabou de fazer sua irmã feliz.

— Estou muito feliz por ter conseguido vir.

Todos os outros chegaram logo depois e ficaram tão chocados quanto eu por ver Annie ali parada segurando o bebê. Ela não o soltou até ele fazer cocô, quando Christopher assumiu o comando para que eu pudesse ter um tempo com minha irmã.

Annie e eu estávamos preparando a comida na cozinha quando Alfonso voltou do mercado com a cerveja.

— Alfonso, vem conhecer minha irmã! Essa é Annie.