Fanfic: METIDO DE TERNO E GRAVATA (Adaptação Vondy) | Tema: Romance, comédia, hot
— Rebecca!
Era tão difícil assim encontrar pessoas competentes hoje em dia? Bati de novo no botão do interfone e gritei mais alto.
— Rebecca!
Era impossível ela não ter me ouvido nos últimos dez minutos. Todo o
escritório devia ter me ouvido, apesar de a porta da minha sala estar fechada. Sem resposta, fui procurar a secretária. A mesa estava vazia como se ninguém houvesse estado ali hoje, embora eu a tivesse visto ali sentada quando cheguei, três horas antes. Resmungando e carregando uma pilha de papéis, fui até a recepção.
— Cadê a Rebecca?
— Quem?
— Minha secretária. Ela não está no lugar dela.
— Ah, está falando da Eliza.
— Tanto faz. Onde ela está?
— Ela se demitiu hoje de manhã, sr.
Uckemann.
— Ela o quê?
— Pediu demissão.
— Meu Deus. Não existe mais funcionários com quem se possa contar.
— Joguei os papéis que carregava em cima da mesa da recepcionista. — Preciso de cinco cópias disso tudo.
Um pouco mais tarde, alguém bateu na porta da minha sala.
— Que é?
A recepcionista entrou com as cópias que eu havia pedido e vários jornais.
— Onde deixo as cópias?
Apontei com um dedo sem levantar os olhos do trabalho.
— Em cima do armário.
— Não pegou os jornais da sua caixa de correspondência essa semana, então eu os trouxe.
— Não quero.
Alguns minutos depois, eu ainda não havia levantado a cabeça, e percebi que a recepcionista continuava ali. Suspirando, reconheci sua presença, mesmo sem querer. Ela estava na frente da minha mesa olhando para mim, o que me deixava sem alternativa.
— Que foi?
— Ava. Meu nome é Ava.
— Eu sei.
— Posso dizer uma coisa, sr. Uckemann ?
Joguei a caneta em cima da mesa.
— Já me interrompeu, fala logo o que tem para falar e acaba com isso.
Ela assentiu.
— Trabalho aqui há dois anos.
Sério?
— E...?
— Sabe quantas secretárias teve nesse período?
— Não faço ideia. Mas como está me fazendo perder tempo, imagino que tenha a intenção de me contar.
— Quarenta e duas.
— Em uma cidade deste tamanho, é bem impressionante a dificuldade para se encontrar bons assistentes.
— Sabe por que elas não ficam aqui?
— Não sei se me interessa.
— Elas não ficam porque é complicado trabalhar para um tirano.
Levantei as sobrancelhas.
— É mesmo, Ava?
— É, sim, sr. Uckemann.
— E por que você continua aqui? Acabou de dizer que trabalha para mim há dois anos.
Ela deu de ombros.
— Meu pai era igual ao senhor. Além do mais, não interagimos muito, porque fico o dia todo na recepção. Na maior parte dos dias, o senhor passa por mim sem nem perceber a minha existência. O
que, por mim, está ótimo.
— E está dizendo tudo isso por algum motivo? Está tentando encerrar seu período de dois anos me aturando? Porque em dez segundos, vai conseguir.
— Não, senhor. O que quero dizer é que... bem... há alguns meses, o senhor começou a mudar. Eliza, sua secretária, ficou aqui por mais de seis semanas e parecia gostar do emprego.
Fiquei olhando para ela sem dizer nada, forçando-a a continuar.
— Até alguns dias atrás. Quando o sr. Uckemann Furioso voltou. Não sei o que aconteceu, mas o que quer que tenha
sido, sinto muito. E espero que o sr.
Uckemann Legal volte bem depressa.
Sr. Uckemann Legal? Esse era o babaca em quem as pessoas pisavam.
— Já terminou, Ava?
— Sim. Desculpe se o aborreci. Só queria dizer que parecia feliz. E agora não parece mais.
Peguei a caneta e voltei ao trabalho. Dessa vez, Ava entendeu a mensagem. Quando ela estava saindo, perguntei:
— O que aconteceu com seu pai?
— Como?
— Você disse que seu pai era igual a mim.
— Ah. Ele conheceu minha madrasta.
Hoje é diferente.
— Deixa os jornais em cima do armário, e cuidado para a porta não bater na sua bunda quando sair.
Peguei uma bebida e olhei pela janela do escritório. Já estava escuro. Nos últimos três dias, eu tinha saído de casa antes do nascer do sol e voltado no meio da noite. Estava exausto, e esse cansaço não tinha nada a ver com falta de sono. A raiva que carregava era fisicamente esgotante. O sangue fervia nas veias. Eu me sentia atormentado, rejeitado, traído, cheio de raiva. A dor espremia o músculo frio que
havia substituído o coração quente em meu peito, um coração que havia começado a descongelar depois que conheci Dulce.
Havia sido traído antes. Porra,
Belinda era minha noiva e Liam, meu melhor amigo. Quando a merda toda aconteceu, perdi duas pessoas que foram a maior parte de minha vida durante anos. Mas aquela perda foi diferente dessa. Agora, não havia comparação. Isso era a total devastação, o tipo de perda que se sente quando alguém querido morre. Ainda não conseguia aceitar o que Dulce tinha feito comigo... com nós dois. Nunca imaginei que ela fosse capaz
de ser infiel. A mulher por quem me apaixonei era franca e honesta. Isso me fazia questionar se realmente a conhecia. O celular vibrou em meu bolso, e como nos últimos três dias, tive esperança de ver o nome de Dulce brilhando na tela. Mas não era ela, é claro; ela tinha ido embora. Esvaziei o copo com um só gole e atendi.
— Fala, Belinda.
— Ucker, o que está acontecendo?
Onde se meteu?
— Estou ocupado.
— Chloe está começando a fazer perguntas. Você cancelou seu encontro
com ela duas noites seguidas. Ela está
muito vulnerável depois da morte de Liam, precisa de consistência. Ela precisa de você, Ucker. Já está apegada, de algum jeito.
Fechei os olhos. A última coisa que queria era decepcionar Chloe. Tinha cancelado porque não queria que ela me visse desse jeito, infeliz e revoltado. Mas agora eu era pai. Tinha que pôr a cabeça no lugar pelo bem de minha filha.
— Desculpa. Não vai mais acontecer.
— O que aconteceu?
— Nada que seja da sua conta.
— Tem alguma coisa a ver com aquela sua namorada?
Ignorei a pergunta.
— Tudo bem se eu for tomar café da manhã e levar Chloe para a escola?
— Seria ótimo. — Houve um instante de silêncio. — Chloe não é a única que sente sua falta, Graham. Gosto de ter você por perto.
— Chego amanhã, às sete, Belinda.
Desliguei o celular e deixei o copo em cima do armário. A pilha de jornais que Ava havia trazido continuava lá, incluindo o City Post, jornal que publicava diariamente a coluna ―Pergunte a Ida‖. Peguei o exemplar no topo da pilha e olhei para ele. Tinha evitado o jornal de propósito, porque sabia que ia ler a coluna ―Pergunte a Ida‖ em busca de
traços das palavras de Dulce. A última coisa de que precisava era ler os conselhos dela para uma pobre alma sobre assuntos como amor ou traição. De jeito nenhum. Joguei o jornal em cima da pilha e decidi encerrar o expediente.
Volteiiiiii capítulo grande pra compensar, mais tarde vou postar mais dois.
Autor(a): dayanerodrigues
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— Mamãe disse que você gosta de banana na panqueca.Chloe e eu estávamos sentados à mesa de jantar terminando o café da manhã e bebendo leite com morango. Belinda tinha subido para se vestir para ir trabalhar.— Gosto. E de gotas de chocolate também. Minha avó sempre fazia panquecas de banana e gotas de chocola ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 578
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aucker Postado em 29/11/2020 - 20:53:59
Amei muito <3
dayanerodrigues Postado em 01/12/2020 - 10:38:10
obg linda *-*
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taianetcn1992 Postado em 26/11/2020 - 06:31:03
GENTE, AMEI MUITO ESSE FIM EPICO ASSIM COMO ELES
dayanerodrigues Postado em 26/11/2020 - 21:07:44
Foi lindo demais
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binha1207 Postado em 25/11/2020 - 21:19:08
Essa é simplesmente minha fanfic favorita...obrigada por ter postado.
dayanerodrigues Postado em 25/11/2020 - 22:08:03
Ohhh amor muito obg. Tem fic nova viu O acordo
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anne_mx Postado em 25/11/2020 - 19:43:09
OH MEU DEUS, não acredito que já acabou, vou morrer de saudades dessa fanfic, obrigadaaaa por ter nos dado a oportunidade de lê-la <3
dayanerodrigues Postado em 25/11/2020 - 19:53:16
Obg por acompanhar amor. Tem fic nova. Acompanha lá tbm
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vondysaviñon Postado em 25/11/2020 - 19:23:38
obrigada por ter adaptado essa preciosidade e desculpa pela minha ausência nos últimos dias. Sei que ando sumida daqui, mas vou tentar melhorar kkkkkk a vida corrida do adulto não é fácil
dayanerodrigues Postado em 25/11/2020 - 19:39:21
Eu que agradeço por ter acompanhado. Agora a Fic Acordo com tudo
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vondysaviñon Postado em 25/11/2020 - 19:22:22
eu amo tanto, tanto esse último capítulo. é tão eles
dayanerodrigues Postado em 25/11/2020 - 19:38:49
É a coisa mais linda
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vondysaviñon Postado em 25/11/2020 - 19:20:51
"Eu a prendi para sempre, e agora ela está produzindo pequenos Uckermanns italianos" tem como não amar?
dayanerodrigues Postado em 25/11/2020 - 19:38:33
Eu ameiii demais esse email dele
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nathalia_muoz Postado em 25/11/2020 - 18:20:51
Me encantó las historia, felicitaciones
dayanerodrigues Postado em 25/11/2020 - 19:38:12
Gracias mina *-*
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anne_mx Postado em 25/11/2020 - 14:51:44
Ele pediu ela em casamento e ela nem percebeu KKKKKKKKKKK
dayanerodrigues Postado em 25/11/2020 - 19:37:51
Clamufado kkkkkk
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anne_mx Postado em 25/11/2020 - 14:51:15
AAAAAHHHHHHHH QUE LINDO! Ver essa demonstração de amor dela pra ele e pra filha através da tatuagem foi tudo, por incrível que seja eu tenho vontade de casar com um homem que já tem filha ou filho kkkkkkkkk é doido eu sei, mas é uma vontade que tenho é fico tão feliz de ver o desenrolar dessa fanfic, tbm n vejo a hora de vir um baby Vondy <3
dayanerodrigues Postado em 25/11/2020 - 19:37:21
Muito lindo mesmo Ameiiii