Fanfics Brasil - Primeiro ano A Love to Remember; Fred Weasley

Fanfic: A Love to Remember; Fred Weasley | Tema: Harry Potter


Capítulo: Primeiro ano

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Annabeth estava tão nervosa que pensava que poderia facilmente desmaiar. Seus pais, Will e Nico, tentaram ajudá-la, mas como eles poderiam realmente? Eram apenas trouxas! – não que ela também não fosse até algumas semanas atrás, ou pelo menos pensasse que fosse.


Ela se sentia um pouco culpada. Seus pais só queriam uma garotinha comum para amar e cuidar. Com certeza eles não tinham concordado com uma bruxa disfarçada, mas ali estava ela, encarando a parede que deveria atravessar para entrar na Plataforma 9 3/4 com os dois ao seu lado, Nico fazendo carinho em sua cabeça e repetindo que tudo ficaria bem e Will com a mão em seu ombro. Os dois eram protetores, mas Will Solace apoiava e incentivava muito mais a independência de Annabeth.


– Não se preocupe, ok? Você ficará bem. Vamos escrever toda semana.


– Prometem? – perguntou a garota de onze anos olhando de um pai a outro.


– Mas é claro, querida – Will reafirmou a fala de seu marido – Está levando tudo?


Ela assentiu – Conferi várias vezes, papai.


– Então vamos lá. Vamos atravessar com você, querida.


A pequena Annabeth assentiu e se preparou para correr, mas na mesma hora uma grande família de ruivos apareceu em sua frente.


– Todo ano a mesma confusão! – uma mulher de boina disse parando perto da entrada da estação, segurando na mão de duas crianças pequenas, um garoto e uma garota com os cabelos mais ruivos que Annabeth já havia visto. E sua tia Rachel era bem ruiva – Vamos, vamos. Charlie querido, você primeiro e depois Percy.


Os dois garotos ultrapassaram a barreira na mesma hora e a mulher de antes virou-se para gritar novamente:


– Fred, George! Parem de enrolar, andem logo!


– Como você é apressada, mulher! Não devia ser carinhosa no nosso primeiro ano? – disse um deles.


– Ela só faltou trazer Percy nas costas no primeiro ano dele. Nem estava aqui e eu sei – disse o outro.


Eles eram tão bonitos, pensou Annabeth. Os dois eram iguais, o mesmo cabelo ruivo liso flamejante caindo levemente na testa deles. E os dois eram até que bem altos para estarem no primeiro ano. Seus traços eram bem marcados e seus olhos eram castanho-claro. Eram idênticos, mas um deles chamava a atenção de Annabeth, até parecia que já o tinha visto em algum lugar. 


Foi então que a garota lembrou-se que sim, ela de fato tinha o visto em outro lugar.


Uns dias antes de ter que embarcar para Hogwarts, Annabeth e seus pais foram até o Beco Diagonal para comprar as coisas esquisitas que tinham na lista de materiais escolares. Seus pais a deixaram na frente de uma loja chamada Ollivanders. Era a compra mais importante, eles disseram. E a mais pessoal também. Então a deixaram lá com essa missão: comprar uma varinha enquanto eles comprariam os livros na loja da frente. Annabeth sabia o que era uma varinha, podia ser nova nessa coisa toda de bruxaria, mas tinha entendido o básico (era o que ela gostava de pensar), mas mesmo assim ficou nervosa. Não tinha muito tempo de vida, mas achava que já podia dizer com certeza que uma carta e uma coruja aleatória colocaram sua vida de cabeça para baixo. E uma varinha que faz magia deixaria tudo muito mais claro. 


Ela continuava parada encarando a vitrine quando um garoto parou do seu lado. Annabeth se virou para ele, porque ele estava claramente a encarando e então, antes que pudesse dizer alguma coisa, o menino ruivo sorriu.


– O que está fazendo aqui parada? O sr. Olivaras sempre repete a mesma coisa sobre a varinha e blablabla, mas pra isso você precisa entrar lá, sabia? 


– O que? – foi tudo que ela conseguiu dizer.


– A varinha que escolhe o bruxo e todo o lengalenga – explicou ele, mas Annabeth ainda parecia claramente confusa então ele continuou: – Você não é daqui, não é? – perguntou e depois balançou as mãos – Desculpe, não quero ofender nem nada. É que você parece que vai vomitar.


Annabeth sentia que poderia vomitar, então apenas confirmou com a cabeça.


– Vou comprar a minha varinha agora, você pode vir comigo se quiser. O velho é legal, eu já conheço ele! Vem, vamos. 


Ele empurrou a porta e Annabeth o seguiu. Não sabia o nome do garoto, mas ele também ia para Hogwarts e também estava no primeiro ano. Isso já era alguma coisa.


– E aí, sr. Olivaras!


Um homem que parecia muito velho e muito magro estava em cima de uma escada no meio de várias prateleiras. Ao ouvir o chamado do garoto ruivo ao lado de Annabeth, ele voltou-se ao balcão.


– Ora, ora, mais um Weasley – ele sorriu – Vendi a varinha do seu irmão ontem.


– Eu sei, é que eu acabei me atrasando escolhendo a coruja e ele não quis me esperar, mas agora estou aqui! Eu quero a melhor que você tem! E minha amiga... – ele parou de falar e olhou para ela, abaixando o tom de voz – Qual o seu nome? 


– Annabeth – respondeu.


– Minha amiga Annabeth também!


O senhor na frente deles riu e assentiu indo até os fundos da loja.


– Receio que você saiba, Sr. Weasley, que a varinha escolhe o bruxo e não nós.


O menino soltou uma risadinha e virou-se para Annabeth, sussurrando:


– Viu só o que eu disse?


Annabeth riu baixinho junto com ele e poucos segundos depois, o sr. Olivaras apareceu com quatro caixas finas e pretas. Colocou-as lado a lado e tirou as tampas. Dentro delas haviam quatro varinhas e o ar de Annabeth quase escapou. Era algo realmente lindo. Os dois se aproximaram do balcão e Weasley sorriu pra ela. 


– Vai, você primeiro.


– Tem certeza? – perguntou ela.


Seu sorriso apenas aumentou e ele assentiu.


Annabeth escolheu a varinha da ponta e não tinha nada a ver com o fato de que essa estava mais perto dela. Era uma varinha lisa, toda marrom exceto em seu punho que era preto. 


– O que eu faço agora? – perguntou olhando para o menino ao seu lado – Só seguro?


– Sacode assim – disse, balançando a mão em demonstração. Annabeth assentiu e fez como ele ensinou. 


No mesmo segundo um enorme estalo pôde ser ouvido vindo da parte de cima do local. O sr. Olivaras arregalou os olhos, pegou sua própria varinha, olhou para o teto e disse um feitiço baixo. O barulho parou e ele voltou a olhar para as crianças a sua frente.


– Penso que essa não seja a varinha ideal para a senhorita – disse – E acho que meu banheiro também.


O garoto ruivo soltou uma risada alta e Annabeth olhou de cara feia pra ele.


– Olha só o que eu fiz! – reclamou, colocando a varinha dentro de sua caixa novamente – Sinto muito, sr. Olivaras. Não sabia que isso podia acontecer, ele não me avisou!


– Ei, eu também não sabia! 


– Está tudo bem, é assim mesmo. Vamos, pegue outra.


Annabeth encarou as três que restavam e quando estava prestes a escolher, seu guia de iniciantes pessoal empurrou uma das caixas em sua direção.


– Tente essa – disse. A varinha era a única que possuía uma cor diferente das que estavam ali, diferentemente das marrons, essa parecia ser marfim ou bege ou talvez... Dourado misturado com marrom? Annabeth não sabia direito. Mas ficou encantada com os detalhes que haviam nela. Haviam pequenos ramos de folhas percorrendo por quase toda sua extremidade. Annabeth imaginou que a ideia deveria ser lembrar galhos de árvore. Era realmente linda. A garota a pegou e no mesmo instante tudo ficou claro.


Não soube exatamente como, pois nem sequer havia feito nada, mas ela sentiu. Todas as luzes ao seu redor começaram a piscar fracamente e o coração dela acelerou.


– Parece que achamos – disse o sr. Olivaras. Annabeth colocou sua varinha novamente na caixa e o homem a levou. 


– Uau... Isso foi... Incrível!


O ruivo sorriu e ergueu a mão. Annabeth demorou um pouco para entender o que queria dizer, mas quando entendeu, ergueu sua mão e os dois se cumprimentaram. 


– Isso! – disse o menino – Ok, agora é a minha vez.


– Deixa eu escolher! Você acertou a minha!


Ele olhou para Annabeth com uma sobrancelha erguida, mas assentiu ansioso. 


Annabeth observou as novas caixas que o dono da loja havia trazido para que o de olhos castanhos olhasse e apontou para a do meio. 


– Essa. Essa aqui é a sua cara.


O ruivo pegou a varinha que Annabeth havia apontado. Ela era toda marrom como as outras, sua ponta era fina, mas na parte debaixo ela parecia mais grossa. Ela também possuía algumas escrituras em sua lateral e pequenos furinhos. Assim que o garoto a pegou, uma luz emanou da varinha fazendo seus cabelos ruivos balançarem. Quando ele balançou um pequeno feixe de luz saiu da ponta dela e explodiu no meio da loja com várias faíscas coloridas. 


– Brilhante – ele parecia sem falas. O senhor que os observava riu. 


– Parece que temos outra aqui e de primeira, Sr. Weasley – disse – Parece que vocês se conhecem muito bem.


Annabeth riu – Eu nem sei o nome dele!


– Meu nome é Fred – respondeu ele no mesmo instante.


Com as sacolas na mão, os dois saíram da loja. Annabeth parou no mesmo lugar onde Fred a encontrara.


– Vou esperar meus pais aqui – ele assentiu – Obrigada por... Sabe, ter ido comigo. Acho que ainda estaria aqui fora se não fosse você.


Fred sorriu.


– Eu não fui com você, eu te levei comigo – Annabeth revirou os olhos – Eu sei que o primeiro ano pode ser assustador. 


– Você não parece assustado. Na verdade, parece que você nem está no primeiro ano.


– Eu tenho três irmãos que já foram a Hogwarts, sem contar o que vai entrar junto comigo semana que vem e meus pais. Ás vezes parece que não é uma novidade.


– Sorte sua – Annabeth olhou em volta a multidão de pessoas passando entre eles – Pra mim tudo aqui parece uma novidade.


Fred assentiu lentamente – Você se acostuma. Não é nada mal por aqui. Embora eu não saiba como é no mundo trouxa. Mas meu pai acha incrível. 


Annabeth sorriu e antes que pudesse responder, avistou seus pais chegando com uma enorme gaiola.


– Meus pais estão me trazendo uma coruja! – exclamou ela – Olha só, Fred! Vou ganhar uma coruja!


Fred olhou na mesma direção que a garota e riu – Parece com a minha! A minha também tem essas penas brancas – ele a olhou – Talvez nossas corujas sejam irmãs.


Annabeth ficou tão animada com a ideia de ganhar um animalzinho que não cogitou que seu novo colega achasse estranho ela ter dois pais e nenhuma mãe, mas o tom de voz de Fred não quebrara e seu sorriso não parecia falso como a da maioria das crianças da sua escola. Será que ele não tinha notado? Ou era só um bom mentiroso?


– Oi crianças – disse seu pai Nico se aproximando.


– Oi, papais – respondeu Annabeth devagar, fitando cada pequeno movimento na expressão de Fred em busca de hesitação, mas o garoto apenas sorria educadamente – Esse é Fred Weasley. Nos conhecemos agora enquanto comprávamos a varinha. Ele também vai para o primeiro ano. Fred, esses são meus pais: Nico e William di Angelo.


– Olá, Srs. di Angelo – disse animadamente – É uma linda coruja essa que vocês escolheram!


– Sim, eu amei! – confirmou Annabeth.


– FRED! – ouviu-se um grito a alguns metros de distância e Fred fez uma careta.


– É a minha mãe e ela vai me matar por demorar tanto – os pais de Annabeth riram.


– Então vá enquanto é tempo. Foi um prazer conhecê-lo, Fred – disse Will.


– Digo o mesmo para os senhores! – respondeu sorrindo e virando-se para Annabeth – Nos vemos em Hogwarts, Annabeth, tchau!


Agora Annabeth lembrava perfeitamente. Ele havia comprado sua varinha com ela e havia sido extremamente normal sobre seus pais. Não que isso fosse algo incrível, era obrigação de todos, não é? Ela só não estava acostumada.


– Sei que está nervosa, Annie, mas vai ficar tudo bem. Eu juro. – disse Nico observando a filha. Eles haviam ultrapassado a barreira e agora estavam realmente na plataforma. Annabeth encarava a locomotiva como se ela fosse capaz de criar vida no meio do caminho e abandona-la na estrada. 


– Não sei se deveria estar aqui, papai.


– Claro que deveria! Isso aqui faz parte de você, filha. Você é uma bruxa.


– Não sei como vocês estão tão calmos. Não foi isso que vocês pediram quando me adotaram.


Nico riu e ela viu Will balançar a cabeça – Não. Mas pedimos a garotinha mais inteligente e corajosa que existisse e isso nós ganhamos.


– Você vai gostar de lá, Annie. – afirmou Will fazendo com que Annabeth o olhasse – Vai aprender coisas novas e conhecer pessoas que fazem a mesma coisa que você. Você vai ter o melhor dos dois mundos, querida. E estaremos aqui sempre que você precisar.


Eles começaram a ver as outras crianças entrando no trem.


– Eu amo vocês. Obrigada por serem os melhores pais do mundo. – Annabeth sorriu e abraçou cada um de seus pais.


– Também te amamos, querida. – Will sorriu e ela percebeu que ambos seguravam as lagrimas. Ok, definitivamente era hora de ir.


– Nos escreva assim que descobrir em que equipe ficou!


– É casa, pai! – Annie revirou os olhos e sorriu enquanto começava a se afastar.


Annabeth se sentia com muita sorte de ter Will e Nico como pais. Não sabia o que era não ter família, pois eles a adotaram quando ela tinha poucos meses, mas sabia que não poderia pedir por uma família melhor do que aquela. Alguns trouxas não entendiam muito bem a relação dos dois e Annabeth já se meteu em boas brigas por conta disso. Ninguém desrespeitaria seus pais ou o amor deles na sua frente. Ela não se incomodava em ter que brigar com alguém, mas esperava que os bruxos fossem menos preconceituosos. Fred não parecia ser.


Ela deu um último aceno e entrou no trem.


Annabeth colocou a cabeça para dentro de uma das cabines no fundo do trem e viu um garoto magrelo com um cabelo de tigelinha castanho e grandes olhos azuis lá dentro. Ele vestia uma calça jeans meio rasgada nos joelhos e uma camiseta branca. Na sua frente estava uma garota baixinha de óculos e longos cabelos pretos ondulados, ela também tinha uma franja e estava de jeans e suéter rosa.


– Desculpem, eu pensei que estava vazia – disse Annabeth.


– Não tem problema, pode entrar! As outras devem estar cheias também – respondeu o garoto sorrindo, ao que Annie prontamente sorriu de volta e sentou-se ao lado da garota.


– Meu nome é Louis Fender e essa é Claire Harcourt.


– Eu me chamo Annabeth. Vocês também são do primeiro ano?


– Sim – respondeu Claire – Eu estou tão nervosa! Fico pensando em que casa vou ficar. É agoniante!


– Eu só estou feliz por estar aqui – disse Louis – Não me importo muito em que casa vou ficar. Só de não ter que estudar em Beauxbatons com as minhas irmãs já é uma alívio. 


Claire e Annabeth sorriu fraco. O que era Beauxbatons? Ela fez uma nota mental para pesquisar sobre isso quando chegasse na escola. Precisava aprender tudo senão iria parecer uma idiota.


– Nem se você ficar na Sonserina?


– Nem se eu ficar na Sonserina – respondeu ele com firmeza, sustentando o olhar de Claire.


– O que tem de errado com a Sonserina?


– As pessoas gostam de dizer por aí que lá só tem bruxos malvadões por causa de um ou três que se só ficaram famosos nessa parte, sabe? – ele deu de ombros – Sua família não é bruxa?


– Não que eu saiba – respondeu Annabeth sinceramente.


– Bom, Annabeth, vou te dizer uma coisa: não acredite em tudo que você ouve. As quatro casas de Hogwarts são importantes. Elas não definem quem você é, só você pode fazer isso – um silêncio se instalou enquanto Claire e Annabeth encaravam Louis, que sorriu sem graça – Bom, foi o que a minha mãe me disse!


Annabeth sorriu vendo as bochechas do garoto ficarem vermelhas – Meus pais iam gostar da sua mãe, ela te disse algo muito legal. Obrigada, Louis.


– Vocês podem me chamar de Lou – disse ele sorrindo


– Então vocês podem me chamar de Annie.


Claire ficou quieta por um instante e disse: – Bom, vocês podem me chamar de Claire. Eu não tenho nenhum apelido.


Os três se entreolharam e começaram a rir. E assim continuaram até o destino final, que pareceu levar menos tempo do que deveria. No barco, Claire se perguntou se haviam encontrado um atalho, porque segundo o livro de Hogwarts: Uma História, o percurso levava quase oito horas.


Não houve nenhum atalho, a não ser a distorção do tempo quando estamos com pessoas que nos fazem bem.


A maioria dos alunos de Hogwarts se conhecem no trem e nunca mais se falam depois que são separados por casas.


Não preciso dizer que, felizmente, esse não é o caso destes três amigos.


[...]


– LUFA-LUFA! – gritou o chapéu seletor assim que foi colocado na cabeça de Claire Harcourt. Ela sorriu enquanto a mesa fazia barulho para recebê-la. Annie e Louis se entreolharam compartilhando silenciosamente o nervosismo que ambos sentiam. Todos os primeiranistas estavam parados no meio do salão principal esperando serem chamados para descobrirem, finalmente, sua futura casa em Hogwarts. O lugar que seria o seu novo lar, como dissera a Professora McGonagall.


O salão era gigantesco e haviam quatro mesas, uma de cada casa, os alunos mais velhos estavam tão ansiosos quanto os novatos para saberem quem faria parte de suas pequenas famílias.


– Louis Fender – chamou a professora McGonagall calmamente.


Louis levantou a cabeça e subiu elegantemente os três degraus que o separavam do chapéu seletor.


– Hum... Olá, Louis. Mas que garoto... Genuíno. Acho que sei qual é o melhor lugar pra você. SONSERINA!


Louis sorriu e se levantou e correu para a mesa que possuía as cores verde e prata.


Annie seguiu Louis com o olhar até que ele se sentasse e olhasse para ela de volta. Ele ergueu os dois polegares como se dissesse: "vai dar tudo certo!". Ela torceu a boca e mirou seus próprios sapatos. Ela só havia feito dois amigos e ficar longe deles não parecia uma coisa boa. Não que ela não soubesse fazer amigos, mas gostara de Claire e Louis.


A voz da professora a despertou de seus pensamentos.


– Fred Weasley.


Fred Weasley!


O garoto saiu correndo de trás, passando ao lado de Annabeth, mas tomando cuidado para não esbarrar em ninguém. Annabeth não o via desde aquele momento na barreira, mas ele não a tinha visto. Será que ele lembrava dela? 


Annie reparou que as roupas do menino pareciam um pouco velhas, mas ele era a ultima pessoa que parecia se preocupar com isso. Ele tinha essa... Energia emanando dele. Seu sorriso parecia iluminar todo o salão e assim que Annie bateu o olho nele, seu coração pareceu se iluminar um pouco também.


– Um Weasley, mas que novidade. – o sorriso de Fred pareceu aumentar quando uma das mesas explodiu em risadas – No entanto... Eu vejo que você tem uma grande personalidade. Ambicioso, corajoso... São duas coisas importantes, se quer saber, Fred Weasley – o sorriso de Fred vacilou por um segundo. Talvez ninguém percebesse, mas Annie não conseguia parar de encara-lo – Mas vamos lá... GRIFINÓRIA.


Logo depois que Fred saiu correndo com um sorriso que cobria todo seu rosto, seu irmão, George, foi chamado. O chapéu disse as mesmas coisas para ele e parecia relutante em ambas às vezes na hora de dizer a resposta final, mas no fim, o mandou para junto do irmão.


Eles eram realmente idênticos, Annabeth pensou. Então como ela conseguia reconhecer Fred?


– Não sei por que o Chapéu Seletor ficou enrolando. Meu irmão disse que não existe um Weasley que não seja da Grifinória – Annie olhou de lado para dois alunos que estavam conversando aos sussurros.


Ela olhou para Claire, que parecia muito feliz na Lufa-Lufa. E depois para Louis que estava conversando com um garoto de cabelos loiros ao seu lado e depois, sem perceber, seus olhos foram parar nos gêmeos Weasley que estavam sentados ao lado de outros dois garotos de cabelos ruivos, mas estes pareciam mais velhos. Os garotos riam e não paravam de falar e todos pareciam felizes ao seu lado.


Então, de repente, Fred a olhou de volta e sorriu. Ele sorriu! Annabeth congelou. Ele se lembrava dela? Annabeth pensou em sorrir, acenar de volta ou fazer qualquer coisa, mas no mesmo segundo, ouviu a professora chamar o seu nome.


Annie sentou-se lentamente no banco e sentiu o chapéu que decidiria todo seu futuro pousar em sua cabeça. Ela não conseguiu evitar de olhar para Louis na Sonserina, Claire na Lufa-Lufa e Fred na Grifinória. 


– Oh... Sei exatamente onde te colocar para intensificar suas qualidades, criança – Annie sentiu seus olhos se fecharem involuntariamente e seu coração bater tão forte que parecia que ia sair do peito. – Não tenha medo, criança. Você vai gostar. SONSERINA!


Ela abriu os olhos e sentiu-se relaxar. Não sabia para onde queria ir, se sentia leve só de já ter passado por essa espécie de ritual de iniciação. Annie sorriu e correu em direção ao sorriso brilhante que seu amigo Louis a dava e a comemoração que sua nova casa fazia para recebê-la.


[...]


Papais,


Minha casa é a Sonserina. Nós usamos verde e prata e no nosso brasão tem uma serpente! QUÃO LOUCO É ISSO?! Nosso dormitório também fica em uma MASMORRA DE VERDADE!! Mas não se enganem, por dentro parece coisa de outro mundo, eu juro. Parece até a casa da Tia Hazel.


Tenho dois amigos: Louis e Claire. Nós nos conhecemos no trem e Claire ficou na Lufa-Lufa, mas Louis e eu ficamos juntos, então estou feliz. Todos os dias nos encontramos antes de tomar café da manhã e depois vamos para as aulas juntos.


As pessoas por aqui gostam de se colocar em caixinhas e se rotular por causa da casa onde vivem. Mas meu amigo Louis nos contou que a mãe dele disse que nada nos define a não ser nos mesmos. Muito legal, né? Aposto que vocês gostaram. Parece com algo que vocês me diriam.


Não se preocupem. Eu não julgo ninguém pela casa onde eles estão. E se alguém fizer isso comigo, leva um pancadão! Brincadeira hehe.


Já estou com saudades. Não assistam os melhores filmes sem mim!


Amo muito vocês.


Annie.


 



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Autor(a): weasleyverse

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– Annabeth, não vale a pena! – repetiu Louis mais entediado do que preocupado. – Escute bem o que eu estou dizendo, seu fedelho. Se eu ouvir mais um comentário seu sobre mim ou sobre os meus pais, eu mesma vou te transformar em comida de trasgo! Annabeth não gritava, seu tom era frio. No primeiro ano, ela não ouvia tantas piada ...



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