Fanfic: Casada Até Quarta - Vondy (Adaptada) [Terminada] | Tema: Vondy

Boa Tardeeeee! Ainnn... Amando os comentários de vocês! Capricheeeem que a história já passou da metade hein!

— Este lugar é incrível. — Annie deu um giro completo no meio da sala de estar de Christopher. — Não acredito que você não veio correndo morar aqui assim que vocês voltaram de Las Vegas.

— Não parecia certo.

— E agora parece? O que mudou? — Annie se jogou no sofá fofo e cruzou as pernas.

Dulce baixou a voz, embora a cozinheira estivesse ocupada preparando o almoço e a empregada estivesse lá em cima, fazendo sabe-se lá o quê. Christopher passaria o dia no escritório, o que deixara Dul com pouca coisa para fazer.

— Estamos ficando mais à vontade juntos, eu acho. Não posso ter em Tarzana a segurança que eu tenho aqui.

— Tem razão. Mas, se quer saber, aquele sujeito, o Neil, é meio assustador.

Annie havia conhecido o grandalhão quando ele fora buscá-la no carro dela para acompanhá-la até a entrada da casa.

— Ele não fala muito.

— Ele não me falou nada. Só ficou me encarando.

— O Christopher insiste em dizer que o Neil é inofensivo para quem não pisa na bola com ele.

Dulce afundou em uma das cadeiras Queen Anne, de frente para sua amiga. O conjunto de seda que ela usava quase flutuava sobre sua pele e a fazia sentir como se não estivesse usando nada. Com tempo de sobra, Dul demorava mais para se vestir de manhã e passava mais tempo se embonecando.

Quando Christopher acompanhou Dulce ao Moonlight, alguns dias antes, ela teve que enfrentar toda a força de ser casada com um homem tão rico e bonito como ele. Christopher encantou os funcionários e ganhou mais do que alguns sorrisos de sua irmã. Desde o acidente vascular cerebral de Josy, sua capacidade de expressar as próprias necessidades diminuía cada vez mais. Afasia expressiva era como os médicos chamavam seu distúrbio. Para evitar que sua irmã ficasse excessivamente ansiosa e frustrada, Dul muitas vezes terminava as frases de Josy. Christopher parecia entender a situação e se esforçou para fazer perguntas que pudessem ser respondidas com sim ou não, evitando assuntos com potencial para causar estresse.

Quando estavam saindo, Christopher foi atrás de um dos diretores e, como se tivesse um interruptor, desligou seu charme e acionou o lado homem de negócios. Ele queria saber sobre a segurança da clínica, como evitavam que estranhos entrassem no quarto de Josy e quem ficava com ela quando não era hora das refeições. Um rápido fluxo de perguntas, que ele poderia ter feito a Dulce, foi disparado e respondido antes que ela pudesse interromper. A sinceridade dele em relação aos cuidados e à segurança de sua irmã impediu Dul de se irritar com ele. No entanto, depois que saíram, quando ele começou a questionar a capacidade da clínica de cuidar corretamente de Josy, Dulce ficou na defensiva.

— É a melhor clínica para pessoas na situação da Josy. A maioria dos lugares é para idosos com Alzheimer. A Moonlight é especializada em pacientes mais jovens com problemas de desenvolvimento.

— Por que não cuidar dela em casa?

Claro, teria sido o ideal, mas Dulce não tinha como pagar esse tipo de atendimento domiciliar vinte e quatro horas por dia.

— Eu não podia.

Ela havia tentado cuidar da irmã sozinha, mas fracassara. Quando Christopher percebeu como essa conversa a perturbava, decidiu mudar de assunto.

— Fico feliz pelo Neil estar do seu lado. Eu não gostaria de ser inimiga desse cara — disse Annie, afastando Dulce de seus pensamentos. — Então, o que vamos fazer com a Alliance?

Dul havia pensado muito sobre como prosseguir com os negócios. O fato era que assumir o papel de esposa de Christopher Uckermann ocuparia a maior parte de seu tempo e a faria viajar ao redor do mundo. Seu passaporte havia chegado na segunda-feira cedo, e ela e Christopher estavam arranjando a partida para quarta de manhã.

— Tenho uma proposta para você. — Dul esperou que Annie olhasse para ela antes de continuar. — Eu trabalhei duro demais na Alliance para perder tudo, mas, obviamente, vou estar indisponível nos próximos meses.

— Eu pensei que vocês iriam viver em continentes diferentes.

Dul balançou a cabeça.

— O plano original não vai funcionar como esperávamos. Por causa dos grampos e das câmeras de vigilância, achamos melhor ficar perto um do outro.

Dulce pensou na proposta de Christopher. Ele não a pressionara para transar desde aquele dia no banheiro, mas lançava olhares lascivos e comentários sexy para ela saber que ele ainda a queria na cama. Assim, Dulce dormia no quarto ao lado do de seu marido, alegando indisposição aos empregados. A desculpa era fraca, mas ninguém comentara o assunto.