Fanfics Brasil - Capítulo 33 Casada Até Quarta - Vondy (Adaptada) [Terminada]

Fanfic: Casada Até Quarta - Vondy (Adaptada) [Terminada] | Tema: Vondy


Capítulo: Capítulo 33

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Bom diannnnn!!! Amando cada comentário de Vcs hein! Continuem falando o que estão achando da história!



A cabeça de Dulce mal encostara no travesseiro e Christopher já a acordava. Depois de um longo banho quente e uma refeição leve — porque, tinha de admitir, comer lhe causava enjoo nesse momento —, os recém-casados estavam a caminho de Albany. A ideia de ser observada a cada movimento pela família de Christopher lhe causava arrepios. Dulce sabia que tinha evitado a inquisição inicial da mãe de Christopher, e não havia como saber se Alexandra seria tão fácil de despistar assim que Dul estivesse no terreno da sogra.


Vestindo uma saia ferrugem e um casaquinho, ela se preparou para conhecer a família. Christopher nem questionou por que o jeans e a camisa dela estavam na lata de lixo do hotel. Simplesmente viu a roupa lá e deu risada. Tudo bem. Ela não deveria ter levado aquela roupa, para início de conversa, assim não a estaria usando quando Alexandra aparecera. Não querendo ser pega de novo com nada que não fosse o seu melhor, Dulce se assegurou de que todas as roupas em sua mala estivessem em pé de igualdade com as da ex-duquesa de Albany — talvez com um estilo mais jovem, mas dignas do que a mulher de Christopher deveria usar.


A chuva deu uma trégua durante a viagem ao interior, à tarde. Conforme Londres ia ficando para trás, as colinas se espalhavam diante deles. Ela tentou relaxar no banco ao lado de Christopher enquanto ele falava de sua irmã, que tinha a idade de Dulce.


— A May sempre quis que eu sossegasse.


Ela sentiu um nó no estômago ao ouvir as palavras de Christopher.


— Isso não te preocupa...? — Dul se interrompeu, olhando em direção ao motorista no banco da frente. Ela queria perguntar se ele não se preocupava com a possibilidade de sua irmã se apegar à nova cunhada no curto período do casamento deles.


Christopher se encolheu, com a incerteza desenhada no rosto.


— Você e a May vão se dar bem. Ela é muito legal. Talvez um pouco mimada, mas tem um bom coração.


Dulce adiou o assunto do apego de May a uma cunhada temporária para quando os dois pudessem conversar a sós. A ideia de enganar todas aquelas pessoas que estava prestes a conhecer começou a pesar nela. As lembranças de seu pai, da época que antecedeu sua prisão, surgiram em sua mente.


Como estudante de administração, Dulce passara muitas horas fora da sala de aula discutindo com seus professores o sucesso de seu pai. Dan, seu namorado na época, também queria saber tudo sobre Fernando Saviñón e seu pequeno império. Dan era charmoso, carismático e mais esperto que uma raposa esperando o coelho pôr a cabeça macia e peluda para fora da toca.


Dul era o coelho que não sabia que estava sendo manipulado. E pensar que ela havia ido para a cama com o homem que acabara pondo seu pai atrás das grades... Como tinha sido burra! Eles haviam namorado, estudado juntos — ou assim ela pensava — e rolado em um bom número de lençóis. Durante todo esse tempo, Dan gravara suas conversas, fazia perguntas aparentemente inocentes e ajudara a acusação a montar o processo contra seu pai.


Mesmo agora, anos mais tarde, sentada ao lado de seu marido temporário, Dulce se sentia doente ao pensar nisso. Não que tivesse dado conscientemente à acusação evidências contra seu pai, mas os pecados dele levaram à morte de sua mãe e à vida desperdiçada de Josy.


 Dulce se lembrou do dia em que Dan a confrontara com a verdade sobre quem ele era — parado ao lado de um agente federal que ameaçava Dulce com a prisão de sua mãe se ela não cooperasse com as investigações. O agente e Dan revelaram algumas das falhas nas práticas empresariais de seu pai e informaram sobre os grampos na casa de Dul.


— Temos motivos para acreditar que a sua mãe sabe sobre os crimes do seu pai. Precisamos que você encontre provas em contrário, ou seremos forçados a pôr os dois atrás das grades.


Dulce tinha certeza de que sua mãe não sabia de nada e ficou chocada demais na época para questionar por que um agente federal faria uma filha provar a inocência da mãe. No fim, Dan e seus companheiros simplesmente usaram Dul para pôr as mãos no pai dela. Eles sabiam que a mãe dela, Blanca, não tinha nada a ver com os esquemas de Fernando.


Ao longo dos anos, Dulce havia questionado muitas coisas que seu pai fizera. Ele dizia ter sócios passivos, mas ela nunca conhecera nenhum deles. Foi só no primeiro ano da faculdade, quando seu professor perguntara a profissão de seu pai, que Dul ficara desconfiada. Ela não conseguiu dar uma resposta concreta sobre o que seu pai fazia para ganhar dinheiro — só sabia que ele ganhava, e muito.


Quanto à sua mãe, era a esposa de um homem rico. Almoçava com os vizinhos da alta sociedade, nunca lavava a própria louça e fingia que não via quando o marido tinha um caso. Suas roupas eram sempre impecáveis, e ela não permitia que Dulce ou Josy saíssem de casa vestindo nada velho ou de qualidade inferior.


O primeiro ano de Dulce na faculdade abrira seus olhos para como o mundo funcionava de verdade. Suas colegas da fraternidade, que desapareceram como baratas quando seu pai fora para a prisão, ensinaram muito a Dul sobre verbas e orçamento. Duas das garotas provinham de casamentos desfeitos e revelaram talento para economizar a mesada que os pais lhes davam, de modo que, no recesso de primavera, podiam ir para qualquer lugar que as colegas quisessem. Elas incentivaram Dul a fazer compras em lojas de departamentos, onde os itens essenciais do dia a dia não custavam uma pequena fortuna. Dulce ficara orgulhosa quando contara a sua mãe que estava economizando, de modo que os gastos para mantê-la na faculdade seriam quase metade do que eles haviam calculado originalmente.


 Blanca dera uma olhada no jeans que Dul estava usando e se recusara a ouvir.


— Nenhuma filha minha vai se vestir assim.


Ofendida, mas sem querer deixar que a mente limitada de sua mãe a impedisse de aprender a realidade financeira, Dulce continuara guardando todo mês quase metade da mesada que seu pai lhe dava, em uma conta separada. Aquela conta foi o que salvou sua pele quando os federais tomaram o dinheiro dos Saviñón.


Agora Dulce estava voltando para um estilo de vida que abandonara tempos atrás. Não conseguia deixar de se preocupar com o modo como sua traição a Alexandra, May e a quem mais Christopher lhe apresentasse viria à tona quando eles se separassem.


A mão de Christopher cobriu a dela, fazendo Dul perceber como as retorcia em seu colo. Quando ela olhou para os belos olhos cinzentos dele, viu compaixão. Ele deve pensar que estou nervosa por conhecer a família.


Christopher mal sabia que sua preocupação era muito mais profunda. Pela primeira vez desde que aceitara o anel, ela questionava sua decisão. E se ela dissesse ou fizesse alguma coisa que estragasse tudo para ele, e sua irmã e mãe ficassem sem recursos? Alexandra conseguiria encarar isso?


Dul estremeceu.


E se Alexandra seguisse o caminho de sua mãe? Ela balançou a cabeça e afastou as lembranças do funeral da mãe.


— Vai dar tudo certo.


De repente, Dulce não tinha tanta certeza. Albany Hall se desdobrava diante de seus olhos enquanto o carro seguia pelo caminho isolado para um grande pátio circular.


— Meu Deus — ela sibilou.


A casa onde Christopher crescera parecia um pequeno castelo. Duas alas distintas saíam de uma estrutura central. Dulce contou três andares, mas não descartou a possibilidade de haver um enorme subsolo. De acordo com Christopher, a casa tinha trinta e cinco cômodos, sem contar os aposentos dos empregados. Ele mencionara um salão de baile e um conservatório, uma biblioteca com mais volumes do que qualquer pessoa jamais seria capaz de ler e salas de estar nomeadas pela cor da decoração.


— A sala azul fica junto do salão principal, e a sala vermelha, ao lado.


Sair da limusine e entrar no mundo de Christopher parecia um pouco como a Cinderela no baile. Só que o tique-taque do relógio duraria um ano. Dulce deveria se sentir bem com esses pensamentos, mas imaginava a abóbora, ratos correndo a seus pés e ela largada segurando um sapato de cristal e seus remorsos.


— Pronta? — perguntou Christopher antes de levá-la para dentro.



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Autor(a): Primasvondy

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 697



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  • anne_mx Postado em 07/12/2020 - 14:40:37

    Que coisa mais lindaaaa, obrigada por essa história tão apaixonante <3

    • Primasvondy Postado em 07/12/2020 - 15:11:12

      Eu que agradeço a sua companhia!!

  • taianetcn1992 Postado em 06/12/2020 - 05:15:29

    ja indo para a proxima ler tbm

    • Primasvondy Postado em 06/12/2020 - 10:53:32

      Nos encontramos lá

  • taianetcn1992 Postado em 06/12/2020 - 05:15:14

    ai amei muita coisa, que linda

    • Primasvondy Postado em 06/12/2020 - 10:53:06

      Minha leitora de carteirinha!!! Obrigada mais uma vez por sua companhia

    • Primasvondy Postado em 06/12/2020 - 10:53:06

      Minha leitora de carteirinha!!! Obrigada mais uma vez por sua companhia

    • Primasvondy Postado em 06/12/2020 - 10:53:05

      Minha leitora de carteirinha!!! Obrigada mais uma vez por sua companhia

    • Primasvondy Postado em 06/12/2020 - 10:53:05

      Minha leitora de carteirinha!!! Obrigada mais uma vez por sua companhia

  • nathalia_muoz Postado em 05/12/2020 - 23:19:29

    Aguardando otro historia

    • Primasvondy Postado em 06/12/2020 - 01:10:06

      Já está sendo postada... Amante Britânico. Te espero lá!

  • nathalia_muoz Postado em 05/12/2020 - 23:18:43

    Me encantoooo felicidades

    • Primasvondy Postado em 06/12/2020 - 01:09:19

      Ahhh que tudooo. Obrigada por acompanhar

  • binha1207 Postado em 05/12/2020 - 22:51:15

    Muito obrigada por essa fanfic....agora vou poder ler a outra...kkkk.... Brincadeira...kkkkk Louca pra começar ler a nova...

    • Primasvondy Postado em 06/12/2020 - 01:08:58

      Agora ta liberada pra ler a outra haha

  • aucker Postado em 05/12/2020 - 21:47:30

    Obrigada por mais uma fic linda <3

    • Primasvondy Postado em 05/12/2020 - 22:10:03

      Eu que agradeço muito sua companhia!!!

  • capitania_12 Postado em 05/12/2020 - 20:35:28

    Aaaaaaah,acabou. Amei acompanhar novamente. E simbora para mais uma....

    • Primasvondy Postado em 05/12/2020 - 21:10:59

      Te encontro lá!! Obrigada por acompanhar essa

  • ana_vondy03 Postado em 05/12/2020 - 19:47:34

    Aaaa eu amei cada pedacinho!! Já estou indo lá ler a próxima!! S2

    • Primasvondy Postado em 05/12/2020 - 20:26:46

      Obrigada por acompanhar... Te encontro lá!

  • dayanerodrigues Postado em 05/12/2020 - 18:47:35

    Ameii

    • Primasvondy Postado em 05/12/2020 - 20:26:16

      Apesar do final corridinho é uma história super legal de ler...


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