Fanfic: Casada Até Quarta - Vondy (Adaptada) [Terminada] | Tema: Vondy

Boa Noite!!! Cadê Vcs minhas gatas?!

Albany Hall se encheu de gente, todos querendo dar uma olhada na nova duquesa, a mulher com quem Christopher finalmente havia se casado. As pessoas cochichavam — por isso Christopher já esperava —, mas ninguém ousaria mostrar nada além de respeito ao novo casal.

Christopher viu Dulce do outro lado da sala conversando com May e um casal. Dul usava um vestido marfim de seda deslumbrante, que deixava de fora suas costas graciosas. Ele colocara um pingente de esmeralda no pescoço dela, e brincos combinando nas orelhas. Os saltos de dez centímetros espiavam por baixo do tecido, através de uma fenda que percorria toda a extensão de sua coxa. Sua mulher estava magnífica. Tinha uma elegância inata e uma beleza que era tudo menos superficial. Christopher se sentia verdadeiramente orgulhoso de chamá-la de esposa.

Christian, que havia ido à Inglaterra para a recepção, parou ao lado de Christopher.

— Mal posso acreditar na transformação da sua esposa — sussurrou para que só o amigo ouvisse.

— Ela está linda.

Engraçado... Christopher não havia ficado surpreso com as mudanças. Dulce parecia florescer diante dele; a cada dia um pouco mais de luz brilhava em seus olhos, um pouco mais de confiança permeava seus passos.

— É mais que isso. — Christian olhou para um dos advogados do outro lado da sala. — Como vão as outras coisas?

Christopher não falaria nada em uma sala cheia de ouvidos.

— Tudo ótimo. Vamos voltar aos Estados Unidos dentro de alguns dias. A May queria ir junto, mas eu a convenci de que a Dulce e eu precisamos passar um tempo sozinhos antes de começar a entreter a família.

Christian riu.

— E funcionou?

— Claro. — Por que não funcionaria? Metade da família os havia visto voltando do passeio à casa de campo, no dia anterior. Depois de fazer amor, almoçar, encontrar um lugar ensolarado na grama e fazer amor uma segunda vez, suas roupas estavam amassadas, e os cabelos, revirados. Não havia como não imaginar o que eles tinham feito.

— Cuidado, Christopher.

Ele ergueu seu copo de bebida e olhou para o amigo por sobre a borda.

— Cuidado com quê?

— Alguma coisa em você está diferente. Tenha cuidado.

Christopher endireitou os ombros.

— Eu sempre tenho.

Dulce caminhou em direção a eles com um sorriso nos lábios. Christopher apoiou o copo em uma mesinha e passou o braço ao redor da cintura dela.

— Você se lembra do Christian?

— Como alguém poderia esquecer o Christian? — disse Dulce, inclinando-se para a frente quando ele lhe deu um beijo no rosto.

Embora seu melhor amigo não fosse uma ameaça, Christopher não gostou de ver os olhos de Dulce se iluminarem ao olhar para ele.

 — Hollywood ainda não te chamou? — ela perguntou.

Christian riu. Dulce havia feito uma piadinha sobre a beleza hollywoodiana dele, dizendo que ele poderia arrumar trabalho em um filme se estivesse cansado de tentar a carreira política.

— Ainda não. Mas estou aguardando.

Christopher apertou o braço ao redor de Dulce.

— Sua mãe sugeriu irmos para o salão de baile para começar a dançar. Parece que ninguém vai começar enquanto não girarmos algumas vezes na pista — disse ela.

Pensar em Dulce bem pertinho dele deu motivação a seus pés.

— Se nos der licença...

— Eu já disse que você está linda esta noite? — Christopher sussurrou no ouvido dela.

— Já. E você também está.

Christopher apreciou o elogio e sorriu. Ele estava de smoking, e por que não? Eles não haviam tido oportunidade de se arrumar para o casamento, de modo que agora era a ocasião perfeita.

Os dois entraram no salão de baile, onde um quarteto de cordas tocava num canto. Quando os músicos os viram, encerraram a música e começaram outra. Christopher levou Dulce para o centro do salão e a puxou para seus braços. Ela ergueu as mãos até os ombros dele enquanto se moviam com a música. As bochechas de Dulce floresceram em cor.

— As pessoas estão olhando.

Christopher passou os dedos na borda do vestido dela, na parte inferior de suas costas, e a puxou mais para si.

— É isso que elas fazem na primeira dança dos noivos. — E, ao sentir sua esposa ficar tensa, ele a provocou: — Eles querem me ver tropeçar. — Christopher a girou e a aproximou de novo.

— Vão ter que esperar sentados. Parece que você sabe o que está fazendo.

Christopher tirou um dos braços dela de seu pescoço e a fez girar de novo antes de puxá-la de volta.

— Já dancei uma ou duas vezes.

— Ou três ou quatro — disse ela.

 Dulce se deixava guiar, relaxada em seus braços. Quando a dança terminou, ele a encarou e levou os lábios aos dela para um rápido beijo. Flashes cintilaram e várias pessoas aplaudiram. O quarteto iniciou outra música, e dessa vez a pista de dança começou a encher.

Dulce levou a boca ao ouvido dele:

— Foi um beijo para as câmeras?

Os lábios de Christopher se curvaram.

— Aquele beijo foi para você. Mas este... — ele a fez arquear as costas para trás e grudou a boca na dela de novo, antes de puxá-la de volta — é para as câmeras.

Dulce mordeu o lábio inferior enquanto sorria.

— E eu pensando que os ingleses não gostassem de demonstrações públicas de afeto.

Christopher jogou a cabeça para trás e riu.

— Nós dois sabemos como eu desejo parecer um inglês.

Rindo, eles giraram, até que Christopher sentiu alguém bater em seu ombro. Voltou-se para ver Christian sorrindo.

— Posso tirá-la para dançar?

Christopher quase o mandou cair fora. Mas inclinou a cabeça para sua esposa e deixou que o amigo dançasse com ela. Seguiu-os com o olhar pela pista de dança, imaginando o que Christian estaria dizendo para fazê-la rir.

— Calma, irmãozinho — May comentou ao lado dele. — Eles só estão dançando.

— O quê? — disse Christopher, pestanejando, e olhou para a irmã.

— Eu quero que você dance comigo. — Ela o puxou pela mão até que ele concordou. — Gostei muito dela, sabia? — disse May.

Christopher teve que girar sua irmã para conseguir ver a esposa.

— Ela gostou de você também.

— Ela é muito mais legal do que qualquer mulher que você já namorou. Posso ver por que se casou com ela. Sem contar que é americana, coisa que o papai teria odiado.

Christopher se obrigou a prestar atenção no que sua irmã estava falando.

 — Eu não casei com ela para fazer pirraça ao nosso falecido pai. Não, ele se casara com ela por causa de seu falecido pai.

— Mas é um bônus o fato de que ele não teria aprovado — ela completou.