Fanfics Brasil - Coisas que só um x-tudo é capaz de curar Uma herança para dois - Ponny, AyA

Fanfic: Uma herança para dois - Ponny, AyA | Tema: rebelde, rbd


Capítulo: Coisas que só um x-tudo é capaz de curar

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O teto girou mais rapidamente do que o cérebro de Anahí foi capaz de assimilar. A cama parecia estar à deriva no mar. Annie virou de lado para olhar o relógio ao lado da cama, mas o estômago revirou com tanta agressividade que ela precisou correr para o banheiro no mesmo momento. Agradeceu por ter uma suíte, a última coisa de que precisava era correr o risco de esbarrar com Alfonso, Sofia ou mesmo um dos empregados, estando naquele estado. Assim que acabou de lavar a boca, ouviu alguém bater na porta.


- Inferno! - sussurrou para si mesma, antes de se arrastar até a porta.


- Você está péssima. - era Alfonso e dar de cara com ele, estando naquele estado, só não era pior do que submeter a própria Sofia a essa situação.


- Obrigada! Bom dia pra você.


- Boa tarde. - Alfonso apontou para o relógio que marcava 13h. - Beba. - ele entregou a ela uma caneca que a fez torcer o nariz.


- O que é isso?


- Chá. Vai te fazer bem. Posso entrar?


- Ah, claro. - Annie deu passagem para ele.


- Acho que precisamos conversar, Anahí.


- Ai, Alfonso, você jura? Acabei de acordar, estou com uma ressaca horrível na cabeça e um chá ainda pior nas mãos. - ela deu um gole no chá e correu para o banheiro no mesmo instante .


- Anahí? - Alfonso foi atrás dela, mas ela bateu a porta do banheiro antes que ele pudesse entrar. - Você está bem? - ele perguntou e, como resposta, pôde ouvir a professora vomitando. 


- Sério… - Annie retornou do banheiro, já com o rosto e a boca lavados, e se encolheu novamente para debaixo das cobertas. - O que passa pela cabeça de alguém para trazer um chá que faz vomitar?


- Vomitar tem suas vantagens, limpa tudo de ruim.


- Você é mesmo muito sábio… - Anahí escondeu a cabeça debaixo da coberta.


- Tome mais um pouco do chá, Anahí!


- Nem pensar, Alfonso!- ela permaneceu debaixo das cobertas. - Tira essa coisa nojenta daqui!


- Parece criança. 


- Ei… - ela colocou o rosto para fora da coberta. - Por que você está aqui ao invés de estar atormentando sua noiva?


- Dulce já foi para casa e eu precisei ficar para cuidar de você e da Sofia.


- Eu não preciso de babá, Alfonso! - ela sentou na cama com a cara amarrada.


- Não é o que parece. - ele sentou-se na beirada da cama. - Aliás, precisamos conversar. 


- Ah, não. Jura? 


- Sim, Anahí. Eu juro.


- Será que eu posso, ao menos, tomar um banho e um analgésico primeiro?


- Claro. Vou cuidar das coisas da Sofia e te espero lá embaixo. 


Alfonso cuidou de Sofia, mas sua preocupação ainda estava voltada para Anahí. Ele acordou querendo cobrir a professorinha de broncas e reclamações, mas ao vê-la tão enjoada e indisposta, tudo o que desejou foi que ela se sentisse melhor.  Então, veio a recordação de um dos momentos de sabedoria de Angélica: nada cura ressaca melhor que x-tudo e coca-cola. Ele riu sozinho. De onde sua irmã tirava essas coisas? O advogado abriu o aplicativo de entregas, confirmou o pedido e foi conferir Sofia que assistia TV na sala.


- Onde está minha dinda?


- Tomando banho. Já já ela desce.


- Mas, eu já até almocei…


- Sua dinda chegou tarde ontem. Ela precisa descansar. - Poncho sentou-se ao lado da sobrinha. - O que a senhorita está assistindo agora?


Ele mal teve tempo de ouvir a resposta de Sofia, pois o som da campainha interrompeu a conversa. Alfonso caminhou até a porta e, pelo olho mágico, pôde ver sua noiva de pé na varanda.


- Dulce? - ele estava surpreso por vê-la.


- Decidi vir te ver. - Dulce ficou na ponta do pé e deu um beijo em seu noivo. - Já que Annie está doente para ficar com Sofia, pensei em levarmos a pequena ao cinema.


- Sair com Sofia? Não sei se é prudente deixar Anahí sozinha assim. 


- Não sabia que precisava cuidar dela… 


A moça nem terminou de exprimir sua opinião. Anahí descia as escadas vestindo uma calça de flanela e uma camiseta preta, com os cabelos molhados caindo sobre os ombros.


- Dinda, você acordou! - Sofia correu para o início da escada e pulou no colo da madrinha.


- Calma, pipoquinha! A dinda ainda tá meio devagar…


- Já parece um pouco melhor depois de um banho. - Alfonso sorriu discretamente para Anahí. 


- Só pareço. - ela fez uma careta e se jogou no sofá. 


- Não seja tão dramática! - a campainha tocou novamente. - Perfeito! Você precisa comer alguma coisa. - Poncho caminhou para a porta da casa.


- Ah, não. - Anahí se encolheu no sofá, abraçando uma almofada. - Poucas coisas abririam meu apetite agora.


- Que tal isso? - ele retornava com um pacote de x-tudo em uma mão e um garrafa de coca-cola na outra. 


- Não acredito. - Annie endireitou-se no sofá e sorriu. - Você se lembra disso?


- Claro! - Alfonso sorriu de volta. - Nada cura melhor uma ressaca…


- Do que coca e x-tudo. 


- Ah… Então, essa é a doença… - Dulce resmungou, mas não foi ouvida.


- Vou colocar numa bandeja. 


- Não precisa se preocupar, Poncho…


- Não custa nada. - ele deu de ombros e partiu para cozinha sendo seguido por Dulce.


- Então… Anahí não está doente, está de ressaca. - ela perguntou assim que ficou sozinha com o noivo.


- Depois dos trinta, é quase a mesma coisa. - Alfonso brincou, mas Dulce não sorriu de volta.


- E por isso a gente não podia sair de casa?


- Ela não está bem, Dulce. 


Poncho organizou, em uma bandeja, o hambúrguer, as batatinhas e o refrigerante. Também colocou guardanapo, catchup e um copo com gelo. Depois, levou para a sala e pousou a bandeja sobre o colo de Anahí que agradeceu com um sorriso e os olhos brilhando. Sofia, por sua vez, puxou a manta do sofá e se cobriu com a madrinha, enquanto se aconchegava junto a ela e roubava algumas batatinhas. Para Alfonso, era impossível não achar a cena, no mínimo, encantadora. 


- Alfonso! - a voz de Dulce tirou o advogado dos seus devaneios. 


- Ah, oi, Di… - ele virou-se para a noiva, afastando-se da sobrinha e de Anahí.


- Eu preciso ir.


- Pensei que passaria o dia com a gente…


- Eu também, mas você está ocupado e eu quero mesmo ir ao cinema. 


- Tem certeza? Podemos assistir a algo por aqui…


- Tenho certeza, Alfonso. Nos falamos mais tarde. 


Dulce deu um selinho em seu noivo, disse adeus para Anahí e Sofia e partiu. Annie e a sobrinha, encolhidas no sofá, já estavam assistindo a Frozen 2, enquanto a professora, que parecia mais corada e disposta, devorava seu x-tudo.


- Vocês nunca cansam desse filme? - Poncho sentou-se no braço do sofá, ao lado das duas. 


- Nunca! - Sofia respondeu orgulhosa.


- Onde está Dulce? - Annie perguntou antes de dar mais um gole no refrigerante.


- Ela tinha ingressos para o cinema. Precisou ir. 


- Por que não foi com ela, Alfonso? Eu poderia cuidar da minha afilhada.


- Talvez você esteja precisando de cuidados hoje. - ele respondeu e piscou para a professorinha. - Agora… Será que a gente pode assistir a outra coisa que não seja Frozen? - Poncho sentou-se no sofá, ao lado da sobrinha. 


- Tá bom, tio… - a menina revirou os olhos. - Mas, só porque você já viu Frozen comigo ontem.   


Alfonso recebeu um sorriso de Annie ao escolher Alice no país das maravilhas. Aquele era um dos filmes favoritos da professorinha ainda criança e ele queria que ela soubesse que ele ainda se lembrava disso. 


            Depois de Alice no País das Maravilhas, Sofia quis assistir, mais uma vez, a Frozen, mas não conseguiu chegar ao final do filme, ela e a madrinha adormeceram no sofá.


             Alfonso pegou a sobrinha no colo e a carregou pela escada até o seu quarto. Era incrível o quanto ela estava crescendo! Já estava mais comprida e mais pesada. Quando o advogado retornou para a sala, não teve coragem de acordar Anahí. Pelo contrário, cobriu a professora com a manta da sala e recolheu a bandeja onde, antes, havia lanches, levando tudo para a cozinha.


            Ele já havia acabado de organizar a cozinha e estava pronto para retornar ao escritório com o intuito de, finalmente, conseguir trabalhar um pouco, quando a campainha soou. Ao abrir a porta, Poncho se separou com sua noiva de um jeito que ele jamais havia visto, o rímel borrado e os olhos vermelhos de tanto chorar, os cabelos desalinhados e a testa franzida.



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Autor(a): maryannie

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- Dulce? Está tudo bem? - Precisamos conversar? - ela ignorou a pergunta dele.  - Claro. Entra. - ele deu espaço para que ela passasse. - Quer conversar no quarto ou no escritório.  - Eu… - Dulce olhou ao redor e seus olhos se demoraram sobre a imagem de Anahí adormecida no sofá. - Prefiro o escritório. Alfonso e ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 35



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  • justlary Postado em 06/12/2024 - 14:09:20

    Continua

  • justlary Postado em 06/12/2024 - 14:09:09

    Finalmente o primeiro beijo

  • beatris_ponny Postado em 04/12/2024 - 16:34:57

    Nossa graças a deus vc voltou e continuou a história kkkk Manda mais por favor

  • justlary Postado em 23/11/2024 - 14:17:12

    Finalmente a Dulce percebeu se tocou e terminou com ele

  • justlary Postado em 23/11/2024 - 14:16:32

    Que bom que você voltou

  • justlary Postado em 09/11/2024 - 20:21:48

    Queria tanto mais capitulos

    • maryannie Postado em 19/11/2024 - 17:14:16

      Desculpe o sumiço. Voltei!

  • justlary Postado em 21/09/2024 - 02:05:06

    Continua

  • justlary Postado em 18/09/2024 - 00:30:41

    Posta mais

  • justlary Postado em 18/09/2024 - 00:30:27

    Comecei a ler hoje e já to viciada

  • beatris_ponny Postado em 19/08/2024 - 22:23:20

    Mulher cadê vc


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