Fanfics Brasil - Capítulo 16: Fugimos do que temos medo. Uma herança para dois - Ponny, AyA

Fanfic: Uma herança para dois - Ponny, AyA | Tema: rebelde, rbd


Capítulo: Capítulo 16: Fugimos do que temos medo.

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Annie quase não via Alfonso desde o dia da sua grande ressaca. Era sempre assim desde que começaram a morar debaixo do mesmo teto, todo episódio de gentileza do advogado era seguido de momentos de grande frieza e distanciamento. Mas, dessa vez, ela chegou a acreditar que seria diferente, mesmo que não soubesse exatamente o que diferente significava. De qualquer forma, quando ele cuidou dela, Anahí pensou ter visto, finalmente, Poncho de volta, o mesmo que um dia foi o seu melhor amigo e a sua paixão.


Mas, naquele mesmo dia, ela acordou no sofá com a casa inteira em silêncio e se encaminhou para o seu quarto. Claro que não passou despercebido o fato de que ele a havia coberto com uma manta e que isso a fez sorrir sozinha. Então, Babi adormeceu sonhando novamente com ele, como fazia quando menina. Porém, nos dias que se seguiram, ele passou a chegar mais tarde do escritório e, quando estava em casa, mal ficava nas áreas comuns. Não perdia os compromissos com Sofia, mas só falava com Anahí o essencial. 


Por mensagem, Annie relembrou a ele que a primeira consulta de Sofia com a psicóloga, Fabiane, seria naquela sexta-feira e que os dois precisariam estar presentes. “Ok”, foi a resposta que ela obteve e, justamente por isso, Anahí chegou a ficar surpresa quando, ao adentrar o consultório, correndo, puxando Sofia pela mão, deu de cara com Alfonso sentado na sala de espera.


- Vocês estão atrasadas. - ele falou pegando Sofia no colo.


- Não. Estamos no horário. - Annie respondeu quase sem ar.


- Estão em cima da hora.


Antes que Anahí pudesse retrucar, a psicóloga chamou por eles. Primeiro, Sofia entrou, mas não ficou muito. Aquele primeiro dia seria para conhecer a menina e conversar com seus responsáveis. Então, depois do diálogo com a menina, Fabiane pediu que sua assistente estivesse de olho enquanto a menina assistia a desenhos e esperava a conversa que, agora, seria com Annie e Alfonso.


- Então, vocês são a Dinda Annie e o Tio Alfonso?


- Somos nós! - Anahí concordou com um sorriso, enquanto Alfonso apenas assentiu.


- Pelo que a Anahí me contou por telefone e como a própria Sofia falou um pouquinho, a mãe dela faleceu e são vocês que cuidam dela, morando todos juntos. Certo?


- Certo. - Annie e Alfonso responderam juntos.


- E como é a convivência? - a psicóloga perguntou e Anahí e Poncho se entreolharam em silêncio. - Certo… Vou adiantar a vocês que Sofia me disse que quase não fica com os dois juntos, que ela acha que vocês não se gostam e que o Tio Alfonso trabalha muito.


- É o que eu tento dizer a ele. - Annie respondeu, cruzando os braços.


- Anahí, você ouviu tudo o que a psicóloga disse? Eu não sou o único problema.


- Eu preciso que vocês entendam que esse clima entre vocês pode sugerir à Sofia que ela vive em um ambiente hostil. É comum que filhos de pais separados, por exemplo, se tornem pessoas com extrema necessidade em agradar e tomem pra si a responsabilidade de manter a paz no ambiente. Isso é cansativo e pesado para uma criança. Ainda mais uma que passou pela perda da mãe.


- Passei pela separação dos meus pais e Alfonso passou pela morte dos dele. Não queremos que Sofia viva o mesmo que vivemos.


- Nisso, concordamos. - Alfonso respondeu sem olhar para Annie


- Então, sugiro que aproveitem o final de semana para fazerem algo juntos. Deixem que Sofia veja vocês dois interagindo sem brigas. O que acham?


- É uma boa oportunidade para uma praia, Alfonso. O que acha?


- Posso conseguir isso.


- Perfeito! - a psicóloga sorriu. - Sofia é uma menina inteligente, doce e sensível, mas está aprendendo a mascarar sentimentos. Não queremos isso. 


Naquele mesmo dia, Alfonso disse à Anahí que ele mesmo gostaria de colocar a sobrinha para dormir. A professorinha, por sua vez, sentou-se na poltrona que ficava no quarto da menina e assistiu ao advogado contar historinha e cobrir a menina.


- Alfonso! - ela chamou por ele já fora do quarto de Sofia.


- Sim…


- Podemos conversar?


- Agora?


- Se não for atrapalhar…


- Quer descer ao escritório?


- Podemos conversar no meu quarto.


Anahí entrou no quarto seguida por Alfonso. Ela sentou na própria cama, enquanto ele permaneceu de pé, de frente para ela, recostado na cômoda.


- Pode falar.


- Estou preocupada com o que a psicóloga disse. 


- Sei que está. Também estou. Por isso, fiz questão de colocar Sofia para dormir hoje. Vamos à praia com ela no sábado.


- Minha presença te faz tão mal, Alfonso? 


- O quê?


- Você me tratou com gentileza no dia em que fiquei de ressaca, cuidou de mim, mas depois… - Anahí cutucou o canto da própria unha. - Se trancou ainda mais, sumiu. Se a minha presença te incomoda tanto, tenho o apartamento e…


- Sofia precisa de você. - ele desencostou da cômoda, dando um passo em direção à cama.


- Posso permanecer por perto. Volto a morar no apartamento, mas…


- Não vai voltar a morar no apartamento!


- Alfonso, eu só não quero atrapalhar… - Annie finalmente ergueu o rosto e viu que ele já estava bem próximo à cama. 


- Dulce terminou comigo. - ele disse de repente, sem tirar os olhos dela.


- Poncho, eu não imaginava. - Anahí ficou de pé, o rosto próximo ao dele.


- Foi naquele mesmo dia. O dia da ressaca.


- Nossa! Existe algo que eu possa fazer por você, Poncho?


- Eu não sei… - Alfonso se aproximou mais de Anahí, colocando a mão direita na cintura dela. A mão esquerda indo direto para o queixo da professora, erguendo o rosto na direção dele. 


- Alfonso. - Annie suspirou fechando os olhos.


Com a mão direita, Alfonso puxou Anahí, pela cintura, para mais perto dele. O nariz roçou o dela por alguns instantes antes dos lábios se tocarem. Poncho sentiu a respiração de ambos se confundirem e a vontade crescer dentro dele. Nunca estivera tão perto de dar vazão a tudo o que sentia por aquela que um dia fora apenas a melhor amiga da sua irmã caçula.


Assim que Poncho encostou sua boca na dela, sentiu Anahí derreter em seus braços, ao mesmo tempo que se agarrava a ele como quem sente medo de estar vivendo um sonho. Como em uma perfeita sincronicidade, Annie abriu os lábios, dando espaço para que Alfonso invadisse sua boca com a língua, iniciando uma dança suave, lenta, intensa, que logo deu espaço a um beijo mais desesperado de quem, de repente, percebe que esperou por aquilo a vida inteira. 



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Autor(a): maryannie

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 36



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  • justlary Postado em 21/12/2024 - 21:02:23

    Cade você?

  • justlary Postado em 06/12/2024 - 14:09:20

    Continua

  • justlary Postado em 06/12/2024 - 14:09:09

    Finalmente o primeiro beijo

  • beatris_ponny Postado em 04/12/2024 - 16:34:57

    Nossa graças a deus vc voltou e continuou a história kkkk Manda mais por favor

  • justlary Postado em 23/11/2024 - 14:17:12

    Finalmente a Dulce percebeu se tocou e terminou com ele

  • justlary Postado em 23/11/2024 - 14:16:32

    Que bom que você voltou

  • justlary Postado em 09/11/2024 - 20:21:48

    Queria tanto mais capitulos

    • maryannie Postado em 19/11/2024 - 17:14:16

      Desculpe o sumiço. Voltei!

  • justlary Postado em 21/09/2024 - 02:05:06

    Continua

  • justlary Postado em 18/09/2024 - 00:30:41

    Posta mais

  • justlary Postado em 18/09/2024 - 00:30:27

    Comecei a ler hoje e já to viciada


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