Fanfics Brasil - A volta da Aurora Danos colaterais: permita-se amar!

Fanfic: Danos colaterais: permita-se amar! | Tema: original, romance


Capítulo: A volta da Aurora

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Era uma manhã fria e o tempo cinzento deixava tudo mais melancólico do que já estava, as circunstâncias não era das melhores  para um reencontro daqueles, eu havia ensaiado algumas palavras, minha mãe sempre falava da minha capacidade de ficar em choque e querer fugir de situações emotivas. 


Estava dentro do meu carro alugado, não sabia como lidar com toda a merda que estava rolando na minha vida, mas voltando para a minha cidade e para a casa dos meus pais me causava pânico. 


Ansiedade… 


Era o que sentia, enquanto me analisava pelo retrovisor do carro. Aquela ansiedade era diferente, uma sensação da qual me lembrava as vezes. 


 


 Nao que tenha contato os anos, mas fazia 5 anos que estava fora. Fechei os meus olhos e estava la novamente, naquele mesmo lugar. 


 


Ele me olhava como se soubesse que era um adeus, prometi a mim mesma que o meu sentimento morreria ali, era algo que nao havia ter acontecido. Meu corpo nao estava tao a vontade naquela cama, parecia coçar, me incomoda. 


-Escuta… 


-Oi. -o olhei. 


Aqueles olhos azuis… puta que pariu. 


-A gente prometeu que nao ia fica estranho. -disse levando o meu cabelo para tras da minha orelha, fechei os meus olhos e sorri. 


-Estamos fazendo isso a um ano e nunca ficou estranho. -sussurrei.


O nosso silencio era bom, ele me dava paz dentro do meu caos. 


Ele riu e se colocou por cima de mim, seu sorriso estava aberto e seu cheiro invadia a minha mente. 


-Vou senti falta disso. -sussurrou me dando um beijo. 


Seus labios eram macios e eles me devoravam. 


-De sexo casual ? Cara, voce vai acha alguem… 


-To falando de voce. -me interrompeu. 


-Ata... -sussurrei tentando ser sarcástica e o sentido se colocar entre as minhas pernas. 


Foi  um sexo de despedida.


No entanto, o dia seguinte foi pior, meus pais estavam em diante meus olhos, eles me davam lição de como deveria me comportar na Europa, como lidar com a tia Amanda que era uma louca varrida e etc. 


Eles nunca diriam o que eu queria ouvir, mas era assim que lidavam com isso, com despedidas e como demonstrar amor, Rael não entendia isso.  Na verdade, fazia um ano que ele havia sumido… de vez. 


-Lembrasse, qualquer problema é só ligar. -disse meu pai me soltando de um abraço. 


Balancei a  cabeça  e olhei para minha mãe, ela estava impecável, como sempre, usava sempre roupas claras e jóia em ouro. Ela era uma senhora elegante que tentava de todas as formas manter as aparências, no entanto, sabia que chorava olhando uma das fotos do Rael.


Meu irmao mais velho acordou um dia e sumiu… poderia ter trocado o seu nome…. estar vendendo a sua arte na praia com a sua esposa… poderia ser tia…


Eu era o plano B. 


Rebeca, a minha prima era o plano C, caso não consiga dirigir os negócios da família seria ela que assumiria. nao tínhamos uma relação muito boa com ela, mas havia respeito.


Me despedi como uma boa filha, que não transava e nem fumava maconha. 


Encaminhei pelo corredor e ao longe o vi, usava roupas pretas com capuz para que os meus pais não o vissem, ele nao precisava dizer nada, seus olhos eram tudo que precisava, eles diziam adeus. 


Seus olhos nao me pediam para ficar, ele já sabia a minha resposta. Mas se ele me pedisse, naquele momento, eu ficaria.  continuou ali com as mãos nos bolsos do casaco, passar por ele foi como fechar um livro. Sentia os seus olhos  me seguirem. 


 


Fechei os olhos segurando o volante, era um inferno estar aqui, sabia de algumas coisas pois a minha mãe me contava  e mantive  um contato com a Marina, uma colega da época de escola, eu sabia de tudo. 


Respirei fundo e sai do carro, peguei a minha mala de mão onde estava a minha roupa para o aniversário de Rebeca, nao era uma boa ocasião para ressurgir após anos, mas meus pais não me deixariam ficar quieta sofrendo no meu antigo quarto. Os pais de Rebeca morreram em um acidente quando ainda tinha 5 anos, meus pais como únicos parentes vivos a adotaram como filha, porem nao tinhamos um bom relacionamento. Nunca surgiu um interesse nela como minha irmã.


Rebeca faria um escândalo, como se eu quisesse acabar com o seu brilho. 


Apertei o interfone daquele muro de rochas caras… não demorou muito para  Luciano surgir, seus olhos sorriam como os lábios, ele era de confiança do meu pai, parecia não ter passados os anos. Luciano era alto e com o tempo ganhou uma barriguinha de chopp. 


-Aurora! -disse o meu nome enquanto abria o enorme portão de ferro reforçado.


-Luciano! -falei tentando parecer animada quanto ele. 


Me lembro de ve-lo chorar quando partir, era de doer o coraçao, nem os meus pais choraram. Ele nos viu crescer e uma vez me buscou na casa… 


-Olha quem chegou, pensava que demoraria mais alguns dias. -Rebeca surgiu de algum lugar. -Ainda bem que pedi comida a mais, sempre vem uns penetras. 


Ela me olhou com desdém e pra ser sincera so consegui rir. 


-Minha mae nao avisou voce? -perguntei apos o meu riso sinico. -Achei que a festa era sua, prima, mas pelo visto nao. -pisquei para ela. 


A ruiva de farmácia respirava fundo. sabia como a deixar puta da vida. 


-Luh, guarda o meu carro? -entreguei a chave para o Luciano e olhei para a Rebeca. 


-Feliz aniversário, prima amada. -falei mostrando o dedo do meio para ela enquanto passava por ela. 


 


Minha mae me olhou como se analisava cada detalhe do meu corpo. 


-Oi mamae. -falei a vendo se voltar para mim. 


-Aurora, voce esta maravilhosa. -me elogiou. 


-Digo o mesmo da senhora. -falei a vendo arrumar uma das mechas de seu cabelo loiro platinado. 


ela pegou a minha mao com força, eu estranhei aquilo, porém apenas sorrir, eu me tornei aquilo que ela sempre quis. 


-Senti a sua falta. -sussurou soltando a minha mao. 


-Ta tudo bem? -perguntei a vendo balançar a cabeça.


-Sim, filha. -disse respirando fundo. -Marina esta no seu antigo quarto, eu sei que nao vai morar aqui… ja é uma adulta. 


-Ok… - dei um passo para trás.  -Vamos tomar um chá depois? 


Ela sorriu… sorriu? 


-Amanha. - disse passando por mim. 


Fiquei um tempo parada confusa… aquela não era a minha mãe!  


Segui para o meu antigo quarto, reparei algumas mudanças na decoração, mas nada muito significante. 


Entrei no meu antigo quarto e o notei que estava intocável… do mesmo jeito que deixei. 


-Porque não respondeu as minhas mensagens? -perguntou a garota de cachos castanhos e pele bronzeada. 


-Desculpa… escuta… o que houve com a minha mãe? -perguntei a vendo olhar para os lados e se sentar. 


-Ela vive a base de calmantes. -disse engolindo em seco. -Fiz o que me pediu e conversei com os empregos. 


-Por essa razão que te contratei. - sussurrei girando a chave entre meus dedos. -Sabia que ela não contou para a Rebeca que estava voltando? 


-Ah tá explicado… -disse rindo. - Rebeca vai fala que você veio para estragar a vidinha dela.  


-E o apartamento? - perguntei. 


-Do jeito que me pediu. - piscou deitando novamente. -Voce está diferente, mas de um jeito bom. 


Ela me olhou e suspirou. 



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Autor(a): surtada13

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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Não que quisesse ser o centro das atenções, mas era inevitável.  Coloquei um vestido longo preto, com as costas nuas e uma fenda  na coxa direita, o colo era alto para não ficar tão vulgar. Era simples. Coloquei um par de brincos de cristais rosados, meu cabelo amarei em um rabo de cavalo alto e assim esperava me esconder ...



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