Fanfics Brasil - Mentiras Danos colaterais: permita-se amar!

Fanfic: Danos colaterais: permita-se amar! | Tema: original, romance


Capítulo: Mentiras

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(Thomas)


Estava martelando a cabeça á dias para aquele discurso, pedi ajuda até para Taila que de mau gosto me ajudou, mas olhando para ela, eu sabia que seriam palavras vazias. Naquele momento cai na real, Rebeca era uma boa versão de esposa que meu pai adoraria que ficasse, mas nao era a pessoa que eu queria. No fim, nunca sei o que quero e quando sei a deixo ir. 


Atropelei as palavras, desistir de tentar manter o discurso perfeito.


Aurora estava ali, estava diferente daquela que me despedir no aeroporto… Se eu olhasse para ela mais um pouco, desistia. 


Rebeca parecia surpresa, mesmo sabendo do pedido. Era esse o nosso acordo. 


Natan olhava para Aurora enquanto ela me observava segurar a mão de Rebeca, me incomodava ele ali, mas havia se passado anos e ele estava tendo um lance com a Marina. Rebeca havia escolhido o anel, apenas o discurso era por minha parte. 


Poderia explicar tudo para a Aurora, mas ela não me escutaria. O resto da festa se tornou um borrão em minha mente, eu nao ouvia nada, nao via nada, nem mesmo como a Aurora me matava com aquele olhar dela. 


Rebeca me chamava de amor e seu sorriso era falso, ela sabia o que se passava comigo, ela se aproveitou disso, me usaria para arrancar o coração da Aurora. Ela poderia jurar mil e umas coisas, que faria tudo diferente.  


Estávamos em seu quarto, ela andava de um lado para o outro, comentando como éramos o casal mais perfeito e falso do mundo. 


-Está pensando nela. -disse revirando os olhos. -Eu deveria ter avisado voce, sobre ela. 


-Deveria sim. -falei me sentando na cama. 


Ela me analisou e se sentou na cama. 


-Vai tentar fala com ela? -perguntou juntando as sobrancelhas. 


-Acha que depois disso ela vai querer fala comigo? -ela riu e negou. -Pois é!


Rebeca deu um leve sorriso. 


-Eu a odeio, mas voce é o meu melhor amigo… -ela sorriu e segurou na minha mao. -So nao fale do nosso acordo. 


-Ela nunca ficaria contra voce, caso for honesta. -falei a vendo me analisar com duvidas. 


-Estamos a anos forjando esse relacionamento, precisamos seguir com isso, depois estaremos livres e se voces se casarem depois de tudo, prometo dar o presente mais caro. -disse me fazendo rir. 


-E como esta a Fernanda? -perguntei a sendo suspirar. 


-Ela custa entender, mas se o meu tio souber… 


-Eu serei um cafageste com você e pelo trauma tu vai fugir com a sua melhor amiga. -pisquei para ela. -E serão um belo casal. 


-Obrigada. -disse se afastando de mim. 


Rebeca não se importava com o que fazia ou deixava de fazer, eu era a fachada para o seu relacionamento lésbico e ela era a namorada ideal que os investidores e sócios amavam. Com o tempo, ela se tornou a minha melhor amiga, eu desabafei com ela sobre a minha família, ela me ajudou a não surtar e ir atrás da Aurora. Rebeca apagava os emails e as mensagens que a Aurora me mandava.  Mesmo antes da Aurora, a Rebeca era um segredinho, sempre soube que ela gostava de meninas e sempre ajudei ela. 


Acordei mais cedo do que deveria, me levantei para ir por jardim, olhava aquela piscina que passei vários momentos com o meu amigo Rael, até que começou a namorar a minha irmã e a merda foi feita. Sentia falta dele e a da Vitória também.


Olhei para a janela, a do quarto de Aurora, as vezes fazia isso, olhava pra ve se ela estava la. Desta vez, após anos, ela estava. Aurora estava de costa falando no celular, estava com uma camisa branca e cabelo amarrado em um coque em cima da cabeça. 


Aurora nao sabia o caos que estava a sua família, poderia contar para ela, mas a minha garota nao era burra… 


 


“ Estava olhando a janela do meu quarto, era grande vazio,  havia perdido uma parte de mim, e mesmo no vazio, poderia ouvir as pessoas conversando no andar superior. A minha tristeza era profunda e nao conseguia se quer chorar. 


Estava sentado no chão, com a cabeça encostada na cama, em meus dedos um cigarro. 


Escutei a porta se abrir, respirei fundo e fechei os meus olhos. 


Aurora se sentou ao meu lado e senti o seu perfume. 


-Sinto muito. -sussurrou me fazendo olhar para ela. 


Seus olhos estavam na janela e voltei a olhar o azul do ceu. Nao sei quanto tempo ficamos ali, ate que acendi outro cigarro. 


-Aurora, eu nao… voce… -eu tentei a tirar dali, mas seus olhos nos meus. 


-Eu sei. -ela me olhou. -Voce gosta do silêncio, mas não de estar sozinho. 


Sorri para ela e apontou o cigarro. 


-Isso faz mal. -disse com desdém. 


-Meu pai… fumava e não foi de câncer que morreu. - sussurrei a vendo dar nos ombros. 


-Posso? -perguntou tentando pegar o cigarro de mim. 


-Você é a irmã mais nova do meu melhor amigo. -sussurrei a vendo pegar o cigarro dos meus dedos. 


-E dai? -disse rindo. -Isso é machista. 


Olhei para ela, havia uma atração ali, pelo menos pela minha parte. Seu cheiro, seus olhos… seus lábios… 


-Desculpa. -falei a vendo relaxar a cabeça na cama. 


Seu sorriso era calma e quando dei por mim, minha mão estava em seu pescoço e seus lábios nos meus, ela correspondeu o meu beijo,  porque ela nao me empurrou?


Ela me afastou um pouco sem fôlego, seu rosto estava vermelho e notei que em sua mão estava o maço de cigarros e o isqueiro. 


-Quando não estiver em luto e triste, me procura. -disse olhando em meus olhos. 


-Aurora… eu… -olhei ela se levantar. 


-Eu sei. -disse soltando o ar e olhando para mim. -Isso vai comigo. 


Aurora me deixou sozinho com os meus pensamentos sobre a morte do meu pai em decorrência de um acidente de carro. “


 


Eu a procurei após alguns meses. 


Aurora se virou para o jardim e levantei a caneca de café para ela. Como ainda falava no telefone, parecia estar me ignorando, mas era difícil para ela disfarçar a raiva, principalmente para mim. Eu a conhecia por dentro. 


Ela se virou após me fuzilar com o seu olhar.  


Aurora era um problema que nao queria lidar, mas ela tinha um imã que me guiava ao seu encontro. So Deus sabe o quanto foi difícil não larga tudo e ir atrás dela. Havia se passado 5 anos, não era possível que ainda existia algo entre nós, nada dura por tanto tempo. Deve ser nostalgia. 


 


“Ela sorriu. 


-Meus pais acham que quanto mais cedo eu ir, melhor vou me adaptar. -disse deitada em meus braços. 


Nossos corpos deitados na grama de uma das reservas naturais, a convenci a fazer uma caminhada com a finalidade de caímos na cachoeira. 


-Está animada. -falei mexendo em seu cabelo.  


Eu nunca falei para ela o que sentia, nunca seria aquele que destruísse todos os seus sonhos por egoísmo. 


-Claro. -ela deitou de frente para mim. 


Seus olhos brilhavam e seu sorriso era doce. "


Aurora no início negava ter um vínculo emocional, então ela os enterraram, era mais fácil para ambos deixar os sentimentos de lado. Fazer esses tipos de passeio era contra a filosofia de não se envolver da Aurora, porem, ela nao me dizia não. 


-Fico feliz por voce, linda. -falei forçando o meu melhor sorriso mesmo que aquilo me consumia. 


Eu a enganava para ver feliz. “


 


Nao pensei como seria o meu encontro com a Aurora pela manhã, eu nao queria vê-la em um ambiente calmo e sem a música da noite anterior. Observei o senhor Roberto caminhar para a mesa do cafe, com toda a certeza a ressaca estava das piores, o seguir a fim de ver o que aquele velho estava sentindo, deveria ter algum remorso ali.


-Bom dia. -falei o vendo se sentar. 


Aquele velho egoísta se sentou e colocou café para si mesmo com a mesa farta, como se houvesse outra festa pela manha. 


-Bom dia, deveria ter me contado antes do pedido de casamento. -disse tomando o gole de seu cafe. 


-Era surpresa. -falei me sentando em sua frente, ele odiava aquilo. 


-Odeio surpresas. -disse me encarando. 


Era um velho filho da puta e não tinha remorso nenhum em demonstrar, porém as crises ali só aumentavam e do nada a Aurora volta… antes do previsto, Rebeca não sabia da volta da Aurora, para ela ainda faltava um ano para o retorno, então, porque voltou?


-Mas a surpresa não era para o senhor. - meu tom era calmo e provocativo.


-Gosto das coisas ao meu modo. -disse me fazendo rir. 


-Compreendo, afinal se soubesse nao teria bebido tanto e conseguiria fazer o seu discurso de pai adotivo. 


Seus olhos me fuzilaram. 


Roberto não gostava de ser questionado e contrariado, mas desde que conseguir comprar mais da metade de uma de suas empresas ele teria que me engolir. 


Aquele silêncio me fez notar a presença indomável de Aurora. Estava com uma calça jeans uma camisa branca que mesmo parecendo básica era de marca. Ela estava com o cabelo amarrado e óculos escuros. Aurora usava um salto e estava com telefone nas maos. 


-Bom dia. -disse tirando os olhos do celular e analisando o ambiente. -Família. 


Sorriu de forma totalmente debochada. Eu gostava daquilo, eu a incomodava, talvez mais do que ela me afetava. Era divertido.



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Autor(a): surtada13

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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