Fanfics Brasil - Onde esta Vitoria? Danos colaterais: permita-se amar!

Fanfic: Danos colaterais: permita-se amar! | Tema: original, romance


Capítulo: Onde esta Vitoria?

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Senti o ar sair dos meus pulmões rápido demais, Vitória estava morando em uma vila turística com um menino de no mínimo 6 anos. Marina estava ao meu lado e pude notar que não era só eu que estava passada. 


Estamos dentro do carro alugado, estávamos em uma rua de frente para a praça onde podíamos ver crianças e suas mães.


Vitoria olhava o garoto com admiração. 


-Ela… é mae dele...Rael é o pai. -Marina sussurrou. 


-Foi por isso que ele fugiu… -falei segurando com força o volante.-Maldito. 


Marina respirou fundo e me olhou. 


-Sera que... Bom, o que vamos fazer? -disse ela me analisando. 


-Eu queria muito saber onde o Rael está, ele ia se ver comigo. Pior que nao tem como nem ter dúvidas, aquele rostinho é do Rael. 


Marina me analisou e suspirou frustrada. 


-Ela vai nos mandar ir embora como se fossemos duas desconhecidas. -disse Marina concluindo algo que nao havia pensando. 


-Puta que pariu. -sussurrei irritada. 


Apos um tempo de reflexão decidimos ir para a casa de Vitoria no período da noite, assim ela nao teria coragem de nos expulsar da casa dela se tivéssemos brinquedos para a criança… nao é mesmo?


Bom, esse era o nosso esquema, compramos brinquedos e fomos para a casa dela, esperamos um tempo ate que decidimos descer do carro. 


Nos olhamos antes de apertar a campainha. 


Vitoria tinha os meus olhos que Thomas, ela estava diferente, havia pintado o cabelo de loiro e ganhou alguns quilos devido a gravidez. 


Ela parecia surpresa, por um momento parecia aliviada e no outro queria nos da um tiro. 


-Quanto tempo, Vi. -Marina estava claramente sem reação. 


-O que estao… meu Deus. -sussurrou estressada. -Achou que eu estava com o Rael? 


Ela me olhou como se quisesse me ferir. 


-Nao! Pelo menos nao com o Original. -Falei acenando para o menino atras dela. 


-Seu pai sabe que esta aqui? -perguntou me puxando para dentro. 


-Meu pai -questionei a vendo puxar a Marina. 


Ela riu sarcástica e me olhou com ódio. 


-Seu pai é um filha da puta. -disse olhando para mim. 


-Temos uma criança aqui. -Marina apontando para o garoto que me olhou. 


-Voce é bonita. -disse me olhando. -É  amiga da mamae? 


-Obrigada…-sorri para ele e entrei o presente. -Sim, eu sou. 


-Rafa, vai abri o seu presente no quarto, a mamãe vai conversar com as amigas dela. -Vitoria nos guiou para dentro da casa e esperou o filho ir ate o quarto. 


Vitoria me olhou e senti a sua mao na minha cara. 


-Isso é por voce ter dado para o meu irmao, sua vadia. -disse após dar o tapa. 


Minha face ardeu e olhei para ela. 


-E voce que estava com o meu irmao. -falei sentindo a mao da Marina em meu pulso. 


-É diferente, voce sempre soube, nunca escondi nada de voce… -disse me fuzilando. 


-A nao ser fugir com uma criança no ventre. -disse Marina me fazendo concordar. 


-Ser ameaçada por um mafioso nao estava nos meus planos. -disse olhado de forma irritada para Marina. -Voce nao sabe, nao é? Seu pai é um mafioso, corrupto, sabe se la quantas vidas ele ja tirou? 


Olhei para a Marina e me desabei no sofa. 


-Ou sabe? -Vitoria me provocou. -Foi ele que sumiu com o Rael, acho que ele o matou, nao queria que o filho assumisse a criança, por medo eu fugi, com a ajuda do Thomas. 


Meu pai era capaz disso? Sim, minha mente tinha noção que meu pai faria isso. 


-Me desculpa. -sussurrei. 


Marina se sentou e olhou para mim. 


-Foi por isso que voltou? Soube de algo obscuro do seu pai? -perguntou. 


-Mais ou menos. -falei respirando fundo.-Algumas transações suspeitas para a Itália, Alemanha...Rússia…


-Como você sabe disso? -Marina me olhou de canto de olho. 


-Recebi um e-mail anônimo com as informações, parecia uma investigação. -olhei para Vitória que se inclinou para frente e começou a mexer a perna. - Eu não sei quem tenha feito isso… talvez a Rebeca. 


Marina negou e ficou pensativa.


-Pode ser, ela disse que queria falar com você. -Marina concluiu. 


Vitória soltou o ar de uma forma chorosa, ela lutava contra as lágrimas, isso me abalou por dentro. 


-Que família bosta essa minha. -sussurrei irritada. 


-A minha no máximo brigam pelo terreno da minha avó. -Marina disse se levantando e colocando a mão na cintura.   


Vitória olhou para mim que começamos a rir. 


-Agora somos adultos brincando de detetives e ladrao. -Falei vendo o rosto de Vitoria se suavizar. 


-Senti saudades. -confessou me fazendo relaxar no sofa. 


-Noite das meninas? -sugerir a vendo concorda. 


-Com muito vinho. -Marina sorriu. 


-Nao muito, eu sou mae, gente! O Rafael é terrível. -disse rindo e suspirou cansada. 


-Ai eu vou ser a tia do ano! -falei empolgada. 


-Ah nem vem! -Marina se sentou novamente. -Quem teve a ideia dos brinquedos foi eu!


A olhei irritada e neguei. 


-Voce ja tem sobrinhos, para de querer roubar o meu, porra. -falei notando o olhar triste e nostálgico de Vitoria. -Natan tem irmãos também, voce vai ter sobrinhos para um caralho . 


-Marina e Natan? -Vitoria perguntou surpresa e sorriu. -Sempre achei que voce que ficaria com ele. 


Ela me olhou e riu. 


-Ah ta. -falei rindo e negando. -Nunca. 


-Eu também achava isso, estamos nos conhecendo. -disse Marina envergonhada. 


Por um tempo, enquanto falavam sobre os acontecimentos recentes, me peguei pensando, porque eu e o Natan? Éramos amigos. 


E so. 


 


Marina me seguia pelo corredor da empresa, não era exatamente no que queria trabalhar, mas cuidar dos desenvolvimento dos projetos de arquitetura era melhor do que financeiro, essa parte ficava com pessoas sem amor a vida, como o corpo jurídico também. 


-Entao, tem certeza que voltará para a sua casa? -Marina estava preocupada com o fato de eu ter desistido de morar em um apartamento sozinha. 


-To com saudade do papai. -ironizei e notei como as pessoas me olhavam. 


Eu era o mais próximo de celebridade para elas, minha sala ficava em um dos corredor do lado direito do prédio, ali estava a sede de todas as empresas do meu pai, fiquei responsável pela que cuidava de construções, era a minha área.eu tinha 49% dessa empresa e o outro sócio tinha 51% . Claro que meu pai nao me daria uma empresa com mais de 50% das ações. 


-Parece nervosa. -perguntei olhando a minha agenda. 


-Voce sabe quem é o sócio majoritário? -me perguntou me fazendo parar em frente a porta da minha sala. 


-Nao, tenho que me preocupar? -perguntei a vendo levar o cabelo para tras da orelha. 


-Ele esta atrás de voce. -ela sussurrou nervosa. 


Suspirei e senti aquele perfume. 


Olhei para tras, Thomas estava diante dos meus olhos, usava um terno preto e com uma gravata vinho que combinava perfeitamente com o meu vestido vinho. 


-Sera que eu nao tenho um momento de paz nessa minha vida? -perguntei o tirar os olhos do celular e me encarar. 


-Achei que ia começar na segunda. -provocou com o olhar afiado em mim. 


Olhei para o corredor enquanto buscava ar. 


Natan vinha pelo corredor, estava com um terno de tom de grafite, o blazer estava pendurado em seu ombro e sua mão no bolso. Quando que ele ganhou aquele jeito confiante? Seu cabelo estava baixo a barba para fazer. 


Deveria estar muito bêbada na festa da Rebeca porque eu nao vi esse Natan… pisquei algumas vezes e ele ja estava em minha frente. 


Olhei para Thomas e Natan , parados em minha frente, por um segundo vi os dois como adolescentes. Natan no seu jeito mais debochado e Thomas do seu jeito mais arrumadinho, como se o mundo girasse ao seu redor. 


-Ai meu Deus. -falei levando a mao para a minha testa. -Praticamente acabei de acorda. 


-E ela esta com o fuso horário de Paris. -disse Marina sem imaginar que na verdade era porque eu estava secando aqueles dois. 


Natan olhou para  Marina e piscou para ela, ele analisou o meu rosto e riu. 


-Bom dia docinho. -disse para mim. 


Natan me chamava assim quando éramos mais novos. 


-Voce fica bem de terno. -minha boca falou primeiro que a minha noção. -Vocês ficam.  


Olhei para Thomas que fuzilava o meu rosto, eu não sabia se estava nervoso com o meu elogio para o Natan ou com a minha visita a Vitória. 


-Preciso falar com voce. -disse quase rosnando. 


Isso era sexy. Dei um sorriso debochado. 


-Marina, busca um café para mim que o lindinho aqui quer estragar a minha manhã. -sorri forçado e olhei para ela. -Por favor. 


-Vou com voce. -Natan disse estendendo a mão para Marina. 


-Poderia pegar um para mim? -Thomas olhou para o amigo. 


-Se quiser, voce que busque. -disse Natan pegando na mão Marina.


Entrei na minha sala completamente confusa, perdida e a ponto de desmaia. Coloquei a bolsa na mesa, fiquei de costas para Thomas. 


-O que voce foi atras da Vitoria e ainda usou a Marina para conseguir o endereço? -seu tom era frio e me fazia crer que algumas verdades sairiam de sua boca. 


-Vai Thomas, me xinga, me chuta…-falei cansada. -Eu nao sou idiota, ja entendi que tem algo errado e o meu castelo de area esta pronto para desmoronar e se duvida, pegue ate fogo. 


Me virei com os braços cruzados. 


-Voce nao sabe de nem a metade. -disse se aproximando. 


-Eu quero saber. -sussurrei olhando para baixo. 


-Nao posso… -disse lentamente, como se o ferisse. 


-Porque nao respondeu os meus e-mails? Era só dizer que estava com alguém. -falei olhando para baixo. -Era só fazer isso. 


-Eu nao consegui. -disse se aproximando e tocando o meu cotovelo. -Queria ir te encontrar, mas eu queria ter deixado voce viver o que voce queria… Por isso nunca te pedi para ficar. 


-E nem voce iria comigo. -sussurrei sentindo a sua mao em meu rosto. 


-Voce nao ficaria. -disse em tom calmo. -Daria na mesma. 


Olhei para cima e notei que a sua intençao era me beija. 


-Voce esta noivo e ainda quer me beija? -falei o empurrando. -Mesmo nao gostando da Rebeca, eu nao faria isso com ela. 


-Aurora, me escuta… 


-Sai daqui! -gritei o vendo respirar fundo. -Vamos enterrar esse assunto, só me procure só para falar do meu pai, mas hoje não. 


Estava engolindo o choro, queria desabar em lagrimas, porem nao queria que me visse chorando. 


-Desculpa. -disse quando me virei de costas para ele. 


Escutei a porta se fechar… 


As lágrimas caiam, sentia o nó na garganta, eu o engoli quando Natan abriu a porta. 


-Marina ficou presa na lanchonete, aquela mulher parece político… - ele parou de falar e caminho até mim. 


Ainda estava de costas, vi sua mão colocar o café na mesa. 


 -Beba enquanto está quente, ninguém merece café frio. - disse tocando em meu ombro. 


Fechei os olhos e respirei fundo.


-Obrigada, por favor me deixe sozinha. -falei o ouvindo estralar a língua. 


-Sabia que sou advogado. -disse soltando o meu ombro.  


Natan soltou o meu ombro e notei que se sentou na cadeira que estava ao meu lado. Uma cadeira de escritório fria e vazia… parecia até que estava me descrevendo.  


-Beba o café. Sentasse em seu torno, rainha. -disse sarcástico. 


Eu o conhecia muito bem, Rael me disse que quando um dos caras do time de futebol Marcelo, tentou se matar quem o convenceu do contrário foi Natan.  


 Ele só sairia da minha frente quando soubesse que estava bem, maldito. 


Peguei o café e me sentei na minha cadeira, ela era muito grande e me sentia desconfortável.   


-Odiei essa cadeira. -falei o vendo dar nos ombros. -Vou compra outra. 


Falei me levantando com o copo de café. 


Olhei para a janela de vidro e a vista dos prédios me trazia uma sensação triste, como se tivesse lutado tanto para não conseguir nada.  


Virei o meu corpo para o Natan que também olhava a vista. 


-Isso é triste. -falei o vendo concorda.


-Toda a esperança se vai, parece que, foi tudo em vão. -disse pensativo e me surpreendendo. -Na onde estaria se pudesse escolher? 


-Em uma praia. -sorri o vendo fechar os olhos.


-Eu me daria bem em uma vila de praia, comendo peixe todos os dias… eu seria um puta surfista! -ele se levantou e piscou. -O que acha? 


Engoli em seco, pois imaginei a sua pele bronzeada pelo sol. 


-Pelo menos o visual… 


Natan sorriu e se aproximou de mim. 


-Eu tenho uns processos… contratos… -ele foi andando de costa. -Nos vemos. 


Concordei com a cabeça e o vi sair.  


 


(Thomas) 


 


Meu corpo estava agitado, me sentia culpado, porque fui beija-la? Andava de um lado para o outro, daqui a pouco cavava o buraco no chão. 


Natan abriu a porta e me encarou. 


-O que você fez? -seus olhos estavam calmos, porém a sua voz dizia o quanto estava puto. 


-Tentei beijar ela. -falei o vendo colocar a mão na cintura. -Eu feri o ego dela… 


-Cara. - Natan se sentou em uma das minhas cadeiras e levou a mão no rosto. -Ela tava muito puta. 


- Eu tentei pedi desculpas, mas ela gritou mando ir embora. -falei o vendo tirar a mão do rosto. 


-Eu não entendo. - Natan se levantou. - Vai lá e fala com ela. 


Natan olhou em meus olhos. 


-Ela não quer me ouvir… não agora. -falei me sentando na minha cadeira. 


-Aurora já sabe de algumas coisas, apenas o necessário. -disse indignado. 


-Voce está muito alterado. -falei o vendo revirar os olhos. 


-Nem vem com essa de que me preocupo demais com ela. - disse respirando pesadamente.


-voce gostava dela. - o lembrei e o ouvi a sua risada. 


Natan negou com a cabeça. 


-Eu queria comer ela. - disse se aproximando da minha mesa. - Como qualquer um que frequentava aquela escola.


Isso era verdade. 


Suspirei e virei a cadeira para a janela. 


-Tenho algumas coisas para fazer… nos vemos no almoço. 


Não disse nada, estava concentrado em como iria resolver aquela situação. Naquele momento a minha vida se resumia em problemas.  


 


Estava analisando uns papéis importantes, quando recebi uma ligação da Rebeca. 


-Diga. -falei a ouvindo suspirar pesado. -O que houve? 


-Estava na galeria, bom… a tia teve outra crise, estou no médico com ela. - disse em um tom cansado. - Poderia trazer algo para mim almoçar?  


-Esta na clínica? -perguntei me ajeitando na cadeira. 


-Sim… eu não sei o que dizer para a Aurora, bom… não sei como avisar. - disse entre pausas.


-Posso levar ela até aí, bom… vocês almoçam juntas? -perguntei a ouvindo rir baixinho. 


-Quer mesmo que tornamos amigas, não é? -disse entre a risada baixa. -Bom, a tia tá sedada mesmo, não vai sai daqui. 


-Esse é o espírito. -falei animado. -So pega leve, a gente teve uma leve discussão pela manhã. 


Rebeca bufou. 


-Isso se chama tesão reprimido.  -disse antes de desligar. 


Como vou convencer a Aurora ir até lá? 


 


Respirei fundo antes de bater na porta, organizei as minhas falas, talvez eu me perca na ordem, mas ela iria entender. Pelo menos a parte da mãe dela está sedada em uma clínica. 


-Pode entrar. -disse em um tom calmo. 


 Seus olhos estavam em um dos projetos de arquitetura, ela parecia concentrada e ao me olhar soltou um suspiro. 


-É importante? -perguntou Voltando o olhar para o papel. 


Aurora balançava o lápis de um lado para o outro, entre os dedos. 


-Bom, é. -fechei a porta. -Sua mãe está tendo crises… bom… alucinações. -fiz uma pausa a vendo larga o lápis e me olhar. -Ela está sedada no momento, Rebeca está na clínica com ela. 


-Qual clínica? -perguntou se levantando da sua cadeira. 


-Posso te levar lá. -sugeri a vendo ignorar o que havia dito.


-Thomas, só me diz onde é. -disse paciente. 


-Custa me deixar levar você até lá? -perguntei a vendo ceder. 


-Ta bom… suponho que acha que vou cair no soco com a Rebeca. -disse pegando a bolsa. 


-Nao me preocupo com isso, a propósito, vão almoçar juntas. -falei a vendo me encarar ao passar por mim. 


-So estou puta porque ninguém me contou o que estava acontecendo. -disse saindo da sala. 


Ela estava certa, eu tinha sido avisado disso.



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Autor(a): surtada13

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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(Aurora)   No caminho para a clínica, liguei para a Marina que estava em algum lugar se pegando com o Natan, bom era isso que eu achava que estava fazendo.  -Cancele aquela entrevista… surgiu um imprevisto. -falei a escutando bufar.  -Aurora, está em cima da  hora. -disse irritada.  -Eu sei… -olhei para o lado e Tho ...


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