Fanfics Brasil - Uma chance Danos colaterais: permita-se amar!

Fanfic: Danos colaterais: permita-se amar! | Tema: original, romance


Capítulo: Uma chance

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(Aurora)


 


No caminho para a clínica, liguei para a Marina que estava em algum lugar se pegando com o Natan, bom era isso que eu achava que estava fazendo. 


-Cancele aquela entrevista… surgiu um imprevisto. -falei a escutando bufar. 


-Aurora, está em cima da  hora. -disse irritada. 


-Eu sei… -olhei para o lado e Thomas dirigia como se estivesse sozinho no carro. -Minha mãe está sedada em uma clínica, um surto parece. 


-Cacete! -disse em um tom alto de mais. -Vou fazer o possível. -ela fez uma pausa. -E seu pai? 


Ri baixo e olhei para Thomas, desta vez ele me olhou, uma breve troca de olhares. 


-Quem se importa com ele? -fiz essa pergunta mais para mim do que para ela. 


-Qualquer coisa, me liga. -disse cautelosa. 


-Obrigada. -falei antes de desligar. 


Encostei a minha cabeça na janela e tudo parecia girar. 


-Eu quero encontrar o Rael. -falei notando que Thomas ficou desconfortável com a possibilidade.  


-Primeiro você precisa saber de algumas coisas antes. -ele parou o carro em uma vaga na rua. -Depois vão tomar atitudes.


-Voce sabe onde ele está? -sussurrei. 


-Nao. -Thomas me analisou. -Mas conheço alguém que possa o encontrar. -ele fez uma pausa e pegou na minha mão. -Aurora, ele pode estar morto. 


Neguei. 


-Eu sinto que o meu irmão está vivo, mas preciso de ajuda para o achar. -sussurrei o vendo soltar a minha mão. 


-Vamos da um jeito. -disse piscando. 


Uma coisa era certa, quando separamos o que nosso relacionamento, se é que posso definir assim, as coisas fluíam. Conseguimos trocar frases sem se ofender ou colocar o pessoal no meio. 


Ele também sabia disso, talvez seja por isso que nunca falamos de sentimentos, pois quando falamos a verdade era crua, ácida e afiada como facas. 


Saímos no carro e fiquei um pouco distante quando  ele se encontrou com a Rebeca. Me distrair com um cartaz que dizia sobre transtornos mentais, não iria passar por aquilo de vê-los como um casal feliz.


-Aurora. - Ouvi Rebeca me chamar. 


Me fiz de assustada. 


Thomas não estava mais lá, graças ao bom Deus. 


Ela se próximos de mim e sorriu sem jeito, para Rebeca era difícil trocar frases comigo sem me ofender, eu também não ajudava, ofendida por diversão.  Prometi para mim mesma que não contaria sobre a tentativa do Thomas de me beijar. 


Isso seria infantil à altura dos acontecimentos. O estranho foi ele não me pedir para manter aquilo entre nós, talvez ele sabia que não abriria a boca em razão da ocasião. Mas se tivesse dúvidas sobre ela? Ou as coisas estavam tão mal acabadas que lhe causou dúvidas? 


-Entao, o que houve? -cruzei os braços a vendo olhar ao redor. 


-Estou com fome. -disse passando por mim. -Vamos almoçar.


Pelo visto a minha única opção era a seguir.  Contrariando os meus instintos a segui, a ruiva estava calma e parecia esquecer o que éramos uma para a outra. 


Ela me guiou para um restaurante a uma quadra da clínica, seus olhos me encaravam e depois desviaram do meu rosto. 


Parece que aquele almoço seria mais do que o quadro clínico da minha mãe. Eu não sabia o quanto de emoções poderia aguentar no mesmo dia.  


Nós sentamos em uma das mesas do restaurante pequeno, porém agradável. 


-Bom, a tia Helena anda tendo algumas crises, ela vê o Rael ou as vezes grita dizendo que ele está morto. -Rebeca analisou o meu rosto e a postura do meu corpo. -As vezes ela conta histórias… de como os meus pais morreram ou de como foi fácil te mandar para a Europa. 


Engoli em seco. 


-Eu sei… muita informação. -disse brincando com os dedos. -Ela não está mais sobre controle e o tio só piora as coisas. 


Rebeca levou a mão para o rosto quase como se pedisse ajuda de forma silenciosa. 


-Desculpa, eu… -disse o garçom ao meu lado com o cardápio. -Poderia anotar o pedido de vocês? 


-Ah… ainda não escolhemos… mas um suco de laranja, por favor.  -falei olhando para a Rebeca. 


- O mesmo. -disse sorrindo. -Apenas gelo, sem açúcar. 


O garçom anotou e me olhou. 


-Gelo e açúcar? -perguntou. 


-Pode ser. -falei o vendo partir. 


Soltei um suspiro alto e encarei a minha prima. 


-Olha, eu sei que é muita coisa. -disse respirando fundo. -Mas…


-O que você sabe sobre o meu pai? -perguntei a vendo engoli em seco. 


-Nao sei se sou a melhor pessoa para lhe dar essas informações. -disse ajeitando o cabelo.  


-Suponho se for o Thomas, ele irá me dizer meias verdades. -falei a vendo arregalar os olhos.


Ok, chegamos em um assunto sensível. 


-Vai. Meias verdades para você não se tranca no quarto e chorar. -disse me chamando de fraca. 


-Quer me contar  alguma coisa, Rebeca?  -perguntei a vendo suspirar. 


Rebeca começou a olhar o cardápio, ignorando a minha pergunta como se buscasse a sua paz interior. 


-Ah só o fato que enquanto você era turista em outro país, eu que segurava as pontas por aqui. -jogou na minha cara coisas que talvez ninguém ousaria a falar. -Voce escolheu fugi. 


-Isso não é verdade. -falei tentando não alterar o tom de voz. 


-Era mais fácil ir a favor da maré, não é mesmo? -questionou -Mas você não sabia de nada, vivia no mundo no qual Thomas e o Rael te protegiam. Não te culpo. 


-Nao parece. -retruquei a vendo me fuzilar com os olhos. 


-Sabe, eu não tenho nada contra a você, só não vou mais um dos seus fãs que acha que é durona, mas no fundo foi manipulada. -seus olhos focaram  no garçom que deixou as nossas bebidas. -Vamos querer o prato da casa. 


Disse decidindo por mim. 


-Eu sei que fui manipulada a ir estudar fora, só não entendo o porque está jogando na minha cara. -falei a vendo tomar um gole do suco. 


-Ja se perguntou o porque do Rael sumir? -perguntou. -Tem garanto que não é por causa da gravidez da Vitória. -pisquei algumas vezes, então ela sabia do Rafael, fiquei esperando ela terminar o raciocínio. -Ele sabia demais e denunciou o tio. Sumir com você foi uma forma de manter as aparências, se você soubesse teria o mesmo fim do Rael. 


Respirei fundo e engoli em seco. 


-Entao, eles estão com medo de que eu soubesse dos esquemas…


-Aurora desde de tráfico de drogas a tráfico de pessoas. -sussurrou. -Isso é maior que todos nós. 


Tomei o suco e a analisei por um instante. 


-Ele mandou mandar os meus pais para que ficasse responsável pela minha parte dos negócios. -sussurrou.


Passei a mão no pescoço e me senti mal, quem era o meu pai? 


-Eu sinto mal. -sussurrei com lágrimas nós olhos.


-Tive que contratar um investigador, sempre achei estranho a morte repentina deles. -seu olhar era vazio e um sorriso misturado com sofrimento e saudade nasceu em seu rosto. 


-Eu… acho que vou surtar. -falei a vendo negar. 


-Nao. Vamos derrubar ele! -disse determinada. 


-Acha que o Rael está vivo? -perguntei a vendo dar nos ombros. 


-Sinto que ele está vivo. -disse olhando para baixo. 


Mordi os lábios querendo esconder toda a minha dor. 


-Vamos nos dar uma chance. -disse a ela que me analisou como se buscasse a pegadinha. -Somos mais velhas, sem ciúmes pra vê quem é a mais queridinha e vamos achar o Rael. 


-Vamos. -Rebeca sorriu e estendeu a mão para mim. 


Nos apertamos as mãos e ali nascia uma espécie de aliança. 


 


(Thomas) 


 


Fazia mais de uma semana que não a via, isso me irritava pois não fazia a mínima ideia de como ela estava, talvez ela nao iria querer olhar na minha cara, talvez me mande para a puta que pariu, mas eu ia ve-la, nem que seja pela janela do seu quarto.  Sabíamos que quando o assunto era a gente, era certo que iríamos brigar, mas quando era para outra finalidade nos dávamos bem. 


Natan bateu de leve na mesa. 


-Cacete. -disse irritado. -Dá pra prestar atenção em mim? To um pouco carente sabe! -brincou e soltou um sorriso brincalhão. -Deve ser dificil tirar a Aurora da cabeça, mas preciso que voce entenda os riscos juridicos dessa porra de contrato.  


-Sinto muito, mas ta dificil.  -confessei. 


O meu unico amigo me analisou por um instante. 


-O que a Rebeca contou para ela? -perguntou tentando me puxar para a terra. 


-So que ela sabe que o tio matou os pais e que o Rael havia denunciado os crimes de tráficos. -falei o vendo levantar a sobrancelha. 


-Ela descobriu porque a Aurora voltou antes do imprevisto? -perguntou fechando a pasta.


-Acho que a Vitoria sabe disso… poderia ve com a Marina.-mencionei o vendo ficar sério. 


-Eu ja disse que a quero fora disso, pode se tornar perigoso e não dá para ficar de olho em todos daqui. -ele olhou para os sapatos. -Eu me importo demais com ela. 


-Mas voce não assumir um relacionamento com ela. -provoquei o vendo dar nos ombros. 


-Ela sabe o que eu sinto, eu já disse a ela. -disse se levantando. -Não sou do time de rótulos, que seja eterno enquanto dure. 


Natan me lembrava a Aurora de antigamente, tirando a parte de dizer o que sente, mas a parte de nao gostar de rótulos, éramos o que éramos, um para o outro em meio ao caos que escondia dela. 


Sabia que teria que abrir a caixa de pandora e mostrar que nem tudo eram flores. 


Caso aparece do nada em sua casa, ela faria questão de soltar todos os xingamentos que estavam guardado em seu peito.  


Alguns dias atrás pedi o número dela para a Rebeca que me fez jurar não contar que havia sido ela. Rebeca me disse que ambas evitavam falar de mim, não poderia contar a Aurora que eu e a Rebeca não tínhamos nada, isso era assunto da Rebeca, não iria revelar o seu segredo. 


Antes de tomar qualquer atitude, liguei para Rebeca, precisava marcar uma reunião com todos, por enquanto sem a Aurora. 


-Bom dia meu amor. -debochei. 


-Foi benzinho, o que quer? -perguntou no meio de uma risada. 


-Um jantar lá em casa… topa? -perguntei. 


Esse era o código. Sabíamos que a polícia estava investigando a empresa e todos que estavam envolvidos de alguma forma com Roberto. 


-Claro, bebê. -disse animada. -Mesmo horário? 


-Sim. 


-Okay, até. -disse antes de desligar. 


Mandei uma mensagem para Natan. 


“vou jantar com a Rebeca, nao apareça em casa” 


Era um código muito mal elaborado se for parar para pensar, porém quem iria saber que sabíamos que éramos alvo de uma investigação e estávamos colaborando com a polícia? E pra piorar éramos próximo a máfia do tráfico internacional? 


A gente corria risco seja lá para que canto íamos, sempre haveria a possibilidade de sermos descobertos pelo Roberto.



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Autor(a): surtada13

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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