Fanfic: O Gosto do Pecado | Tema: AyA / Ponny
— Sabe que você é uma coisinha linda? — disse o homem, admirando a bela figura de tailleur azul e blusa branca, com o rosto levemente maquiado. Era mais ou menos da idade de Alfonso.
— Obrigada — disse calmamente, sorrindo como fazia para todos os clientes.
Porém, o estranho entendeu aquele sorriso como um convite e sentou-se no canto da mesa. Examinava minuciosamente Anahi, numa atitude tipicamente machista.
— Meu nome é Greg Myers — apresentou-se. — Estava indo para Oklahoma e resolvi passar por aqui e convidar Alfonso para um almoço. Mas agora acho melhor convidar você.
De repente tocou o queixo de Anahi com a ponta dos dedos, ignorando a reação da moça, que mal conseguia respirar.
— É mesmo uma graça. Parece uma flor, pronta a ser colhida.
Anahi estava atônita. Tudo que lera ou imaginara, e ainda não se sentia preparada para aquela situação de flerte com um homem experiente. A respiração faltava.
— Vamos lá — Myers brincou, acariciando o rosto de Any. — Diga que aceita. Vamos ter um maravilhoso almoço para nos conhecermos melhor.
Enquanto ela escolhia as palavras certas para livrar-se daquela situação, Alfonso entrou na sala e postou-se ao lado do sr. Myers, ameaçador.
— Acho que o convite é para mim, não é? — disse Alfonso, firme. — Sou tutor de Any e ela não aceita convites de homens mais velhos.
— Desculpe, meu amigo. — E já foi se levantando. — Não sabia desse detalhe. — Está desculpado — falou Alfonso calmamente, mas o olhar era frio e agressivo. — Então vamos almoçar. Any, vou querer o último relatório do rebanho de Myers quando voltarmos.
Havia apenas alguns meses, Anahi teria dado uma resposta mal-humorada a Alfonso, por seu comportamento possessivo. Mas agora sentia uma onda de desejo pelo ciúme daquele homem.
Alfonso tinha/a respiração alterada. O olhar buscava o rosto de Any, percebendo seu embaraço e confusão.
— Ao almoço. — Alfonso arrastou o cliente até a porta. — Vá indo até o carro. Só vou buscar o chapéu — disse ao outro, dando-lhe um tapinha no ombro. Voltou-se para Anahi, sério.
— Preciso falar com você.
Alfonso agarrou-a pelo braço e levou-a até sua sala, calado. Fechou a porta. A maneira como a encarava fazia Any sentir-se ao mesmo tempo ameaçada e excitada.
— Myers está esperando... — ela murmurou, perturbada com o olhar sombrio de Alfonso.
Ele aproximou-se. Any recuou até esbarrar na mesa, sem tirar os olhos dele.
Alfonso ergueu a cabeça, e era raiva que brotava em seus olhos, não, ciúme.
— Escute bem. Greg Myers já teve três mulheres. Atualmente tem pelo menos uma amante. Sabe muito mais do que você imagina aprender. Não quero que tenha nenhum tipo de lição com esse romeu profissional.
— Um dia desses algum homem vai me ensinar, quer você queira ou não — disse ela friamente. Seu corpo tremia, pois estava próxima o suficiente para sentir a força de Alfonso.
— Eu sei disso — ele falou, impaciente. — Só não quero que seja apenas mais uma na lista de Myers. Ele não é um bom pretendente. É um playboy. Você chamaria por socorro se ficasse cinco minutos a sós com ele.
Então, era isso. Proteção de irmão mais velho. Não estava com ciúme, estava aborrecido porque seu instinto de proteção fora ameaçado. "Sou mesmo estúpida", pensou.
— Não estava dando corda para ele — disse, para finalizar. — Apenas sorri, como faço com todos, até com você. Se ele pensou que dei sinal verde, enganou-se.
Alfonso relaxou o rosto.
— Então tudo bem.
E passou o musculoso braço pela cintura de Any, aproximando os lábios. Podia sentir o calor da respiração. Ela fitava a boca de Alfonso, decifrando cada traço. O coração disparou. Por um instante Any pôde sentir o peso do corpo dele sobre os seios. O contato fazia-a tremer. Ela encarou-o, atônita.
De repente, Alfonso deu um passo atrás e apanhou o chapéu que viera buscar. Sentiu que o poder de atração que Any exercia sobre ele era muito maior do que poderia imaginar. Deu um longo suspiro, ao pensar que naquela noite teria um jantar de negócios. Assim poderia manter sua mente afastada daquela menina que se tornara mulher e que estava mexendo com seus nervos.
Para quebrar o silêncio constrangedor que se formara entre eles, Alfonso falou:
— Deixei que você trabalhasse aqui não para lançar olhares aos clientes, intencionais ou não!
— Odeio você — Any exclamou de repente, em resposta à acusação de Alfonso.
— Claro que me odeia. Qual a novidade? — replicou, tocando o queixo com a ponta do dedo. — Ao trabalho.
Enquanto ainda tentava se recompor, ele abriu a porta e saiu sem olhar para trás.
Autor(a): petrovaescritora
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
Any não conseguia mais se concentrar no trabalho. Não lembrava-se de outra situação que a abalara tanto como aquela conversa com Alfonso. Sentia-se confusa. Tinha certeza de que o odiava, mas em breve ele voltaria sorrindo, e ela o perdoaria. Fez uma pausa de meia hora para comer um sanduíche. Assim que voltou à sala, surg ...
Capítulo Anterior | Próximo Capítulo
Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 4
Para comentar, você deve estar logado no site.
-
maryannie Postado em 09/12/2020 - 00:10:13
Posta mais!!!!
petrovaescritora Postado em 02/01/2021 - 14:58:52
Postado ;)
-
ana Postado em 01/12/2020 - 20:59:20
Oie. Posta mais
petrovaescritora Postado em 02/12/2020 - 11:29:51
Oie, postado ;)