Fanfic: The Sparkle of Your Eyes | Tema: Monsta X, Showho,
A princípio parecia que estava viajando, a velocidade era tanta que não conseguia distinguir nada além de rastros de cores ao redor. Até que tudo parou e pode se encontrar em um lugar, uma bancada de frutas e verduras a sua frente, percebendo que havia acabado de pagar e então pegou uma cesta cheia de maçãs, bananas, batatas e mais alguns outros legumes.
O peso era grande, mas conseguiu equilibrar, e tudo daria certo se um corpo não tivesse se chocado com o seu com força e tudo que comprou fosse espalhado pelo chão. Sentiu o desânimo lhe abater quando viu que teria que juntar tudo de novo. Mas não teve tempo de fazer nada quando a pessoa que topou em si veio para sua frente.
Um homem alto, jovem, moreno, usando roupas caras lhe encarava preocupado, naquele momento reconheceu um Hyunwoo mais jovem. Acabando por se lembrar vagamente do que estava acontecendo consigo. Mas quando olhou nos olhos do jovem, o mundo parou, sentiu seu coração acelerar, e a respiração faltar. Em contrapartida, percebeu que o rapaz também paralisou a sua frente.
Ouviu de longe a voz dele a despertar perguntando se estava tudo bem, depois dele mesmo acordar do transe. Depois de confirmar que sim, ele se abaixou, para apanhar tudo que estava no chão. Depois sorriu e lhe ajudou levantando a cesta pesada sozinho sem muita dificuldade, perguntando onde morava, lhe acompanhando até em casa.
Sentiu um flash e de repente troca de cenário.
Agora estava a beira de um lago, em um fim de tarde. O sol estava baixo e refletia um pouco na água. Foi quando olhou para o lado e encontrou o rosto do jovem rapaz lhe encarando, sorrindo sem mostrar os dentes, mas inegavelmente feliz.
Conseguia sentir as sensações conforme as lembranças estava vindo com força, o coração palpitando e o sentimento de felicidade quando ele sorriu para si. Era algo tão profundo que Wonho sentiu doer. O maior se aproximou lentamente, e então seus olhos se fecharam, agora só podendo sentir o toque dos lábios dele nos seus.
Quando as lembranças começaram a vir, ele não sentia nada físico, mas o toque dele, morno, pode sentir perfeitamente naquele momento. Como se o corpo ganhasse uma carga elétrica quando sentiu um toque singelo no seu rosto com os dedos do maior, e depois sentiu a mão dele lhe tocar na bochecha e pescoço. Deslizando devagar, fazendo carinho até a nuca, lhe trazendo levemente para mais perto.
E então sentiu um toque forte em sua cintura, e os dois corpos se aproximaram. Naquele momento a felicidade plena de estar com a pessoa amada invadiu todo o seu ser, e sentiu algo quente escorrer por seu rosto quando o beijo era aprofundado. As línguas se tocando gentil e devagar, sem pressa para terminar.
Mais uma vez tudo mudou e ele se viu em uma casa, terminando de limpar algumas coisas que estavam sujas quando ouviu alguém batendo na porta. Foi até lá a abrindo, sem expectativa nenhuma, até que viu o rosto da pessoa lhe esperando do lado de fora. Se jogou nos braços do amado sentindo um misto de saudade com felicidade junto.
Não tardou para as bocas se encontrarem e iniciarem um beijo afoito. Dessa vez as coisas foram mais rápidas, pois se viu abraçado ao outro, sentado em seu colo que estava em cima de uma cama. Os corpos quentes unidos quando o beijo ardente acontecia e sentia as mãos tocando o corpo alheio sem pudor algum.
Enquanto sua mão segurava a nuca do homem abaixo de si, puxando os fios de cabelo, a outra passeava pelos ombros e tronco do mais velho. Ele lhe apertava alternadamente, com uma mão segurando seu seio em cheio, a outra lhe apertava uma das nádegas com força, sentindo as intimidades de ambos unidas intimamente.
Estava tão quente naquele momento e sentia vontade de extravasar todo aquele calor. Então ele abandonou sua boca, descendo os lábios pelo pescoço, a mão que outrora estava no seio foi fazer companhia a outra, lhe fazendo se movimentar. Foi quando sentiu um gemido sair de sua boca, sentindo grande prazer em seu sexo enquanto ele lhe penetrava duro, deslizando em sua entrada molhada.
De repente foi arrancado bruscamente da cena quando sentiu seu corpo voar e bater com tudo em um tronco de árvore, a dor lhe desnorteou e seus olhos estavam fechados. Mas tentou se manter firme, procurando levantar mesmo sentindo dor, e então foi levantada por uma mão de forma brutal. Seu braço foi segurado por cima da cabeça, sentindo sendo empurrada novamente na árvore.
Outra mão foi até seu pescoço, apertando forte, lhe sufocando. Logo a mão que estava suspensa acima de si foi solta e acabou por tentar usar as duas mãos para tentar se livrar do aperto, mas era impossível, ele era forte demais. Parecia um ladrão comum a primeira vista, o corpo coberto por tecidos velhos e rasgados, mas quando ele pegou uma adaga com a mão livre, ela brilhou por seus olhos.
Aquilo não era terreno, e isso explicava Bambam, o deus que Hyunwoo havia mandado para lhe proteger, ter sido derrubado tão facilmente. Mas não deu tempo de pensar muito quando sentiu uma dor aguda atingir seu peito. Viu quando o corpo do seu protetor desapareceu, concluiu que estava perdido, o desespero que sentiu naquele momento era tamanho que seu corpo tremia.
Olhava para a carroça que sabia que era sua, quando o aperto lhe deixou e caiu no chão. Não sentia força de se levantar, então tentou se arrastar. O outro ser desapareceu e então fez força para tentar se mover mais rápido, até conseguiu se levantar, mas sentiu o sangue jorrar para fora do peito, e a fraqueza começar a tomar o corpo.
Sentiu seus olhos nublarem, sabia que era o fim, tentou mantê-los abertos, mas o sol estava forte e pareceu piorar sua situação. Então desabou com o rosto na terra, não conseguia mais enxergar direito, seu corpo não reagia mais, era como se uma coisa lhe sugasse toda a energia.
Foi quando sentiu braços lhe levantarem rápido, e o rosto de Hyunwoo apareceu meio borrado em seu campo de visão, ele gritava por si em tom de desespero, mas não conseguiu fazer muito além de sussurrar seu nome uma última vez e a escuridão o cercar.
Em um choque, Wonho voltou a realidade, vendo os dois círculos vermelhos lhe encarando. Mas o pior foi a carga emocional que lhe atingiu naquele momento. Sentiu tudo ao mesmo tempo, amor, felicidade, dor, desespero e acima de tudo, saudade.
Não conseguiu controlar a enxurrada de lágrimas que começou a derramar naquele momento, o que sentia em seu coração era tão forte que ele não conseguia classificar o que realmente era. Tudo aquilo era tão doloroso, que parecia que ia morrer.
Ao lembrar de Hyunwoo naquele momento, todo o amor que sentiu antes voltou com tudo, e tudo que queria era poder ver o homem o mais rápido possível. E tudo que foi dito antes, todo o horror que soube antes de viajar por suas lembranças foi esquecido momentaneamente, tamanha necessidade que sentia por vê-lo.
— Pronto, acho que isso é o bastante — Yeojoo se afastou de Wonho, que agora chorava copiosamente — Logo ele chega, se preparem.
E nesse momento, algumas pessoas apareceram, se posicionando por igual no galpão, três em cada lado. Havia também dois grandes volumes, cobertos por tecidos manchados, de frente um para o outro.
Um estrondo foi ouvido, e o chão tremeu.
O coração de Wonho acelerou e então as duas partes da grande porta da frente foram arrancadas e jogadas uma banda de cada lado. Avistaram então o autor da ação.
Puderam sentir a fúria dele se evidenciar pelos céus, as nuvens se enegrecendo rapidamente e o barulho de trovões ecoavam, uma ventania invadia o galpão, enquanto os céus eram iluminados em intervalos de segundos.
Ele caminhava para dentro enquanto Yeojoo, que estava tapando a visão entre Wonho e o deus, deu uns passos para o lado, sendo amparada pela loira que a acompanhava. Foi quando o Deus Rei pode contemplar Hoseok amarrado na cadeira. Que havia cessado o choro quando via tudo acontecer.
Mas quando viu Hyunwoo novamente, dessa vez ciente de tudo, ele só queria poder se soltar daquela cadeira e ir de encontro a ele.
— Hy-yun-woo — gaguejou com a voz tremida, o choro voltando com força.
Ao sentir a dor na voz de Wonho, Hyunwoo entendeu que ele já estava ciente de tudo.
Mas naquele momento precisava de cautela, já que por trás do menor, o mascarado segurava uma adaga por sobre a cabeça dele. Notou que era a mesma adaga que tirou a vida de Lira. Ela era envenenada e tirava a vida em questão de míseros minutos sem chance de qualquer antídoto funcionar.
Entretanto, o que o deixou realmente surpreso, foi ver a mulher ali.
— O que significa isso, Yeojoo? — sua voz ecoou grossa e forte.
— Ainda lembra meu nome? — ela perguntou sarcástica — Depois de séculos, finalmente veio me ver? — perguntou retoricamente — O chá esfriou.
— Eu não tenho interesse em conversar. Seja direta — ordenou.
— Tudo bem — ela acenou com a mão e logo correntes grossas voaram por cima de Hyunwoo.
Ele tentou se esquivar, dando passos para trás, mas elas eram encantadas e o perseguiram. Logo o alcançaram, enrolando-se em seus dois braços
Agora descobertos, os objetos grandes tinham um formato de um carretel, feito de madeira, e ao lado um timão adaptado. Que no momento era usado por dois homens que puxavam os braços do Rei, o fazendo ficar no meio dos dois, o mantendo com os braços abertos. Quando estava seguro, o terceiro homem de cada lado pareceu ligar algo e uma carga elétrica passou pelas correntes grossas. Podia se ver as raízes azuis passearem pelo ferro e atingirem Hyunwoo. Tudo isso se desenrolou sem nenhum intervalo de tempo, para não dar brecha para ele contra-atacar.
Logo um grito gutural foi ouvido, Hyunwoo sentia a carga passar por todas as células do seu corpo. Wonho tentou saltar da cadeira, não estava aguentando só ver, queria tentar ajudar o outro. Agora que sabia a verdade, só conseguia pensar em se livrar de tudo aquilo o mais rápido possível e poder encontrar Hyunwoo. Com todas as lembranças, sentia que a saudade não era só sua.
Mas sentiu a lâmina gelada em seu pescoço e paralisou.
A tortura sobre o soberano durou mais alguns minutos, até que eles desligaram as duas maquinas. Ele acabou caindo de joelhos enquanto seu corpo fumaçava, e permaneceu assim, com a cabeça abaixada.
— Porque está fazendo isso? — ele perguntou sem se mover.
— Porque acha? — ela retrucou — Por minha família e por meus olhos.
— Vingança? — ele falou incrédulo levantando a cabeça, os olhos escuros.
Mesmo com a carga que recebeu, ele não deixou seu semblante demonstrar nenhum abalo.
— Sim — Yeojoo respondeu com seu rosto alto.
— Mas eu te deixei viver — Hyunwoo lançou, com raiva — Quando me implorou por misericórdia, eu te poupei, por ser minha amiga!
— Amiga? — ela bravejou — Arrancou meus olhos! Sabe como é viver cega, Hyunwoo? — sua voz tremia de raiva, o pequeno corpo dando um leve sobressalto — E o pior, foi você ter me abandonado! Matou toda a minha família, me exilou e nunca mais se aproximou de mim — a mágoa em sua voz era nítida — EU FIQUEI SOZINHA POR TODO ESSE TEMPO! — gritou.
Por conta da ação alterada, o sangue que apenas manchou o tecido, passou a transbordar e escorrer para fora do tecido, descendo por sua face alva como lágrimas vermelhas. pingando em sua roupa imaculada. O deus permaneceu calado.
— Eu virei a ralé da sociedade, nunca mais tive nada na vida! — baixou a voz.
A loira ao seu lado, mesmo tremendo, não a deixou nem por um segundo.
— Com não teve nada? Restitui toda a sua herança para que vivesse confortável — ele rebateu.
— Confortável, exilada e sozinha. Isso foi pior que a morte. Passei anos tentando me conformar com isso, mas se soubesse que teria essa vida, teria morrido com meus pais — o desgosto em sua face era forte.
— É isso? Acha que teria sido melhor ter morrido como eles? — ele falou mais baixo, seu tom era frio enquanto um sorriso ladino surgia em seu lábio — Ainda dá tempo de providenciar isso — ele diz com os olhos brilhando — Depois dessa palhaçada, e por ter tocado em Hoseok, você sabe o que vai acontecer não é? — perguntou retoricamente, no momento se levantando novamente.
O corpo de Hyunwoo começou a exibir uma aura negra, não era pela camisa social preta com listras verticais douradas, calça de tecido grosso preto e sapato social que poderiam causar essa impressão. Ele estava começando a ficar rodeado por uma escuridão e seu olhar pareceu ficar ainda mais sombrio, sua expressão endureceu.
Vendo o que estava acontecendo, a loira deu um sinal e uma nova carga elétrica foi enviada pelas correntes. Mas ao contrário da primeira vez, aquilo não pareceu afetar Hyunwoo. A aura negra junto com a cor azul dos raios elétricos se fundiram e percorriam pelo corpo do Deus Rei.
Ele puxou o braço direito com força e o carretel se mexeu. Os dois caras que seguravam o timão quase o soltaram. Ele puxou de novo, liberando um pouco da corrente e enrolou a liga metálica mais uma vez em seu braço, enquanto a corrente ainda estara eletrificada.
Hyunwoo puxou mais uma vez, seu rosto fez uma careta, evidenciando a força que usava e dessa vez o carretel voou, indo parar em cima do outro, que estava no lado esquerdo. Fazendo a eletricidade sumir quando os dois carreteis se quebraram.
Os dois homens que estavam no carretel que foi movido caíram no chão, quase em frente ao Rei. Ele se livrou das correntes em seus braços tão rápido que os dois nem viram quando foram levantados pelo pescoço sendo sufocados pelas mãos grandes do Son. Com quase nenhum esforço do celestial, seus pés ficaram longe do chão, não deu tempo pedir por misericórdia.
Hyunwoo levou seus braços de encontro ao chão com rapidez, a força foi tamanha que metade das suas cabeças foram destroçadas, espirrando sangue ao redor, derramado um bocado nas mãos e braços do deus, eles também alcançaram o rosto do belo moreno. Os corpos só tremeram quando Hyunwoo os soltou, sem nenhum tipo de reação em seu rosto.
Sem piscar ele foi para o lado esquerdo, os outros dois acabaram presos entre os carretéis, mas ainda estavam vivos. Pegando um pedaço de madeira que pertencia ao timão, que quando foi quebrado acabou adquirindo uma ponta fina, e isso foi de bom proveito para Hyunwoo. Ele desfrutou oportunidade de que estavam parados e cravou a estaca no peito do primeiro, que urrou de dor.
Sem esforço a tirou rápido, e pela grossura da madeira, um burado do tamanho de uma laranja foi deixada, jorrando sangue enquanto a vida do homem se esvaía. O mesmo aconteceu com o outro, que até tentou pedir perdão.
— Eu não conheço o perdão — ele diz frio quando perfurou o tórax do homem.
Puxou novamente e o outro que lidava com a corrente elétrica conseguiu escapar dos destroços, mas com velocidade insana, Hyunwoo lançou a madeira que atingiu as costas dele, o fazendo cair em seguida. Faltava um, e ele já corria passando pela porta, mas não foi atrás, ele não escaparia para longe.
Quando se virou, a loira ao lado de Yeojoo estava completamente assustada. Já a morena parecia inalterável, e o mascarado ainda segurava a lâmina no pescoço de Wonho, que tinha o rosto banhado em lágrimas.
— Você escolhe, uma morte lenta e dolorosa, ou uma rápida e indolor — ele fala para o mascarado, ele não se moveu em rendição.
Pelo contrário, levantou a mão para longe, mas no intuito de apunhalar Hoseok. Foi quando sentiu algo passar por seu braço, e de repente ele cair.
O tilintar da adaga foi ouvido, chamada a atenção para o lado em que seu membro caíra. Depois uma lâmina de espada atravessou sua barriga, vindo pelas costas. Ela foi puxada e enfiada de novo, ainda na barriga, e isso aconteceu por mais algumas vezes antes de o corpo cambalear e cair, por cima da poça de sangue que se formara no chão.
Foi então que viram o responsável pelo ataque, um homem alto, magro, de beleza estonteante e cabelos cinza. Sua expressão dura e fria, mesmo após ter matado alguém com vários golpes, dava a sensação de que era uma estátua humana, já que não se mexia depois de ter baixado a espada. Ele permaneceu em silêncio.
Yeojoo riu sarcasticamente.
— O Deus Rei mais cruel de todos ainda está em forma, não é? — ela fala, seu rosto está muito bizarro naquele momento, já que o sangue que escorria dos buracos de seus olhos deixou um rastro nas bochechas alvas.
— Cometi um erro no passado, que agora vou concertar — ele disse começando a caminhar em direção a elas.
— Já fui torturada demais nesses séculos, Hyunwoo. Só peço que seja rápido — parecia um pedido estranho e dado as circunstâncias, ele poderia muito bem não fazê-lo.
Mas quando chegou perto, vendo o rosto ensanguentado, ele entendeu tudo.
Então caminhou até onde a adaga estava caída, sem olhar para Wonho, que estava paralisado, sem olhar para Yeojoo e no que viria seguir. O deus voltou para onde estava a mulher e sem titubear, cravou a lâmina em seu peito. A mulher sentiu suas forças se esvaindo, e então suas pernas fraquejaram, caindo em seguida.
— Sorn — Hyunwoo chamou a loira — Porque você fez isso? — perguntou calmamente.
— Porque ela foi a única que cuidou de mim quando ninguém mais se importou com o que aconteceu — ela fez esforço para falar, já que sentia seu corpo tremer de ansiedade, ela sabia o que aconteceria.
Por isso, dependeria da resposta, poderia doer, ou não.
— Lealdade é algo que prezo muito — ele sorriu pequeno, sabia o que havia acontecido com a moça e seu motivo era válido — Hyungwon — ao pronunciar o nome, rapidamente uma lâmina atravessou o pescoço dela.
Logo a cabeça escorregou, caindo primeiro e logo em seguida o corpo, que banhava o chão com o sangue que escorria do membro dilacerado.
Ele finalmente olhou para Wonho, que estava com a cabeça abaixada e olhos fechados. Não precisou de ordem para que Hyungwon cortasse as cordas, libertando o policial. Hyunwoo temia que o moreno pudesse lhe rejeitar depois de ver tudo o que ele fez naquele momento.
Ele retirou as cordas cortadas que caíram no colo de Hoseok, e se abaixou na frente dele. Aproximou a mão para tocá-lo, mas desistiu quando viu a cor de suas mãos.
— Hoseok — chamou seu nome.
Ele levantou a cabeça devagar, e quando encontrou o rosto de Hyunwoo o encarando, com a expressão suave, sem a fúria de momentos atrás, com o olhar preocupado, ele só pode deixar um suspiro de alívio escapar. Não conseguiu conter as lágrimas que se formaram novamente em seus olhos.
Olhando a face do homem o qual agora tinha um sentimento tão forte, ele levou sua mão para o rosto de Hyunwoo, tocando suavemente. Era como se o apreciasse pela primeira vez em muito tempo, sentindo uma saudade que antes era desconhecida de si.
Hyunwoo vendo o olhar de reconhecimento nos olhos do homem que agora amava, sentiu que nem tudo estava perdido.
— Hyunwoo — a entonação no tom da voz de Hoseok era diferente das outras vezes em que ele pronunciou seu nome, agora era com amor.
— Sim — ele respondeu suavemente, tocando as mãos de Wonho com as suas, não se importando mais com a cor avermelhada delas — Estou aqui — o tremor de sua voz evidenciava que ele estava tão mexido quando Wonho naquele momento.
Wonho se importou menos ainda com as gotas que pintavam não só as mãos, como também o rosto do rosto do homem à sua frente, e sem conseguir mais se conter, alcançou os lábios do celestial.
O toque foi suave, mas a pressão aumentou, tamanha a vontade que o mais novo sentia. Era uma necessidade insana, e então aprofundou o contato, pedindo passagem a Hyunwoo com pressa, que atendeu de bom grado.
Para Wonho, era nostalgia que sentia quando provou o gosto da língua do maior, soltando um suspiro de satisfação. Para Hyunwoo era um contanto novo, beijar a pessoa que amava em sua nova forma, depois de tanto tempo sem tocar mais ninguém daquela forma, pois Lira havia sido a última.
Para si era um pouco diferente, os lábios de Wonho eram mais carnudos e o gosto novo, mas não seria por muito tempo. Naquele momento sentia-se completo de novo e apenas trocou as mãos de posição, posicionando na cintura do menor, o trazendo para perto.
Foi abraçado no pescoço pelo policial enquanto o beijo ainda era compartilhado entre ambos. Se deleitaram por mais alguns segundos até sentirem falta do ar, encerrando o beijo lentamente, unindo as testas.
Hyunwoo sorriu levemente e Wonho retribuiu, aquele momento íntimo do reencontro, depois de tanto tempo, nada mais importava. Eles estavam juntos novamente.
Porém um pigarro foi ouvindo, quebrando a bolha em que eles se encontravam, e Hyunwoo lembrou que não estavam sozinhos. Ele se separou de Hoseok, segurando as mãos dele, se levantou e o puxou levemente para que se levantasse da cadeira.
— Vá atrás do que fugiu e arrume essa bagunça — ordenou para o outro que apenas assentiu com a cabeça, desaparecendo em seguida, depois se voltou para Wonho — Vamos.
— Para onde? — o outro pergunta confuso.
— Para nossa casa — e então desapareceram.
Autor(a): Slow Cif
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Era quase noite quando eles aparecem no quarto enorme, Wonho não soube como reagir ao se situar em um ambiente completamente luxuoso. Uma cama enorme e alta no centro, cadeiras grande, uma mesa, espelho enorme, cômodas e três portas, todas bem espalhadas pelo quarto. Sem falar nas janelas enormes do lado esquerdo. — Que lugar é esse? — ...
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