Fanfics Brasil - 08 The Sparkle of Your Eyes

Fanfic: The Sparkle of Your Eyes | Tema: Monsta X, Showho,


Capítulo: 08

25 visualizações Denunciar


Durante o dia, Hoseok não desgrudou da filha, e ela esteve todo o tempo segurando sua mão, era como se tivesse compensando tudo o que sentiu falta. Porém Hyunwoo precisou sair, seu trabalho não acabava nunca. Mas com a promessa de que retornaria logo, os dois aproveitaram o tempo juntos.


Hoseok descobriu que a Jinri nunca esqueceu sua primeira língua e a conservava muito bem, já que seu pai e ela só usavam coreano em casa, uma forma de manterem a presença de Lira consigo. Ela nunca foi até a cidade capital ou desceu a terra, por todo aquele tempo, seu pai a guardou com medo de a ferirem. A localização daquele lugar era dado apenas para quem era de confiança.


Mas apesar de viver ali toda a sua vida, sua pequena filha aprendeu muito, estudou tudo que teve vontade, inclusive as línguas de diversos povos, tanto os imortais quanto mortais. Sabia de tudo um pouco, culinária, artesanato, história do céu, da terra, e até do reino dos demônios, com a ajuda de Tio Jaebeom. 


Tinha sua mente livre, mas apesar disso, Wonho ainda lamentou por sua filha, que ainda assim estava presa naquele lugar.


— Você não tem vontade de sair, conhecer os lugares? — ele pergunta enquanto estão do lado de fora, sentados em um sofá na coberta que ficava no meio do jardim, o sol já ia baixo.


— Sim, sempre quis sair, explorar, sem precisar ver tudo em papel — explicou, na casa havia uma biblioteca imensa que pegava metade da parte inferior da casa — Mas meu pai disse que esperasse, no momento certo eu poderia sair. E eu decidi confiar nele — dizia enquanto analisava a mão de Hoseok.


Com a cabeça encostada no ombro dele, ela tocava em seus calos, enquanto ele observava a pequena mão dela na sua. O policial sentia tanta ternura e amor. Em toda a sua vida, ele não teve lapsos de nada, chegou a ler alguns livros e ver filmes sobre pessoas que reencarnavam, eles passavam a vida inteira sentindo falta, vazio ou tendo lembranças vagas, mas ele não.


Teve uma vida normal, paradinha, até entrar para a policia. Teve poucos romances na vida, agora isso para ele foi vago, ele sentia até interesse, mas nada fluía. Chegou a conclusão que ele apenas não havia achado a pessoa certa e decidiu esperar. Não imaginava que realmente era isso mesmo. 


Agora ele sentia tudo se encaixando em sua vida e não queria mais se separar das pessoas que amava de jeito nenhum.


— Espero que ele decida que seja agora — ele falou de repente e ela levantou a cabeça, entendendo o que ele queria dizer.


— Eu também — respondeu sorrindo.


Ele voltaria para casa no fim da tarde, mas não queira ter qualquer barreira o separando da sua pequena, caso quisessem se ver. Ou melhor, gostaria de levá-la consigo para a terra. Não queria mais ficar longe de sua pequena luz.


Hoseok agora ficava todo bobo olhando para a filha, era a garota mais perfeita que já havia visto na vida, tão doce e gentil. O sorriso era tão brilhante e sua aura era quase palpável, estar perto dela era como se encontrasse a própria paz. E o som do seu sorriso era a mais bela melodia que pode ouvir. Como diziam os adolescentes da atualidade, estava boiolinha em sua pequena Jinri.


— Meu bem — ele a chama, um pouco hesitante, a mesma duvida que teve com Hyunwoo, agora estava tendo com ela, a morena lhe olhou esperando que terminasse de falar — Não se importa por eu estar assim — apontou para seu corpo.


— Assim como? — ela pergunta confusa, os olhinhos arregalados e a boca carnuda e rosada fazendo um biquinho.


A fofurice em pessoa.


— Eu ser um homem — foi mais específico.


Ela sorriu para ele ternamente, achando uma graça da insegurança dele. Se ajeitou, ficando com a postura ereta e entrelaçou os dedos nos dele.


— Não me importo nem um pouco. Você é a minha mãe, independente do seu físico, quando te olho, percebo o amor que tem por mim igual ao de antes. Então se nem papai se importou, muito menos eu me importarei — respondeu decidida.


O sorriso que Hoseok deu foi tão belo que ela sentiu seu coração se aquecer, e vendo os cantos dos olhos dele acumularem lágrimas, ela o abraçou.


— Espero que não se importe se eu te chamar de mamãe — ela disse baixinho.


— Você tem a liberdade de me chamar como quiser — Wonho responde se afastando, os cantos dos olhos transbordando. 


Segurou o pequeno rosto em suas mãos e deu um beijo em sua testa. Sentia um amor imenso naquele momento e não importava o que tivesse que fazer, não iria deixar nada nem ninguém lhe separar da sua família.


Quando Hyunwoo chegou, ele trouxe Jooheon consigo. Este que olhava tudo com admiração, o máximo que havia visto era na sala da frente, pela primeira vez naquela manhã. O jardim o deixou encantado, e os olhos cresceram ao ver a enorme piscina.


— Honey — Wonho o cumprimentou com um sorriso.


— Sua alteza — ele disse se curvando para Hoseok e em seguida para Jinri também, essa que corou.


Ele sabia quem ela era porque quando trouxe a roupas de Hoseok, Hyunwoo explicou tudo, e lhe apresentou a filha. A achou extremamente fofa e agradável, ela sempre corava quando ele lhe dirigia a palavra, achava uma graça.


— O que é isso? — Wonho perguntou estranhando o cumprimento.


— O senhor agora é o futuro consorte do rei, então melhor ir me acostumando a lhe tratar com mais respeito — explicou com  uma formalidade exagerada.


— Não precisa disso, somos amigos, continue me tratando de forma normal — Hoseok abanou as mãos.


— Ok então — ele relaxou na mesma hora — Posso ir com vocês? — perguntou animado.


Recebeu um olhar frio de Hyunwoo na mesma hora, e tremeu um pouquinho, alguns temores não morrem rápido, afinal era quase dez anos tendo todo o cuidado do mundo na frente do Deus Rei, com medo de ser demitido, ou algo pior. 


Mas sua reação ao desanimar baixando os ombros foi fofa, parecia um cachorrinho.


— Claro que sim — Wonho percebe que Hyunwoo estava de cara feia e faz uma rápida careta para ele, mas depois voltou a sorrir — Assim podemos levar Jinri também — ele comentou, fazendo o mais alto o olhar rápido.


— Meu bem, não acho que seja uma boa ideia.


— Mas papai, quero conhecer a casa da mamãe, e eu nunca saí daqui… — Jinri comenta com tristeza em sua voz, era a primeira nos últimos séculos que insistia com aquilo.


— Amor — Wonho fala, com a voz carinhosa, era a primeira vez que falava daquele jeito com o amado, fazendo o coração de Hyunwoo acelerar e ele engolir em seco — Vamos todos juntos, não tem perigo, podemos levar Jinyoung e Yugyeom se quiser — apontou para os dois que estavam ali perto.


Hyunwoo suspirou, vendo o quanto Hoseok já estava lhe dominando totalmente e não conseguiu lhe negar o pedido.


— Tudo bem então — respondeu derrotado — Já está anoitecendo, melhor irmos cedo.


Todos concordaram e depois de avisar aos cuidadores da casa, eles se juntaram. 


Hyunwoo segurava as mãos de Wonho e Jinri, mesmo que ela pudesse se transportar, ela nunca esteve no local antes, não tinha como ir sem conhecer antes. Jooheon já sabendo, apenas ficou perto o bastante para acompanhar os três.


Quando apareceram na frente da casa, Wonho de repente lembrou de algo.


— Minhas roupas que ficaram no seu quarto, era pra ter trazido — ele fala de repente.


— Deixa elas lá, vai precisar para quando estiver comigo, enquanto não providenciamos outras de lá também — Hyunwoo fala e Hoseok acabou sorrindo envergonhado. 


Ainda que estivesse ciente de tudo, ainda era novo para si o fato de estar em um relacionamento com alguém, até lembrar que ELE ESTAVA NOIVO!


Mas então ouviram um barulho estranho e logo duas pessoas saíram da casa. Porque a porta da sua casa estava aberta eles estavam saindo dela?


— Hyung! — ouviu a voz de Changkyun lhe chamar, com a voz de alívio.


— Onde você tava esse tempo todo? — Minhyuk perguntou com pressa — Sumiu por dois dias! — falou com um misto de preocupação e repreensão. 


Os dois invadiram a casa do outro porque ele tinha sumido e não havia deixado rastros de nada, estavam desesperados. Tinham medo dele ter morrido ou algo assim na casa sozinho, mas quando entraram, a mesma estava limpa e o celular estava em cima da cama. Então agora ele aparecendo do nada, com três pessoas ali, eles se acalmaram, pelo menos estava vivo, agora esperavam ele explicar a situação.


 


.


 


— O que? — Minhyuk é o primeiro que se pronunciar, já Changkyun estava calado porque lhe faltava palavras — Então espera, deixa eu recapitular tudo que disseram agora, vocês são deuses — apontou para Hyunwoo, Jinri e Jooheon — E Wonho é a reencarnação da sua mulher de séculos atrás? — perguntou incrédulo.


— Sim — Hyunwoo respondeu seco.


Parecia tão absurdo, e por ter ficado preocupado com o desaparecimento de Wonho, agora estava sem um pingo de medo do deus, principalmente por estar puto com a história contada por eles. Parecia tão ridículo como Hoseok havia caído naquela ladainha.


— E ela é a filha de vocês? — apontou para Jinri, que estava ao lado de Wonho.


A pequena acabou se encolhendo ao lado dele, segurando no braço de seu pai, se sentindo intimidada com o olhar desconfiado de Minhyuk.


— Qual a dificuldade em acreditar? — ele pergunta com a voz grossa, Minhyuk estava lhe irritando ao olhar para sua filha daquele jeito.


Já Hyunwoo estava se segurando para não pegar os dois, tanto Minhyuk quanto Changkyun o encaravam estranho, e ele não se importava, já que havia mesmo deixado eles desconfortáveis anteriormente. Porém não fazia mais nada além por respeito a Wonho, que os considerava amigos.


— Preciso de uma prova — Minhyuk decidiu enfrentar Hyunwoo pela primeira vez, de forma petulante, cruzando os braços.


Eles estavam dizendo que eram deuses? Hyunwoo levantou uma sobrancelha, mas manteve o controle quando Hoseok segurou em sua mão, notando que seu punho estava fechado com força. Nem em seu reino alguém lhe enfrentava assim, e se enfrentava, tinha um fim prematuro. Entretanto estava ele tendo que manter o controle por causa do amado.


Respirou fundo e abriu a outra mão, acendendo uma chama, fazendo com que os dois espectadores que estavam à sua frente no sofá arregalarem os olhos. Então aumentou a chama de forma intensa, assustando todos, inclusive Jooheon, que estava em pé, atrás do sofá em que estava Wonho, Hyunwoo e a filha. 


A menor então estendeu uma das mãos, logo a água que estava em um copo, em cima da mesinha de centro se mexeu, saindo do objeto e indo até sua mão, circulando pela palma. Depois ela fez o líquido levitar, viajando para pelo ar até onde estava a chama na palma de seu pai e a cobriu por completo, apagando tudo. Até Hoseok estava admirado, não sabia do dom de sua filha. 


O homem lhe sorriu e ela retribuiu, tão doce que fez o coração do policial se encher de amor, a cada momento se orgulhava inda mais de sua amada Jinri.


Os amigos de Hoseok pigarrearam, estavam impressionados, óbvio. Mas não iriam se intimidar, se Hyunwoo iria fazer parte da vida do amigo deles, eles teriam que se tratar com igualdade. Nada de fazer eles se calarem com olhares gélidos.


— Ok, mas e agora, como vai ser? — Dessa vez foi Changkyun quem se pronunciou.


— Nós vamos nos casar — Hyunwoo fala, cruzando os braços, esperando a reação dos dois.


— O QUE?? — a pergunta saiu em uníssono pelos dois — Mas vocês mal se conhecem — Minhyuk quem continuou, fazendo a mesma pergunta que Hoseok fez na noite anterior.


— Quem disse que não? Até já dormimos juntos — a afirmação pegou todos de surpresa.


— Hyunwoo! — Wonho o repreende ao ver a filha morrendo de vergonha.


— Hyung, você vai embora? — Changkyun pergunta olhando para ele, a voz tremia.


— Não, Chang — ele responde gentil — Depois vamos ver como fica, mas por enquanto, vou continuar por aqui trabalhando.


Hyunwoo pigarreou, mas não disse nada. Hoseok até trabalharia, mas dormir era outra história.


— Falando em trabalho, o chefe tá louco porque você faltou dois dias seguidos — Minhyuk anuncia.


E Wonho fez uma careta, o chefe era carrasco. 


— Eita…


— Jooheon dá um jeito nisso — Hyunwoo dita e o secretário assente.


— Então é você quem vem conseguindo folga para o hyung? — Changkyun pergunta entendendo tudo.


— Sim — ele responde.


Ele o encarou sério por uns segundos, fazendo todos o obsevarem, esperando alguma reação do mais novo.


— Podia arrumar pra gente também? — pede de modo inocente apontando para si e Minhyuk, fazendo os restantes rirem dele, principalmente Wonho.



Compartilhe este capítulo:

Autor(a): Slow Cif

Este autor(a) escreve mais 2 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
- Links Patrocinados -
Prévia do próximo capítulo

O grande salão estava lotado, as pessoas mais influentes do reino estavam reunidas a pedido do Rei, que ofereceu um grande jantar para fazer um anúncio importante. Sentado em seu trono, com a mesa real posta na frente de todos, duas bem compridas pelas duas laterais e com o jantar já servido, todos olhavam para o deus, que permanecia em silêncio. ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 0



Para comentar, você deve estar logado no site.


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.


- Links Patrocinados -

Nossas redes sociais