Fanfic: Esposa até Segunda (adaptada) | Tema: Vondy
Fazer um casamento por ano estava se tornando um pé no
saco. Especialmente para a madrinha.
— Não achei que ele estava falando sério sobre um casamento por ano. — Dulce Saviñon mexeu na barra do vestido de chiffon amarelo, que tinha muitos metros de tecido. A porcaria era feita para uma beldade de fala arrastada do sul, com direito a sombrinha e fitas, não para ela, que seria a madrinha de sua melhor amiga — mais uma vez.
— É romântico — Maite comentou.
— É idiota.
Anahí e Poncho estavam casados havia quase dois anos e já tinham o pequeno Eddie. No início, quando Poncho anunciou que renovaria os votos com Annie todo ano, no aniversário de casamento dos dois, em um estado diferente a cada vez, Dulce achou fofo. Agora, depois de uma semana corrida, cheia de planejamentos para a cerimônia, ela e Maite, a irmã de
Poncho, estavam suando em San Antonio, organizando a grande festa com tema texano. Só que Maite era inglesa e completamente equivocada a respeito do Texas. Onde deveria haver chapéus de caubói e trajes do Oeste, tudo tinha relação com o Sul. O extremo Sul. Mais como uma cena de E o
vento levou... que de Dallas.
— Não se preocupe, Dulce. Nem todas as festas vão ser assim tão
grandiosas. — Levou algum tempo para se acostumar com o sotaque britânico de Maite, mas Dulce estava adaptada agora.
— Não estou preocupada. Estou puta da vida, isso sim! Você tem ideia de como esses vestidos vão ficar quentes lá fora, nesse calor?
Maite mostrou os dentes perfeitos ao sorrir. Ela se virou, estendeu a mão para uma grande sacola da loja de noivas que encontraram no dia anterior e pegou dois leques de renda branca e dourada.
— Eu pensei nisso.
Bem, pelo menos não é uma sombrinha.
Maite lhe entregou um leque e se virou para a sacola de novo. De lá saíram duas sombrinhas de babados da mesma cor do vestido.
— Argh! Falei cedo demais.
— O quê?
Dulce se segurou para não revirar os olhos quando pegou a sombrinha.
Por que tem que ser amarela? Ninguém usa amarelo!
— Você não gostou. — Os braços de Maite caíram e sua expressão
animada se desfez.
Odiei.
— Elas são muito... country. — No estilo de uma roça no Sul. Mas Dulce não podia dizer isso. Mimada, rica e completamente ingênua, Maite tinha boas intenções. Executou mal, mas fez de bom coração.
— Não é isso que estamos procurando? Algo country?
Dulce abriu a sombrinha e forçou um sorriso.
— Isso grita country.
— Ótimo. Então acho que temos tudo que precisamos. — Ignorando a inquietação de Dulce, Maite continuou tirando pequenos acessórios da sacola: brincos, colares e, sim, fitas para os cabelos que combinavam perfeitamente. Quando Maite terminou, Dulce pensou que ficaria parecida
com uma flor do campo amarela. — Ah, olha só que horas são. Precisamos correr — Maite falou.
— Pensei que tivéssemos terminado.
— Precisamos dar outra passada no rancho para garantir ao William que a segurança não vai ser um problema. — William, o guarda-costas pessoal de Anahí e Poncho, era forte como um touro e tinha a capacidade de ficar completamente imóvel quando queria. Era tão raro vê-lo sorrir que Dulce só soube que ele tinha dentes seis meses depois de conhecê-lo.
— Ele não pode ver isso sozinho? — Ela gostaria de ter tempo para tomar um drinque no bar do hotel, seguido de um banho quente na suíte da cobertura. Enquanto estava no Texas, Dulce tentava encontrar novos clientes para a Alliance. Homens e mulheres. Anahí havia fundado a agência de
casamentos de elite e tornou Dulce sócia quando se casou com Poncho. Nos últimos dois anos, ela havia recrutado mais de uma dúzia de mulheres e formado três casais. Ao contrário de outras agências, a Alliance formava casais tendo por base seus objetivos de vida, não seus ideais românticos ou alguma noção de felizes para sempre. Alguns homens queriam uma esposa para ostentar ou precisavam de uma parceira temporária para conseguir um trabalho ou uma promoção. No caso de Anahí, ela e Poncho se casaram por causa de uma cláusula no testamento do pai dele. No fim das contas, os dois se apaixonaram perdidamente e tiveram Eddie antes do primeiro aniversário de casamento.
Dulce estava sempre procurando novos clientes. Que lugar melhor que o Texas, onde os homens geralmente eram ricos e as mulheres perfeitamente refinadas e, às vezes, disponíveis?
— Você sabe como o William pode ser difícil. Preciso convencê-lo de que os paparazzi não vão passar pelos portões.
O prazer daquele tão esperado coquetel estava ficando cada vez mais distante. Dulce enfiou a mão na bolsa e pegou uma presilha para prender, no alto da cabeça, os cabelos que caíam sobre os ombros. A umidade os fizera murchar quando saíram mais cedo, e não adiantava fingir que eles cooperariam depois de mais uma onda de calor.
— Tudo bem, vamos lá. Mas eu dirijo.
Maite estava acostumada a ter um motorista que a levava para onde quisesse. Ela dizia que não gostava de dirigir nos Estados Unidos, porque os carros ficavam do lado errado da rua. Já Dulce não gostava de depender de outra pessoa para ir aonde quisesse, então optou por alugar um carro. Trinta minutos depois, estavam percorrendo uma estrada do Texas em um carro compacto alugado. O ar-condicionado, que funcionava a toda a
velocidade, quase não fazia efeito no calor sufocante. Dulce fechou a mão em punho e bateu no topo do painel.
— Acho que o ar não está funcionando direito.
Maite estava sentada em silêncio, usando o leque que havia comprado para a cerimônia.
— Não estamos longe. Vamos sobreviver.
Sim, mas o calor deixava Dulce irritada, para não falar de sua camisa, que estava colada ao assento. Considerando que Maite era inglesa, Dulce ficou surpresa por ela não se queixar.
Na verdade, Maite não parava de sorrir desde que saíram do hotel.
Hummm, ela teria que analisar esse fato.
Havia um portão na entrada da propriedade. Quando se aproximaram e Dulce falou seus nomes, o atendente acenou.
— A sra. Hawthorn está esperando por vocês — disse o caubói enquanto meneava o chapéu.
— Eu adoro o sotaque texano. Você não? — Maite perguntou.
— Ele cativa depois de um tempo.
— Acho encantador. Todo mundo parece tão educado.
Dulce dirigiu pelo longo caminho arborizado até a frente da casa de fazenda.
— Os americanos acham que todo mundo que tem sotaque britânico é inteligente. Mas sabemos que isso não é verdade. Uma noite em um bar no Texas e você descobriria que nem todos os caubóis são educados. — Por algum motivo, Dulce sentiu que era seu dever ficar de olho em Maite, como
uma irmã mais velha e mais experiente.
— Eu não sou tão ingênua quanto você pensa — Maite a repreendeu.
— Hummm. — Sei.
— Não sou mesmo.
Dulce olhou de relance e se deparou com o rosto de Maite. Suas feições de porcelana, sua maquiagem perfeita e seu sotaque refletiam uma imagem de criança inocente.
— Posso ter estudado em um internato e vivido a maior parte da vida trancada em Albany, mas já fiz algumas viagens sozinha.
— Me deixe adivinhar: com um guarda-costas do tamanho do William te acompanhando?
— O Hans não é tão grande quanto o William.
Dulce revirou os olhos.
— Hans? O nome dele é Hans?
— Ele é sueco. E especialista em artes marciais.
Dulce riria se Maite não estivesse tão séria.
— E onde ele está agora?
— Em casa. Não achei que ele precisaria me acompanhar até aqui. Eu sabia que estaria com você e poderia ligar para a Anahí ou o Poncho a qualquer momento. Além disso, você não parece o tipo de pessoa que precisa de alguém para segurar a sua mão e te proteger.
Isso porque eu sei me cuidar.
— Você não é como eu.
— Não, mas sou capaz de ficar longe de problemas sem um guarda-costas.
Excesso de confiança pode trazer problemas.
— Você sabe que eu vou embora no dia seguinte à festa, né?
— Sei.
Dulce estacionou o carro e o manteve ligado para que o ar fresco
continuasse soprando enquanto conversavam.
— Quando você volta para Londres?
— Ainda não decidi. Minha mãe quer que eu volte com ela, mas pensei em ficar mais um tempo.
— Acho que seria melhor se você fosse embora com a sua mãe.
— Eu não sou mais criança.
— Eu não disse que era.
— Acho que disse, sim.
Maite estava na defensiva. Dulce colocou a mão sobre a dela.
— Quantos anos você tem? Vinte e cinco?
A boca de Maite se abriu.
— Trinta e um.
Muito velha para ter uma babá.
— Quer saber? Hoje nós vamos vestir um jeans e um chapéu e procurar aquele bar texano. Talvez eu possa te dar umas dicas para você ficar longe de problemas. — Não era exatamente o melhor lugar para recrutar novos clientes, mas deixar Maite para se defender sozinha era meio como deixar um gatinho com uma dúzia de pitbulls.
— E se eu quiser encontrar algum problema?
— Então é melhor ter alguém para evitar que você se machuque. Por isso, vai precisar de alguém como o Hans.
— Tudo bem, sem problemas. Eu vou me divertir e ir embora sã e salva.
— Ótimo.
Maite sorriu e abriu a porta do carro. O calor sufocante sugava a energia de cada poro de Dulce. Talvez um bar legal e uma cerveja ajudassem a tirá-la de seu atual estado de desânimo. Ela passou a bolsa por cima do ombro e contornou a frente do carro.
— Ah, Christopher, você foi muito gentil em vir. — A voz de Maite atravessou o ar com a saudação.
Dulce derrapou até parar. Christopher?
Maite alcançou os degraus da casa e cumprimentou Christopher no estilo clássico europeu, beijando as duas bochechas. Vestindo calça casual e camisa social de algodão, Christopher Uckermann abriu seu sorriso fácil. Como de costume, ele disse a coisa certa no momento certo.
— Você está linda. Nem parece que está sentindo esse calor de mil graus aqui fora.
O coração de Dulce bateu forte no peito. Ali estava o verdadeiro motivo para seu mal-estar. Christopher Uckermann era tudo o que ela sempre quis em um homem, mas completamente fora de seu alcance. Algo dentro dela se acendia toda vez que o via. Infelizmente, essa resposta geralmente terminava em uma observação irônica ou em uma batalha defensiva. Ele era
mais confiante que um gato em um beco escuro no Brooklyn, sorria e era encantador com todo mundo e exalava sensualidade, como calda pingando de uma pilha de panquecas.
Christopher passou a mão pelos cabelos loiros e encontrou seu olhar quando Maite passou por ele e entrou na casa. Dulce viu o peito dele se mover com uma respiração profunda antes de descer as escadas para cumprimentá-la.
— Olá, Dulce.
— Oi, Christopher. O que está fazendo aqui? — Droga, isso soou ranzinza. O calor estava fritando seu cérebro.
— Acho que você não está feliz em me ver.
— Eu não disse isso. Só não estava esperando que você comparecesse. — Comparecesse? Ela já estava pegando o jeito de falar do local.
Ele cruzou os braços, enfiando os dedos sob as axilas.
— A Maite pediu para o William vir, e o Poncho me pediu para ficar de olho nela.
Dulce olhou por cima do ombro de Christopher, para a porta vazia.
— Por que o Poncho não pergunta ao William sobre ela?
— O William não faz fofoca, só se atém aos fatos. O Poncho ficaria frustrado com uma resposta do tipo “Ela está bem” — Christopher baixou o tom de voz para imitar a de William, e Dulce não pôde deixar de sorrir.
— Mas ela está bem. — Como uma mulher conseguia fazer com que todos esses homens sentissem necessidade de mimá-la?
— Eu decido isso.
Dulce afastou dos olhos uma mecha de cabelo que havia caído do coque.
Christopher observou o movimento.
— Que o juiz decida, então.
— Eu não sou mais juiz.
— Não, é político.
— Você fala como se fosse uma coisa ruim.
— Políticos são quase tão odiados quanto advogados. — Coisa que
Christopher era, ou tinha sido, pelo menos. Aos trinta e sete anos, ele havia subido mais degraus e alcançado mais objetivos do que um homem com odobro da sua idade. Agora estava de olho no governo do estado da Califórnia e, de acordo com as pesquisas, suas chances eram boas.
— Essa doeu.
— Eu só falo o que percebo.
Ele parou de lado, o sorriso nunca saindo dos lábios carnudos.
— Bom, por que você não fala lá dentro? É difícil ficar de olho na minha protegida aqui nesse calor.
— Ela não é sua protegida — Dulce informou enquanto subia os degraus. Mesmo naquele clima, conseguiu captar o aroma almiscarado que emanava do corpo dele. Ela estremeceu, ignorando o prazer que o cheiro trouxe.
— Também não é sua, mas ela não veio dirigindo até aqui sozinha.
— Você não tem leis para aprovar ou algo assim?
Christopher riu quando ela passou por ele na escada.
— Eu não sou o governador. Ainda.
— Achei que bancar a babá de uma mulher adulta estava fora da sua lista de deveres judiciais. — O interior fresco da casa era um alívio bem-vindo.
— Talvez dos deveres políticos, mas não daqueles para com os meus amigos. Você faria o mesmo pela Annie, nem tente negar.
Ele a pegara. Não que ela fosse deixá-lo saber o que estava pensando.
— Ah, que seja.
.......................
Christopher seguiu a gota de suor que teve a sorte de escorrer pelo pescoço de Dulce, desaparecendo pelo decote V da blusa. Ele remexeu os pés enquanto pensava para onde aquela gotinha poderia ter ido. Com um metro e setenta de altura, a pele bronzeada de sol e os olhos castanhos sensuais, Dulce tinha
o poder de atraí-lo.
Como se sentisse sua atenção, ela inclinou a cabeça. O movimento fez com que os olhos de Christopher subissem dos seios para o rosto. Ele nem teve a decência de ficar envergonhado por ser pego observando-a. Deveria ter ficado, sabia disso, mas não ficou. Christopher olhou para sua anfitriã, que estava
ao lado de Maite e William, e fingiu que estava ouvindo.
Meia hora depois, eles estavam em um vasto gramado rodeado por cercas de madeira, a algumas centenas de metros de distância. O calor e o cheiro de cavalos pairavam no ar.
— Temos mais de duzentos hectares — a sra. Hawthorn explicou.
— Como vocês vão afastar os intrusos? — William perguntou.
— Teremos funcionários extras para evitar a entrada de qualquer pessoa indesejada. Eles vão ter que andar muito para chegar até aqui. E, se chegarem de carro, vamos vê-los muito antes que consigam entrar.
A mulher caminhou até a grande área de entretenimento ao ar livre, decorada com fogueiras e mesas. Fardos de feno delineavam o entorno, complementando o encantador cenário do Texas.
Dulce se afastou da sra. Hawthorn e foi em direção a um dos empregados do rancho. O caubói usava calça jeans, botas e um chapéu Stetson. O homem sorriu e inclinou o chapéu quando ela se aproximou. Christopher deu alguns passos até eles, mas não conseguiu ouvir o que conversavam. O jovem caubói olhou para Maite e fez alguns gestos com a mão. Dulce pareceu lhe agradecer e retornou para perto deles.
Maite voltou a atenção para Dulce.
— Por que você não mostra ao Christopher a disposição das coisas lá dentro enquanto eu converso com o responsável pela segurança?
— Não precisa pedir duas vezes. Está mais quente que o inferno aqui fora. — Dulce se virou e foi em direção à casa. — Você vem?
Christopher apertou o passo para encontrá-la na porta, segurando-a aberta enquanto ela entrava.
— A sra. Hawthorn ofereceu alguns quartos para usarmos na noite da festa, para os convidados que beberem demais ou para os que aparecerem de última hora e não tiverem onde se hospedar. — Dulce passou por uma escada nos fundos e apontou. — Tem uma varanda com vista para o lugar, onde o Poncho pode colocar um segurança extra para vigiar e conferir se tem
algum penetra na festa.
Christopher a seguiu, observando o balanço dos seus quadris quando ela se virou e caminhou pelo longo corredor.
— Vocês podem se organizar aqui enquanto esperam pela Annie.
Ela continuou andando e falando. Christopher mal ouviu uma palavra. Como na maioria das vezes em que estivera na presença de Dulce, ela reduzia seu cérebro a nada, fazendo com que fosse difícil pensar. Ele sempre sentia uma fagulha quando ela entrava nos lugares. Se tivesse que adivinhar, diria que ela estava tão atraída por ele como ele por ela. No entanto, nenhum deles
tomava uma atitude a respeito.
Bem... quase nunca.
No Natal do ano anterior, que comemoraram com Poncho, Anahí e uns cinquenta amigos, eles quase se beijaram sob o visco. Ambos haviambebido e estavam sendo irônicos um com o outro a noite toda. Dulce usava um vestido vermelho que ia até o meio das coxas. Ela havia prendido o cabelo escuro e somente algumas mechas balançavam ao longo de seu pescoço delgado. Toda vez que passava por ele, seu perfume o envolvia, como se o sufocasse. Hipnotizado, Christopher percebeu quando ela se afastou da festa e a seguiu.
Dulce se virou de maneira inesperada, colidindo com ele. Os dois ficaram ali por um momento, se avaliando. Então ela rompeu o contato visual e olhou para o alto. Murmurou algo, e ele olhou também. Deus abençoe aquele visco. Christopher colocou a mão na lateral do rosto dela, e os dedos tocaram sua nuca. Sentiu necessidade de beijá-la lentamente. Mas seu plano foi por água abaixo. Assim que ele se inclinou para provar o sabor dos lábios de Dulce, um dos convidados o chamou do outro lado da sala. Ela deu um pulo para trás e saiu do alcance dos seus braços.
Nenhum dos dois jamais falou sobre isso. Na verdade, eles continuaram como se nada tivesse acontecido. Ele supôs que isso se devia ao fato de ambos serem muito amigos de Annie e Poncho e não desejarem estragar essa amizade.
Christopher passou a sair e a ser visto com outras mulheres, e Dulce continuou seu trabalho na empresa de que era sócia com Anahí.
— Então, o que acha? — Dulce estava falando com ele, mas Christopher não fazia ideia do assunto.
— O quê?
— A casa.
— O que tem?
— Você não ouviu uma palavra que eu disse.
— Não. Não, você falou sobre o lugar em que vamos ficar, sobre a
varanda...
Ela pousou as mãos na cintura e o olhou com altivez.
— Eu falei isso quinze minutos atrás. Não sei por que me dou o trabalho — continuou, se virando.
— Eu me distraí — ele admitiu. — Tenho muita coisa na cabeça.
— Eu também tenho coisas melhores para fazer com o meu dia. Quer saber? Por que você não diz para o William que aprova tudo e seguimos em frente?
Christopher sorriu com malícia.
— Tentando se livrar de mim?
Os olhos de Dulce se voltaram para os dele mais rápido que relâmpagos em um céu tempestuoso.
— Querer que você vá embora significaria que eu me importo com a sua presença.
Ela estava se esforçando para manter um olhar desinteressado no rosto, mas começou a mordiscar a unha e quebrou o contato visual. Você se importa. Pode não querer, mas se importa.
— Essa doeu.
Ela olhou para as unhas e as apertou na palma.
— Ah, esquece. Vamos sair daqui antes que a gente derreta.
— Boa ideia. — Porque ficar ali, fantasiando sobre Dulce, não estava trazendo nenhum benefício. Além disso, a última vez em que Christopher checou, ele tinha uma acompanhante para a festa, e não era a mulher à sua frente.
Dulce saiu andando, e ele a seguiu a uma distância segura. Ele realmente deveria estar pensando nos milionários do Texas que assistiriam à cerimônia de renovação de votos, e não na madrinha.
— Já pensei em tudo, William. Pode dizer para o meu irmão que a segurança está perfeita, e as únicas fotos para a mídia vão ser tiradas pelo repórter que foi convidado para assistir à cerimônia. — Maite acenou para Christopher. — Seja legal e o acalme, tá?
Christopher olhou para William e deu de ombros.
— Obrigada mais uma vez pela atenção, sra. Hawthorn. Nos vemos daqui a alguns dias.
A dona da casa deixou que Maite beijasse suas bochechas e acenou quando as duas mulheres entraram no carro.
— Divirtam-se, garotas.
Christopher estava ao lado de William e da sra. Hawthorn enquanto Dulce e Maite se afastavam. Dulce nem olhou no espelho retrovisor conforme o carro se distanciava.
— Elas estavam com pressa de ir embora — William comentou.
— Também notei.
A sra. Hawthorn colocou a mão na cintura.
— Planejar um casamento não é fácil. Elas estão trabalhando duro. Ainda bem que vão ter uma noite divertida antes da festa.
— Noite divertida? — William perguntou.
Christopher seguiu a poeira na estrada.
— Pelo que o Billy falou, a Dulce perguntou sobre um bar onde as duas pudessem descontrair e relaxar por algumas horas. Dançar um pouco e extravasar.
Christopher revirou os olhos.
— Um bar?
— Não consigo imaginar a srta. Maite num bar no Texas — William
comentou.
Dulce, talvez. Mas Maite?
— Parece que você não vai poder voltar para casa hoje à noite — Christopher disse a William.
Perder a oportunidade de espionar Dulce e Maite estava fora de questão.
Autor(a): candy_girl
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
A butique do hotel forneceu o jeans perfeito, colado aocorpo, botas e chapéu de cowgirl. Maite não entraria em um bar do Texas vestida como a filha de um duque. Ao contrário de quando foram comprar os vestidos amarelos de madrinha, Dulce gostou do passeio que deram no departamento country da loja..Uma música alta e vibrante, com letra sobre um amo ...
Próximo Capítulo
Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 4
Para comentar, você deve estar logado no site.
-
anne_mx Postado em 04/12/2020 - 10:32:48
A fanfic é incrível, já estou amando e estou empolgadíssima pra acompanhar, continuaaaaa <3
-
anne_mx Postado em 04/12/2020 - 10:32:20
Meu Deus, tadinha da Mai, ela é tão inocente, não sei porque mas tô achando que vai sair algo entre ela e William <3
-
anne_mx Postado em 04/12/2020 - 10:31:44
Meu sonho encontrar um Poncho da vida que faça um casamento pra mim todo ano, manda logo o varão Deus, sua filha tá prontíssima KKKKKKKKKKK continuaaaa, quero ver até onde vai dar esse fogo Vondy <3
-
anne_mx Postado em 04/12/2020 - 10:30:39
Se Christopher e William estiverem mesmo vigiando elas pode dar em um treta das grandes kkkkkkkkkkkkkkkkkk continuaaa <3