Fanfic: Não Chore, Minha Dama. | Tema: Mabill, Gravity Falls

    Eles entraram no laboratório novamente, em câmera lenta, atentos a todos os detalhes. O cômodo estava como antes... Mas não tinha o vidro, apenas uma almofada grande e vermelha no chão... E um garoto loiro em cima dela.

     — É bom vê-los novamente, Shooting Star, Pinheiro. — Diz a criatura que estava sentada na almofada, de costas, espantando os gêmeos com sua presença.

     — Bill! — Os gêmeos estavam incrédulos. Primeiramente por Bill ter voltado, e, por ele estar em um tipo de forma humana, exatamente como Mabel havia sonhado.

     Como um passe de mágica, Bill some, vira poeira amarela. O desespero toma conta dos Pines adolescentes.

      Como iriam contar tudo aquilo para os seus ti-vôs? Eles decidem resolver isso amanhã, pois já estavam uma pilha de nervos hoje.

     Os irmãos ainda dormiam no mesmo quarto da cabana, pois não tinha espaço para outro, por isso Ford e Stan estavam construindo mais dois quartos.

     — Eu não consigo ficar aqui, Mabel. E-Eu preciso caminhar. — Diz Dipper enquanto se virava para sair do quarto.

     — Você vai é na biblioteca do ti-vô Ford e passar a noite lá, como sempre. — A garota fala, enquanto bate a cama dela para tirar um pouco da sujeira.

     — Ninguém me conhece melhor que você. — Dipper diz. Deu um boa noite caloroso para sua irmã, ela fez o mesmo.

     Mabel não queria ficar sozinha, mas sabia que seria melhor para o Dipper, se ele fosse pesquisar aquelas coisas estranhas que ele tanto gosta.

     Mabel narrando:

       Não queria dormir, eu sentia como se Bill fosse aparecer.

       Com o passar das horas, minhas pálpebras começaram a pesar, o sono já estava para chegar e meus olhos, finalmente, fecharam-se.

Eu estava na frente de sua estátua, a mesma que ficava no meio da floresta. Me aproximo de sua forma triangular, levanto minha mão até a sua, pegando devagar e a apertei logo em seguida. Do nada, surge aquele fogo azul nas nossas mãos, como naqueles momentos em que você fazia algum acordo, mas nesse caso era diferente, eu sentia um sensação de nostalgia, embora nunca tenha feito um trato com você.

Eu me assustei com o fogo e tentei soltar sua mão, mas ela me segurou de volta, bem forte.

Sua estátua sumiu e você apareceu em um piscar de olhos, estava com uma forma humana agora. Olhei para seu rosto, mas eu só conseguia enxergar escuridão. Só conseguia sentir o toque gentil de sua mão, sentir o seu carinho no meu rosto, sentir seus lábios selando os meus. No fim, ouvi "Minha linda dama, por que estás a chorar?".

     Acordei assustada e sem ar. Demorou um tempo para perceber que eu realmente estava chorando, o mais estranho era que não eram lágrimas de alguma sensação ruim. Eu não saberia indentificar que sentimento era aquele me consumindo. Eu tenho que descobrir que sentimentos eram aqueles, eu eu preciso ver aquela estátua do Bill novamente.

     Não aguentando mais, pego meu casaco e vou para a floresta.

     Depois de muito andar, eu finalmente encontrei aquela estátua. Até que... Eu tive vontade de fazer o mesmo no sonho... Eu acabei fazendo.

      Quando o toquei, meu coração acelerou sem motivo, comecei a sentir uma tontura e mais alguma sensação forte, a mesma que eu queria tanto identificar.

     Logo em seguida, uma brisa forte tomou conta do local, decidi voltar para a cabana, mas assim que eu virei de costas para ir embora... escuto algo.

     — Nem tudo é como nós sonhamos, mi- Shooting Star. — Ele sussurrou no meu ouvido, me deixando pálida.