Fanfic: Tudo Começou Com Um Beijo. | Tema: Suddenly Became a Princess One Day, Who Made Me Princess
— Mas que rato imundo! — Esbravejou o mago, chutando a cadeira pela oitava vez nessa semana.
O assunto de Ijekiel já estava o tirando do sério, mas ter a sua torre mais uma vez invadida foi o ápice dos problemas, ainda mais pelo feitiço de congelar sentimentos estar cada vez mais e mais fraco. Ele tinha fortes suspeitas de quem estava por trás disso.
— Eu preciso resolver uma coisa por vez... — Diz pra si mesmo, suspirando e sentando na cadeira que fora chutada.
Logo, o mago tratou de organizar tudo e visitar a adorada princesa de Obelia.
Ela já estava na sacada, olhando o horizonte, esperando o mago que não havia a visitado hoje como prometido.
— Você está, de novo, especialmente feia hoje.— Pronuncia, entrando na sacada e assustando a garota que estava até então perdida em pensamentos.
Depois de raciocinar as palavras do amigo, uma veia saltou na cabeça da jovem.
— Você sempre diz isso! — Responde, carrancuda e cruzando os braços.
O mago solta um riso, e a encara densamente.
— O que foi? — A jovem não pode deixar de notar o olhar diferente.
— Eu preciso ir por alguns dias. — Diz, com uma voz baixa, deixando Athanasia confusa. Não demorou muito para o mago suspirar e desviar os olhos da garota. — Preciso investigar algumas coisas mais a fundo, consequentemente me levando longe daqui. — Explica, voltando os olhos para a princesa.
Athanasia pisca algumas vezes, sem saber como responder.
— E o meu pai? E Ijekiel? —Perguntou finalmente, bem preocupada em como lidaria se Lukas não estivesse presente.
— Voltarei antes de seu pai precisar de mim, mas caso aconteça o inesperado, já te ensinei como limpar a mana dele. — Responde, afagando a cabeça da jovem que parecia que já iria voltar a chorar. Isso realmente a acalmou.
— Tudo bem. — Diz, limpando lágrimas que já estavam se formando. — Mas, e Ijekiel? — Pergunta, inocentemente. Uma veia salta na testa de Lukas.
— Por que você acha que vou pesquisar mais a fundo? É por culpa daquele cara.— Diz, sem paciência alguma. Fazendo algo que estava tocando tremer. Ele olhou para a jovem a sua frente e a viu rindo silenciosamente, mas logo a mesma não conseguiu impedir de sua risada sair alto e em bom som. Supreendendo o mago. — Eu falei algo engraçado?— Perguntou, se aproximando da garota a sua frente e tirando a mão da cabeça dela, a fim de tentar desvendar o motivo de tal risada.
— Não. Só... obrigada. — Ela responde, já mais calma. Olhando profundamente nos olhos do mago.
— Por ajudar o seu pai? — Ele desvia seu olhar da jovem, se afastando, dando um passo para trás. Athanasia o segue, colocando um passo a frente, fazendo os dois continuarem com a mesma aproximidade de antes.
— Por ajudar a mim. — Responde baixo, dando um sorriso gentil logo em seguida.
Uma descarga elétrica passou pelo corpo de Lukas, a pulsação peculiar tomou conta do mesmo.
— Vo-você está bem? — Athy diz nervosa, se aproximando ainda mais do mago e o tocando no braço. O olhar preocupado da jovem o deixa desconcertado.
— Estou. Não é... nada. — Diz, levando a mão no peito e sentindo cada vez mais o feitiço se quebrar. Não demorou muito para lembranças assombrosas surgirem na mente do mago. Lukas fecha os olhos. — Eu só preciso me apressar e ir. — Diz, abrindo os olhos novamente, já se recompondo.
— Tu-tudo bem. Volte... — Athy já ia se despedir, mas o mago já não estava mais na sua frente — ... logo. — A deixando falando sozinha.
"Aquele bastardo" Athy pensou, repudiando a maneira rude dele sempre que se despede.
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Com o passar dos dias, a situação da princesa foi ficando cada vez pior. Já se alastrava para mais pessoas ao seu redor.
Não faltou muito para que a jovem percebesse que era tudo como se fosse o enrredo original de <Adorável Princesa>. Ela não tinha mais ninguém, exceto Lilly.
O lado bom era que não havia mais a tia de Jennete para a envenenar e colocar a culpa na Athy.
Foi isso que ela pensou.
No fim, aconteceu algo pior. A dor que Claude sentia ao estar próximo dela aumentou absurdamente, não o deixando outra escolha se não a acusar de bruxaria.
E como toda bruxa, deveria ir a forca.
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"Por que sou tão depreciada?"
"Esse é o meu castigo por ter nascido?"
"Por que devo morrer assim?"
"Tenho sempre que ser tão miserável?"
"Princesa" A voz sorridente de Jennete surge na mente de Athy, tão adorável e gentil.
"Por que eu não sou ela?"
Lágrimas já começavam a escorrer incessantemente dos olhos amargurados da pobre Athanasia.
— Desculpe... Princesa. — O oficial encarregado de a enforcar não conseguia parar de se culpar.
As vozes começaram a ficar distantes para a garota, que seguia ao encontro de sua morte. A cada passo mais próximo da corda, havia cada vez mais lembranças passarem em frente dela. E em um piscar de olhos, ela se lembrou de tudo. Agora o deja vu inabalável que ela sentia com certas coisas fazia total sentido.
Ela sempre foi destinada a sofrer e morrer. Esse sempre foi e vai ser seu fim.
Já que ela era a verdadeira Athanasia.
— 10... 9... — A contagem já estava sendo feita, a corda já estava envolta de seu pescoço. Sem mais volta.
"Lilly, você sempre me protege em todo fim. Eu sinto tanto, perdoe-me." Memórias do sorriso de Lilly a chamando surgia na mente borrada da garota.
— 6... — A contagem continuava ao fundo, mas, aos ouvidos de Athy, ficavam cada vez mais abafadas.
"Mamãe, posso finalmente te conhecer." A imagem de Diana, com um olhar triste a fitando, ou melhor, fitando Claude.
— 3... — Agora tudo era inaudível.
"Lukas..." Seu último pensamento.
Ela fecha os olhos, já sentindo o chão ceder, a impurrando para baixo. Deixando a gravidade fazer o resto.
...
..
.
Mas não foi só o chão que cedeu, a corda que rodeava seu pescoço também.
Ao invés de cair no duro do chão, pôde sentir cair em algo macio e quente, a envolvendo em um abraço.
"Esse cheiro..." O cheiro reconfortante só podia vir de um único lugar.
Ao abrir os olhos marejados, só conseguia ver em borrão, um par de olhos vermelhos, a fitando intensamente.
E Claude, que estava assistindo a tudo isso, ao ver Athanasia caindo nos braços do mago, o levou a uma lembrança que achou que nunca viveria: Dançando com sua filha, a levando ao alto, no seu debut.
Uma dor perfurante surgiu em seu peito. Era um alívio ou raiva? Algo tão forte que ele não conseguia identificar, mas também era algo incômodo.
Ele deu o sinal para os oficias, que logo trataram de tentar impedir de salvarem a garota. Elevaram suas armas, prontas para atirar.
Mas antes de qualquer coisa, apenas com um olhar de relance, com sua magia, o mago arrancou os dedos de cada um dos soldados que ousavam mirar neles, principalmente em Athanasia, que perderam suas mãos.
A multidão, que antes estava em choque, já começou a gritar novamente. "É um monstro!" "Eles vão escapar!" Gritavam irritadiços e assombrados com tudo.
Isso tudo acontecia em um curto período de tempo, e só depois que a multidão se prontificou, tirou a garota de seus pensamentos.
— Você... está me ajudando por quê? — Ela diz, em meio a soluços, não conseguindo entender o porquê de ele estar ao seu lado até agora.
— Eu não te disse antes? Eu vou te ajudar. — Ele diz, tentando ser o mais gentil possível, mesmo que o som da multidão fosse bem irritante. Mas essas palavras foram o suficiente para a garota se lembrar.
Flashback on:
"Eu vou te ajudar, então, não desista" Ele disse isso sem contexto nenhum pra ela.
"O que? Mas eu não vou desistir. Quem disse que eu iria?" Ela respondeu, não entendendo muito bem isso.
Flashback off.
— Sempre vou ajudar você. — Ele sussura, colocando a mão na cabeça dela e a forçando esconder o rosto no pescoço dele. A protegendo dos olhares perversos da multidão. — Vamos sair daqui. — Diz, e em um piscar de olhos, não estavam mais lá. Teleportando para outro lugar.
Autor(a): Cereja Pines
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