Fanfic: Prefiro Morrer De Novo Do Que Deixar-te Ir. | Tema: Hazbin Hotel
Charlie perdeu sua sanidade por conta de todos os problemas que tinha. Ela simplesmente desistiu, desistiu de tentar ver o melhor nas pessoas e o lado bom das coisas.
Ela, finalmente, fez o que seu pai tanto queria: Se entregou ao seu lado maléfico, como uma boa princesa do inferno deveria fazer. Ele provavelmente sentiria orgulho se a visse agora.
Isso era como um gatilho, para a maldade se apossar, o que se tornou permanente.
Vaggie e Angel estavam desolados e sem entender quem era esse monstro no lugar de sua adorada amiga. Aonde estava aquela boa e adorável garota inocente? Ela não existia mais.
Alastor, por sua vez, parecia ter ganhado uma mais nova fonte de diversão, ele deveria estar muito contente em não se entediar mais com o mundo... Mas então, por que ele não se sentia feliz? O Radio Demon queria assistir a escória do mundo lutar para subir a colina da melhoria apenas para tropeçar repetidamente e cair no poço ardente do fracasso, apesar disso, ele não gostava de ver Charlie no estado de agora.
De fato, Alastor havia simpatizado com as pessoas do Hazbin Hotel mais do que gostaria de admitir, principalmente a princesa do inferno, que antes, de demoníaca não tinha nada. Sempre a achou uma garota patética e inocente, mas ainda assim, se apegou a ela.
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— Só vou arrancar a pele desses humanos e arrastá-los para o inferno comigo. — Um sorriso maléfico estava presente nos lábios da loira, que recentemente descobriu um portal clandestino para o mundo dos vivos.
— Eu não vou permitir. — O demônio vermelho se pronunciou, com uma certa dificuldade. Até chegarem no local, ele se mantinha neutro em relação à mudança de Charlie e a seguia por todos os lados por curiosidade para ver no que isso vai dar, mesmo que, na verdade, seja por preocupação.
Ela sofreria uma rigorosa sentença se atravessasse esse portal, nem ele poderia aturar tal atrocidade.
Ele a impediu, mas ela é a princesa do inferno, nem o demônio mais forte poderia deter-la. Lutaram até ambos terem severos rasgos em sua carne, a diferença entre os dois, era que Charlie não sentia nenhum pingo de cansaço ou dor, ao contrário de Alastor.
O demônio carmesim estava estilhaçado no chão, sem expressar a tamanha dor que sentia, escondendo-a com seu famoso sorriso de locutor de rádio, com o seu olhar penetrante.
— Não posso permitir... — Repete suas palavras, com mais força, enquanto se levantava com dificuldade. — Que seu desejo se realize, my dear. — Sua voz era quase como a de sempre, mas havia uma comicidade no tom de voz.
— Por que não? — Charlie, com sua forma demoníaca, ria maldosamente mais do que Alastor.
— Simples... — Ele levantou, como se estivesse recuperado, mas não completamente. — Porque temos um trato, sobre o Hotel. Aonde mais os cidadãos do inferno procuraram a redenção? — Ele se aproxima dela, e quanto mais se aproxima, mais parece que ela está se lembrando quem ela é.
— É mesmo... — Ela abaixa a cabeça, completamente reflexiva. — Então... Depois disso... — Ela levanta a cabeça e dá um sorriso. — Se você for exterminado, não deve mais haver nenhum contrato. — O sorriso era maligno.
Ela atravessa o lugar onde costumava ser o coração de Alastor.
O Radio Demon nunca achou que faria uma cara de surpresa antes. Para ele tudo era possível, havia maldade em tudo no mundo. Mas então, como ele não esperava por isso vindo dela? De qualquer forma, sua postura não mudou. Nunca demonstraria nenhuma fraqueza.
— Então, acho que será difícil desfazer um contrato assim, achei que fosse de má qualidade. — Charlie indaga, percebendo que, mesmo que estivesse com a mão dentro do peito de Alastor, ele continuava com a mesma posição e esboçando o mesmo sorriso de locutor de rádio.
— Não acredito que a senhorita duvidou de minha sinceridade no contrato. — Ele alarga mais o sorriso. — Isso até me deixa um pouco bravo. — Isso surpreende Charlie, que se afastou um pouco, tirando a mão dele, fazendo o demônio cair no chão, se agarrando a ela, que se ajoelhou.
Agora, os dois estão ajoelhados na frente do outro, sem poder desviar os olhos.
O portal das punições eterna está se abrindo ao lado deles, para fazê-los pagar o preço de violar a terra dos vivos. Já era tarde demais para fugir.
Charlie lançou um olhar travesso para Alastor, que já sabia o que ela estava pretendendo.
— Então, depois de me jogar ali e fugir, o que planeja fazer? — Ele indaga, fraco, mas nunca deixando isso refletir na sua voz.
A garota ia responder, mas foi cortada.
— Bem, então, eu vou cair. — Ele a abraça, sem esperar uma resposta da pergunta.
— O que você está fazendo? — Ela se surpreende, mas então percebe: Estava extremamente machucada também, quando ele a abraçou, espremeu os seus machucados. Aquele Radio Demon não era simples de lidar. Ela não tinha forças de levantar. O sangue esfriou quando se ajoelharam. Ela não conseguia se soltar do abraço.
— Me solta. — Diz com uma voz ríspida.
— My dear... — Ele gargalha, com o som do rádio falhando, agora ela pôde ouvir a própria voz do demônio pela primeira vez, bem no seu ouvido: — Você já deve saber... Eu prefiro morrer de novo do que deixá-la ir. — E com isso, ele se inclina para o lado.
Agora, eles estão no caminho das punições.
Caindo e caindo.
As barreiras estão caindo e caindo.
O orgulho, caindo e caindo.
Eles, por fim, caindo.
Autor(a): Cereja Pines
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