Fanfics Brasil - Sua voz era doce, igual açúcar Minha Companhia Noturna.

Fanfic: Minha Companhia Noturna. | Tema: Gravity Falls, Reverse Falls


Capítulo: Sua voz era doce, igual açúcar

35 visualizações Denunciar


∴ Cena anterior: 


        — Boa noite, senhorita. Muito obrigado mais uma vez. — Will se despede, dando um beijo na costa da mão de Mabel, que estava deitada na cama.


      — Você vai voltar amanhã? — Ela pergunta atropelando as palavras, sem nem raciocinar o que o azulado tinha falado.


"Ela quer que eu volte? Mas eu a fiz chorar."


"..."


      — Não vejo porquê não. — Will responde, dando um sorriso encantador.


Ele pôde vê-la sorrir.


Ela ficou animada de novo.


Sem entender o motivo, o coração humano do azulado começou a acelerar.


"Os humanos são tão estranhos."


Pensou antes de dar uma última olhada na gentil humana que já estava em sono profundo.



Na noite seguinte:



       Toc toc.


       A jovem se remexe na cama pensando no que seja lá o que estiver ouvindo é da sua cabeça. Ela decide continuar lendo.


       Toc toc toc.


       Batidas contra o vidro de novo sobrepõe o silêncio da noite.


       Toc toc toc toc.


       Mabel, já irritada, se vira para a janela e dá de cara com o certo azulado batendo de leve com a sua mão no vidro. Ela se surpreende.


       — Fada! — Grita Mabel.


       Ela abre a janela às pressas se repreendendo mentalmente por ter a trancado. Era como se durante o dia esquecesse completamente que tem um amigo que a visita todas as noites.


       — Senhorita, boa noite. — Ele sorri cordialmente e entrega uma rosa a Mabel.


       Ela sorri de volta, pega a rosa com uma mão e com a outra puxa o azulado, o fazendo cair na cama junto a ela. Will se assusta com a mudança repentina de gravidade e apenas se deixa cair na cama. Os dois apenas riam com a careta que o outro fizera por conta disso.


       — O que teremos hoje? — Will pergunta, após fitar intensamente o rosto de Mabel, a analisando. A garota pensa um pouco, olha para o teto e ri com a ideia que acabou de ter.


       — Um passeio! — Responde ao sentar-se na cama em que segundos antes estava deitada ao lado do azulado.


       — E como ele é feito? — Will pergunta, não tendo certeza o que era mesmo o significado dessa palavra. Mabel olhou para ele de forma estranha e confusa com a pergunta, mas sorriu.


       — Bom, primeiro nós saímos de casa. — Ela esfrega as mãos, formando um sorriso maligno brincalhão.


       Will, que até então estava sorrindo e bobo, parou. Desfez o sorriso rapidamente e se levantou bruscamente da cama.


       — Vo-Você quer sair de casa?! — Will anda de um lado para o outro, aflito. Ela tinha baixo nível mielina e ossos frágeis. Dava para constatar que ela quase não saia de casa. Será que estaria tudo bem?


      Mabel, que agora olhava para ele por baixo, adorou ver a reação do azulado.


      — Acredito que sim, senhor! — Mabel sorri ao fechar os olhos. Aquilo abraçou o coração de Will.


       Ele fica extremamente feliz por ela, logo tratou de pegar na mão da jovem e a levantar da cama.


       E já estavam correndo pela casa juntos.


       Descendo as escadas.


       O relógio da parede da sala marcava 23:12.


       Mas aquela noite prometia ser muito mais longa.


       Mabel pegou a chave e respirou fundo por longos minutos antes de girar a maçaneta para a sair de casa.


       O frio gélido da noite os pegou em cheio.


       Era tão refrescante e assustador ao mesmo tempo.


       Antes de sair, Mabel pega dois casacos: um para ela e outro para Will, que não sabia como se vestia. O azulado se atrapalha ao tentar colocar o casado e só obtém sucesso quando a jovem o ajudou. Ele não era um idiota e saberia como colocar, mas só iria saber se visse antes, mas não diria isso a ela. Ele estava empolgado demais. Nunca tivera experimentado tal sensação. Claro que, na forma humana, as necessidades eram ruins, no entanto, ele só precisava aguentar até que ela dormisse, para poder voltar ao normal.


       Os cliques da chave trancado a porta desesperou Mabel ao limite.


       3 anos.


       3 anos que não saia de casa rotineiramente.


       Ela apenas ia ao colégio nos meses de provas, mas ia da garagem de casa até a garagem da escola, usando seus sweeters e ficando na sweeter town.


       O ar faltou em seus pulmões. Estava aflita e nervosa demais.


       Ela tenta voltar para dentro.


       Ela tenta desesperadamente abrir a porta de casa de novo. O suor em suas mãos e a tremederam atrapalhavam seu objetivo.


       — Senhorita. Ei, Mabel, olha pra mim.— Ele segura as mãos dela firmemente. Ela só para quando escuta Will chamar seu primeiro nome.


       Ela olha pra ele.


       A aproximação.


       O calor da pele dele a cobriu como um manto quando ele a abraçou.


      — Mabel... — A sua voz era doce igual açúcar.


       A verdade era que Will passou horas pesquisando sobre humanos enquanto não estava com a Mabel. Eles eram fascinante. Ele podia não gostar de estar na forma humana, mas adora quando está com Mabel. Com ela os sentimentos são sempre... empolgantes.


       A pele dela o deixava corado. Senti-la em seus braços começou a dar uma adrenalina peculiar. Nem que ele saltasse de paraquedas cem vezes daria a ele esse tipo de tupor.


       Ele tenta se controlar e caricia a cabeça de Mabel durante o abraço.


       — Podemos entrar quando você quiser, mas preciso que você se acalme. — Ele sussurra baixo. — Respire fundo comigo e conte até 10. — O carinho não parava.


      Tão suave.


      A voz dele é tão suave.


      Ela finalmente o abraça de volta. Agora já mais calma.


      — Quero ir ao parque. — O som da sua voz sai abafado pelo abraço.


      —  E a senhorita pode nos levar até lá? — Ele pergunta gentilmente. Ela apenas confirma com a cabeça, esfregando o rosto contra o rosado.


       No caminho ela mostra a cidade para Will, onde fica o cinema, supermercado, etc. E, no fim da parada, temos o parque.


      Eles andam contra a maré de gente que já estava indo para casa, sobrando apenas alguns que corriam ainda e se exercitavam.


      Mabel senta em um dos bancos confortáveis e estende a mão para que Will sente ao seu lado e assim foi feito.


       Os dois apreciavam a paisagem. O barulho das árvores dançando no vento. A brisa triscando suavemente em cada rosto. Deixando cada respiração tranquila e em paz.


        Mabel não fazia ideia o quão isso era bom. Era como se estivesse esquecido, ou até mesmo tivesse experimentado a natureza mais profunda em outras vidas. Algo como na floresta. Cheiro puro de terra. Sons de animais exóticos que não eram daqui de Califórnia.


       Era... de outro lugar?


       Ela nunca saiu da cidade antes.


       — O que está pensando? — Will interrompe seus pensamentos.


       Ao olhar para ele, com casaco e com olhos calmos, Mabel jurou que era a pessoa mais bonita que já viu na vida. Corou na mesma hora.


       — Eu estava só pensando o quão é familiar isso. — Ela olha em volta e respira fundo.


       — A senhorita não fazia isso antes? — Will pergunta de forma amena, se aproximando ainda mais de Mabel. Curioso.


       — Não exatamente. Eu nunca fui do estilo esportiva. — Ela ri ao dizer. A verdade é que sempre foi de muita energia e adorava competir no colégio, mas nunca o fez fora dele.


       — E isso não te deixa triste? —


Era só uma palavra.


Apenas uma.


Que a fez pensar longamente.


       — Eu não posso me dar esse luxo. — Ela responde seca. — Facilmente entro em um estado muito profundo disso, senhor fada. Tenho que tirar qualquer pensamento meu sobre tal coisa assim que começa, ou então... não terá fim. — Will concorda com a cabeça, ainda a analisando.


       — Eles estam indo embora. — O azulado nota quando as pessoas estão se distanciando mais e mais.


       — Sim, hora de criança ir pra cama.— Ela sorri para um bebê ao dizer.


       — A senhorita diz isso, mas...  fica acordada todas as noites, não? — Diz e logo pensa "Está sozinha a muito tempo"— E a senhorita tem... — Engole o seco. "Uma doença bem delicada" (se referia a eplepsia, por cohta dos remédios no corpo dela).


       Algumas lágrimas escorrem os olhos de mabel.


       Will paralisa.


       Ela sempre está sorrindo.


       Sempre está feliz.


       Era chocante aquela cena.


       Ele se culpava.


       Ele a fez chorar duas vezes agora.


       Mas essa era a primeira vez que ele conseguiu ver com precisão a feição dela.


      — Quando chega a noite é muito difícil dormir. — Diz limpando as lágrimas — Mas sempre vou ser otimista! — Mabel pronúncia, tentando animar.


       — Não adianta ser otimista e não sorrir verdadirmente, senhorita Mabel.— Ele pega em sua mão direita.


       — É verdadeiro! Vou sorrir até o fim de mim, senhor fada. — Ela diz e logo ele se surpreende.


       Ela é diferente de cada humano.


       Não.


       De cada ser vivo.


       Ela era boa.


       Boa de verdade.


       Essa vida de trilhões de anos.


       E nunca tinha visto uma boa alma antes.


       Ele eleva a mão direita de Mabel e deposita um beijo na costa de sua mão.


       — Agradeço pelas palavras, senhorita. — Ele sorri com algumas lágrimas no canto dos olhos. Ele, que já se importava tanto com ela.



Algumas horas depois, já no caminho de casa



       — E é assim o caminho de volta pra casa! — Mabel pronuncia com animação e faz um tipo de reverência logo em seguida.


       — Acho que aceito ir ao supermercado essa semana. — Ele lembra, rindo um pouco.


       — Jura?! — Entrando na brincadeira. Ela gira a maçaneta e os dois entram.


       O que o azulado não tinha reparado antes eram que pisavam em uma pilha de cartas que estavam sob o tapete. Endereçadas para "Pines".


       — Ah! Isso é pra minha mãe. — Ela coloca os casacos de volta. — É do tio dela. Ele deve ser um tipo de tio avô pra mim. — Ela diz deixando a chave no local de chave.


       — Hm... — Ele visualiza o conteúdo das cartas enquanto se digiria à outro tapete para limpar os sapatos igualzinho ao que Mabel fizera. — Pelo visto ele está dizendo que tem uma ótima notícia. — Ele deixa as cartas na bancada em que há um espelho ao lado da porta.


       — Bom, não é da minha conta porque nunca vi ele na minha vida toda! — Ela diz elevando a voz enquanto se movia para dentro do cômodo. — Não gosto nenhum pouco quando há festa em família e vem parentes perguntando se EU lembro deles quando minha mãe estava grávida de mim e do meu irmão. Óbvio que eu não lembro! — Ela chega na sala e se joga no sofá.


       — Um absurdo. — Ele fala em um tom brincalhão e se joga ao lado dela. Os dois riem.


       — Eles parecem legais.— Will comenta por fim, lembrando do conteúdo da carta e usando seus poderes para visualizar um pouco o momento em que foram escritas. Haviam duas pessoas muito parecidas escrevendo o conteúdo.


       — Eles quem? — Mabel se vira para ele, não entendendo. Will não sabe muito bem como responder.


       — Isso aqui é uma foto dele? — Diz ao se levantar e segurar um porta-retrato. Havia uma criança irritada segurando um brinquedo robô ao lado de um homem mais velho com óculos.


       — Ah... — Mabel olha, foca a visão, tenta lembrar. — Acho que sim, é ele ao lado da minha mãe. — Ela levanta e vai para a cozinha. Realmente não interessada em mais um de seus parentes.


       Enquanto Mabel preparava outra noite de guloseimas, Will tentava de todas as formas procurar informações sobre os tio avôs dela, e tentar descobrir o porquê de só saber sobre um.


      "Tem algo estranho sobre os tios e a cidade de onde eles vem. A mana que voou feito louca quando mabel estava no parque. Como se estivesse sentindo o vislumbre de outra vida. Não pode ser coincidência. Tudo pode estar conectado. E posso de alguma forma ajudar Mabel, cuidar dela."


       Pensamentos vão e vêm de Will.


       "São os únicos parentes que parecem de boa conduta para cuidar de Mabel"


       Will reflete com seus olhos brilhando. Analisando a possível árvores genealógica das famílias com nome Pines. Ele não poderia fazer isso por muito tempo, se não os gêmeos Gleeful podem o rastrear.


       "Preciso saber se o melhor para Mabel pode ser entrar em contato com eles. Eles podem ser bons para ela. "


Engole em seco.


       "Nem que eu precise voltar para aquela prisão."







∴ ════ ∴ ❈ ∴ ════ ∴


Notas da autora:


Obrigada por lerem até aqui!


O que vocês acharam?


O que será que vai acontecer?


Escovem os dentes,
Não arrumem brigas,
Se hidratem.


∴ ════ ∴ ❈ ∴ ════ ∴



Compartilhe este capítulo:

Autor(a): Cereja Pines

Este autor(a) escreve mais 5 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
- Links Patrocinados -



Loading...

Autor(a) ainda não publicou o próximo capítulo



Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 0



Para comentar, você deve estar logado no site.


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.


- Links Patrocinados -

Nossas redes sociais