Fanfic: Beyond Life - Portiñon | Tema: Rebelde; Portiñon

Cidade do México

Horas antes do acidente

Anahi Point Of View

Tudo estava saindo como o planejado, nossa família e amigos mais próximos já se encontravam na casa de praia. Ucker, Mai, Poncho, Christian, Angelique já estavam lá desde ontem deixando tudo esquematizado como eu tinha pedido. Eles me deixava informada através de mensagens pelo whats, não sei como eu conseguir guardar esse segredo da Dulce e por alguma razão divina ela também não desconfia de nada, o que é milagre porque esconder alguma coisa dessa mulher é bastante complicado. Enfim, graças a minha maravilhosa ideia tudo está indo bem. Me preparei toda, fui até o espelho e me olhei, respirei fundo e sorri.

- É Anahi agora é a hora – Sorri – Vá buscar a sua futura esposa.

Fui até a cama e peguei a caixinha de veludo vermelha que contia as duas alianças que eu havia escolhido junto com Ucker e Mai, era de ouro branco, mandei gravar a junção dos nossos nomes nas duas alianças, tinha feito tudo como deveria ser. Abri ela e fiquei admirando aquelas duas peças tão pequenas mais que irão se tornar um símbolo do nosso amor. Fechei e coloquei no bolso da calça, peguei meu celular e liguei para a minha pequena que em dois toques me atendeu.

- Oi amor – Ouço sua voz rouca do outro lado da linha.

- Oi pequena – Falou sorrindo feito uma boba – Já está pronta?

- Estou sim, só esperando você – Diz –

- Eu também já estou pronta, estou saindo de casa daqui a pouco – Digo – Está ansiosa?

- É claro que estou – Ri – Como não estaria, se você cismou com alguma coisa e quer me levar pra sabe lá Deus onde, pra fazer não sei o que.

- É surpresa – Sorriu – Mas garanto que você vai gostar.

- Muito me admira você fazer esse mistério todo – Diz rindo – Normalmente sou eu que faço isso.

- Pra tudo tem sua primeira vez e agora chegou a minha – Brinco.

- Sei dona mistério – Ri – Pois quando quiser pode vir me buscar.

- Já estou de saída – Pego a chave do carro e saiu de casa – Chego daqui a pouco – Entro no carro – Te amo muito – Sorriu.

- Ok, venha com cuidado – Diz, como sempre cuidando de mim – Eu também te amo muito.

- Tchau pequenas

- Tchau meu amor

Sempre é difícil desligar quando estou ao telefone com ela, é um esforço tremendo fazer isso. Mas conseguir fazer rápido dessa vez, eu estava ansiosa demais e queria que chegássemos logo em casa. Mandei uma mensagem para Ucker avisando que já estava indo buscar a Dul e que em menos de 40 minutos estaríamos chegando. Liguei o carro e seguir para a casa da minha namorada, liguei o som do carro e fui cantarolando, tentando me distrair o máximo possível. Eu estava começando a ficar muito nervosa não sei o motivo, afinal, eu quem programei cada detalhe dessa noite. Talvez o que esteja acontecendo é aquele famoso momento que acontece quando a nossa ficha de uma determinada situação cai. Acho que é isso que está acontecendo comigo, minha ficha caiu, porra eu vou pedir a minha pequena em casamento. É surreal! Eu vou pedi-la para ficar ao meu lado pelo resto da nossa vida, não é todo dia que a gente pode chegar a fazer isso. Já li em algum lugar que no momento não me lembro onde ou quem foi que disse, mas lembro que li que passamos muito tempo para poder encontrar nossa alma gêmea e as vezes vivemos a nossa vida toda e não chegamos a encontrar nunca aquela pessoa que deveria ser a nossa outra metade. Eu posso dizer que faço parte da minoria, porque eu sou uma delas, eu encontrei a minha. Encontrei minha alma gêmea, a mulher que me completa e me faz ser melhor a cada dia. Dulce me transformou em uma nova Anahi, uma mulher mais madura, com os pés no chão, me faz ser simplesmente melhor. Não tenho dúvidas da qual ela é a pessoa certa pra mim e nem por um milésimo de segundo eu cheguei a duvidar disso, hoje eu sei que ela foi feita especialmente pra mim e que eu fui feita pra ela. Somos uma só, nos completamos e sempre será assim. Em meio a tanto pensando acabei chegando a casa onde a minha pequena morava, estacionei o carro e subi para o andar do seu apartamento. Ela tinha acabado de sair da casa dos pais, tinha se tornando independente e tinha orgulho disso. Falei com o porteiro que já era conhecido meu e seguir para o apartamento dela.

Bati em sua porta e em menos de dois segundos ela abriu e lá estava ela, linda, cheirosa e perfeita como sempre. Sorri e entrei a puxando para um beijo que prontamente foi correspondido por ela. Nos beijamos por um tempo até que o folego nos faltou e fui acabando um beijo com selinhos castos.

- Uau, chegou com vontade – Diz sorrindo.

- Não resistir quando vi você vestida assim – Gesticulo – Muito linda – A olho – Estava com saudades.

- Nossa já? - Diz rindo e colocando seus braços enlaçados no meu pescoço – Você dormiu aqui, está apenas com algumas horas que deixou esse apartamento.

- Eu posso ficar apenas alguns minutos longe de você e vou sentir saudades do mesmo jeito – Digo.

- Sempre dando uma de galanteadora – Ri – Mas gostei – Me beija rapidamente – E ai, pra onde vamos? - Me olha.

- É surpresa eu já disse – Digo rindo – E não faz esse bico – Aperto seu queixo – Você vai ter que confiar em mim e deixar que eu guie até o local.

- É não vai ter outro jeito num é – Suspira – Vou ter que aceitar, você não vai abrir essa boca linda pra contar nada – Ri – É o que eu tenho pra hoje num é?

- Exatamente – A abraço – Cole em mim que não vai se arrepender.

- Assim espero – Ri e me dá um selinho.

- Vamos senhorita Saviñon a nossa noite está só começando – Seguro sua mão.

- É né – Ri – Lá vamos nós.

A olho mais uma vez e ela sorri pra mim, amo esse sorriso leve e cheio de vida que ela tem. Seguro sua mão firme e descemos o prédio rindo como duas loucas apaixonadas que somos. Abri a porta do carro para ela entrar e ela me olhou surpresa.

- Nossa! Hoje o negócio é sério num é – Ri – Abrindo a porta do carro pra mim e tudo.

- Hoje a noite é sua minha princesa – Digo sorrindo –

Ela sorri pra mim, fecho a porta do carro e sigo para o outro lado. Assim que abro a porta sinto uma pontada estranha em meu peito.

- Ai – Coloco a mão no peito.

- Amor – Dulce se volta pra mim – Tá tudo bem?

- Aham, tá sim – Aliso meu peito tentando fazer com que a dor passasse – Só uma dor no peito.

- Hum – Me olha.

Respiro fundo e entro no carro fechando a porta, me ajeito no banco e ligo o carro.

- Você está bem mesmo amor? - Dulce toca na minha perna e me olha com um semblante de preocupação.

- Estou sim minha vida – Digo sorrindo – Não se preocupa.

- Tem certeza Any? - Insiste – Se não tiver se sentindo bem a gente pode ficar em casa e outro dia a gente vai nesse tal lugar que você quer me levar.

- Não amor, estou bem – Sorriu- Foi só uma pontadinha no peito, tipo um pressentimento ruim. Só isso.

- Ok, então – Diz não muito convencida –

- Estou bem amor, eu juro – Lhe dou um selinho – Agora vamos né, se não vai ficar tarde.

- Vamos lá – Coloca o cinto e se ajeita no banco – Se sentir mais alguma coisa me diz, por favor.

- Digo sim, mais não se preocupa – Ligo o carro – Eu te amo viu – A olho – Te amo muito. Você foi o melhor presente da minha vida – Sinto meu coração apertar novamente e disfarço para ela não perceber.

- Hoje você tá que tá – Sorri – Eu também te amo meu amor, muito – Segura minha mão – Você é tudo que um dia eu pedi – Selinho – Agora por favor, não me faça chorar logo no incio da noite – Diz sorrindo, enxugando os olhos – Vou terminar borrando a minha maquiagem por sua culpa.

- Não tem problema – Digo rindo – Continuará linda do mesmo jeito.

- Aham, sei – Ri.

Lhe dou mais um selinho e dou incio a nossa pequena viagem. Meu coração ainda estava apertado, não doía tanto mais eu sentia algo estranho. Não sei se é nervosismo com o noivado, não sei se é essa tensão ou se é outra coisa, só espero que nada estrague essa noite. Olho para Dul mais uma vez e memorizo cada detalhe do seu rosto como se eu estivesse gravando em minha memória, sorriu novamente e levo minha mão até a sua segurando firme.