Fanfic: Este Corazón | Vondy | | Tema: Vondy

Em meio a tanto caos, eu pude sentir um pouco de felicidade, meu melhor ex namorado, meu amigo, meu confidente estava ali, perto de mim e era disso que a Gih estava precisando: pessoas que realmente querem ela bem, próximas a ela.

Maite - Poncho, que bom que você chegou - sorrindo

Eu nada falei, simplesmente me levantei, corri até ele e o abracei, começando a chorar compulsivamente, ele me abraçou de volta, fazendo carinho em minhas costas enquanto eu chorava. Ficamos ali abraçados durante alguns segundos, até que o Dr apareceu, chamando por Maite

Dr Marcos - Maite pode vir comigo? Vamos iniciar a sua preparação para o transplante de fígado

Maite - Posso sim, já estou indo - se levantando

Maite passou pela gente me deu um beijo na buchecha e falou

Maite - Vai dar tudo certo

Em seguida deu um beijo na buchecha de Poncho também e saiu em seguida

Dr Marcos - Daqui a pouco viremos preparar a pequena para a cirurgia

Assenti, segurei na mão do Poncho e o trouxe para sentar comigo na Poltrona, encostei minha cabeça em seu ombro, ficamos em silêncio por alguns segundos, minhas lágrimas não paravam de cair, a cada hora que se passava tudo se tornava pior

Alfonso - Eu vou fazer o exame de compatibilidade e você vai ver, eu vou ser compatível

Dulce - Tomara, pois eu não sei mais a quem recorrer

Alfonso - A Anny pode fazer o teste?

Dulce - Eles estão estudando isso, pois ela ainda não está com 8 meses de gestação, então ela está fazendo alguns exames antes de fazer o teste de compatibilidade

Alfonso - Que tenso - balbuciou

Dulce - Pois é - me lamentando

Alfonso - Dulce, você já pensou na possibilidade de falar com ele?

Dulce - Com o Ucker? - ele assente - não, não quero ter que ir falar com ele, só falarei em último caso, mas tenho certeza de que conseguirei um doador antes

Logo uma enfermeira apareceu chamando pelo Poncho, para que ele possa fazer o exame de compatibilidade e eu fiquei ali admirando minha pequena que só fazia dormir ultimamente, eu estava com saudades dos seus gritinhos e de suas risadas gostosas.

Um tempo depois Poncho já estava de volta e os enfermeiros vieram preparar e levar Giovanna para a cirurgia, com isso o meu melhor amigo me convenceu a ir até a lanchonete

Dulce - Só vou porque você tirou sangue e precisa se alimentar - biquinho

Alfonso - Você vai porque você precisa comer também, mocinha

Sorri e então fomos, já estava anoitecendo e o médico explicou que a cirurgia provavelmente duraria umas 2 horas

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Estava tudo preparado para a cirurgia, Maite e a bebê já estava anestesiadas, seria preciso apenas de uma parte do seu fígado, já que ele se regenera, então logo ele cresceria novamente, tanto a parte que ficara, como a que seria doada. O órgão já havia sido retirado de Maite e estava sendo colocado na pequena

Dr Carlos - É tão triste ver uma criança nessa situação

Dr Marcos - Muito, sinto o meu coração doar toda vez que vejo uma mãe chorar - colocando o fígado

Dr Carlos - Infelizmente é uma das... - a enfermeira o interrompe

Enfermeira - A saturação dela está caindo e a pulsação também

Dr Marcos - Ela está tendo uma parada cardiorrespiratória, tragam um carrinho de parada - diz iniciando a massagem cardíaca

Uma das enfermeiras sai correndo e volta segundos depois com o carrinho

Dr Marcos - Liga em 100, afastem- se todos

O Dr dá o choque, porém nada acontece

Dr Marcos - Liga em 150 e afastem - se novamente

Mais uma vez ele dá o choque, mas Giovanna não responde

Dr Marcos - Liga em 200 e - Dr Carlos o interrompe

Dr Carlos - desiste Marcos, infelizmente nós a perdemos

Dr Marcos - Não! Nós não a perdemos, essa menina não vai morrer - gritando - andem, liga em 200 e afastem- se todos!

Ele novamente da o choque e os batimentos cardíacos voltam

Dr Carlos - Você conseguiu - sorri

Dr Marcos - Eu falei que essa menina não vai morrer, e não vai! - olhando pra ela - felizmente conseguimos reanima- lá e felizmente também conseguimos fazer o transplante, porém a saturação dela está baixa - olha o aparelho

Enquanto eles conversavam entre si e finalizavam, Maite já estava no quarto, enquanto uma das enfermeiras a ajudava

Maite - Como foi a cirurgia? - pergunta com a voz fraca

Enfermeira - O Dr já vem conversar com você e explicar o que aconteceu

Maite - Como assim " o que aconteceu"? Me fala por favor

A Enfermeira a fita por alguns segundos, respira fundo e resolve falar

Enfermeira - O transplante em si foi um sucesso, porém ao final da cirurgia não sabemos bem o que aconteceu e ela teve uma parada cardiorrespiratória e - Maite a interrompe

Maite - Não vai me dizer que a minha afilhada faleceu? - sentindo os olhos lacrimejarem

Enfermeira - Não, conseguiram reanimar, porém o estado dela está bem debilitado

Enquanto elas conversavam, Dulce e Poncho entravam no quarto

Dulce Maria

Voltamos da lanchonete e pouco tempo depois fomos avisados de que a cirurgia havia acabado, que Maite já estava no quarto mas que Giovanna demoraria um pouco mais para voltar para o quarto dela, então fomos ver a Mai, mas ao chegar lá pude notar que ela estava chorando e isso me preocupou bastante

Dulce - O que aconteceu? Porque você está chorando? - perguntei engolindo seco.

Maite - Nada não, é que eu sou muito emotiva - disfarçando

Dulce - Mai, a mim você não me engana, por favor fala o que aconteceu, eu preciso saber!

Eu olhava para Maite e a enfermeira em busca de respostas, porém elas não me falavam nada, mas em seguida Dr Marcos entra no quarto segurando um envelope

Dr Marcos - Dulce eu estava procurando por vocês então uma das enfermeiras informou que estavam aqui, podemos conversar? - me olhando

Dulce - Podemos sim, ele pode ir junto? - aponto para Poncho

Dr Marcos - Não só pode como deve

Saímos do quarto e seguimos o Dr, eu só queria saber o que estava acontecendo, sabia que algo não estava normal. Fomos para uma ala que ao ver a placa, me deu frio na espinha : UTI pediátrica, ele para em frente a uma porta e eu engoli seco

Dulce - Pode falar

Dr Marcos - Primeiro eu gostaria de falar sobre o exame de compatibilidade dele - apontando

Alfonso - Deu certo, não é? Eu sou compatível, não sou?

Dr Marcos - Eu gostaria muito de dizer que sim, mas infelizmente não

Ok, senti meus olhos lacrimejarem novamente, ninguém é compatível com a minha pequena, e agora? O Dr continuou a falar

Dr Marcos - Sobre o transplante, nós conseguimos fazer o transplante sim, porém - o interrompo

Dulce - Porém o que? O que aconteceu pelo amor de Deus?

Dr Marcos olhou pra gente com um olhar terno e isso me deixou mais preocupada ainda

Dr Marcos - Quando já estávamos finalizando o transplante a Giovanna perdeu a oxigenação, levando ela a ter uma parada cardiorrespiratória - Poncho o interrompe

Alfonso - Não vai nos dizer que? - Dr Marcos o interrompe também

Dr Marcos - Não, isso não, felizmente conseguimos reanima- la, porém agora ela está na UTI, respirando com ajuda de aparelhos, e se o tempo estava conspirando contra nós, agora ele é o nosso maior inimigo

Ao ouvir isso comecei a chorar novamente

Dulce - MINHA FILHA NÃO, MINHA FILHA NÃO! - Gritei chorando

Alfonso - Ela está viva e vai ficar bem Dul

Ele me abraça e eu tento parar de chorar, o que tem sido quase impossível ultimamente

Dulce - E como ficará o tratamento dela? Digo, por conta da doação - limpando o meu rosto

Dr Marcos - Bom, já que não encontramos o doador e agora vimos que o pai dela também não é compatível o - o interrompo

Dulce - Não Dr, ele não é o pai, é meu melhor amigo

Dr Marcos - Me desculpe, eu achei que ele era o pai - mãos na boca

Alfonso - Sem problemas - sorri fraco

Dr Marcos - Mas e o pai? Você tentou falar com ele? Tem grandes chances dele ser compatível

Dulce - Não, ainda não falei - engulo seco - quando poderei vê - la?

Dr Marcos - Caso você queira vê - la, ela está na UTI atrás dessa porta, mas deixo avisado de ante- mão que você precisará ser muito forte

Assenti ainda chorosa, ele abriu a porta e nós entramos, gostaria de ter parado de chorar, mas ver ali minha filha cheia de fios, toda furada e entubada me fez perder o chão.

Dr Marcos - Você poderá ficar aqui por 15 minutos, assim que terminar virei chama- la

Nada respondi, me aproximei da minha filha, ela estava tão pálida. Só de pensar que há 3 dias atrás ela estava bem, sorrindo e agora ela estava assim

- Quando foi que eu falhei, meu bebê? Quando foi que você ficou doente e eu não percebi?

Fiquei passando a mão por seu cabelinho, que eram pretinhos igual ao meu, mas tudo indica que será enroladinho igual ao seu pai

- Eu fico me lembrando a primeira vez que eu verdadeiramente te peguei no colo, você estava tão linda, Maite tinha colocado um vestidinho vermelho em você, parecia uma princesa. Me lembro de quando você começou a gargalhar, eu estava usando um nariz de palhaço pra ver se você conseguia mamar e você começou a rir pra mim, aquilo foi tão gratificante. Por favor minha princesa, não desiste, luta pela gente, luta pela sua vidinha - deixando cair algumas lágrimas

Estava ali velando minha filha, até que Dr Marcos entra e eu havia tomado uma decisão

Dr Marcos - Dulce, já deu o seu tempo

Dulce - Obrigada - sorri de canto

Dei um beijo na minha pequena e sai, encontrei Poncho, puxei para o canto e contei minha ideia

Dulce - consegue dar conta de ficar aqui? Amanhã a Maite estará de alta e talvez poderá te ajudar.

Alfonso - Fica em paz e vai resolver suas coisas, eu te aviso se algo acontecer

Dulce - Isso, me liga e fica de olho na Anny também por favor

Alfonso - Pode deixar ruivinha

Dulce - Me deseje sorte, pois vou precisar

Alfonso - Boa sorte, dará tudo certo!