— O homem me liga todas as manhãs para me desejar bom dia. Ele me leva para passear de moto e me surpreende quando decide fazer uma noite só nós dois, com velas e jantar romântico. Ele dorme comigo de conchinha. E usa termos jurídicos quando tenta se explicar. Alexander é um sonho, ele é fiel e confia em mim. Você acredita realmente que dizer “meu nome é Alexander Christopher” pesa tanto quanto todas as atitudes que ele tem me demonstrado? Aliás, Belinda, o que eu acho bem curioso é esse seu interesse em nós dois.
Caralho, ela lembrou tudo que eu disse, mesmo que a bebida tenha afetado um pouco o nosso julgamento naquela noite. Borboletas estúpidas dançaram no meu estômago, mas não tive tempo de curtir o sentimento. Dulce semicerrou os olhos, e senti o corpo dela ficar duro e tenso sobre mim. Toquei sua cintura.
— Cariño, vamos dar uma volta.
— Tem alguma coisa para me dizer ou vai continuar tentando atrapalhar o meu relacionamento? Porque não tem aquele ditado sobre tudo o que nós fazemos... pode voltar para nós mesmos? — Dulce continuou, irritada demais.
Belinda abriu a boca para responder, e não disse nada.
Ela se levantou.
— Eu não sei o que vocês têm, mas algo está muito errado nesse relacionamento.
— Sério? E no seu? Porque, aparentemente, você tem bastante tempo para cuidar da vida dos outros — Dulce resmungou.
Belinda virou as costas e foi embora, pisando duro.
Dulce saiu do meu colo como se tivesse carvão sob sua bunda. Eu nem pedi licença para Annie, e caminhei a passos largos até Dulce. Toquei seu ombro, virando-a para mim. Seus olhos estavam vermelhos, e ela parecia irada.
— Ei, o que houve?
— Eu vi, tá bom? A mão dela na sua coxa... Eu fui muito idiota mesmo achando que isso é para afastá-la. Diga a verdade. É pra isso que estou servindo, Christopher? Para você fazer ciúmes na sua ex-noiva e reconquistá-la?
Pisquei, perdido.
— O quê?
— Ela está louca por você. De novo. Querendo tanto que nem é mais prudente. E cadê esse marido, que eu nunca vi? Nem no casamento. É um idoso de cem anos, por acaso? O pinto dele não sobe mais? Porque ela está tão atrás do Christopher Uckermann que só isso justifica. Além disso...
Dulce continuou a falar. Ou melhor, gritar. Mas eu parei de ouvi-la. Porque, caralho, por mais que ela estivesse emputecida... aquilo era tão doce.
Suas bochechas estavam coradas, a boca, vermelha e os olhos, marejados. Ela gesticulava tão rápido, apontando o dedo em riste para mim, que me peguei sorrindo.
E, quando ficava nervosa, eu era Christopher e não Alexander.
Dulce estava com ciúmes de mim.
— E você está sorrindo ainda? Tem que ser muito cretino mesmo!
— Eu não...
— Seja qual for esse joguinho que você está fazendo comigo, acabou aqui — me interrompeu. — Parei com isso agora. Tá entendendo? Para mim, já deu. Vai lá para a sua ex-noiva, vai. Se torna o amante dela, ou qualquer coisa parecida, porque eu não vou mais fazer isso.
Exatamente do jeito que a conheci. Tão nervosa que não observava ao redor, que não entendia os acontecimentos. Foi isso que me encantou nela: sua verdade. A personalidade tão distinta, o fato de não conseguir aguentar as coisas calada e simplesmente não ser capaz de filtrar as palavras.
— Dulce...
Ela abriu a boca e fechou umas cinco vezes seguidas, as pálpebras piscando freneticamente. Dei um passo para perto, tocando sua cintura.
— Você é horrível, Christopher.
— Você vai me deixar falar ou vai fazer como da primeira vez? Lembra que quase destruiu um casamento?
Ela levantou o rosto, o queixo apontando para cima, me desafiando.
— Eu quero destruir um casamento. Nossa, eu quero ir lá contar para o marido dela o tipo de esposa que ele arrumou.
Deus, como era brava.
Precisava anotar em algum lugar, de preferência em sua testa, para nunca provocá-la a esse ponto.
— Você não precisa fazer isso.
— Eu quero. Ninguém merece uma esposa como aquela. Sabe o que me deixa mais nervosa? É esse o tipo de imagem que ela quer passar, sério? Tão culta, inteligente, bonita, mas tão...
— Dulce Maria Saviñón. — Isso a fez semicerrar os olhos. — Cale essa linda boca.
— O que você disse? Mas você é muito...
— Cretino? Ok, eu aceito o elogio. Vai me deixar terminar de falar?
— Não.
Respirei fundo e comecei a rir.
Porra!
Ela deu um tapa no meu braço que sinceramente nem senti.
— Você fica linda quando está com ciúmes. — Enfiei meu indicador no passador de sua calça e trouxe seu corpo para perto. Dulce apoiou suas mãos no meu peito, os olhos ainda vermelhos de raiva, mas sua aproximação física foi um bom sinal.
— Eu não estou com ciúmes. Que ideia!
— Não mesmo?
— A culpa é toda daquela mulher...
— Shhh. Vamos fazer o seguinte? Eu falo, você escuta e depois você me xinga se quiser.
Dulce exalou alto.
— Eu quero ver você sair dessa.
— Vou falar a verdade, não tem truque.
— E como vou acreditar em você? Pensei por um segundo.
— Vai precisar me dar um voto de confiança, Dulce. Por tudo o que passamos nesses dias e, da mesma forma que estava errada sobre eu ser um noivo traidor, precisa entender que nem tudo é o que parece. Quando você ouvir o que tenho a dizer, nunca mais vai cogitar sequer a possibilidade de eu querer alguma coisa com a Belinda.
— Droga, eu preciso de uma bebida.
— São dez da manhã, Cariño. E vou te levar para um lugar para a gente conversar, ok? Aqui nem é o ambiente pra isso.
— Parece que você quer terminar comigo.
Eu ri.
— Vem, Dulce.
— Eu quero te bater de novo.
— Não faz diferença, eu nem sinto.
Ela prendeu os lábios, puta da vida, e me deixou guiá-la para longe dali. Não sei por qual motivo, mas meu coração ficou leve quando minha mão apoiou suas costas. Talvez, porque eu fosse dizer em voz alta o que passei. Talvez, porque Dulce entenderia o que diabos aconteceu no meu passado. Especialmente, porque aquilo não me perturbava mais há um tempo. Agora, era como a finalização de um processo de 365 dias. Eu finalmente estava livre. Eu finalmente estava em paz.
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Aaahhh...já está acabando? Já tens alguma para substituir? Diz que sim... Pq menina...não tem uma fanfic sua que eu não me apaixone
E aí véi...AAAAAAAAAA Será que não dá pra postar uns 10 ou 20 capítulos de uma vez só pq assim eu tô curiosa até o último fio de cabelo e desde quando a Dul falou com a Any sobre alugar o apê eu tive CERTEZA ABSOLUTA que não era vizinha mas sim vizinhO e um bem gato que ia esquentar bastante a cama dela KKKKKKKKKKKKKKKK continuaaaa <3
Falta tão pouquinho pra acabar que eu estou ficando pão dura de capítulos hahaha. Também tive a sensação que eles seriam vizinhos de novo quando li a primeira vez. hahaha
Aaaaaaa manooo, hahaha tão perfeito!! Quero só ver a surpresa dela! Continuaaa amoreee S2
Amanhãaaaaa
Nananinão você não foi soberana....você parou na melhor parte...não faça isso com suas leitoras...pq é feio....Deus não gosta...kkkkk.... Quase infartei com a Dul... Volta aqui e mostra pro Brasil que és realmente soberana...
Ahhh que isso! Eu fui SUPER SOBERANA. postei capítulos imensos!!!
mulher de deus to ansiosa para essa surpresa da dulceeee, posta mais por favor
Hahahah. Amanhãaaaaa
E esse reencontro, sai ou não sai?
Tá bem próximo
Diz que vc vai postar mais hoje? Eu preciso do reencontro....
Posteeeeei
Pelo amor de Deus, me diga q tem mais hj! Por favorrrrr 💗💗💗 Necessito do encontro vondy.
Posteeei
Contínuaa, quero ver a reação dele
Siiim
Essa fanfic é tão gostosinha de se ler, eu PRECISO do meu reencontro vondy, pelo amor de Deus, poste ainda hoje vá, continuaaaaa <3
Essa história é muito estilo cotação quentinho ne?