Fanfic: Namorado Por Acaso - Vondy (Adaptada) [Terminada] | Tema: Vondy

Um extra pra Vcs!

Me senti exausto e satisfeito quando carreguei-a no colo até a cama. Eu a deitei ali, fui até o banheiro, peguei uma toalha pequena e umedeci com água quente. Observando seu corpo, sem nunca me cansar de olhá-la, me ajoelhei na colchão, entre suas pernas, e espacei suas coxas.

— O que vai fazer? — perguntou.

— Isso.

Dulce me observou, os olhos brilhando. Sem dizer uma palavra, passei a toalha de rosto por sua boceta, limpando a mistura de nossos prazeres, percorrendo seus lábios. Ela estava hipersensível depois de tanto gozar, talvez dolorida, então, porra, eu só fui delicado. Também me limpei e vi fogo nos olhos de Dulce, me analisando com cuidado. O meu peito, a barriga, as veias das minhas coxas, meu pau ainda duro.

— O quê? — perguntei.

— Você é tão gostoso.

Me inclinei e beijei sua boca, abrindo um sorriso contra seus lábios.

— Me espera aqui.

Minha namorada estreitou as pálpebras quando fui até o banheiro de novo e não me questionou quando a deixei no quarto. Caminhei por sua sala, lançando um olhar para a mesa. É, ela era boa. Estava intacta. Sorrindo sozinho, peguei as coisas que trouxe e as levei até Dulce.

— Deveríamos ter uma regra de, toda vez que você pisar na minha sala, as suas roupas vão embora — murmurou, me secando.

— Desde que haja uma regra de que, quando pisar na minha sala, você também esteja nua.

— Ainda não conheci o seu apartamento.

Sorri.

— Vamos fazer isso quando você voltar.

— E o que é isso tudo?

 — Almoço frio e um presente. O que quer primeiro?

— O presente. — Dul se sentou, nua.

— E meus olhos estão aqui em cima, Alexander.

— É impossível não admirar...

Ela sorriu.

Entreguei-lhe a pequena sacola. Nela, havia uma caixinha. Dulce arregalou os olhos quando viu, as bochechas atingindo um tom forte de vermelho. Eu ri pelo desespero dela, e imediatamente entendi sua dúvida. Dulce pareceu chocada por eu rir, sua boca se abriu, suas mãos tremeram em volta da caixa de veludo vermelho.

— Relaxa, Cariño. Não estou te pedindo em casamento.

— Oh, Deus. Você me assustou!

Sorrindo, sem me importar com uma possível recusa para um pedido, beijei sua boca. Eu e ela sabíamos que era cedo demais, e tudo bem. Eu só pediria para Dulce assinar o meu sobrenome quando tivesse certeza de que estávamos na mesma página. Não tínhamos chegado lá, ainda.

— Abra — pedi.

Dulce abriu a caixinha e puxou o colar. A peça, com uma borboleta vermelha de pingente, simbolizava o que Dulce era para mim. Ela observou com uma emoção evidente, talvez se lembrando da borboleta que pousou nela e, depois, uma azul em mim. Seus olhos buscaram os meus em meio segundo, para depois irem novamente para o colar.

— Isso é tão lindo — sussurrou, encarando a peça de ouro branco e a borboleta com asas de rubi. — Alexander, é perfeito. Muito obrigada. Eu vou usar sempre.

— Curiosamente, é assim que eu te vejo, Cariño. E sei que fui babaca quando cheguei aqui e me desculpa por isso. — Sorri e me aproximei dela. Peguei o colar delicadamente de sua mão, abri o fecho e Dulce se inclinou para eu colocar em seu pescoço. A peça era comprida, grande até. Ficou bem entre seus seios. Os olhos de Dulce pareciam ainda mais bonitos em contraste com a peça. — Você é livre para voar pelo mundo se quiser, mas eu estarei aqui para te esperar.

Dulce me surpreendeu quando tomou meu rosto em suas mãos, me beijando lentamente, afundando a língua em torno da minha como se não fosse ter o suficiente. Senti a emoção dela ao me beijar, mais do que qualquer palavra que quisesse dizer, sobre realmente se sentir grata. Eu peguei sua cintura, trazendo-a ainda mais perto. Dulce se afastou uns segundos depois, raspando seus lábios nos meus.

— Os reencontros precisam ser melhores que as despedidas — sussurrou.

— Sempre.

— Eu sou sua, Alexander. Não disse aquilo porque eu estava com tesão. Eu só...

— Eu sei, Cariño. — Tirei uma mecha do seu rosto, absorvendo cada traço daquela mulher, me perguntando a razão de ela ter demorado tanto para aparecer na minha vida. — Também sou seu.

A declaração ecoou alguma coisa entre nós dois, a tensão invisível e inevitável cresceu quando admirei aqueles tons tão lindos de seus olhos, brilhando sob a luz do quarto, assim como meu coração, que parecia ter vida própria, gritando em minha garganta aquilo que eu não queria evitar. Meu coração esmurrou o peito, um sentimento que eu conhecia, mas nunca tinha dito para ela. Talvez aquele não fosse o momento certo, mas talvez fosse. Eu estava nu em sua cama, com Dulce vestindo nada além do colar da borboleta de rubi.

Eu estava exposto. Ela também.

Se aquele não fosse o momento, eu faria ser. Acariciei seu rosto, meu polegar traçando sua bochecha. Entreabri os lábios e, por alguma razão, os olhos de Dulce ficaram molhados.

Caralho.

Ela viu isso em mim, antes que eu pudesse dizer em voz alta.

— Eu estou apaixonado por você — sussurrei. Desviei a atenção dos seus olhos para a sua boca. — Já há algum tempo.

Dulce ficou em silêncio, seus dedos passando por minha barba e meus lábios. Ela suspirou fundo, e as lágrimas em seus olhos... caíram. Sequei-as, tentando entender por que aquilo era tão surpreendente para ela, o motivo de ter se emocionado dessa forma.

Dul riu baixinho, como se lesse a pergunta em meu olhar.

 — Eu estou chorando porque não me lembrava como era. — Balançou a cabeça, negando. — Não me lembrava das borboletas no estômago, o coração batendo na garganta como se tivesse vida própria, a sensação de nunca ter o suficiente. Eu não me lembrava como era estar apaixonada, Alexander. Mas, lá no resort, isso tudo veio à tona e eu simplesmente senti. Só que, ao invés de vir suave como uma brisa de verão, me atingiu com força. Nunca foi assim, entende? Então, sim, eu estou apaixonada por você também, mas é diferente de tudo que já vivi. E me apavora.

— Te apavora porque é novo.

 — Exatamente.

Seus cabelos castanhos já estavam secos e bagunçados depois do sexo. Passei o dedo por eles, abrindo um sorriso de canto de boca.

— Acho que a gente não tem que ter medo. Só precisamos saber lidar com isso quando você se ausentar. Talvez, cresça. Mas eu não sinto que vai diminuir, Cariño. Então, vamos descobrir isso juntos. Tal vez usted sea la mujer de Mi Vida. Não desista de nós.

— Vamos descobrir juntos — Dul concordou.

— Almoçamos e tomamos um banho... para depois sairmos?

Ela deu de ombros.

— Acho que a gente deveria ficar aqui mesmo. — Dulce me puxou pela nuca, e eu ri, rouco. — Tenho muitas ideias do que fazer com você nesse nosso último dia juntos.

— Ah, é?

— Uhum.

Para que passear por Nova York quando tudo o que mais queremos está em nossos braços?

*Me despedindo de você sabendo que, no final de tudo, eu vou poder te abraçar mais uma vez.*

Bilhete escrito por Dulce, para Christopher, durante o café da manhã.