Fanfics Brasil - Capítulo 76 Namorado Por Acaso - Vondy (Adaptada) [Terminada]

Fanfic: Namorado Por Acaso - Vondy (Adaptada) [Terminada] | Tema: Vondy


Capítulo: Capítulo 76

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Eu: Olhe essas estrelas! O Brasil é tão incrível. Me diga se esse céu não é a coisa mais linda que Deus já fez?


Você enviou uma foto.


Christopher: Protesto.


Eu: O quê? Por quê?


Christopher: Você também é feita por Deus. E isso, Cariño, é uma batalha perdida. Para as estrelas.


Troca de mensagens entre Dulce e Christopher.


Dulce


Eu menti para Alexander. Disse a ele que chegaria amanhã, quando, na verdade, cheguei na madrugada de hoje. Uma mentirinha boba, que não faria mal a ninguém. Segui a ideia de Maite e quis surpreendê-lo porque, meu Deus, precisava ver aqueles olhos cor de âmbar brilharem para mim.


Nossas interações à distância foram incríveis, mas... tê-lo finalmente perto fez meu coração galopar no peito. Mal pude acreditar quando pisei no aeroporto de Nova York, quando finalmente me senti em casa. Meus olhos ficaram marejados ao ver as pessoas do meu país no aeroporto, ao ver tanta gente... a minha gente.


— Dul! — uma voz conhecida e feminina gritou.


Maite.


Não acredito que ela veio! Eram três horas da manhã!


Ela correu na minha direção até me abraçar. Inspirei nos cabelos cacheados da minha amiga; minha irmã de coração tinha cheirinho de lar. Ela, Annie, Poncho, minha assistente e Christian eram os únicos que sabiam da minha chegada. E ainda teria que ligar para os meus pais. Não pude segurar a emoção quando os braços dela me apertaram com mais força, especialmente ao saber tudo o que


 Maite fez para tornar possível eu ficar com Alexander este ano.


— Ai, que saudade!


— Maite... — sussurrei, fungando. — Ai, Jesus. Não acredito que você veio de madrugada. Eu estou de TPM, droga!


— Tudo bem, amiga. É tão bom te ter de volta. — Quando abri os olhos, vi que Poncho e Annie estavam ali também, logo atrás de Maite. Meu coração apertou. Eles também se esforçaram para me recepcionar. Annie veio até mim, me puxando para um abraço.


— Não acredito que vieram — sussurrei para Annie.


— Ah, para. Até parece que não viríamos. Mas escuta, Dul, você está bronzeada e emagreceu? — Annie me afastou, segurando-me pelos ombros, do mesmo jeito que minha mãe fazia. Ela inspecionou o meu corpo. — Caramba, o que você fez nesses três meses?


— Eu comi muito, não sei por que emagreci. Devem ter sido as aventuras em que me enfiei. Caminhei demais.


— O que me leva à pergunta de um milhão de dólares: está feliz por estar de volta, cunhada? — Poncho abriu um sorriso imenso para mim.


Era tão curioso ver uma cópia do Alexander ali, na minha frente. Exceto pelos cabelos e o nariz pouca coisa maior. Ainda assim... Poncho era Alexander quase por inteiro. O caçula dos Uckermann tinha menos tatuagens que o irmão, mas o olhar era exatamente o mesmo, especialmente o sorriso debochado de canto de boca.


— Estou imensamente feliz em estar de volta — respondi.


— Você vai me abraçar ou eu vou ter que fazer isso?


Eu ri e fui até ele, sendo aninhada em braços fortes e em um perfume completamente diferente do de Alexander. Cítrico. Poncho acariciou as minhas costas e apoiou o queixo no topo da minha cabeça.


— A saudade fez um estrago em Christopher. Ele tocou a vida, mas, sei lá, ele sente demais a sua falta. Meu hermano está apaixonado por você, Dulce. E embora eu não tenha dito uma palavra sobre isso, quero que saiba que você tem meu total apoio. Só tenta não ferrar o coração dele. Christopher não aguentaria. Não vindo de você.


Me afastei de Poncho e vi, em sua fisionomia, um medo genuíno: a preocupação com o irmão mais velho.


— Prometo que vou fazê-lo feliz.


Poncho apertou meu queixo, como se eu fosse uma criança, e abriu um sorriso.


— Eu sei.


— Tenho ótimas notícias — Maite se pronunciou. — Você quer comer alguma coisa antes de sairmos do aeroporto? É bom porque eu conto todas as novidades.


— Sim, quero — concordei. — Mas, antes, vocês podem me dar só um minuto? Preciso fazer uma ligação.


— Tudo bem — Annie disse, sorrindo. Poncho assentiu e Maite piscou para mim.


Peguei o celular, meu dedo pairando sobre a letra M. Pensei que ligar de madrugada era muito ruim, mas me lembrei que eles gostavam de assistir filmes até tarde. Torci para estarem acordados, inspirei fundo e, assim que iniciei a chamada, coloquei o telefone na orelha.


— Alô? — A voz não estava sonolenta.


Aquela palavra coloriu o meu coração de saudade, uma saudade que eu nunca me permiti sentir quando estava tão longe. Dizia para mim mesma que eles não precisavam de mim, da minha presença, que ficavam bem e eram independentes. Mas sabia, lá no fundo, que eu ainda dependia do amor, da aprovação e do carinho dos meus pais. Assim como sabia, em meu coração, que eles também sentiam a minha falta, apenas respeitavam minha decisão de viver como uma nômade.


— Mãe...


— Oh, filha! Deus. Já estava preocupada. Faz uma semana que você não me liga. E são três da manhã, você tem regulado o seu sono?


— Eu sei, tem sido uma loucura. E meu sono está em dia. Desculpe ligar tão tarde...


— Eu e seu pai estávamos maratonando aquela série, Grey’s Anatomy. Descobrimos ela essa semana!


Sorri, porque eu também adorava ver seriados.


— Fico feliz por vocês. Mas, mãe... — Engoli em seco, fixamente olhando um ponto à minha direita. Não tinha nada ali, além do letreiro da minha companhia área. Os próximos destinos: Dubai, Paris, Londres, Tel Aviv, Amsterdã e Berlim. Eu pisquei para aquilo, porque a emoção que sentia ao olhar todos aqueles lugares não era a mesma de antes. — Eu preciso te dizer que estou voltando para casa.


— Ah, que bom! Vamos logo marcar um jantar e...


— Não, mãe. O que quero dizer é que vou ficar mais em Nova York. Estou realmente voltando para casa. Vou abrir uma empresa e...


Ela ficou em silêncio por um momento e a ouvi gritar o nome do meu pai, chamando-o, conforme eu contava a história. Fui para o viva-voz e disse tudo de novo, a emoção fazendo minha garganta coçar ao perceber o silêncio deles. Contei finalmente sobre Alexander e a minha nova perspectiva de trabalho: viajar menos e ganhar mais. Me escutaram tranquilos, como os ótimos pais que eram. Mamãe fungou, assim que terminei o monólogo.


— Faltava uma coisinha para você entender que ter asas não significa necessariamente ser feliz, filha. A liberdade é relativa. Às vezes, o nosso coração só quer encontrar um lar para ficar.


— Mamãe...


— Vou amar te ver uma vez por semana, quando estiver aqui. E aproveitar um tempo com você. Nós não te dizemos, filha, mas sentimos sua falta — papai falou.


—  Eu  sei  —  murmurei.  —  Me perdoem... eu...


— Não tem que pedir desculpas, meu amor — mamãe disse, a voz firme. — Você perseguiu os seus sonhos, e continuará em busca deles. A única coisa diferente que fez foi mudar a perspectiva. Estou feliz por você e, egoistamente, por nós. Eu vou fazer o bife Wellington que você tanto adora assim que marcarmos um jantar!


— E, por favor, traga o Alexander — meu pai pediu. — Quero um parceiro de cerveja escura e amarga, a boa cerveja inglesa.


— Pai, não sei se ele bebe isso. Quer dizer, um tinto de verano sim, por ser espanhol, mas...


 — Não é culpa dele não ter conhecido um inglês puro sangue, filha. Podemos mudar isso. Vou trazê-lo para o lado cerveja preta da coisa. Pode apostar.


Eu ri, me lembrando a quem havia puxado.


— Acho que mencionei uma vez só que tenho descendência inglesa.


— Eu vou encher a cabeça dele com a árvore genealógica da nossa família. Não se preocupe — papai prometeu.


Eu ri.


— E ele come bife, filha? — mamãe perguntou, preocupada.


— Tenho certeza  de  que  Alexander não vai resistir ao bife Wellington, mamãe. Rocambole de filé mignon com massa folhada é vida! Aquela casquinha crocante em volta do bife, o creme de cogumelo que você faz, entre o presunto e o filé mignon... Hum, eu salivo só de pensar nisso.


— Pois então vamos marcar logo esse jantar! — Papai riu. — Amor, você faz para mim?


— Não. Vou fazer especialmente para a nossa filha quando ela vier com o namorado. Não seja ansioso, Fernando.


— Droga — papai resmungou.


— Amo vocês. Podem, por favor, não ficar acordados até às cinco da manhã?


— Tudo bem, nós vamos tentar. — Mamãe pareceu feliz. — E também amamos você, querida. Mil beijinhos.


— Te amo, pequena. — Papai finalizou a ligação.


Suspirei fundo, coloquei o celular na bolsa e puxei a mala. Procurei Poncho, Annie e Maite e sorri quando os encontrei. Estavam rindo de alguma coisa, leves, amigos, parecendo que o tempo que estive fora estreitou outros laços. Fiquei parada à distância, namorando aquela interação, e pensando no que a viagem para Cancun fez com a minha vida.


Alexander estava certo. Alguns acasos simplesmente precisam acontecer.


 



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Autor(a): Primasvondy

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Como diz a amorinhas Binha, estou sendo muito soberana hoje. Então me valorizem!!! — Acho que você já pode contar para o seu Alexander quando vê-lo — Annie apontou, com um sorriso no rosto. — Eu definitivamente vou fazer isso. — Venha, nós vamos te levar para o seu já mobiliado e lindo apartamento. — E ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 1225



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  • dayanerodrigues Postado em 08/02/2021 - 11:35:20

    Ameiii de paixão essa fic. Parabéns perfeita

    • Primasvondy Postado em 09/02/2021 - 21:17:11

      Essa é uma das minhas histórias favoritas também!!!

  • anne_mx Postado em 03/02/2021 - 05:17:58

    AMEEEIIIIII, MEU DEUS VOCÊ É PER-FEI-TAAAAAAAAA <3

    • Primasvondy Postado em 03/02/2021 - 14:07:18

      Ounnnnn! Eu agradeço por sempre estar por aquiiii

  • nathalia_muoz Postado em 01/02/2021 - 09:23:19

    Simplemente espectacular la historia felicitaciones

    • Primasvondy Postado em 01/02/2021 - 09:55:18

      Obrigada por acompanhar!!! Até a próxima

  • taianetcn1992 Postado em 01/02/2021 - 06:43:12

    ai cara amei tanto cada parte dessa historia, ja indo para a próxima, vc como sempre tá de parabéns @primasvondy, não me canso de falar que amo todas as suas historias, muito sucesso e ideias sempreeeeeee

    • Primasvondy Postado em 01/02/2021 - 09:54:49

      Ainnn, Vc é uma amorinha que me acompanha há meses né? Obrigada mais uma vez pela companhiaaa

  • Srª Von Uckermann Postado em 31/01/2021 - 23:07:49

    AAAAAAAAAAAAAAA EU SUMO 1 DIA E ACABA??????????// VOU CHORAAAR... EU AMEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEI ESSA HISTORIA DO COMEÇO AO FIM... NOSSA SENHORA DA BATATINHA FRITA, EU NEM POSSO DESCREVER! FOI INCRÍVEL... ESSE CASAMENTO, ESSE ROMANCE... ESSE UCKERMANN... AIAI

    • Primasvondy Postado em 01/02/2021 - 09:53:39

      Ahhhhhh, a senhora sumiu mesmo hahaha. Ainnn, fico feliz por ter gostando da história tanto quanto eu!

  • retobias2121 Postado em 31/01/2021 - 21:05:57

    Amei cada capítulo dessa história!! Parabéns!!! s2

    • Primasvondy Postado em 31/01/2021 - 21:08:30

      Eu que agradeço a companhia!!!

  • binha1207 Postado em 31/01/2021 - 19:18:33

    Simplesmente maravilhosa....perfeita... Obrigada por posta- la... Amei.... E já estou pronta para a próxima!

    • Primasvondy Postado em 31/01/2021 - 21:08:04

      Obrigada o acompanhar! Até a próxima

  • ana_vondy03 Postado em 31/01/2021 - 19:07:30

    Aaaaaa cara n tinha como ser mais perfeito esse final!! Eu simplesmente amei essa história!! Foi incrível acompanhar!! S2

    • Primasvondy Postado em 31/01/2021 - 21:07:38

      Obrigada pela companhia de sempre!

  • taianetcn1992 Postado em 31/01/2021 - 15:46:36

    ai meus deus, que votos maravilhosos, ameiiiiii

    • Primasvondy Postado em 31/01/2021 - 18:36:53

      Tão verdadeiros né?

  • binha1207 Postado em 31/01/2021 - 14:29:50

    Os votos foram lindos e emociantes.. lindos demais....

    • Primasvondy Postado em 31/01/2021 - 18:36:40

      Eu também emocioneiiiii!


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