Fanfic: Namorado Por Acaso - Vondy (Adaptada) [Terminada] | Tema: Vondy

Só falta mais 1 capítulo para o epílogo! 

Dulce

Eu: Paris é a cidade dos românticos, literalmente. Toda vez que venho aqui, vejo uma declaração de amor. É o tempo todo mesmo!

Mi Vida: Você viu uma agora?

Eu: Não.

Mi Vida: Vamos mudar isso. Dulce Saviñón, eu te amo.

Eu: Você não cansa de ser perfeito, meu Deus. Também te amo, Mi Vida.

Mi Vida: Volta pra mim.

Eu: AMANHÃ! (E não estou aprontando desta vez. É verdade. Você pode me buscar no aeroporto).

Mi Vida: Prometo que estarei lá.

Troca de mensagens entre Dulce e Christopher.

***

Soltei um suspiro, enquanto observava a Torre Eiffel da extensa varanda. Meu último destino: Paris. Já estava há quatorze dias fora, e em breve, voltaria para casa. Mas era inevitável deixar o coração bater ao ver o céu azul, sem nuvens, e aquela delicada torre, em sua silhueta única, prestigiando a paisagem.

Eu estava no antigo palácio do Príncipe Roland Bonaparte, o hotel Shangri-La, aclamado com suas cinco estrelas, além das estrelas Michelin dos seus restaurantes, a vista indiscutivelmente perfeita e o valor exorbitante — e com razão — das diárias. Astros de cinema se hospedavam ali, como Chuck Ryder e Evelyn Henley, assim como astros do rock. Fiquei sabendo que, na última turnê da banda The M’s pela Europa, os meninos escolheram o Shangri-La para se hospedar.

A 10 Avenue d’léna estava movimentada naquela tarde, o sol não demoraria a se pôr, e eu pensei em tirar o robe e vestir uma roupa, porque queria dar uma volta antes de dizer adeus a Paris. Claro que o hotel estava aprovado para o pedido de casamento do senhor Parker. Não sei por que ele quis me mandar antecipadamente, sendo bem sincera, porque aquele lugar era o paraíso de qualquer realeza. Claro que eu fiz um itinerário para ele, e preparei toda a surpresa para sua futura noiva através dos lugares... Ah, tudo bem, eu era realmente boa no que fazia.

Meu celular tocou sobre a cama e eu corri até ele. Alexander estava me ligando através do Skype, em uma vídeo-chamada. Atendi, sorrindo.

— Oi, Mi Vida!

— Oi, Cariño. — Ele sorriu de volta.

Mas havia algo diferente nele. Seus cabelos estavam mais curtos em cima e sua barba estava rente no maxilar, deixando-o ainda mais bonito. Fiquei um pouco surpresa, não acreditando que ele poderia ficar ainda mais sexy e perigoso. Aquele homem não deveria estar advogando, ele deveria ser um modelo internacional.

— Uau! — Meu sorriso ficou mais largo. — Cortou o cabelo e baixou a barba?

Os olhos âmbar pegaram fogo.

— Gostou, Cariño?

— Você está ainda mais bonito, e nem sei como é possível.

 Ele soltou uma risada gostosa.

— É a saudade falando.

Percebi que ele estava em um ambiente fechado, mas movimentado, com luzes e pessoas andando para lá e para cá. Estreitei o olhar.

— Você está indo para onde bonitão desse jeito?

— Uma reunião importante.

— Bom, eu estou de robe, em um quarto que grita elegância, pensando em dar uma volta em Paris antes de anoitecer. Esses dias foram uma loucura.

— Eu sei, você merece relaxar hoje.

— Estou voltando para casa!

Ele abriu um sorrisão lindo.

 — Você está. Mas sei que gosta da cidade dos românticos.

— Eu até zombo das coisas, mas é bonito. As pessoas realmente são apaixonadas aqui. A gente quase vê coração nos olhos dos turistas.

— Impossível não se apaixonar — ele sussurrou. Mas parecia que ele não estava falando de Paris.

Droga, eu sentia falta dele.

Escutei uma batida na porta e ele estreitou o olhar.

— Não pedi nada — disse para ele. Alexander continuou a caminhar e parece que entrou em um corredor. — Vou lá atender. Você está chegando aí na reunião, né? Não quero te atrapalhar.

 — Não está atrapalhando. Se quiser, pode ficar comigo na linha enquanto atende. Não deve ser nada de mais.

— Tudo bem.

Fui até a porta, com ele ainda no celular, deixando que ele me visse. Acabei sorrindo com a ideia daquele homem caber no meu bolso.

— Olá, mademoiselle Saviñón — um senhor gentil me saudou.

— Olá. Eu sinto muito, mas acho que errou o quarto.

Ele estava com um daqueles carrinhos elegantes do hotel, que serviam comida em porções minúsculas, com cloche de vidro. Estava na moda servirem daquela forma com uma fumaça branca em que não se enxergava o prato embaixo.

— Não, mademoiselle. A senhorita se chama Dulce, certo? Me enviaram direto para o seu quarto. É para a mademoiselle mesmo.

— Oh, é alguma cortesia? — questionei, impressionada. — Nossa, eu não esperava.

O senhor não disse nada, apenas sorriu e se curvou, fazendo uma mesura educada e se retirando com um “Excusez moi s’il vous plait”.

 — Certo — Falei  para  ele trazendo-o para o  meu  rosto —   Eu tenho um prato de alguma  coisa  aqui. Vou ver o que é.

 — Curioso. — Alexander sorriu. — Não te deixaram um bilhete?

— Acho que não. — Olhei o carrinho, puxando-o para dentro do quarto, e encostei a porta. — Ah, deixaram sim.

— Então, acho bom ler.

Peguei uma espécie de cartão, como um daqueles que vemos em convites de casamento. Ele tinha arabescos em toda a volta, e era nude com dourado. Assim que vi meu nome brilhando pelo reflexo da luz, algo me fez prender a respiração, meus dedos tremeram e eu pisquei, achando que estava vendo coisas, porque o último sobrenome...

Dulce Maria Saviñón Uckermann