Fanfics Brasil - Quarto Dia de Lua Cheia Lua Cheia

Fanfic: Lua Cheia | Tema: Lobisomem


Capítulo: Quarto Dia de Lua Cheia

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A lua está no céu, Tsukino sai pela porta destruída, ela encontra a silhueta de um homem, ao se aproximar percebe que ele está de smoking e máscara, mesmo assim o reconhece.
- Kobayashi…
Ela leva sua mão à máscara e retira o artefato, revelando uma criatura híbrida.
Sob a lua ela se entrega a Kobayashi, que rasga suas roupas, enquanto se transforma, ao fundo a guerra começa, canhões disparam e a cabeça do lodo é erguida.
Tsukino acorda, ela acabou caindo no sono ao nascer do sol, ainda assustada e perdida a moça tenta aguçar o ouvido, o silêncio toma conta da casa.
Ela abre o armário e sai de dentro dele bem devagar, tentando ver pelo o que foi a porta de seu quarto, agora só um buraco na parede, a casa parece vazia.
Uma vez no Hall percebe o banheiro e o escritório desertos, no andar de baixo silêncio.
Ela desce as escadas com cuidado, a cozinha está vazia, pela porta avista de longe o que parece ser um corpo, contendo as lágrimas ela segue firme até o cadáver do policial, esse destroçado com apenas um braço ligado ao corpo.
Contendo o horror ela busca pelo trator de neve, mas está destruído, assim como sua USV.
Tsukino pega o rifle caído na neve, enquanto o examina atira por acidente, sendo jogada no chão.
O rádio de ondas curtas quebra o silêncio.
- Aqui é a polícia chamando 338 Câmbio! Responda 338! Tsukino, responda Câmbio!
Ela corre até o rádio.
- Aqui é Tsukino, câmbio.
- O que aconteceu? câmbio!
- Não é um urso Cambio.
- O que? O que aconteceu! Câmbio.
Ela desaba a chorar, contando sobre o ataque sofrido em meio a soluços.
- Estou indo ai, câmbio!
- O trator de neve está destruído Câmbio.
- Eu dou um jeito. Câmbio e desligo.
Tsukino fica em silêncio, ela olha em volta, percebe que está sozinha e se quiser sobreviver vai depender de si.
Ela sobe as escadas, guarda seu trabalho dentro da maleta e a esconde sob a mesa, em seguida corre ao lado de fora, verificando a querosene.
Kobayashi equipa o carro da polícia com correntes para neve, outro policial tenta persuadi-lo.
- Você não vai conseguir chegar.
- Pegue os homens e vá para o bosque, use os cachorros para sentir algum cheiro diferente.
- Já fizemos isso ontem.
- Faça de novo!
Ele entra no carro e dá partida, calculando: na outra vez ele levou duas horas, com o trenó de neve seriam quarenta minutos. Com o estado atual da estrada é impossível dizer.
Tsukino pesquisa no google sobre o rifle que tem nas mãos.
Na antiga cabana um homem chora de dor ao fazer um curativo em seu olho faltante, a única coisa maior que a dor é o ódio que sente.
Tsukino abre uma lata de querosene e espalha perto da entrada, ela derrama todo o conteúdo, se arma com as facas da cozinha e espera dentro da sala destruída.
O carro da polícia começa a subir a montanha quando atola, Kobayashi amarra um gancho em uma árvore, dá partida, mas é inútil, ele percebe que se forçar mais vai fundir o motor.
Fora do carro ele olha o caminho montanha acima, calça sapatos de neve e segue a pé, começa sua corrida contra o tempo.
Tsukino olha no celular, o sol deve se pôr às quatro horas da tarde.
- Todos os seus ataques foram a noite, eu ouvi seu uivo depois que a lua nasceu.
Kobayashi finca bem o pé para não escorregar, busca apoio em uma árvore e sobe mais um pouco, falta um terço do caminho, animado ele dá mais um passo, mas escorrega e cai, batendo a cabeça.
O sol se põe, Tsubasa assiste ao espetáculo da natureza apreensiva.
Pela primeira vez na vida o homem fica feliz ao sentir as dores da transformação, com seus últimos traços humanos ele grita “Vingança” antes de perder a consciência e virar um animal.
Tsukino ouve o uivo, está perto, ela se aproxima da porta aberta, respira fundo e procura pelo lobisomem.
Não demora para a criatura chegar, os dois cruzam olhares, o monstro uiva e corre na direção dela, Tsukino leva sua mão direita ao bolso do casaco, de onde retira uma caixa de fósforos. Ela risca um palito, o joga sobre a neve regada de querosene.
A querosene inflama, cercando o lobisomem de chamas Tsukino corre para dentro de sua casa, atravessando a cozinha e fugindo pela porta de trás.
O lobisomem corre atrás dela, destruindo o balcão central da cozinha com seu corpo, uma vez do lado de fora começa a farejar o chão, buscando o rastro daquela garota.
Ele caminha a passos largos, sentindo o cheiro dela e mais alguma coisa, Tsukino está ao lado do quartinho do gerador, com um tonel de querosene tombado, uma casaco antigo atolado na tampa. O lobisomem a vê e rosna.
Tsukino risca outro fósforo, mas sua mão treme, o Lobisomem investe contra ela, que tenta várias vezes até acender fósforo, incendiando a blusa antiga, ela chuta o tonel, mas cai sentada, a neve faz com que este deslize até a criatura, explodindo entre os dois.
Tsukino tenta se levantar rapidamente, mas escorrega, chutando a neve e o ar ela corre engatinhando para dentro do quartinho, já o lobisomem se recupera do baque da explosão.
A garota sai de dentro do quarto com duas garrafas de querosene nas mãos, quando ouve o uivo do lobisomem ela arremessa contra o fogo.
O lobisomem dá a volta no fogo gerado pela explosão, seus passos são cuidadosos, quando Tsukino joga as garrafas no fogo, aumentando o fogo.
O líquido inflamável cai sobre a criatura, incendiando seu pelo, o lobisomem corre contra a neve, se esfregando, o que amplia os efeitos da queimadura.
Tsukino fica caída no chão, tentando recuperar o fôlego, ela se levanta, vai ao quarto do gerador e volta com o rifle em mãos, decidida e virar caçadora ela segue os rastros do lobisomem.
Não demora muito e ela encontra o animal ferido, muito ferido, o lobisomem rosna acuado, Tsukino aponta o rifle para ele e atira.
Como nunca atirou antes o coice faz ela errar o tiro e ainda a joga para trás, com isso sua vantagem psicológica desaparece, o lobisomem fica de pé, com muita dificuldade ele prepara outro bote, Tsukino retira uma faca do bolso do casaco grosso e aponta para a criatura, que não recua.
Ela corta o ar com sua faca, o que faz o lobisomem recuar, mas só um pouco, a criatura fica mais cautelosa, não o suficiente para recuar, ela apoia o pé direito e o joelho na neve.
- O que é você? - Ela tenta conter o desespero na voz.
O lobisomem avança, seus ferimentos o tornam lento, cada passo doi, com um movimento de partida Tsukino enfia a faca na garganta do Lobisomem, que cambaleia para trás, ele chacoalha o corpo tentando se livrar da faca, mas é inútil.
Tsukino fica de pé, segura o rifle e ataca a cabeça do lobisomem com a coronha, em seguida ele desfere outro golpe, depois mais um e outro até o animal cair sangrando.
Ela recua cambaleando, retira mais uma bala de dentro do bolso do casaco, carrega o rile e encosta o cano da arma na cabeça do bicho.
- Dessa vez eu não erro.
Ela atira a queima roupa, explodindo o cérebro do lobisomem, o coice da arma a derruba mais uma vez, ainda zonza ela olha para a criatura, não acredita nos seus olhos, quando assiste a transformação se refazendo.
Sua perplexidade é quebrada por passos, ao olhar para o lado reconhece Kobayashi, com um ferimento na cabeça, o policial também assiste a transformação se desfazendo.
Minutos se passaram, o lobisomem morreu e voltou a ser um humano, mesmo assim Kobayashi e Tsukino continuam imóveis, o policial começa a andar até a garota, a ajudando a ficar de pé.
- O que aconteceu?
- Eu não sei explicar.
Os dois voltam na direção da casa, tentando entender o que aconteceu naquela noite, lutando contra a razão que afirma que seus sentidos os enganaram, que era um louco o tempo todo, mas no fundo eles sabiam que se depararam com o inexplicável.
- Ei Kobayashi, eu já tenho o tema para o meu próximo mangá.



Aviso: Nenhum lobisomem foi ferido ou morto durante a escrita desse conto.
FIM


 



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Autor(a): diegot

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