Fanfics Brasil - Capitulo 18 Felicidade - Vondy

Fanfic: Felicidade - Vondy | Tema: Dulce, Christopher, Romance, novela


Capítulo: Capitulo 18

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— Ora, entre! Há quanto tempo não a vejo! Tenho estado tão ocupada... Mas estou feliz que esteja aqui, é o pretexto que precisava para parar com esta limpeza.


— Eu lhe telefonei no fim de semana passado, várias vezes. — Dulce seguiu a amiga até a cozinha e sentou-se num dos banquinhos defronte à mesa de almoço. Shirley já colocava água no fogo para preparar um café.


— Ah, sim, eu não estava em casa. Aliás, tenho novidades: fui para Leeds no fim de semana passado e no próximo também irei. Paul e eu vamos morar lá depois que nos casarmos. Ele conseguiu um emprego em Leeds, um emprego em que não precisará viajar. Não é maravilhoso? Vai poder voltar para meus braços todas as noites. — Ela desfazia o coque que prendia seus cabelos no alto da cabeça e tinha um enorme sorriso no rosto.


— Que ótima notícia! — Dulce sorriu. — Mas sentirei sua falta. Então vocês têm ido lá para arrumar uma casa e acertar tudo?


— Exatamente! Ei, que tal um sanduíche?


— Não, obrigada. E vocês pretendem se mudar logo depois que se casarem, no fim de julho?


A meia hora seguinte foi gasta com Shirley falando sobre o casamento, a recepção que pretendia oferecer, seu vestido de noiva. Porém, foi ela mesmo quem preferiu mudar de assunto dizendo que queria ouvir as novidades de Dulce.


— Me conte tudo. Ouvi dizer que está trabalhando para Jason Jordan. Deve ser excitante, não é? Me disseram que ele é um homem um pouco estranho!


Dulce não se surpreendeu em saber que as fofocas na agência já tinham chegado até sua amiga. Contudo, dizer aquilo daquela maneira não era característico de Shirley... Era estranho...


— Com quem você andou falando? Foi Phillis quem lhe contou?


— Não, trabalhei com Greg Staton esta semana e ele foi um dos entrevistados pelo sr. Jordan.


Dulce suspirou, afinal compreendendo. Greg Staton. Ele começara a trabalhar na agência Morrison há seis meses e provavelmente era quem conseguia taquigrafar mais rápido entre todo o pessoal. Era um homem charmoso, mas sem nenhuma profundidade. Havia saído com ele para jantar certa noite e voltara para casa super entediada.


— Apesar de todo seu charme — ela explicou para Shirley — Greg Staton é o homem mais cínico que já conheci. Nunca compreenderia alguém como Jason Jordan. Não sei porque Phillis o mandou para a entrevista.


— Isso também não sei, parece que várias pessoas foram entrevistadas. De qualquer maneira, Greg perguntou a Phillis quem afinal ficara com o cargo e ela disse que você estava trabalhando com o sr. Jordan há duas semanas... Greg também me disse que o sr. Jordan é cego. É verdade?


— Sim, é verdade, mas não há nada estranho com ele, garanto. Ele é um pouco misterioso mas... Você soube mais alguma coisa a respeito dele?


— Não, nada.


Aquilo queria dizer que nenhum dos outros entrevistados havia associado Jason Jordan com Uckermann, o pintor.


— Escute, Shirley... Jason Jordan é... era... conhecido por outro nome.


— Então Jason Jordan é um pseudônimo! Bem, já esperava isso.


— Não... quero dizer, sim. Ele... Não sei se isto vai lhe dizer algo, mas ele é Christopher Uckermann. Uckermann era um famoso...


— Pintor! — Shirley arregalou os olhos de espanto. — O pintor que perdeu a visão! Sim, claro que já ouvi falar nele. Ora, você mesma tem uma reprodução de um de seus quadros, não tem?


— Sim, isso mesmo. Seu nome completo é conde Christopher Uckermann de Nimes...


Shirley estava fascinada enquanto Dulce continuava falando sobre o conde, sobre seu estilo de vida e o mistério que o envolvia.


— De qualquer maneira... — Dulce terminou — ...não consigo colocar as coisas nos lugares certos e formar uma opinião definitiva sobre ele. O que você acha?


— Bem, acho que deve haver uma mulher envolvida em algum ponto da história. Ele é casado?


— Cherchez la femme. — Dulce sorriu. — Também cheguei a pensar nisso, a presença de uma mulher poderia talvez decifrar o mistério de sua personalidade. Mas Alan me contou ontem que o conde é divorciado. Sua mulher fugiu com outro. Saiu nos jornais.


— Compreendo... Parece meio estranho, não é? Quero dizer, o conde sendo uma pessoa tão bonita, podendo ter tudo que deseja na vida... — Shirley tentava ordenar as informações em sua cabeça. — Bem, compreendo por que você está fascinada por ele. Mas qual será a razão de ele se isolar assim, se sua cegueira não é o problema. Será que...


— Sim?


— Será que ele ainda está apaixonado pela ex-esposa? Sente saudades dela?


— Françoise? Não, acho que não... bem, talvez seja possível.


— Faz sentido, não faz? Quero dizer, poderia explicar seu comportamento atual... Ei, gostaria de tomar mais café?


— Não, obrigada. Na verdade, já está na hora de eu ir embora, não quero dirigir no escuro, poderia me perder no caminho. Olhe, vou lhe dar meu telefone, mas, por favor, nunca ligue antes das onze horas, está bem? — Dulce anotou o número num pequeno pedaço de papel e o passou a Shirley, que prometeu manter contato.


— Vou ligar sim, não se preocupe. Estou interessada em saber o que mais vai descobrir sobre o conde. E não se preocupe, tenho certeza de que dará tudo certo!


Havia aquela agradável sensação de voltar para casa, os cães latindo do outro lado do portão, a voz de Finn no interfone garantindo que era ela e não outra pessoa que tinha a audácia de invadir o mundo particular do conde Christopher Uckermann de Nimes. Dulce já amava o Solar Serena. Entre suas paredes encontrava tranquilidade, beleza, uma atmosfera que só ali existia. Era estranho que sentisse isso quando o próprio dono da casa era um homem tão infeliz. Estranho que sentisse vontade de voltar para o Solar Serena quando sabia que ia passar horas de solidão ali. Estranho que o solar fosse como seu próprio lar, mais que a casa de Alan ou o apartamento no qual vivia em Paddington.


Depois de pensar sobre muitas coisas no caminho até o solar, Dulce descartou a ideia de Shirley. Christopher ainda apaixonado pela ex-esposa? Não, parecia muito improvável. Quanto a Alan... bem, havia se desapontado com a reação dele e com a discussão que haviam tido. Com o tempo seria capaz de decifrar sozinha o mistério de Christopher Uckermann. Estava decidida a fazer isto. Contudo, em nenhum momento se perguntou o motivo desta decisão, a razão de estar tão interessada.


Enquanto isso não acontecia, havia o trabalho a fazer e as sangrentas aventuras de Sharkey lhe dariam alguma distração. Dulce estacionou o carro na enorme garagem e foi direto para o trabalho. Depois de ter terminado de datilografar o texto do dia anterior, resolveu ir para seu quarto. Caminhava por um dos corredores quando viu o conde quase desaparecendo por uma porta lateral. Ele parou, certamente ouvindo os passos dela, apesar do grosso carpete.


— Boa noite, Dulce — cumprimentou, desaparecendo em seguida. Não perguntou como ela estava, como havia sido seu fim de semana, se tinha aprontado o texto para a manhã seguinte...


Deitada sobre a confortável cama em seu quarto, Dulce lembrava da conversa no sábado de manhã e do prazer que o conde sentira ante a infantil maneira como havia descrito Alan. Christopher a tinha compreendido instantaneamente, mas aquela fora a única vez em que conversaram com naturalidade. E era frustrante constatar que ele terminara se retraindo, voltando a seu isolamento habitual. E seu isolamento continuou. Era como se aquela conversa tivesse sido uma exceção da parte dele. Dulce estava espantada, mas o que podia fazer? Ele era o patrão, ditava o livro todas as manhãs e isso era tudo!


Entretanto, se o mutismo era a opção do conde, não ia se deixar influenciar e mudar seu próprio comportamento. Assim, toda vez que sentia vontade, não tinha inibições de lhe contar sobre as pequeninas coisas que via durante suas caminhadas pelo jardim, por exemplo, a maneira como as margaridas emergiam do chão onde até pouco tempo só havia neve, a excitação dos pássaros ocupados em construir seus ninhos. Ou então, falava das compras que fizera em Leight Buzzard, do recital de poesia a que tinha comparecido em Bletchley, ou ainda dos livros que lera, emprestados da fabulosa biblioteca do Solar Serena. Naturalmente não obtinha muitas respostas, mas estava disposta a não se abalar pela atitude do conde, determinada a continuar sendo ela mesma.



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Autor(a): mjrpoke

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

Prévia do próximo capítulo

Já fazia um mês que morava no solar quando um inesperado encontro ocorreu, dando-lhe a certeza de que todo o tempo havia sido ouvida pelo conde, apesar de sua aparente distância e frieza. Eram nove horas da noite, Dulce havia saído para caminhar no jardim. O céu estava repleto de estrelas e uma imensa lua cheia começava a nascer no hor ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 31



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  • Vondy Forever Postado em 21/01/2021 - 19:42:33

    Cade vc? Queremos mais capitulos

  • Vondy Forever Postado em 11/01/2021 - 19:18:00

    Queremos mais cade vc?

  • lariiidevonne Postado em 08/01/2021 - 19:46:02

    Como assim não tem capítulos? :(

  • lariiidevonne Postado em 07/01/2021 - 23:33:46

    Conde danadinho haha

  • lariiidevonne Postado em 07/01/2021 - 23:33:24

    Continua

  • Vondy Forever Postado em 07/01/2021 - 19:34:17

    Vai ter mais capitulos hj?

    • mjrpoke Postado em 07/01/2021 - 19:36:22

      Vai sim, a partir das 20:40 vou postar mais dois capítulos ;)

  • Vondy Forever Postado em 07/01/2021 - 18:05:00

    Continua

  • lariiidevonne Postado em 07/01/2021 - 10:45:53

    Já temos um Ucker muito interessado na Dul haha

  • lariiidevonne Postado em 07/01/2021 - 10:45:08

    Continua

  • lariiidevonne Postado em 06/01/2021 - 20:19:08

    Posta maaaais


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