Fanfic: Felicidade - Vondy | Tema: Dulce, Christopher, Romance, novela
Possuia uma aura de calma e demonstrava absoluto controle.
Quando ele se aproximou, as taças nas mãos, sentiu outra vez o mesmo desconforto que sentira há pouco. Havia nele algo de ameaçador, seus movimentos eram como os de uma pantera negra que se movia o tempo todo com os sentidos alertas, farejando as coisas no ar.
O conde deixou as taças sobre a mesa e sentou na outra poltrona. Dulce estava fascinada e perturbada. Daquela pouca distância podia ver a marca de uma pequena cicatriz ao lado da sobrancelha esquerda dele. Não era uma cicatriz de infância, mas antiga o suficiente para já ter quase desaparecido. Era claro que quem tinha cuidado do ferimento havia feito um ótimo trabalho.
Ele fitava diretamente agora, os olhos escuros brilhando como se pudessem enxergar sua alma. Dulce conseguiu sorrir pensando que tipo de coisa faria aquele homem sorrir também.
- A agência lhe informou a respeito de minha rotina? - ele perguntou. - Sobre o período de trabalho e tudo mais?
- Bem. não. Não chegaram a entrar nesses detalhes.
- Então vou lhe dizer. - O conde bebeu um gole do conhaque. - Começo a ditar às sete horas da manhã e é por isso que preciso de alguém que more aqui. Gosto de trabalhar só de manhã quando a mente ainda está fresca e não há incômodos com telefonemas. Não costumo nem abrir minha correspondência antes de ter terminado o trabalho do dia. Paro de ditar às onze horas, em geral, e Finn serve o almoço à uma e meia. Não me importo a que horas você bate o texto à máquina, pode escolher as tardes ou as noites para fazer isso. Trabalhamos aos sábados, mas não aos domingos. Tudo que peço é que o que eu ditar num dia esteja datilografado na manhã seguinte. Você terá a tarde de sábado e o domingo livres.
- Há muitos empregados na casa?
- Emprego muitos jardineiros, pessoas daqui mesmo. Mas só Finn toma conta da casa e mora aqui. Você terá liberdade para se instalar onde e como quiser, desde que respeite minha privacidade. Acho que já deve ter percebido que sou uma espécie de ermitão, não é, srta. Dulce?
Dulce estava pensando na arrumação da casa, nos toques que adivinhara como sendo das mãos de uma mulher. Já que o conde morava sozinho, Finn devia ser o responsável por isso. Sim, claro! Por acaso ele não tinha guardado sua bolsa há pouco? O conde devia ser muito exigente com relação à arrumação da casa.
Estava ainda intrigada com aquele homem e desejaria lhe perguntar sobre os romances que escrevia. Mas era muito cedo para isso. Em primeiro lugar, ele queria saber se ela aceitava os horários. Bem, não fazia diferença o quanto trabalhava. E ainda poderia visitar Alan e as crianças nos fins de semana.
- Sua hesitação diz muito. - o conde falou. - Devo concluir que não está mais interessada no serviço?
- Não, claro que não. Sinto muito mas acho que "ermitão" não é a palavra apropriada. Preferia dizer que gosta de viver com tranquilidade e que a privacidade é algo que considera muito importante.
- Verdade? - Havia algo nos cantos de seus lábios que sugeria um sorriso, mas este não chegou a aparecer. - Não gosta das conotações da palavra ermitão?
Dulce olhou-o por um instante, mas logo desviou o olhar. Que homem enigmático! Como escritor, devia ser uma pessoa muito perceptiva, que escolhia as palavras com cuidado. Ao se denominar ermitão, não o fizera por acidente, entretanto, não queria pensar nele nestes termos. O conde não era o velho meio surdo que imaginara, longe disso, era um tipo fascinante e seria uma pena se o mundo não pudesse conhecê-lo. Principalmente para as mulheres!
- Não acho que ermitão seja uma boa maneira de descrevê-lo, sr. conde - respondeu afinal.
- Diga-me, srta. Dulce, é uma pessoa otimista ou pessimista?
- Nenhuma das duas. Sou realista.
- É mesmo? Vamos, fale-me sobre você.
Agora Dulce começava a compreendê-lo. Não era um patrão comum, não queria saber apenas seu nome e suas qualificações. Estava interessado em descobrir como ela era, o que pensava das coisas, quais seriam suas atitudes perante a vida. Vindo de uma pessoa como ele, o pedido para falar sobre si mesma a deixava muito constrangida, pois enquanto o conde parecia alguém muito rico de espírito ela não se considerava nada interessante. Contudo, tinha de responder algo.
Autor(a): mjrpoke
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
- Sou Dulce Maria, tenho vinte e três anos. Nasci e cresci no interior da Inglaterra, junto com meu irmão, que é mais velho que eu. Moro em Paddington, Londres, em meu próprio apartamento. - Dulce parou, sem saber mais o que dizer. A sala estava ficando escura, pois o fim da tarde se aproximava. Seria bom se o conde voltasse a sentar atrás d ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 31
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Vondy Forever Postado em 21/01/2021 - 19:42:33
Cade vc? Queremos mais capitulos
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Vondy Forever Postado em 11/01/2021 - 19:18:00
Queremos mais cade vc?
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lariiidevonne Postado em 08/01/2021 - 19:46:02
Como assim não tem capítulos? :(
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lariiidevonne Postado em 07/01/2021 - 23:33:46
Conde danadinho haha
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lariiidevonne Postado em 07/01/2021 - 23:33:24
Continua
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Vondy Forever Postado em 07/01/2021 - 19:34:17
Vai ter mais capitulos hj?
mjrpoke Postado em 07/01/2021 - 19:36:22
Vai sim, a partir das 20:40 vou postar mais dois capítulos ;)
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Vondy Forever Postado em 07/01/2021 - 18:05:00
Continua
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lariiidevonne Postado em 07/01/2021 - 10:45:53
Já temos um Ucker muito interessado na Dul haha
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lariiidevonne Postado em 07/01/2021 - 10:45:08
Continua
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lariiidevonne Postado em 06/01/2021 - 20:19:08
Posta maaaais