Fanfic: Sempre foi você | Tema: Vondy

POV'S DULCE

Amanheceu um novo dia e hoje eu iria para o casarão, só espero que tenha um cheiro melhor que esse hospital, é tão estranho não lembrar das pessoas que aparentemente eu amava, Alek me mostrou fotos para ver se ajudava a me lembrar mas nada aconteceu, as meninas me pareceram familiares mas aquele homem lindo eu não me lembrava nem um pouco, tinha visto uma foto nossa quando éramos crianças, outra no ensino fundamental e a última que foi no baile de formatura do ensino médio, pelo o que Alek me disse ele foi só pra me ver formar e dançar comigo, o que achei muito fofo mas acho que éramos apenas melhores amigos, isso é estranho porque quando ele colocou a mão no meu cabelo eu juro que meu coração bateu fortíssimo e assim que ele afastou eu percebi que tinha parado de respirar, eu soltei tanto ar em um só sopro que fico feliz de não ter sido alto pra ele não ouvir.

Me trouxeram roupas e eu fui me trocar enquanto Alek falava com o médico, coloquei um vestido azul soltinho que ia até o meio das coxas um pouco acima do joelho e calcei um chinelinho da melissa preto, era tão confortável! Quando terminei e sai do banheiro o mesmo homem do outro dia estava lá de pé, com seu terno preto bem passado.

- Você trabalha em alguma funerária?

Alek segurou a risada enquanto Chris só revirou os olhos.

- Vamos logo, as meninas querem te ver.

- Annie, May e Malia?

Nessa hora ele me olhou com os olhos brilhando, cheio de esperança e veio até mim segurando meus braços com um sorriso grande no rosto.

- Você se lembra delas? Sério?

- O Alek me mostrou fotos, eu ainda não lembro de ninguém..

- ah, certo, certo, tudo certo.. vamos.

Eu pude ver que toda esperança naqueles olhos lindos se esvaiu e foi com o vento, minha curiosidade era a de saber porque ele se empolgou tanto, mas enfim apenas o segui e fomos até o carro, o caminho até o casarão foi silencioso e entediante, assim que chegamos me surpreendi com o tamanho, agora entendi o porquê de casarão, era uma mansão linda, a fachada de madeira com uma grande porta e as paredes de vidro que permitiam ver o que acontecia no hall de entrada, as meninas estavam todas juntas e olhavam animadas para o carro.

Quando desci vieram todas me abraçar.

- Ai meu Deus!!! Eu tô tão feliz que está bem! - disse a loira bem alto

- A gente tem que comemorar! A mais festeira do grupo está de volta e lindíssima! - Malia

- Gente, calma, deixa ela respirar, depois nós acionamos a Dulce do mal. - Disse May, a morena de cabelo curto.

- Dulce do mal? - dissemos em uníssono, eu e os meninos.

- Sim, a Dulce do mal aparece depois de uns 5 shots de tequila.

- Eu não quero ver a Dulce do mal! - falou Alek passando por nós e subindo com minhas malas.

- Nem eu, nada de festinha hoje. - falou Christopher.

- Para de ser careta, eu quero ver a Dulce do mal, o que faremos hoje meninas? A mãe tá on! - disse olhando o homem sério na minha frente e gargalhando em seguida.

As meninas comemoraram animadas pela minha decisão e me levaram até o quarto onde decidimos onde ia ser o jet de hoje, o que usaríamos e o quanto íamos beber, questão que deixamos em aberto. Podia não me lembrar mas sabia porque gostava e era amiga dessas meninas, todas unidas, sinceras e animadas. Ficar aqui não ia ser um grande esforço.

A boate escolhida foi a Four Sensations, pelo o que as meninas falaram era a melhor da cidade, estava animada pra sair, é estranho não lembrar de nada eu preciso espairecer um pouco. Todas arrumadas descemos as escadas e para minha surpresa os meninos estavam nos esperando. 

- Achei que os bonitões iam ficar aqui..

- A gente ia, mas precisamos cuidar de vocês essa noite e que porra de roupa é essa Dulce? - perguntou Alek.

Eu estava com um vestido vermelho com uma fenda lateral e o busto em meia taça, o que destacava meus seios e calcei um salto alto preto, eu era o próprio diabo em forma de mulher.

- A Maila me emprestou, estou uma gata pode falar,hoje eu tô pro golpe! - Ri com todas as meninas comemorando meu bom humor.

Alek revirou os olhos sabendo que eu obviamente não iria trocar de roupa e fomos até a garagem.

- Dulce vai comigo, vocês podem se dividir nos outros carros. - Christopher enfim se pronunciou 

- Espero que não seja um carro funerário - ouvi risadas abafadas do resto pessoal enquanto iam pros seus carros.

- Qual é a sua implicância comigo hein? - O loiro me perguntou e meu Deus como ele estava gato, vestido mais descontraído sem o terno funerário dele, calça jeans com um tênis skatista e uma polo branca, agora podia falar que ele tinha uns 24 anos ao invés dos 30 da primeira vez que o vi.

- Eu é que te pergunto, porque eu tenho que ir no seu carro? 

- Só por que eu faço divisão dos carros, só por isso

- Como se todos fossem seus - resmunguei entrando com ele no carro.

- Eles são.

Olhei assustada pra ele que deu um sorriso convencido. A noite vai ser longa já estou até vendo.