Fanfic: O melhor amigo do meu irmão - Vondy | Tema: RBD, Rebelde, Vondy

Na manhã seguinte, sábado, minhas bochechas ainda queimavam de vergonha quando eu me lembrava de ontem. Espero que ele tenha achado que eu sou só uma mulher provocante, que fala o que pensa... Empoderada! E não um baby que falou sem pensar e está com vergonha de olhar a própria cara no espelho quando se lembra da situação.

Rodrigo me ligou trinta vezes e eu recusei as trinta. Não estava com saco de ouvir as mil desculpas sobre ter me deixado sozinha na festa. Minha vontade era de falar pra ele que o Ucker vem fazendo o papel de namorado melhor do que ele mesmo.

Minha mãe logo me convocou para ir comprar um vestido novo pra aquele bendito evento que teríamos que ir de chaveirinhos na semana que vem, Poncho e eu.

-Ai que saudade da minha cinturinha desse tamanho! –Minha mãe disse ajustando meu vestido, se gabando para a vendedora pela décima vez, eu acredito, sobre a cinturinha que ela tinha antes de eu vir ao mundo.

A vendedora riu concordando e me apertando com os alfinetes de ajustes. –Se apertarmos aqui vai ficar perfeito! Só acho que não vai dar pra por calcinha. Ou talvez funcione se você compra aquelas bem fininhas de malha. Talvez não marque, mas não sei, esse tecido é muito delicado.

-Também acho... Eu adorei esse, mãe! Será que a senhora consegue ajustar até semana que vem? –Eu perguntei à vendedora.

Depois de várias horas e muito suor eu encontrei o vestido perfeito! Segundo Blanquita, tenho que estar impecável. Lá eles nos apresentariam a muita gente e segundo ela, também, teriam vários “tipões” que ela queria que eu conhecesse. Lá vai ela mais uma vez querendo me arranjar homem, mesmo eu falando que já tenho namorado.

A semana passou voando, era semana de provas, eu estava esgotada. Estressada. Já era sexta feira quando resolvi conversar sobre o fim de semana passado com o Rodrigo, já que nem um mísero pedido de desculpas ele me deu. Depois daquele dia na festa, nós mal nos falamos. Na verdade, nem no colégio nos vimos direito, já que eu não estava saindo da sala nos intervalos por causas das malditas provas.

-Eu quero conversar com você, também. –Ele me respondeu encostando do meu lado. Nós estávamos no pátio. Poncho, Any, Ucker, Mai e todo o resto estavam um uma roda perto da gente.

-Pode falar. –Espero que seja um pedido de desculpas bem dado.

-Eu queria pedir desculpas por ter sumido... E por ter te deixado na festa sozinha sem avisar. –Quase respondi: parabéns por fazer o mínimo. Mas achei melhor ficar quieta. –E queria falar outra coisa com você. Eu não quero que você me interprete mal. –Lá vem a merda... –Mas eu acho que você é um pouco culpada por eu estar tão distante. –QUE?

Eu não respondi e só respirei fundo esperando pra ver ele concluir a merda que ele iria falar.

-Você entende, né? Eu sou homem, poxa. Tenho minhas necessidades... E acho que já passou da hora da gente começar a dar um novo passo na nossa relação, lindinha. Você não acha?

Eu estava com tanto ódio que não sabia nem como responder.

-Então, basicamente, você está me dizendo que por ser homem, ou eu dou pra você ou você some? Ou me trai? Não entendi sua outra opção. –Tentei ser o mais irônica possível. Que cara folgado.

-Não Dulcinha, eu só acho que...

-Então, eu acho que você tem ir atrás de alguém que vá satisfazer as suas necessidades. –Eu disse o interrompendo. –E vê se começa a guardar dinheiro, porque eu acho que você vai ter que pagar por isso. –Conclui e sai deixando-o boquiaberto. Ele esperava o que?

-Vocês brigaram? –Mai perguntou discretamente, ou tentou, quando eu cheguei perto das meninas.

-A gente terminou.

-Poxa, amiga. Eu sinto muito. –Any disse me abraçando de lado.

-Ah, eu não sinto, não. –Eu dei um sorriso e elas gargalharam. Ucker observava a gente meio de longe. Acho que até a Mai era mais discreta que ele.