Fanfic: ❤O Visconde Que Me Amava❤ | Tema: Romance

Então, quando Mary e Anahí saíram para resolver suas coisas – por
conveniência, Rachel esquecera-se de mencionar a visita do visconde –, ela ficou sentada na sala de estar, com Newton dormindo satisfeito a seus pés, e esperou.
Alexander passara a maior parte da semana refletindo. Como era de se esperar, todos os seus
pensamentos se relacionavam a Rachel e à união que se aproximava.
Ele estava preocupado com o fato de que poderia – caso se permitisse – amá-la. A questão, ao que parecia, era apenas não se permitir. Quanto mais ele meditava, mais convencido
ficava de que isso não seria um problema. Ele era um homem, afinal, e tinha pleno controle de suas ações e emoções. Não era tolo: sabia que o amor existia, mas também acreditava no poder da mente e, talvez ainda mais importante, no da força de vontade. Sinceramente, não via razão para crer que o amor deveria ser algo involuntário.
Se não quisesse se apaixonar, então, diabos, não ia se apaixonar. Simples assim. Tinha que ser simples assim. Ou ele não seria um homem de verdade, não é?
De qualquer forma, precisaria conversar com Rachel sobre isso antes do casamento. Havia certas coisas em relação à sua união que tinham de ser esclarecidas. Não regras, mas... entendimentos. Sim, essa era uma ótima palavra para definir o que queria.
Rachel tinha que entender exatamente o que poderia esperar dele e o que ele esperava em
troca. Não era um casamento por amor. E não iria se transformar nisso. Não era uma opção.
Alexander não achava que ela tivesse alguma ilusão a esse respeito, mas, por via das dúvidas, queria deixar isso claro agora, antes que quaisquer mal-entendidos tivessem a chance de se transformar em desastres completos.
Como se dizia, era melhor pôr logo as cartas na mesa para que nenhuma das partes tivesse uma surpresa desagradável. Rachel certamente concordaria. Era uma garota prática, que preferiria saber em que terreno estava pisando. Não era do tipo que gostava de ser mantida no escuro.
Faltavam dois minutos para as quatro da tarde quando Alexander bateu duas vezes na porta da frente das Sheffields, tentando ignorar a meia dúzia de membros da sociedade que passeavam por acaso ao longo da Milner Street naquela tarde. Eles estavam, Alexander pensou com um sorriso, um pouco distantes de seus lugares habituais.
Mas não era uma surpresa. Apesar de fazer pouco tempo que retornara a Londres, sabia muito bem que seu noivado era o escândalo da vez. Afinal, o Whistledown também era lido em Kent.
O mordomo abriu a porta de imediato e apontou-lhe a sala de estar. Rachel o esperava sentada no sofá, com os cabelos arrumados em um penteado cujo nome ele não lembrava
(Alexander nunca conseguia se recordar dos nomes dos penteados que pareciam agradar às damas), encimado por um chapeuzinho ridículo que ele imaginava que deveria combinar com a bainha branca do vestido azul-claro.