Fanfic: ❤O Visconde Que Me Amava❤ | Tema: Romance
CAPÍTULO 22
"Ao contrário da opinião popular, esta autora sabe muito bem que é considerada cínica.
Mas isso, querida leitora, não poderia estar mais longe da verdade. Esta autora não deseja mais nada além de um final feliz. E, se isso a torna uma tola romântica, que seja."
No momento em que Alexander alcançou a carruagem tombada, viu que Anahí conseguira engatinhar para fora dos escombros e usava um pedaço de madeira partido para tentar abrir um buraco do outro lado do veículo. A manga de seu vestido estava rasgada e a bainha, esfarrapada e suja, mas ela parecia não perceber, puxando a porta de forma frenética.
Newton pulava e se contorcia a seus pés, e seus latidos eram agudos e nervosos.
– O que aconteceu? – perguntou Alexander, apavorado, enquanto descia do cavalo.
– Não sei – arfou Anahí, secando as lágrimas. – O Sr. Bagwell não é um condutor experiente, acho, e então Newton se soltou, e depois não sei o que aconteceu. Em um minuto nós estávamos passeando e, no seguinte...
– Onde está Bagwell?
Ela apontou para o outro lado da carruagem.
– Foi lançado para fora. Bateu a cabeça, mas vai ficar bem. Só que Rachel...
– O que aconteceu com Rachel? – Alexander ajoelhou-se e tentou olhar para dentro dos destroços. A carruagem tinha rolado, amassando todo o lado direito. – Onde ela está?
Anahí engoliu em seco várias vezes e sua voz era pouco mais que um sussurro quando falou:
– Acho que está presa embaixo da carruagem.
Nesse momento, Alexander sentiu o gosto da morte. Era amargo, metálico e áspero. Rasgava-o por dentro como uma faca, sufocando-o e oprimindo-o, expulsando todo o ar de seus
pulmões.
Puxou os destroços com toda a força, tentando abrir um buraco maior. A situação não era tão grave quanto parecera durante a batida, mas isso não ajudou a acalmar seu coração acelerado.
– Rachel! – chamou, tentando parecer calmo. – Rachel, está me ouvindo?
O único som que obteve em resposta, porém, foi o relinchar agitado dos cavalos. Droga. Ele teria que desatrelá-los e soltá-los antes que entrassem em pânico e começassem a tentar arrastar os destroços.
– Anahí? – disse Alexander com a voz severa, olhando para ela por cima do ombro.
– Sim?
– Você sabe desatrelar os cavalos?
Ela assentiu.
– Não sou muito rápida, mas sei.
Alexander virou a cabeça na direção das pessoas que vinham correndo para ver o que acontecera.
– Veja se alguém pode ajudá-la.
Ela anuiu mais uma vez e começou a seguir suas orientações depressa.
– Rachel? – chamou Alexander de novo. Ele não conseguia vê-la porque um banco estava bloqueando a abertura. – Você consegue me ouvir?
Nenhuma resposta.
– Tente do outro lado – sugeriu Anahí, assustada. – A abertura não está tão amassada.
Alexander se pôs de pé com um pulo e correu por trás da carruagem até o outro lado. A porta já saíra das dobradiças, deixando um buraco grande o suficiente para que ele introduzisse o tronco.
– Rachel? – gritou, tentando ignorar o som agudo de pânico na própria voz.
Cada expiração que saía de seus lábios parecia muito alta e reverberava no espaço apertado,
lembrando-o de que Rachel continuava em silêncio.
Então, ao mover com todo o cuidado a almofada do banco que virara de lado, Alexander a viu. Ela estava assustadoramente imóvel, mas o pescoço não parecia quebrado e ele não viu sangue.
Isso só podia ser um bom sinal. Não sabia muito sobre medicina, mas agarrou-se a esse pensamento como a um milagre.
– Você não pode morrer, Rachel – disse ele, puxando os destroços, apavorado, desesperado para abrir o buraco o suficiente para puxá-la por ele. – Você está me ouvindo? Não pode morrer!
Cortou as costas da mão em um pedaço de madeira irregular, mas nem percebeu o sangue escorrer enquanto retirava outro pedaço quebrado.
– É bom que você esteja respirando – advertiu ele com a voz trêmula e entrecortada por soluços. – Isso não deveria estar acontecendo com você. Nunca deveria acontecer com você.
Não é sua hora, entendeu?
Arrancou outro pedaço quebrado de madeira e esticou o braço pelo buraco que acabara de
abrir para agarrar a mão dela. Conseguiu encontrar seu pulso e sentir seus batimentos, que
pareciam estáveis, mas ainda era impossível dizer se ela estava sangrando, se tinha quebrado
a coluna, se tinha batido a cabeça ou...
Ele estremeceu. Havia tantos modos de perecer... Se uma abelha podia derrubar um homem no auge da vida, com certeza um acidente de carruagem seria capaz de matar uma mulher frágil.
Alexander agarrou o último pedaço de madeira que se encontrava em seu caminho e ergueu-o, mas ele não cedeu.
– Não faça isso comigo! – murmurou. – Não agora. Não é sua hora. Está me ouvindo? Não é sua hora! – Ele sentiu as faces úmidas e percebeu que eram lágrimas. – Era para ser eu – disse, engasgando com as palavras. – Deveria ser eu no seu lugar.
Quando Alexander se preparava para dar outro puxão no último pedaço de madeira, os dedos de Rachel apertaram seu pulso feito garras. Ele fitou seu rosto e viu os olhos dela se abrirem e clarearem, sem nem piscar.
– De que diabo você está falando? – perguntou ela, parecendo bastante lúcida e totalmente desperta.
O alívio inundou o peito de Alexander tão rápido que foi quase doloroso.
– Você está bem? – indagou, com a voz trêmula.
Rachel fez uma careta e retrucou:
– Vou ficar.
Ele ficou em silêncio por alguns segundos, refletindo sobre a resposta dela.
– Mas o que você está sentindo?
Ela tossiu baixinho e se contraiu de dor.
– Aconteceu alguma coisa com minha perna. Mas não acho que esteja sangrando.
– Você vai desmaiar? Está tonta? Fraca?
Ela balançou a cabeça.
– Só estou sentindo dor. O que você está fazendo aqui?
Ele sorriu em meio às lágrimas.
– Vim atrás de você.
– Veio? – murmurou ela.
Ele assentiu.
– Vim para... isto é, eu percebi... – Ele engoliu em seco várias vezes. Nunca sonhara que chegaria o dia em que diria estas palavras a uma mulher e que elas tomariam seu coração de tal forma que ele mal conseguiria pronunciá-las. – Eu amo você, Rachel – disse, com a voz embargada. – Levei muito tempo para perceber, mas eu a amo e precisava lhe contar isso hoje.
Ela deu um sorriso nervoso e fez um gesto com o queixo indicando o restante do corpo.
– Não podia ter aparecido em hora melhor.
Alexander sorriu de volta para ela.
– Quase valeu a pena o fato de eu ter esperado tanto, não é? Se eu tivesse me declarado na semana passada, hoje não teria vindo atrás de você no parque.
Ela lhe deu a língua, o que, considerando as circunstâncias, fez com que a amasse ainda mais.
– Apenas me tire daqui.
– Aí você vai dizer que me ama? – provocou ele.
Rachel ofereceu-lhe um sorriso caloroso e cheio de desejo e concordou.
Autor(a): zellmagn
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
Com certeza, aquilo era tão bom quanto uma declaração, e, embora ele estivesse se arrastando em meio aos destroços de uma carruagem e Rachel estivesse presa no maldito veículo, talvez com uma perna quebrada, de repente Alexander foi tomado por uma enorme sensação de alegria e paz.Então percebeu que não se sentira ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 15
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nathalia_muoz Postado em 17/05/2021 - 18:34:59
Hola pon más por favor
zellmagn Postado em 10/11/2021 - 13:41:18
Estou voltando a postar
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nathalia_muoz Postado em 07/05/2021 - 22:34:41
Hola a vas a continuar la historia?
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nathalia_muoz Postado em 08/04/2021 - 21:44:20
Holaaa Continúaaa adoro esta historia
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nathalia_muoz Postado em 10/03/2021 - 20:24:16
Donde estas??? Vuelve
zellmagn Postado em 30/03/2021 - 14:31:05
Voltei 😍😍
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nathalia_muoz Postado em 27/02/2021 - 00:00:47
O salto un capítulo creo
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nathalia_muoz Postado em 27/02/2021 - 00:00:13
Hola creo que le 4 capítulo y el 5 se repite
zellmagn Postado em 27/02/2021 - 00:17:15
Já corrigi. Obrigada
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nathalia_muoz Postado em 25/02/2021 - 01:36:12
Nueva lectora, me encanta la historia
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nathalia_muoz Postado em 25/02/2021 - 01:35:42
Continúa por favor
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lariiidevonne Postado em 20/02/2021 - 22:12:21
Continua por favor
zellmagn Postado em 22/02/2021 - 18:16:20
Postei Bem-vinda
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lariiidevonne Postado em 20/02/2021 - 22:12:05
Amando!