Fanfic: ❤O Visconde Que Me Amava❤ | Tema: Romance

Na verdade, ele sentira uma espécie de satisfação resignada ao ver o nome de Anahi na lista. Ansiava por pedi-la em casamento e acabar com aquela história. Sem dúvida, inquietava-se um pouco a respeito do que acontecera com Rachel, mas não parecia haver muito a ser feito agora, a menos que ele quisesse se esforçar para arrumar outra noiva.
E isso ele não queria. Quando Alexander tomava uma decisão – neste caso, de enfim se casar –, não via razão para atrasar as coisas fazendo a corte. O adiamento era para pessoas com um pouco mais de tempo para viver a vida. Alexander evitara a armadilha do casamento por quase uma década, mas, agora que decidira que era hora de sossegar, esperar não fazia muito sentido.
Casar, procriar e morrer. Essa era a vida dos nobres ingleses, mesmo daqueles cujo pai e tio não tinham morrido precocemente aos 38 e 34 anos.
Tudo o que ele podia fazer àquela altura era evitar Rachel Sheffield. Um pedido de desculpas também seria uma boa ideia, embora não fosse fácil, já que a última coisa que ele queria era se humilhar diante daquela mulher. No entanto, a voz de sua consciência se elevou até que ele não pôde mais ignorá-la e Alexander soube que ela merecia isso.
Talvez merecesse mais do que isso, mas ele relutava em considerar o que poderia ser.
Sem falar que, a menos que se desculpasse com ela, Rachel tentaria impedir sua união com Anahi até o último suspiro.
Estava seguro de que chegara o momento de tomar uma atitude. Se havia um lugar
romântico para um pedido de casamento, era Aubrey Hall. Construída no início do século XVIII com pedras amarelas, a casa assentava-se confortavelmente em um amplo gramado de cerca de 25 hectares de terra, dos quais 5 eram cobertos por jardins em flor. As rosas floresciam no fim do verão, mas naquela época o terreno estaria coberto dos jacintos e tulipas que a mãe importara da Holanda.
Alexander deu uma olhada no quarto e depois na direção da janela. Lá fora, antigos olmos erguiam-se de forma majestosa em volta da casa. Eles forneciam sombra para os passeios e, ele gostava de pensar, tornavam a propriedade um pouco mais bucólica, menos parecida com as típicas casas de campo da aristocracia – monumentos construídos pelo homem para homenagear a riqueza, a posição social e o poder. Havia diversos lagos, um córrego e inúmeros morros e vales, cada um com suas memórias especiais de infância.
E do pai.
Alexander fechou os olhos e expirou. Ele adorava ir a Aubrey Hall, mas as visões e os cheiros familiares traziam-lhe o pai à lembrança com tanta vividez que era quase doloroso. Mesmo agora, quase doze anos após a morte de Edmund, Alexander ainda esperava vê-lo surgir a qualquer momento com um dos filhos montado nas costas, gritando de alegria.
A imagem o fez sorrir. A criança nos ombros do pai poderia ser qualquer um deles.