Fanfic: A Cupido | Tema: Ponny
Anny passou o resto do dia pensando em como poderia se livrar da promessa feita a May, inclusive durante o teste de química, o que a deixou mais frustrada ainda, pois bem na hora em que ela resolveu deixar isso de lado e focar nos exercícios, o sino tocou e a prof. Suzane tomou o papel antes mesmo dela terminar de escrever o seu sobrenome.
-- Oi, Dul! -- Anny acenou ao ver a amiga do outro lado da rua. A aula havia terminado alguns minutos atrás, então vários carros com alunos passavam por ambos os lados.
Anny saiu em direção a Dulce toda animada, ela estava louca para contar sobre os ocorridos do fim de semana passado. Então, a loira atravessou a rua toda avoada, porém seu corpo foi ao chão antes mesmo dela se aproximar da calçada. Jonas, um mauricinho do terceiro ano, por pouco não passou por cima dela com seu novo Porsche, porém conseguiu atingi-la o suficiente para que talvez tenha quebrado algum osso ou coisa do tipo.
-- ANNY! -- Dul gritou, mas não conseguiu correr até a amiga, ao invés disso ela caiu de joelhos no chão e afundou o rosto nas duas mãos, pensando no pior.
Por coinscidência do destino ou não, bem nessa hora, Alfonso estava prestes a passar a primeira marcha da sua moto para ir embora, e viu tudo. Normalmente ele não ia nem se importar, apenas ia dar as costas e esperar que outra pessoa fosse oferecer ajuda, no entanto, desde que viu Anahí mais cedo, não soube ao certo o quê mas algo nela o deixou intrigado. Então, como um bom cavalheiro, o que ele sem dúvidas não era, abaixou o descanso da moto, desceu e saiu correndo em direção a garota, desejando que ela não tivesse nenhum machucado grave. E, por sorte, quando a ajudou a se levantar, a única coisa `preocupante` era um arranhão superficial no cotovelo.
Quando viu Anny se levantar, Jonas pisou fundo no acelerador e foi embora, sem ao menos questionar se ela precisava de alguma coisa.
-- Hã, obrigada. -- agradeceu a loira, ainda abalada, olhando para Alfonso com certa curiosidade.
-- De nada.
-- Alfonso, né?
-- É. -- Ele coçou a cabeça. -- Que bom que você está bem, agora eu tenho que ir. -- Ele sorriu e foi embora sem falar mais nada, o que só fez a curiosidade de Anahí aumentar ainda mais.
Atordoada, ela caminhou meio que cambaleando até Dul; estava um pouco dolorida e meio embaraçada pela queda. No caminho algumas pessoas a pararam para perguntar se ela estava bem, mas foi só quando chegou até Dulce que ela desabou.
-- Pensei que ia morrer -- desabafou Anny, quando Dul a aninhou em seus braços. -- Aliás, obrigada pelo auxílio, foi de grande ajuda.
-- Me desculpa, eu fiquei nervosa -- Dul disse, um pouco sem jeito. -- Vamos para casa.
***
Quando elas chegaram na casa de Dulce, May já estava lá, esparramada no sofá e com a maior cara de tédio. Ela abriu um sorriso de orelha a orelha quando viu a amiga, mas ele logo fechou quando ela notou que Anny estava tensa; assustada talvez.
-- Aconteceu alguma coisa? -- Ela perguntou já se levantando.
-- Er, eu vou preparar um pouco de chá pra você, Anny. -- Dulce avisou e em seguida se mandou para a cozinha. Ela sabia que se tinha alguém com quem Anny queria desabafar, essa pessoa seria May.
-- Você não respondeu -- May insistiu, puxando Anny para o sofá onde antes estava deitada.
-- Eu quase fui atropelada -- Anny respondeu com pouca vontade.
Ela estava com muita dor na coluna por conta da queda, para completar, morrendo de vergonha de Alfonso, e a única coisa que ela queria era se trancar no seu quarto e bater a cabeça contra a parede até esquecer o ocorrido, no entanto, estava tão desnorteada com o que rolou que acabou topando a proposta de Dulce de ir para casa dela.
May arregalou os olhos castanhos e abraçou Anny.
-- Você está machucada?
-- Não, eu só ralei a minha coxa e o meu cotovelo -- Anny falou, levantado um pouquinho a saia e revelando a coxa avermelhada.
-- Acho melhor por alguma pomada nisso aí -- May opniou toda preocupada -- deve ter alguma lá em cima.
-- Trouxe biscoitos enquanto a água está fervendo -- Dul apareceu com uma bandeja em mãos. Ela entregou um pires com alguns biscoitos de chocolate a Anny e ofereceu a May mas a morena rejeitou. -- O susto já passou, acho melhor ligar para a Nina, ela já deve estar sabendo do ocorrido e...
-- Então por que você não vai falar com ela? -- May interrompeu. -- Ninguém precisa de você aqui.
-- Calma, Maite, a Dulce só está querendo ser prestativa.
-- Enfim, tenho um assunto particular para falar com você e não a quero aqui, bisbilhotando!
-- Dul, você pode nos dar licença, por favor? -- pediu Anahí a ruiva, que automaticamente assentiu com a cabeça e se retirou. -- Viu como é mais fácil pedir com educação?
-- Que seja, Anny! -- May deu de ombros, se acomodou melhor no móvel e prosseguiu: -- temos que começar a bolar um plano para que eu consiga me aproximar do Alfonso. Sabe, podemos falar com uma professora para passar um trabalho em dupla ou...
***
(Uma hora e meia depois)
-- Meu Deus, cadê a Anahí? -- Nina entrou na mansão das Saviñóns feito uma louca. Erick vinha logo atrás, mas este não demonstrava tanta preoucupação quanto a mais velha.
-- Calma Nina, eu estou bem! -- Anny exclamou, pegando a bolsa sobre o sofá e indo em direção a irmã.
-- Graças a Deus -- ela suspirou de alívio. -- Vamos para casa.
-- Acha que ela vai acordar viva amanhã? -- Erick debochou, enquanto explicava no stories do Insta o que realmente aconteceu com a irmã e que ela estava bem.
Erick tinha um canal no Youtube que possuía vários incritos e muitos deles souberam o que rolou com Anny, o que os deixou um pouco preocupados, então, meia hora depois inúmeros boatos já circulavam pela internet.
-- Obrigada, Dul! -- Nina agradeceu quando a viu se aproximar.
-- Bom, eu fiz o mínino que eu podia. Ainda bem que não foi nada grave.
***
O resto da semana foi bem corrido para Anahí, pois além dos trabalhos escolares, ela juntou mais dois casais. E May, que já era bem grudenta antes, não saiu mais da sua cola, o que provavelmente só iria acabar quando Maite enfim conseguisse o que queria. A morena estava realmente decidida a ter Alfonso e, para o desespero de Anny, era a única coisa sobre o que falava desde então.
-- Oi, meninas! -- Ucker cumprimentou as duas ao se aproximar.
-- Oi, meu bondudo! -- Anny passou seu braço por volta do ombro de Ucker e o trouxe mais para junto de si. May apenas deu um sorrisinho meigo.
-- Vocês formariam um belo casal -- comentou.
Os dois amigos se entreolharam e caíram na gargalhada.
-- Desculpe, mas meu coração já tem dona -- Ucker falou com uma expressão "romântica".
-- sério? -- May indagou, claramente surpresa. -- E quem seria a sortuda?
-- Joana. -- Ele revelou sonhador e Anny explodiu em gargalhadas.
-- Ué, do quê ela está rindo? -- May questionou, arqueando as sombrancelhas bem feitas.
-- Joana é como o irmão dele, o Ian, apelidou as prostitutas -- Anny falou com um pouco de dificuldade por conta da crise de risos. -- Vocês dois são rídiculos!
-- Aliás, o que está fazendo aqui, Ucker? Você não deveria estar na faculdade? -- May o encarou meio séria, porém divertida.
-- E vocês não deviam estar na sala de aula? -- ele rebateu e as duas deram de ombros, com um sorrisinho cúmplice nos lábios.
-- Enfim, o que veio fazer aqui? -- Anny desconversou.
-- Isso por acaso virou um interrogatório?
-- Fala logo! -- Ela insistiu e ele deu um suspiro propositalmente longo, apenas para irritá-la.
-- Vim te pedir um favor -- Ele respondeu após um tempinho, abrindo um sorriso amarelo em seguida.
-- Aff, o que você quer? -- Anny mordeu o lábio inferior, ela sempre fazia isso quando estava curiosa, era um hábito que tinha desde criança.
-- A minha irmã Ashley vai para um casamento hoje à noite e a babá da Jully está doente, então ela me pediu para ficar no lugar dela, mas você me conhece e sabe que eu não levo muito jeito com crianças. Será que pode cuidar dela pra mim? Se você quiser pode ficar no seu apartamento mesmo, a Jully tem um berço portátil.
-- Claro, será um prazer! -- Anny concordou.
-- Ótimo! -- ele puxa a cabeça dela para baixo com as duas mãos e lhe dá um beijo estalado bem no topo. -- Ian vai deixá-la às seis, ok?
Anny assentiu e Ucker lhe deu outro beijo, dessa vez na testa, deu um em May também e se despediu das meninas alegando estar atrasado para a aula, mas elas sabiam que era mentira, e que ele provavelmente ia se encontrar com alguém. Christopher Uckermann podia ser muitas coisas, mas um bom mentiroso não estava no meio delas.
***
O dia passou rápido e praticamente igual aos anteriores: mais contéudo (cujo os quais Anny não assimilou direito) para as provas, Maite tagarelando sobre o seu amor por Alfonso e algumas meninas que Anahí nunca nem sequer viu, exigindo sua ajuda na busca por um namorado. Ela ficou tão distraída que quando viu já estava em casa, a espera de Jully.
-- Olá, Ian! -- Anny o abraçou e deu um leve beijinho em seu rosto.
-- Oi, linda! -- Ele retribuiu o beijinho e voltou sua atenção a porta do carro.
-- Naíí! -- Jully berrou quando o tio abriu a porta traseira.
-- Oi, minha pequena! -- Anny sorriu e retirou o sinto que prendia Jully ao bebê conforto.
Ian abriu o porta-malas do carro para pegar o bercinho portátil e a bolsa da pequena ao passo que Anny aninhava a bebê em seu colo.
-- Quer ajuda? -- Ele perguntou quando pôs tudo para o lado de fora do carro.
-- Isso é um pretexto para ver a minha irmã? -- Anny questionou convencida, com um sorriso presunçoso brotando em seus lábios. -- Se for, aviso logo que ela não está em casa.
-- Não culpe um cara por tentar -- ele riu.
-- De todo jeito, sua ajuda é muito bem-vinda. -- Anny fez um sinal com a cabeça indicando que ele a ajudasse com as coisas e assim seguiram para a cobertura.
***
Autor(a): beatriz_herrera
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*** -- Eiko, você pode levantar sua bunda gorda e vir me ajudar? -- Nina berrou da cozinha. -- Pensei que a Nina não estivesse aqui -- comentou Ian. -- Eu estava brincando, apenas para ver sua reação. -- EIKO, CADÊ VOCÊ? ...
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