Fanfic: Me apaixonei pela minha melhor amiga | Tema: Vondy, Ponny, Chaverroni

Eu acordei ansiosa, afinal, finalmente havia chegado a tão sonhada viagem ao Brasil, não conseguia conter meu nervosismo, pois eu o veria ainda hoje. Meu estômago embrulhava e desconfiava que não conseguiria tomar café da manhã, fiquei um tempo olhando para o teto do quarto e remoendo a foto dele com aquela mulher, será que eles estavam juntos? - me perguntei pela milésima vez. Decidi espantar meus pensamentos e começar a me arrumar, o voo sairia daqui a três horas e não podíamos nos atrasar. Levantei, tomei banho, coloquei uma calça jeans, um tênis e uma blusa branca sem mangas com a gola um pouco alta. Amarrei meu cabelo em um rabo de cavalo, fiz uma make básica pois ainda íamos viajar pela manhã, coloquei os acessórios, perfume e desci para ver se conseguiria ao menos tomar um café.

Desci e dei de cara com a minha mãe na cozinha fazendo café. A cumprimentei: Bom dia, mãe- dei um beijo na sua bochecha e me sentei em um dos bancos

Blanca: Bom dia minha filha- falou me analisando

Tenho certeza que ela percebeu que eu não estava muito bem ultimamente, me olhou com cautela e questionou: - O que está acontecendo Dulce? - franziu a testa

Eu a olhei, dei meu melhor sorriso forçado e respondi: - Só nervosa com as coisas do casamento- dei de ombros

Ela estreitou os olhos para mim como se soubesse que o problema iria muito além disso e afirmou: - por enquanto vou aceitar essa sua resposta, mas quando votar de viagem nós vamos conversar- exclamou em um tom sério

Eu revirei os olhos e quando eu ia responder meu celular tocou. Salva pelo Gongo, ou melhor, pelo celular. Olhei a tela e era Anahí, coloquei meu celular no ouvido e fui buscar uma xícara de café para mim

Anahí: Oi Dul

Dulce: Oi Any

Anahí: Está pronta? Passo aí em um hora- disse animada

Dulce: Estou sim, pode vir me pegar mais cedo se quiser- disse em uma tentativa de convencê-la para me livrar das perguntas da minha mãe

Anahí: Tá certo, em 30 minutos eu chego aí para te buscar

Me despedi da minha amiga e agradeci a Deus silenciosamente por ela vir me pegar mais cedo. Isso me daria tempo de consumir algo no aeroporto. Olhei para atrás e minha mãe estava atenta a mim, parecia procurar explicações para o meu estado emocional, já que estava prestes a me casar. Dei um sorriso amarelo e exclamei: - Tenho que ir arrumar minhas coisas, Anahí já vem me buscar

Colocou a mão na cintura, observou atentamente meus movimentos enquanto eu subia as escadas para chegar ao meu quarto e pegar minhas malas. Arrumei minha mala de mão com meus cosméticos e produtos de higiene e desci para esperar Anahí na frente da minha casa. Não demorou e ela chegou no seu carro rosa buzinando e eu prontamente coloquei minhas bagagens no seu porta malas. Me acomodei ao lado dela e ela deu um sorriso enorme para mim, olhei para um lado e para o outro a procura de Poncho, ele não tinha vindo com ela, então perguntei: Cadê o Poncho?

Anahí: Ele ainda está resolvendo umas coisas da faculdade para poder passar o mês fora, acredito que ele consiga viajar amanhã

Dulce:  E a May e o Fercho?- perguntei curiosa

Anahí: Acho que já estão no aeroporto ou a caminho de lá-disse dando de ombros

Seguimos pela estrada em direção ao aeroporto, ficamos em um silêncio confortável. Resolvi colocar uma música para relaxar, abri a janela do carro e senti o vento no meu rosto. Parecia que eu estava dentro de um clipe, eu olhava a paisagem e me balançava de um lado para o outro no ritmo da melodia. Após pouco tempo senti que o carro parou, olhei para o lado e constatei que já havíamos chegado ao nosso destino, o aeroporto. Olhei no relógio e vi que ainda tínhamos uma hora e meia para estacionar e ao menos tomar um café. Descemos do carro e resolvermos logo fazer o check-in e depois despachamos as malas

Passamos na Starbucks enquanto Anahí ligava para Maite a fim de saber se ela e o Cristian já haviam chegado ao aeroporto. Depois de pouco tempo eles nos veem de longe e acena, reparo nos dois e vejo o quanto estão apaixonados.  Fico feliz, mas também sinto um pouco de inveja. Não sei porque, já que eu e o Rodrigo vivemos assim na Europa e agora eu penso se não foi apenas um romance passageiro de apenas uma viagem. Passo a mãos no cabelo exasperada e quando olho está todo mundo me encarando em silêncio, Maite quebra e diz: - Está tudo bem Dul?

Minto novamente e digo que é por causa do casamento, mas felizmente todos parecem achar a minha desculpa conveniente, já que todos retornam a conversa enquanto eu fico perdida nos meus pensamentos que vão de Rodrigo para Ucker e de Ucker para Rodrigo. Quando vimos já estava bem próximo da hora do avião decolar, nos levantamos e formos para a área de embarque. Cada passo que eu dava sentia meu coração bater cada vez mais rápido, na minha cabeça, a cada minuto eu estaria mais perto dele. Será que conseguiria vê-lo sem me desmanchar toda?

Resolvi tirar essas ideias da minha cabeça, afinal, aprendi desde cedo que não se deve criar expectativas de mais, principalmente em relação aos outros. Subi no avião e me acomodei no meu assento. Respirei fundo e exalei o ar por diversas vezes até que eu me sentisse um pouco mais tranquila a decolagem começou e eu pensei: Aí vamos nós, Brasil!

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