Fanfics Brasil - Master in Nature - Prólogo Masters of Types

Fanfic: Masters of Types | Tema: Pokémon


Capítulo: Master in Nature - Prólogo

25 visualizações Denunciar


16 anos antes....


 Um casal corria, desesperadamente, no meio da noite. A chuva caía e além de embaçar a visão deles, fazia com que o chão ficasse enlameado e escorregadio.


  


--- Querido! Não vamos conseguir! -- choramingava a mulher.


--- Não ouse desistir, meu amor! Precisamos proteger a Rebecca! -- disse ele puxando-a pelo braço. -- Ah!


 


 Como esperado, o homem escorregou e desabou sobre a lama. A mulher gritou e voltou para socorrê-lo, apenas com uma mão, já que, com a outra, ela segurava a menina de pele parda e de pouco cabelo que sorria e gargalhava.


  


--- Não se atrase por mim! -- disse ele tentando se por de pé. -- Logo, eles estarão....


--- AHHHHH!!!! -- gritara a mulher desesperadamente, seguida de sua filha que assustou-se.


--- Eu... T-te amo! -- foi tudo que ele conseguira dizer, após ter sido perfurado no peito por uma cauda que liberava uma luz roxeada.


--- NÃO! -- gritou a mulher mais uma vez, ao ver que o corpo de seu marido fora puxado com violência, desaparecendo na escuridão.


 A esposa até fez menção de correr atrás dele, mas parou para chorar, cerca de alguns segundos e depois voltara a correr, quando ouviu alguns zumbidos vindo da escuridão da floresta.


 --- Por favor! Parem! Misericórdia! -- gritava a mulher, enquanto olhava para trás e via o enxame de insetos vindo na sua direção. -- Não...


 Ela tropeçara num tom troco de árvore e lançara-se para frente. A bebê rolou pelo chão lameado e começou a chorar desesperadamente. A mãe tentou se levantar, mas seu tornozelo direito dera um estalo, ela havia entendido que o havia torcido.


 --- Nos perdoe, Rebecca! -- disse a mulher chorando. -- Não podemos protegê-la! Nós te...


  As palavras faltaram-lhe quando uma rajada de dardos venenosos, atingiu-lhe as costas. Então não havia mais dor, o veneno rapidamente, se espalhara pelo corpo da vítima. Ela então apenas, direcionou seu último olhar de carinho a sua filha e morreu de olhos abertos mesmo.


Rebecca, por sua vez, chorava sem parar. Ela esperneava toda suja, de barriga para cima. Além de estar frio, a chuva atingia seu rostinho com violência.


  As criaturas começavam a ser atraídas pelo choro da neném. Insetos, voadores, répteis rastejantes, todos venenosos, começaram a cerca o pobre neném que só podia chorar.


 Aquele coro de grunhidos e zumbidos só aumentava, até que um rugido tenebroso surgira do coração da floresta. Os monstros encararam o bréu na direção, em que ouviram o grunhido e saíndo da frente, formaram um corredor para que ele pudesse passar.


 --- Pede! -- rugiu ele, majestosamente.


 Ele caminhava lentamente sob a chuva. Seu olhar era de tédio, mas algo o interessava no final daquele caminho de monstros venenosos. Ele era uma espécie de lagarta gigante, roxeada em cima e negro por baixo.


 


 


Ele chegou até a presa e apenas olhou ao seu redor. Os monstros recuaram e começaram a evadir em direções diferentes da floresta, até sobrar apenas "o rei" e aquele bebê.


  --- Hum? -- fizera o bebê, quando aquela largata gigante reclinara sua cabeça para protegê-la da chuva.


 Relâmpagos cortavam o céu e por alguns instantes toda a floresta se iluminava. O bebê pode então fitar os olhos amarelados da lagarta que miravam nela também.


 


--- He,he,he! -- rira a pequena criança, de forma que a lagarta foi surpreendida.


--- Pede! -- grunhira de volta, como se estivesse agradecendo.


 


Então, ela baixou seu corpo e segurando o bebe com todo cuidado, o colocara em suas costas. O bebê parecia divertir-se, enquanto a lagarta rumava de volta para a escuridão.


  


DIAS ATUAIS - UM VILAREJO QUALQUER


 Oi! Tudo bem? Só um minuto que eu já vou falar com você, o.k? É muito incômodo narrar uma história e meditar ao mesmo tempo.


 --- Vossa Santidade! -- dizia alguém as minhas costas. Pela voz, devia ser meu tio avô, favorito. -- Está na hora das oferendas!


 Pronto. Agora que eu não vou conseguir meditar mais mesmo. Esse povo não me dá, nem cinco minutos de paz. Querem ficar me adorando o tempo todo! Vida de deus é difícil hein!


 Eu, finalmente me pus de pé e me despreguicei. Encarei aquele templo feito de palha e ripas de cipó e sorri para ele. Eu sempre me sentia em paz alí, era meu refúgio natural... Pena que alguém sempre me encontra.


 --- Tio! O senhor sabe que não deve me perurbar, enquanto eu sincronizo! Não vai querer que eu vire uma serpente de grama, certo?


--- Mas o senhor é uma divindade! Não há motivo de se apegar a esses manuscritos arcaicos de antes da criação do mundo! Aqui temos agua, a luz do sol, a harmonia entre os espíritos da floresta, tudo por causa de você! -- disse aquele velho homem de pele negra como a minha, mas a cabeça branca como o algodão dos Cottonee.


--- Seguro morreu de velho, Tio! Se algo acontecer ao nosso mundo, eu preciso estar preparado! Sou um amador ainda na arte da sincronia!


--- O que poderia acontecer? -- riu o velho senhor. -- Arceus nos trancou nesse mundo, nos escolheu para darmos continuidade a humanidade... Estamos cercados por agua, quem nos atacaria? Por conta das oferendas, nós estamos em paz com a Rainha Leavanny do Oeste e com a Temível Terra Letal do Sul e.... -- disse o velho com uma pausa para sorrir. -- O desfiladeiro do Leste nem ousa, invadir nossas Terras!


 Eu apenas o repreendi com o olhar. Meu Tio sabe que eu não gosto quando ele conta vantagem contra os outros reinos desta terra isolada. O reino do Oeste é governado pela rainha dos insetos: A Rainha Leavanny. Eu sou obrigado a sacrificar um dos meus súditos, uma vez no mês como garantia do nosso tratado.


 Assim como a Temível Terra Letal do Sul. Eu nunca sequer, pisei com meus pés ou consciência naquelas terras amaldiçoadas. Todos os representantes que enviei foram aniquilados por aquela que apenas nomeou a sua parte da Terra, como disse a vocês.


 --- Tio! Me dê mais cinco minutos! Eu quero testar de novo!


--- Mas vossa santidade....


 Ele desistiu de me convencer, quando arranquei um pergaminho que estava dentro de minhas calças e o abri de forma que ele desenrolou-se pelo chão. Nele havia uma escrita simbológica de tempos ancestrais.


  Meu tio dera alguns passos para trás, quando me viu talhar o dedo polegar com o dente, permitindo que meu sangue fluísse.


 --- Você está falando sério? -- bradou ele com o suor correndo pelo rosto. -- Tem treinado uma evocação como está?


--- Eu preciso estar preparado! Preciso proteger o povo que Arceus me entregou!


  Eu fechei os olhos.


 --- Espíritos verdejantes, ancestrais da natureza, que celebram a vida. Me permitam, me ajuntar a vocês, de corpo, alma e Espírito! Vinde a mim..... Snivy!


 Quando eu toquei o pergaminho, oferecendo o meu sangue, meu tio fechou os olhos. Um brilho intenso começou a ser projtetado em todas as direções O meu sangue foi correndo pelo símbolo que se formou, onde pousei a minha mão e uma explosão ocorreu.


 --- AHH! -- exclamei sentindo a minha mente rachar.


 Eu senti todo o meu corpo paralisar. Enquanto ainda estava em mim, vi os olhos do meu tio, agora abertos, se arregalarem. Minha pele estava se tornando verde, minhas presas estavam crescendo, meus olhos ficando vermelhos e de repente uma cauda esverdeada, saiu das minhas costas.


 --- E-EU! NÃO..... VOU RECUAR! AHHHHH!!!!! -- gritei o mais alto que pude. -- Hã?


  Quando abri meus olhos, eu estava numa floresta. A brisa da tarde refrescava e atenuava o sol escaldante. Eu alisei os cachos em minha cabeça e sorri, nostálgico.


 --- Foi aqui, que eu encontrei o....


--- Snivy...


 


 


Eu olhei para trás e lá estava ele. O espírito da natureza que tentara me dominar. Ele era pequeno, mas era majestoso, eu podia sentir seu poder fluíndo nele e através de mim.


 --- Podemos ser amigos, Snivy? -- disse sorrindo.


--- Sni! -- grunhiu ela, virando o rosto pra mim de forma esnobe.


--- Há, Há, Há! -- tive de rir. -- Então tá... Pode pelo menos me ajudar, caso acontece alguma coisa com esse mundo?


 A pequena serpente esverdeada me encarou curiosa. Parecia me avaliar, desconfiada.


 --- Eles acreditam que eu sou uma espécie de Deus! Mas eu me sinto muito normal! Realmente eu não sei porque consigo ouvir a voz de vocês e viajar em suas consciências, mas ainda sim, eu me sinto muito normal ! -- disse coloando a mão na nuca, sem graça. -- Hã?


Snivy correu até mim e estendeu a mão. Eu me surpreendi, mas correspondi ao ato com um sorriso no rosto.


--- O quê? -- foi tudo que eu consegui dizer quando toquei a pata de Snivy. Um poder incrível, foi tomando o meu corpo.


  


****************************


 


Meu tio me observava estático. O pavor era nítido em seu rosto, o suor corria como uma bica aberta, e ele estava com as mãos juntas, em espírito de oração.


--- Tornado... De folhas...-- eu praticamente sibilei.


--- Vossa Santidade, o senhor....NÃO! 


O vento começou a girar rapidamente ao meu redor. O meu tio foi jogado para fora do templo. Ele só conseguia ver que folhas silvestres me cercavam e formavam um tornado.


 --- Este é o poder ancestral ! -- disse o velho boquiaberto.


 O tornado começou a se expandir e destruiu todo aquele templo de palha. As pessoas no vilarejo olharam curiosas, admiradas e assustada, para o furacão verde que subia os céus.


 --- Hã? -- foi tudo que eu pude dizer quando vi a destruição que havia feito. -- Eu fiz isso?


--- Sim, vossa santidade! O senhor realmente tem o poder de um deus!


 Eu sorri. Não por causa da encheção de saco que todos faziam comigo, com essa história de deus. Mas por que agora, eu finalmente tinha o poder necessário para defender o nosso mundo. Eu fechei meus olhos e agradeci a Snivy.


 --- Vamos tio ! Está na hora das oferendas! -- disse pegando-o pela mão e descendo aquele monte.


 Eu não sei por que, mas eu tenho certeza que algo está pra acontecer. Mas eu prometo em nome de Arceus que farei de tudo para proteger esse mundo... Ou eu não me chamo: Chander.


 



Compartilhe este capítulo:

Autor(a): chander

Este autor(a) escreve mais 10 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
- Links Patrocinados -
Prévia do próximo capítulo

O sol estava a pino. Os cottonee estavam felizes e saltitantes dentro do seu aprisco nas montanhas. Eles eram obedientes e não planavam mais alto que as cercas ao seu redor. Um pastor os observava com seu cajado erguido e os Cottonees, o encaravam com alegria e animação. Já ele, os encarava seriamente. Seus olhos tremilicavam e junto com sua ce ...



Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 4



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • flashstrike Postado em 30/01/2021 - 00:44:37

    Flash in the house 😎 Um excelente início de história, com a introdução do nosso tão querido deus das colinas verdejantes e de alguns mistérios que rondam sua vida, do jeitinho que a gente gosta. Até o próximo!

    • chander Postado em 30/01/2021 - 01:08:11

      VEM FLASH, VEM COMIGO <3

  • SirN Postado em 29/01/2021 - 07:50:15

    Yo Chander! Vim aqui deixar em Masters of Types aquele comentáriozinho maroto, sabe? O negócio é que aqui fomos apresentados a duas situações né, uma envolvendo ali o scolipede e outra envolvendo o personagem homônimo a ti, ao qual devemos ver mais no próximo capítulo, né? Logo mais volto pra ler o 2 e deixar um comentário, meu bom!

    • chander Postado em 29/01/2021 - 08:10:23

      Obrigado por vir, Napo-san. Fico feliz que esteja gostando.


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.


- Links Patrocinados -

Nossas redes sociais