Fanfics Brasil - Master in Nature - Sacrifício Masters of Types

Fanfic: Masters of Types | Tema: Pokémon


Capítulo: Master in Nature - Sacrifício

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O sol estava a pino. Os cottonee estavam felizes e saltitantes dentro do seu aprisco nas montanhas. Eles eram obedientes e não planavam mais alto que as cercas ao seu redor.



Um pastor os observava com seu cajado erguido e os Cottonees, o encaravam com alegria e animação. Já ele, os encarava seriamente. Seus olhos tremilicavam e junto com sua cerviz contraída, o menino nitidamente, transmitia raiva.


--- Chega! -- disse ele jogando seu cajado longe.


Ele virou-se de costas, arrancou o pano que lhe protegia a cabeça e o jogou no chão. Os cottonee cessaram se planar felizes e ficaram observando o menino corpulento, de pele queimada do sol e cabelos raspados, correr colina a baixo.


O que ele não sabia, era que algo os observava sorrateiramente na relva. Era um réptil de pele roxeada e aneis amarelados que se arrastava cuidadosamente, quase não exprimindo som algum.



--- Ekans! -- sibilou ele.


Até que de repente os olhos do réptil, liberaram uma cor roxeada e mudaram de forma, tornando-se mais humano, que ofídico. E os olhos pareciam divertir-se. Ainda mais quando este sibilou novamente e outros répteis iguais a ele, surgiram na relva atrás deles.


Todos miravam os Cottonees.


 


HÁ 8 ANOS ATRÁS - UMA FLORESTA QUALQUER


 


Chander corria pela floresta atrás de uma borboleta. Ela era azulada, tinha as asas brancas e os grandes olhos vermelhos. O menino corria, alegremente e a borboleta parecia estar se agradando de brincar com o menino.


 


--- É Butterfree, seu nome, não é? -- disse o menino parando para respirar. -- Pelo menos foi isso que eu entendi!


--- Freeeee -- grunhiu ele em resposta, mas assentindo com a cabeça.


--- Alguém ja te disse que você fala rápido demais? Como vai conseguir outras pessoas pra brincar, falando desse jeito?


 A borboleta baixou a cabeça e bateu suas asas com pesar. Chander riu e ela o encarou sem entender.


 --- Estou brincando, Butterfree! Você é ótima!


--- Free... -- grunhiu ela, investindo nos braços do menino e fazendo cócegas com seus dentes.


--- Ha, Há, Há! Calma ae, Butter!


--- Que estranho! Um menino que fala com espíritos da natureza! -- disse alguém.


 Chander olhou para o oeste e viu que havia um menino do seu tamanho, encarando-o de cima de uma raíz de árvore enorme, de braços cruzados e olhar reprovador.


 Chander reconheceu aquela pele queimada de sol, o cabeço quase raspado e o corpo gordinho que distoava do olhar reprovador.


 --- Kíllian? -- disse o pequeno Chander com estranheza. -- O que está fazendo aqui?


--- Eu soube que todos na vila que todos foram a favor de você ser o sacrifício que vai acalmar o rei da floresta!


--- Hum? -- dissera Chander desviando o olhar. -- Sim! Sou eu... Prometo que... Vou dar meu melhor para saciar ele!


--- Não ferra Chander! Não dê esse risinho, fingindo que está tudo bem! Eu estou aqui, por que eu vou no seu lugar!


--- O quê? -- exclamou o garoto que não acreditava no que acabou de ouvir.


 


TEMPlO DE ADORAÇÃO - REGIÃO CENTRAL DA ILHA - DIAS ATUAIS


 


--- Oh príncipe das florestas! Magnãnimo da natureza! Filho primogênito de Gaia! Rei regente dos espíritos da floresta....-- alguém falava sem parar.


--- Hum-Hum! -- o pigarrear do meu tio, me arrancou daquele breve chocilo.


 Desculpa, gente! Mas a hora das oferendas era um saco. Os aldeões se reuniam desde os mais pobres, aos mais prósperos, e eles vinham me trazer várias coisas como presentes e como moeda de troca para que eu realizasse alguns milagres.


 E sinceramente, as pessoas traziam: "Mel, algumas raízes, roupas de frio, folhas e chás medicinais, etc..". Tudo que eu tenho em casa. Quem foi que criou esse estátuto? Precisamos ter uma conversa urgente.


 --- Lindo do Amanhecer, Verde Cândido do Pôr do sol...


--- Minha senhora! -- disse eu cortando a velhinhas prolixia que se empolgava, inventando adjetivos para minha pessoa. -- A senhora pode me dizer do que precisa?


 Meu tio arregalou os olhos e me fitou com vergonha. Eu ignorei. Já a senhora, pareceu corar, e depois de um tempo falando com seus botões, ela me encarou, seriamente.


 --- Eu estou muito atribulada! Não durmo há dias e...


--- Shroomish-- bradei, sem querer ouvir outra história. -- Pó do sono!


 Um súdito meu, saltitou feliz, quando o convoquei. Ele estava brincando no jardim do templo e correu ao meu chamado. Como pedido, ele liberou uma nuvem de polém azulado que ao se derramar sobre o corpo da senhora, seus olhos começaram a fechar automaticamente, e ele tombou no chão, roncando alto.


 Meu tio começou a gritar ao meu lado. Eu apenas fiz um sinal para que os servos do templo a colocassem la fora. Presumi que ela teria vindo com parentes. E afinal, eu havia resolvido o problema dela, certo?


 --- Gente! Mande entrar todos os infermos! Eu preciso ir, urgentemente ao banheiro!


 Tá bom, foi informação de mais. Mas graças a Deus que toda a leva seguinte de pessoas tinham o mesmo problema. Haviam pessoas com os mais variados males. Antes deu me tornar o representante de Arceus na Terra, o índice de mortandade era altíssimo.


 Eu me pús de pé e aquele povo chorou as suas enfermidades. Eles tossiam, espirravam, alguns eram carregados, uns apresentavam machans, outros úlceras na pele e etc...


 --- Shaymin! -- disse eu de braços abertos para abençoar o meu povo. -- Aromaterapia!


 E outro dos meus súditos que dormia ao lado do meu trono, ergueu a sua cabeça, ao ser chamado. Ele aparentava ter um corpo canino, esbranquiçado, mas as folhagens e as flores em suas costas, o classificavam como um espírito da Natureza.


 Ele saltava de felicidade e eu sorri para ele. As pessoas que ali se aglomeravam nos encarava com ansiedade e expectativa.


 Shaymin se lançou no ar e liberou uma nuvem expessa, úmida e multicolorida. Ela trazia essências de flores e folhas. A nuvem era adocicada, porém também era refrescante.


 Ela se aproximava do povo e meu coração se enchia de alegria. Os que tinham doenças respiratórias, aspiravam aquela núvem e todo o peito deles era curado. Eu vi também a nuvem secar as chagas e devolver a cor natural da pele, daqueles que estavam com lepra.


Eu vi alguns colocarem as mãos no coração e nos rins e pelo visto, toda dor e mal estar, havia passado.


 Todos sorriam e estendiam a mão em adoração a mim. Eu estava feliz, não pela adoração deles, mas por que estava bem. Cada coisa que eu vivi até hoje, valeu a pena. Sou muito agradecido a Arceus por ter me escolhido.


 --- Eu tenho uma última petição! -- dizia alguém rompendo com meu momento de gratidão.


 Eu ergui a minha cabeça, reconhecendo aquela voz. Até que eu o vi, forçando passagem pela multidão de curados. Seu cajado não estava em mãos, seus olhos queimavam de raiva.


 --- Killian! Mas o que...


--- Eu lhe disse! Eu tenho uma última petição! -- disse ele arrancando um pergaminho de dentro de sua camisa.


 


HÁ 8 ANOS - NUMA FLORESTA QUALQUER


--- Você enlouqueceu, Kíllian? Isso não é hora para bancar o herói e... 


O menino gordinho saltou de onde estava e aterrissou com maestria. Butterfree se afastou e voou para o alto da copa de uma árvore, para a tristeza do pequeno Chander.


--- Você viu o que você...


--- Pro Hades! Aquele inseto idiota! -- vociferou o garoto, pegando Chander pela sua camisa. -- Se você acha que eu vou aceitar que...


--- KILLIAN! -- gritou o menino se livrando dos braços dele. -- Você está com inveja por que eu fui escolhido pra morrer? É disso que você tem inveja?


Chander viu o garoto cerrar os punhos, o menino até fechou os olhos, esperando levar um soco, mas o garoto acertou o caule da árvore ao lado deles.


--- Por quê você? -- dizia ele triste. -- Você não tem habilidades! Uma saúde frágil ! Fica por aí, fingindo que escuta o que esses demônios da floresta falam! Por que eles te escolheram para morrer?


--- Kíllian! -- disse o menino admirado.


--- Você não merece morrer, Chander! Não merece...


Killian se virou, quando sentiu os braços de Chander, envolverem-lhe a cintura e a cabeça do menino pousar sobre as suas costas. Killian sentiu seu corpo esquentar e por momento sentiu vergonha.


--- Obrigado Kíllian! Mas agora mais do que nunca, eu quero fazer isso!


--- Mas por que seu idiota?


--- Há, Há, Há! -- Chander ria e deixava Killian ainda mais irritado. -- O sacrifício é para que toda a ilha tenha um bom tempo, nossas colheitas sejam farta e possamos conseguir paz com os outros reis! Foi como você disse, Killian! Eu não tenho as habilidades que talvez, você tenha! Por isso viva e proteja esse lugar!


Killian arregalou os olhos, quando viu a Chander repousar a sua testa na dele. Ele via que o menino sorria, mas também chorava. Até que o menino valetão começou a chorar também.


--- Eu prometo que vou saciar o rei ! Proteja-os Killian! -- disse Chander beijando-o no rosto e correndo em direção a floresta.


 


TEMPO DE ADORAÇÃO - DIAS ATUAIS


 Os servos do templo investiram contra o garoto insandecido, mas ele talhara o seu dedo rapidamente. Eu o encarava seriamente, sem esboçar qualquer emoção. Killian sempre teve esses rompantes, por mais que ele tivesse passado de todos os limites.


 Ele primeiro nocauteou na força bruta, os servos do tempo, já que, todos eram anciãos. Meu tio avô tentou persuadí-lo com ofensas e xingamentos, mas seus olhos estavam firmados em mim.


 Ele, finalmente, lançou o pergaminho ao ar e este se desenrolou pelo chão do templo. Diante de todos, o ex-pastor tocou o pedaço de papel, oferecendo o seu sangue a aquele espírito preso ali.


 --- Navegante das profundezas da terra, eu o invoco para que me envolva em sua dura carapaça, para que, me proteja das investidas do meu inimigo. Que o poder dos minerais do centro da terra, me tome por completo! Eu preciso de você.... Sandshrew!


 Uma explosão ocorreu e afastou todos aqueles que haviam sido curados. Eu continuei sentado em meu trono, mesmo quando Kíllian veio na minha direção com seu punho que era moreno, mas com uma textura de terra.


 --- Enrola Defesa! -- bradou ele. -- Hã?


--- Idiota! -- disse, quando vi que um dos meus súditos o havia interceptado.


 Shaymin fielmente o interceptou com um "Ataque do Céu", bem na boca do estômago. Killian sentiu não só a dor, como a efetividade. Espíritos da Natureza tem vantagem contra espíritos minerais.


 Killian capotou pelo chão e nos encarou com mais raiva ainda.


 --- Você não me disse qual é a sua petição! -- lembrei-o.


--- Você... Sabe o que eu quero! -- disse ele se pondo de pé. -- Tumba de Areia!


 As pessoas gritaram quando um tornado de areia começou a girar. Kíllian havia treinado, esse vortex de areia estava mais consistente e denso do que nunca.


 Pena que pra mim não significava nada.


 --- Snivy! -- sibilei.


--- Hã? -- exclamou Killian quando viu uma luz esverdeada dentro do seu vórtex. -- Impossível !


 E não demorou muito para que vórtex de areia explodisse, graças ao meu tornado de folhas. Killian me contemplava com olhar sereno e eu vi o medo estampado no seu rosto.


 --- Além do rei.... Você também conseguiu, Snivy? -- disse ele sem esperança.


--- Seu castigo, rebelde! -- disse eu estendendo o meu braço. -- Chicote de Vinha!


 Todos os presentes, arregalaram seus olhos, quando meu braço alongou-se como uma víbora. Killian se desviara, mas o braço, se movimentava encantadamente e serpenteava no ar e ao redor dele.


 --- AH! -- gritou ele, quando recebera um poderoso gancho. Killian subiu, colidindo com o teto com o rosto e caíndo violentamente de costas no chão.


--- Vossa santidade! -- dissera meu tio avô. -- Essa foi pecado muito grande! Ele merece..


--- TIO! EU....


 Algo na janela chamou a minha atenção. Era um dos meus espíritos guardiões dos campos de algodão. Ele vinha voando com uma feição apavorada.


 --- O que houve, Hoppip? -- perguntei a ele.


Ele aterrissou em meus braços e se aninhou de forma a procurar proteção. Eu esperei alguns segundos e quando ele terminou, eu encarava Killian com ódio, pela primeira vez no dia.


--- GUIEM OS ALDEÕES AS SUAS CASAS! ESTAMOS SOFRENDO UM ATAQUE DAS TERRAS LETAIS DO SUL ! -- bradei.


Um burburinho começou. Killian suava friamente e fiz questão de encará-lo.


--- ALGUNS ENVIADOS DE LÁ, INVADIRAM O NOSSO CAMPO DE ALGODÕES! MATERIA PRIMA PARA A MAIORIA DOS NOSSO PRODUTOS QUE SERVEM PARA A NOSSA SOBREVIVÊNCIA! TUDO POR QUE O PASTOR QUE EU ESCOLHI PRA VOCÊS, RESOLVERA ABANDONAR O SEU POSTO!


O povo começou a pedir pela cabeça de Kíllian, eu apenas levantei do meu trono e alcei meu pergaminho, o prendi dentro da minha calça e corri diante de todos, em direção as colinas. Não me interessava, se Killians seria linchado. Não acredito que ele ainda pensava naquilo.


Bem! Preciso salvar os Cottonees.


 


HÁ 8 ANOS ATRÁS - O CORAÇÃO DA FLORESTA


Chander caminhava pela floresta. O vento farfalhava as folhas e estas faziam um barulho que estimulava o sono no menino. Mas como, se sua cabeça estava a mil. Fora escolhido para ser o sacrifício de sua aldeia, em prol, da salvação da mesma.


O menino pensou em Killian e de como ele estava determinado a ir no lugar dele. O coração de Chander ficou apertado.


--- Hã? -- disse ele ao ouvir um parte do mato farfalhar. -- Tem alguém aí?


--- Sewa... Sewaddle! -- grunhiu o pequeno espírito.


Chander sorriu ao ver, uma pequena lagarta amarelada, envolta numa folha esverdeada. Ela saiu do matagal e se colocou na frente de Chander, obrigando o menino a se baixar e ouvir o que ela tinha a dizer.


--- Cuidado? -- disse Chander como se estivesse repetindo o que a lagartinha disse. -- Mas cuidado com o...


Um zumbido veio-lhe como uma resposta. Chander olhou para trás e seus olhos se arregalaram. Um enxame de abelhas estava se aproximando rapidamente. A lagartinha correu e sumiu na vegetação, enquanto Chander começou a correr.



--- Eu não posso morrer pra vocês, preciso encontrar o rei ! -- dizia Chander vendo que as abelhas se aproximavam cada vez mais. -- Essa não!


Uma das abelhas investiu com seu ferrão envenenado. Chander continuou a correr, mas sabia que uma hora iria ser pego e...


--- ABAIXA IDIOTA! -- gritara uma voz conhecida.


De repente, algo pulou da moita, atingindo Chander em cheio e fazendo o menino despencar pelo barranco a baixo, rolando pela lama.As abelhas ficaram observando, o menino sumir morro a baixo e não o perseguem.


Quando finalmente Chander deixou de rolar, ele sentiu seu estomago parar com a sensação de embrulho. Ele levantou a sua cabeça e olhou ao seu redor. Seu coração disparou, quando ele viu Killian caído ao seu lado. Um filete de sangue corria pela sua cabeça, deixando o menino a ser sacrificado, doido de preocupação.


--- Killian! Por favor.... Fale comigo! Eu...


E novamente uma série de zumbidos, fizeram a espinha de Chander tremer. Ele olhou para trás e viu mariposas, lagartas, casulos, escorpiões, abelhas, vespas, todos encaravam os meninos que estava caídos ali.


Chander olhou ao seu redor com desespero, mas ao pousar seus olhos em Killian, seu coração se encheu de coragem. Ele se pôs de pé e os insetos ao seu redor, começaram a se aproximar.


--- Parem! -- bradou o menino abrindo seus braços. -- Eu sou o sacrifício! Meu povo fez o contrato com o rei dessa floresta! Se vocês tiverem que matar alguém, que matem a mim! Deixem o meu amigo em paz !


 Chander fechou os olhos. De repente, se arrependera de toda aquela loucura e se dera conta, de que, nada teria valido sua jornada até aqui, morreria, mas não em prol de sua aldeia e ainda levaria um inocente consigo. Ele sentia vergonha.


 --- Hã? -- disse ele quando notou que não lhe acontecera nada. -- Mas...


 O menino abriu os olhos e se surpreendeu que os insetos haviam aberto um caminho para ele passar. Chander franziu a testa, mas eles zumbiram, assentindo com suas cabeças, de que, estava tudo bem.


 O menino encarou o amigo inconsciente no chão, sorriu para ele e correu o mais rápido que pode.


 Depois de um tempo, Killian acordou. Ele sentou-se no chão com a mão no lugar da pancada. Ele sentiu que sua cabeça estava amparada por um pedaço de pano que fora amarrado para conter o sangue. Ao rancá-lo da sua cabeça, o menino notou que era da mesma cor da blusa que o companheiro usava.


 --- Chander! -- gemeu ele com lágrimas nos olhos. -- Por que se foi.... Chander? Hum?


 Killian começou a sentir algo estranho. Ele colocou a mão em seu peito, como se algo estivesse se comunicando com seu coração. O orgão dentro de seu peito pulsava, violentamente, forçando o menino a desabar no chão com uma terrível dor no peito.


 --- O... que é... isso? -- dizia ele salivando.


--- Shrew... -- grunhira um espírto terrestre que surgira de um buraco na terra, diante dos seus olhos.


--- É você que está me chamando? -- disse o menino sentindo seu coração voltar ao normal.


  


DIAS ATUAIS - APRISCO DOS COTTONEES


 


Eu corria o mais rápido que eu podia. Precisava salvá-los, antes que os servos letais acabassem com todos.


 --- Hoppip! Hop! -- grunhiram uma nuvem rosa de espíritos verdejantes.


--- Vão na frente! Paralisem e coloquem os intrusos para dormir! -- foi tudo que eu consegui dizer, antes deles serem empurrados por uma brisa vespetina.


 O sol começava a descer no horizonte, logo viria a noite e eu estaria em desvantagem. Preciso ser mais rápido. Não tenho escolha.


 Eu não queria usá-lo agora, mas só a velocidade dele, poderia me fazer chegar a tempo.


 --- Vida longa ao rei ! -- disse tirando o pergaminho de dentro da minha blusa e talhando meu dedo indicador. Toquei o pergaminho e o sangue corrente, formou o símbolo daquela criatura da floresta. -- Treecko!


 Uma grande explosão ocorreu e eu me lancei no ar que começava a esfriar como um relâmpago. Realizando um forte "ataque rápido", eu aumentei a minha velocidade, em quase dez vezes.


 Em segundos, eu me aproximava do aprisco. Meu coração se apertou, enquanto eu via os cottonee tentando se defender do que pareciam ser cobras que tentavam disparar seus jatos venenosos e abocanhá-los.


 Mas a ajuda estava a caminho. Os Hoppips sobrevoavam o aprisco e começaram a despejar os pós paralisante e do sono sobre o aprisco. Logo a confusão e o barulho foram diminuindo, até que eu pude saltar para dentro do aprisco.


 --- Muito bem, meninos! Me perdoe pela demora, eu....


 Não consegui dizer mais nada. Grande parte do rebanho de cottonees estava morta. O algodão despedaço, derretido por conta de ácidos e outros estribuchavam por causa do venenoso mortal das serpentes.


 Eu tapei a minha boca para não gritar, mas meus olhos se encheram d'agua. Killian com certeza pagará caro por...


 --- O quê? -- disse eu quando o chão se abriu num buraco e algo se enrolou em meu corpo. -- Então tinha mais uma?


 Aquela língua tocava o meu rosto, enquanto ela me abraçava com seu corpo frio e pegajoso. Ela sibilava ao pé do meu ouvido e sorria para mim. Agora que estava sincronizado com treecko, todo e qualquer ataque do tipo "letal" seria uma morte certa pra mim, muito mais efetiva, se eu estivesse aqui como humano.


 --- Então , você é o deus chato que fica me mandando presentinhos? -- disse a serpente com desdém.


--- Você é...


--- A rainha das terras letais do sul ! Vim passear por esse lados! Soube que aqui tem alguns espíritos que podem ser muito nutritivos para os meus servos!


--- Eu te mandei várias mensagens! Tinhamos um trato!


--- Não, não tínhamos nada! Você mandou seus termos e eu nunca os respondi! Portanto, lhe darei os meus termos agora: Eu quero tudo. Eu e meus servos letais nos apropriaremos das colinas verdejantes do Norte!


--- É uma pena! -- disse sorrindo.


--- Está rindo de quê? Posso sentir o cheiro do espírito verdejante que está dentro de você! Uma mordida e você morre!


--- Se você conseguir me morder, você diz! -- disse eu com um sorriso triunfante.


 Quando a rainha das terras letais do sul percebera, já era tarde de mais. Uma nuvem de pó amarelado já subia dos pés deles e os tomara completamente.


 A rainha tossia dentro do corpo da serpente, foi quando eu aproveitei para me livrar do corpo dela, usando o ataque rápido novamente e subir ao ar.


 --- NÃO VAI ESCAPAR! -- gritara ela, em meio as tossidas. -- Dardos venenosos!


--- Eu já escapei, rainha! Se prepare para sentir o poder das colinas verdejantes! -- disse mergulhando na nuvem de dardos.


 Eu sentia os meus reflexos a mil, a pressão no ouvido e o vento gelado no meu rosto, aumentavam ainda mais a adrenalina. Eu comecei a girar e me desviar de dardo por dardo, numa velocidade incrível. Continuando a descer de forma, que a serpente que portava a consciência de sua senhora tivera a sua velocidade diminuída em 50%.


 --- TREECKO! TAPA! -- disse eu virando-me com a ultima cambalhota para abrir os braços e acertar em cheio a cabeça da serepente.


 Eu ouvi a rainha gritar e sentir toda a dor impacto. O corpo da serpente atravessou a parede de madeira do aprisco e caiu rolando sobre a relva da colina.


 Eu aterrissei com a mão no chão e vi o momento em que mesmo cambaleante, a rainha das terras letais do sul, fugira. Eu encarei todas aquelas serpentes que ficaram e tive uma idéia. Mas nada pagaria a grande perda que tivemos no dia de hoje.


 


***********************


 A noite finalmente chegou e chegou com um céu absurdamente estrelado. Fiquei me perguntando se cada uma daquelas estrelas, era um dos cottonees que nos deixaram mais cedo.


 O povo sofreu com a perda, mas também começaram a beber seus chás de cevada e outras ervas fortes, enquanto se alimentavam da carne de seus pedradores naturais, que assava na fogueira gigantes que levantamos.


 Eu marchei até o templo com um espeto na mão. Quando cheguei lá dentro, dois anciãos observavam Killian que estava amarrado a uma tora de madeira. Quando ele me viu, ele desviou o olhar e tentava demonstrar raiva, quanto o que mais queria era esconder a vergonha.


 --- Servido? -- disse estendendo o espeto.


--- Conseguiu chegar a tempo?


--- Ah! Você se importa? -- não consegui me conter. -- Razoavelmente! Perdemos quase a metade do nosso rebanho! Não sei se conseguiremos produzir vestimentas para todos até o inverno! Só isso!


--- Quer que eu me rasteje pedindo desculpas?


--- Infelizmente... Não há desculpas que aliviem o que você fez, Killian! Não estamos falando de uma briga de quando éramos crianças! O povo está me pressionando a...


--- Então pode fazer! Retire o meu cargo! Eu nunca gostei de ser babá daqueles algodões doce mesmo! -- disse ele torcendo o nariz pra mim. -- Hã?


 Ele se virou, quando sentiu minha testa recostar sobre a dele. Minhas lágrimas gotejavam sobre o rosto dele e eu lhe dera meu último beijo, no meio dos seus olhos.


 --- Chander, o que está...


--- Killian! Eu o nomeio como sacrifício vivo para o desfiladeiro do Leste! Sua vida colocou nossa aldeia em risco e com sua vida, você pagará!


--- Chander! -- gritou ele ao me ver dando as costas e partindo. -- CHANDER! NÃO! ESPERA! VOCÊ É MEU AMIGO! CHANDER!


 Os anciãos arrancaram a tora, onde Killian estava amarrado e começaram a carregá-lo para fora. O povo que bebia e comia, bradava com o sentimento de justiça.


 Mas meu coração estava despedaçado. Só me restava orar para que assim como eu fui um sacrificio que renasci, Killian também renasça.


 Agora com a licença de vocês. Eu preciso me preparar para invadir as terras letais do sul. Tenho contas a acertar com a rainha deles. Boa noite.



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Autor(a): chander

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 4



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  • flashstrike Postado em 30/01/2021 - 00:44:37

    Flash in the house 😎 Um excelente início de história, com a introdução do nosso tão querido deus das colinas verdejantes e de alguns mistérios que rondam sua vida, do jeitinho que a gente gosta. Até o próximo!

    • chander Postado em 30/01/2021 - 01:08:11

      VEM FLASH, VEM COMIGO <3

  • SirN Postado em 29/01/2021 - 07:50:15

    Yo Chander! Vim aqui deixar em Masters of Types aquele comentáriozinho maroto, sabe? O negócio é que aqui fomos apresentados a duas situações né, uma envolvendo ali o scolipede e outra envolvendo o personagem homônimo a ti, ao qual devemos ver mais no próximo capítulo, né? Logo mais volto pra ler o 2 e deixar um comentário, meu bom!

    • chander Postado em 29/01/2021 - 08:10:23

      Obrigado por vir, Napo-san. Fico feliz que esteja gostando.


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