Fanfics Brasil - Master in Nature - Coroação Masters of Types

Fanfic: Masters of Types | Tema: Pokémon


Capítulo: Master in Nature - Coroação

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HÁ 10 ANOS ATRÁS - CASA DO CHANDER


 Um menino com cerca de seis anos de idade, tossia secamente em sua cama. Seu tio avô, que estava bem mais novo e robusto, ia e vinha até a lareira para umidecer um pedaço de pano velho e o por na testa do menino.


 O menino parecia estar delirando. Ele chamava pelo tio, mesmo que este, estivesse ao seu lado, segurando a sua mão.


 --- Santo Arceus! -- exclamou o velho quando o vento escancarou a porta.


 Uma rajada de ar gelado entrou pela mesma, convidando a neve a adentrar pelo casebre. O velho homem correu para que o vento frio não apagasse as labaredas que com tanto custo, ele conseguiu ascender. 


--- T-titio! -- disse o menino abrindo os olhos. -- Ainda é inverno lá fora?


--- Chander, o que está dizendo? -- disse o senhor vindo pegar a sua mão, que por mais que estivesse grossamente agasalhado, continuava fria. -- Por que você acredita que um dia esse frio vai nos deixar?


--- U-um... Espírito, veio me ver... O senhor tia ido caçar...


--- Um espírito? -- repetiu o velho com as sobracelhas sobresaltas.


--- Ele se chamava Snover ! Ele me disse que um dia... Eu vou trazer o bom tempo para essa terra!



--- Chander! -- exclamou o senhor debulhando-se em lágrimas e pousando a sua cabeça no peito do menino. -- Pobre Chander!


--- Vovô! -- disse o menino com a voz rouca. -- Eles estão me chamando!


 O velho sentiu todos os pêlos do seu corpo, se ouriçarem. Ele se sentou rapidamente, quando ouviu o som da porta se escancarando novamente, mas não por causa do vento, mas por que uma horda de sementes saltitantes e alegres surgira em sua porta.


 


--- Mas, o que é isso? -- disse o velho assustado. -- Quem são vocês? O que querem com o meu sobrinho?


--- Kern.. Sunkern! -- grunhira um deles.


--- Entendido! -- disse o pequeno Chander sentando-se com dificuldade.


--- Entendido? -- repetiu o tio assustado. -- Você não irá a lugar nenhum nesse estado!


--- T-titio! Se eu não for com eles... Eu não vou poder acabar com esse tempo!... O Snover me contou sobre algo maravilhoso, chamado: Sol . Ele disse que se trouxermos o sol de volta, teremos comida, teremos vida! Por favor, nos ajude! 


Os Sunkerns saltitavam e grunhiam aflitos e ao mesmo tempo, animados. O velho homem encarava o olhar de seriedade de seu sobrinho e neto e tentava achar forças para negar aquele pedido. 


--- Você sabe que voce é tudo que sobrou pra mim, nessa vida, certo?


--- Eu vou ficar bem, titio! -- respondeu o menino sorridente.


 Chander subiu as costas do velho homem e os espíritos em forma de sementes, abriram o caminho. O velho enrolou seu sobrinho em sua manta e embrestou uma boina que escondia sua cabeça.


 --- Kern! -- bradou uma semente e imediatamente todas saíram saltitando pela neve branca.


 O velho encarou os olhos de Chander mais uma vez e este não recuou. Ele nao viu outra escolha, a não ser seguir os Sunkerns.


 


DIAS ATUAIS - LIMITES DAS COLINAS VERDEJANTES DO NORTE


 


Eu estava observando o amanhecer. Não consegui dormir direito, depois da tragédia da noite anterior que comprometeu absurdamente, a nossa produção de algodão para os agasalhos e que ainda me obrigou a dar uma setença de morte ao meu ex-melhor amigo.


 Nessas horas, o sol era o meu melhor alívio. Depois que eu o conheci e ele mudou as nossas vidas, eu sempre sou testemunha do amanhecer, já que, sempre me bate, um medo terrível da neve voltar e termos que mudar o nome das nossas terras para: "Colinas do Picolé do Norte".


 --- Rubi -- grunhiu um servo meu, aninhando-se dentro do meu casaco.



--- Bom dia, Cherubi ! -- respondi, enquanto acariava aquele espírito rosado, em forma de broto. -- Você está sendo muito valente, viu? Estou muito orgulhoso e grato à você!


 Cherubi tentou saltitar dentro do meu casaco e eu ri do rostinho sem graça dele, quando percebeu que não seria possível.


 --- Che-Cherubi? -- perguntou ele com os olhos lacrimejantes.


--- Não vai doer, eu prometo! -- menti. -- A Rainha Leavanny é maravilhosa! Não permitirá que você sofra!


 E se aninhando em meu peito, ele tentou se acalmar.


 --- Hã? -- disse quando vi que algo além do sol, surgia no horizonte. -- Está na hora!


  


HÁ DEZ ANOS ATRÁS - UMA FLORESTA QUALQUER


 


O vento congelante voltara a soprar com força. O velho homem tinha dificuldade de observar os Sunkerns que saltitavam pela floresta com três palmos de neve e muito mais para seguí-los.


--- T-Tio! -- suspirava Chander e pelo calor no pescoço do velho, ele sabia que a febre voltava e estava aumentando.


--- Filho!


--- KEEEERRRRN! -- bradou uma das sementes a frente.


--- Chega Chander! Não vamos fazer uma loucura dessas!


--- Titio... Falta pouco...


O homem urrou de raiva e indecisão, mas continou de olhos fechados. Ele também sentia o seu corpo pedir por descanso, suas costas estavam doloridas, seu nariz estava congelado e sua visão enegrecia a todo momento.


--- Hum? -- disse o velho quando se percebeu numa clareira. -- Mas que lugar...


O velho se aproximou de uma clareira, onde os sunkerns se amontaram. Eles sorriam para o homem e de repente começaram a brilhar.


--- Suuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuunkern! -- bradaram eles.


--- Dia ensolarado! -- disse Chander como num delírio.


 


O senhor ficou assustado, quando uma massa de luz, os cercou e subiu ao céu, como um pilar encandescente. Ao redor dos Sunkern, a neve começou a derreter, denunciando a vegetação coberta pelo inverno.


 Mas não era só isso. O pilar de luz rasgou o vento e as nuvens e demonstrou que havia algo por detrás delas. Um arco azulado que era muito bonito e no meio desse arco azulado, havia uma esfera luminosa que começou a iluminar toda a clareira.


 


--- Hã? -- disse Chander levantando a sua cabeça quando sentiu a luz. -- Aquilo é...


--- Não acredito! -- disse o velho deixando uma lágrima correr. -- Você estava certo, filho!


--- Esse é o sol ? -- dizia o menino sentindo o frio abandonar o seu corpo e um calor aconchegante invadir-lhe. -- Titio! Me deixa, sentir o sol !


 E o velho homem baixou levemente e o menino desceu de suas costas. Ele teve dificuldade para equilibrar-se, mas os Sunkerns correram até ele e o auxiliavam.


 --- Ele pode falar e ouvir os espíritos verdejantes! Disse que um deles, o havia contado que ele traria o sol de volta e mudaria as nossas vidas! Os pergaminhos antigos dizem isso... Que arceus um dia veria a nossa dor e enviaria... -- pensava o homem, enquanto se emocionava com o sorriso do pequeno Chander. -- Enviaria... Um pequeno deus para nos guiar... Meu pequeno, Chander! Você é um desses deuses?


--- Vêm vovô! O Sol é muito gostoso! -- disse o menino acenando pro velho homem.


 O tio de Chander já ia se aproximar, quando do meio da floresta saiu uma figura gigantesca. O homem puxou o pequeno para si, mesmo com os Sunkern saltitando em desaprovação.



 Uma espécie de brotossauro vinha desfilando pela relva da clareira com um sorriso em seu rosto. Ele era verde e possuía uma imensa flor, ao redor do pescoço, como um belo colar.


 --- Chander! -- disse uma voz feminina em sua cabeça. -- Estou tão feliz que tenha resistido!


--- Quem é você? -- perguntou o menino.


--- Eu sou um espírito muito antigo! Mas me lembro com carinho do seu pai ! Ele foi um ótimo, iluminado!


--- Meu papai? -- repetiu o menino surpreso.


--- Chander! O que ele está dizendo?


--- Se aproxime! Eu vou lhe dar minha benção! Haverá um dia, que você conhecerá o rei dessa terra e se unirá a ele! E juntos vão conduzir essa terra para a paz e prosperidade!


Minhas ninfas! Venham!


 


Tanto tio, como sobrinho ficaram ainda mais surpresos, quando viram que a brotossaura não estava só. De detrás dela, surgiram dois pares de espíritos verdejantes de forma humanóide, corpos roxeados, que trajavam uma espécie de saia de folhas secas e rosas do lado da cabeça como presílhas.


 --- Bellossoms! A coroa para o nosso príncipe, por favor! -- pediu a brotossaura carinhosamente.


 Os sunkerns saltitaram até Chander e o empurraram pro centro da clareia. O menino se ajoelhou e ao ver as ninfas se aproximando dele, baixou a cabeça. Foi o momento mais lindo do dia.


 As bellossons ficaram ao redor dele e começaram a energizar seu poder. Era um poder esverdeado que em contato com a luz do sol, brilhava num tom claro e vivo, como as esmeraldas. De repente, do chão, ao redor deles, subiram vários pilares com pétalas de flores multicoloridas. Os pilares se encontraram no ar e se despedeçaram em partículas luminosas, espalhando uma essência doce e refrescante no ar.


 --- Hã? -- disse Chander quando sentiu uma coroa de rosas pousar suavemente na sua cabeça. -- Hei! Eu sou um menino!


--- Há, Há, Há ! -- rira a brotossaura. -- Me perdoe, querido! Eu estou ficando velha e deixando de me preocupar com os detalhes! Mas vamos ao que interessa... Eu lhe abençoo, como abençoei o seu pai e se cumprir o seu propósito, abençoarei o seu filho! Te coroô, Rei Chander das Colinas Verdejantes do Norte!


--- Eu ? Rei?


--- Por enquanto é apenas simbólico! Mas chegará o dia, em que, você se unirá ao rei dessa Terra e salvará a todos!


--- Obrigado! -- disse o menino sorridente. --Hã?


 Chander estranhou quando os espíritos deram um último sorriso e se viraram em direção a floresta. As nuvens voltaram a encobrir o sol e o vento frio, voltou a soprar.


 --- Hei! Espera! Qual é o seu nome?


--- Hum? -- disse a brotossaura em tom de dúvida. -- Viu como estou ficando velha? Me chamo, Meganium! Também conhecida como a "Mãe Natureza".


--- Muito prazer, Senhora Meganium!


 Meganium arregalou os olhos e corou um pouco, mas logo voltara a sorrir. Ela curvou o longo pescoço e se despediu do pequeno rei. Não demorou muito para que ela sumisse no meio das folhagens tambem.


 Chander despreguiçou-se e encarou seu avô com um sorriso revitalizado, e este tocou-lhe a testa e confirmou que a febre que assolava o menino, desaparecera.


 --- Vamos vovô! Estou com fome!


--- Certo! Vamos querido! -- respondeu ele, enrolando a manta no menino e tomando-o pelo mão, eles voltaram a caminhar.


 Depois de algum tempo caminhando, uma borboleta passou voando, derramando um belo e brilhante pó azulado. Ela parecia estar preparada para o frio, já que fiara um cachecol com sua seda.


 


--- Ah ! Obrigada! -- respondera Chander.


--- O que disse, filho?


--- Só agradeci a ela, vovô! -- respondeu o menino sorrindo.


 O avô voltou a sua atenção para frente.


  


DIAS ATUAIS - LIMITES DA COLINA VERDEJANTE DO NORTE


Cherubi estava inquieto em meu peito e eu não poderia culpá-lo. Em poucos minutos, ele seria sacrificado como oferta de paz, a rainha Leavanny do vale do Oeste.



Leavanny vinha voando magestosamente. Claro que ela não voava, mas ela tinha doids súditos gigantesco que a carregavam, graciosamnte, pendurada por seus fios grossos de seda.


Ela tinha corpo humanóide e parecia uma espécie de largata, dançarina. Folhas afiadas formavam suas mãos e uma saia emprovisada, assim como uma espécie de capa que ficava aplumada, dando conforto a sua grande cabeça. 


Os servos que a transportavam, me deixaram na dúvida. Eles pareciam besouros, mas não sei se era isso que eles realmente eram. O corpo era amarronzado, mas as asas eram amarelas, os dentes eram formato de gilhotina. Eu torcia para que não fossem eles que devorassem o Cherubi.


 


--- Piiiiiinsir! -- grunhira um deles, enquanto cortava os fios de seda que sustentavam a sua rainha.


 Leavanny não pareceu se importar de ser abandonada no ar. Ela abriu seus braços e sentiu o vento fresco do amanhecer tomar o seu corpo e aplumar a sua queda. Até que com alguns giros acrobáticos, ela aterrissou com maestria e fineza. Ela me cumprimentou com um sorriso.


 Eu fiz uma reverência em respeito a ela e ela repitiu o ato comigo, me reconhecendo como um rei, igual a ela.


 Em seguida, eu encarei Cherubi e ele deixou uma lágrima cair. Eu o tirei de dentro das minhas vestes e o beijei. Fiz uma pequena oração e o entreguei a Leavanny. Ela o recebeu carinhosamente, esfregou o seu rosto no corpo rosado do broto, e este sorriu.


 O nosso tratado era para que os servos de Leavanny não destruissem as nossas colheitas. Em troca, eu deixaria que eles se alimentassem de alguns dos nossos servos. Cadeia alimentar, não muito diferente do que acontece na natureza.


 --- Levaaaaaanny! Le! -- agradeceu ela novamente.


--- Eu que agradeço!


 Por um momento a rainha do vale do Oeste, me encarou com estranheza, mas logo em seguida, ela acenou pra mim, mirou os seus servos e lançou o seu jato de seda. Os pinsir se deixaram laçar e a rainha alçou voo com eles.


 Cherubi deixou suas lágrimas caírem e elas brilharam como prismas no amanhecer. Eu nem quis olhar mais, precisava me preparar para o entardecer, quando iria as terras letais do sul.


 --- Quanto tempo que não falo com insetos! -- desabafei. -- Meu tio ficaria louco, se soubesse...


 


HÁ DEZ ANOS ATRÁS - CASA DO CHANDER


 


--- TITIO! -- reclamava o pequeno Chander quando era forçado a deitar-se. -- O senhor sentiu! Eu já estou bem!


--- Mas não queremos que sua febre volte, querido! Por isso, descanse! Logo, logo o jantar estará pronto!


 Chander torceu o nariz, mas aceitou a desculpa. Ele ficou alguns minutos encarando o seu avô reabastecer a lareira e colocando uns pedaços de carne para cozinhas com alguns legumes.


 --- Titio! Posso perguntar algo?


--- Sim, você vai comer os legumes! Nem adianta perguntar! -- respondeu o velho, rispidamente.


--- Não, não é isso!-- disse o menino vendo o homem dar-lhe as costas e começar a picar algo em cima da mesa. -- Eu sempre ouvi e falei com os espíritos verdejantes! O papai também podia?


--- Não que eu soubesse! EU nunca tive que sair de casa no meio de uma tempestade para fazer um pacto no meio de uma clareira com ele!


--- Mas o papai só falava com um tipo de espírito?


 O velho parou. Ele largou a faca, secou suas mãos na roupa e encarou o menino com o rosto assustado.


 --- Como assim, Chander?


--- Sabe aquela hora que eu agradeci a alguém, quando voltamos da clareira?


--- Sim! Imaginei que tivesse visto uma semente ou uma ninfa ou aquele bicho lá da rosa!


--- Não, titio! -- dizia o menino receoso. -- Eu vi uma borboleta! Ela me parabenizou por ter sido coroado! Por que eu entendi, o que ela disse?


 O rosto do velho homem pegou fogo. Ele investiu contra o menino, pegando-o violentamente, em seus braços, sentando-o contra a sua vontade, ignorando os olhos que se arregalavam de medo.


 --- CHANDER!!! VOCÊ NÃO PODE CONTAR ISSO PRA NINGUÉM!!! NUNCA!!! NUNCA PODERÁ CONTAR A NINGUÉM!!! -- gritava o velho, enquanto sacudia o menino.


--- TITIO, PARA! ME SOLTA!


--- ME PROMETA! PROMETA QUE NUNCA IRÁ CONTAR ISSO A NINGUÉM! -


--- Eu prometo! -- respondeu o menino chorando alto.


 O choro do menino fez com que o velho voltasse a si. Ele largou os braços finos que agora estavam doloridos por sua culpa. Ele se levantou e voltou a preparar o jantar, chander deitou-se e virou-se de lado.


 Certo de que, aquilo que dividira com a pessoa que mais amava, nunca poderia ser dito a outra pessoa.



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Autor(a): chander

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 4



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  • flashstrike Postado em 30/01/2021 - 00:44:37

    Flash in the house 😎 Um excelente início de história, com a introdução do nosso tão querido deus das colinas verdejantes e de alguns mistérios que rondam sua vida, do jeitinho que a gente gosta. Até o próximo!

    • chander Postado em 30/01/2021 - 01:08:11

      VEM FLASH, VEM COMIGO <3

  • SirN Postado em 29/01/2021 - 07:50:15

    Yo Chander! Vim aqui deixar em Masters of Types aquele comentáriozinho maroto, sabe? O negócio é que aqui fomos apresentados a duas situações né, uma envolvendo ali o scolipede e outra envolvendo o personagem homônimo a ti, ao qual devemos ver mais no próximo capítulo, né? Logo mais volto pra ler o 2 e deixar um comentário, meu bom!

    • chander Postado em 29/01/2021 - 08:10:23

      Obrigado por vir, Napo-san. Fico feliz que esteja gostando.


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