Fanfics Brasil - Master in Letais - A filha de "Pede" Masters of Types

Fanfic: Masters of Types | Tema: Pokémon


Capítulo: Master in Letais - A filha de "Pede"

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DESFILADEIRO DO LESTE


Eram as primeiras horas do dia. Os anciãos das colinas verdejantes do Norte caminhavam pela floresta úmida com um sacrifício para o rei do desfiladeiro do leste.


Kíllian andava mudo e sériamente, atado, mas de cabeça erguida. Ele mirava o pergaminho que estava na cintura de um dos anciões a sua frente.


--- Cada um de vocês, escreva o que eu estou dizendo: "Assim como o Chander voltou da cerimônia do sacrificio, eu também voltarei! Eu vou desmascarar o deus de vocês e vocês vão me ado....".


O discurso foi impedido por uma bofetada. Kíllian cuspira um pouco de sangue e voltou com um sorriso no rosto.


--- Você merece ser morto mesmo! Tem sorte do nosso salvador ser misericordioso o bastante para dar-te uma morte hon...


Kíllian cuspiu no rosto do homem e este lhe desferiu uma segunda bofetada. 


--- Viu como é bom interromper as pessoas no meio de algo importante? -- debochara.


--- Senhor! Já chegamos! -- anunciou um jovem sacerdote.


 O sorriso de Kíllian desapareceu. Ele foi empurrado para frente e pode deparar-se com um grande desfiladeiro. Só a queda, já poderia matá-lo, mas ele tinha certeza, de que, não seria tão fácil assim. Ele precisava ser consumido pelo rei daquele vilarejo.


 --- Dude! -- todos ouviram ao redor.


 


Vários espíritos minerais os haviam cercado. Eles levitavam sobre o chão. Seus corpos eram baicamente um pedrugulho com olhos e boca e um par de braços esculpidos que saiu do pedregulho.


 --- Espíritos profanos! Mandem esse sacrifício para o senhor de voces! Para que vocês sempre lembrem que há um Deus misericordioso nas Colinas Verdejantes do Norte! -- dissera o ancião que golpeara, Kíllian.


 Nada acontece. Os anciãos erguem uma sobrancelha, mas logo se surpreender ao ver os espíritos minerais formando algo entre suas mãos. Kíllian joga-se no chão, ao perceber que se tratavam de rochas e as mesmas foram atiradas contra os homens de Chander.


 Kíllian apenas ouvira os gritos, pois seus olhos estavam fechados.


 --- Geodude! -- exclamou um espírito que o ergueu sobre o alto da cabeça e começou a levá-lo.


--- Arceus, meu! -- exclamou o menino ao ver o mar de sangue que se formara, ele aproveitou para arrancar o seu pergaminho da cintura do ancião, quando passaram por ele, usando os pés.


 Mas antes que tivesse a chance de invocar Sandshrew, os geodudes mergulharam no desfiladeiro. Kíllian apenas se concentrava em não deixar a sua única forma de se defender cair. Precisava sair vivo dalí.


 HÁ 16 ANOS ATRÁS - TERRAS LETAIS DO SUL


A chuva não dava trégua. O vento farfalhava as folhas das árvores com violência e por vezes, os galhos vinham no rosto de Scolipede, mesmo que este, tivesse uma visão previlegiada na escuridão.


--- Sco? -- grunhiu o rei quando ouviu o bebê chorar. Ele virou-se com aquela cara de tédio, costumeira e percebeu que as árvores não mais seguravam as gotas de chuva e a pequena Rebecca voltara a se sentir incomodada. -- Pede!


 


Um relãmpago rasgou o céu e uma claridade encheu a floresta. Rebecca parou de chorar e ficou maravilhada, quando viu que a chuva continuava a cair, mas parecia bater em alguma superfície transparente. Ela tentou erguer os bracinhos, mas eram curtos de mais para tocar a película.


 Scolipede havia acabado de usar o "Proteger".


 O som do riso do bebê, fez um leve sorriso aparecer no rosto da lagarta e esta caminhou em direção a uma gruta. Alguns espíritos o aguardavam na porta e o saudaram com seus grunhidos e síbilos.


 Scolipede balançou a cabeça, livrando-se das gotas de águas inconvenientes e rugiu para um servo serpente.


 --- Ekans! -- sibilou este que foi até a frente da majestade e formou um círculo com o próprio corpo.


 Scolipede ficou observando aquele servo e sabia que faltva alguma coisa. Foi quando, ele ergueu a cabeça, como se tivesse lembrado de mais alguém e novamente rugiu. Não demorou muito para que algo respondesse do fundo da gruta.


 


--- Grimer! -- respondera aquele monte de gosma roxeada que se rastejava pelo chão rochoso. -- Gri?


--- Pede! -- assentiu o chefe.


 Grimer suspirou derrotado. Ele desmanchou o seu corpo e se dirigiu para o centro do círculo que ekans formara com seu corpo, formando uma espécie de carpete gosmento. Scolipede pegou a pequena Rebecca que parecia querer dormir e a deitou sobre o berço, improvisado.


 Mas para susto de todos a menina começou a chorar. A lagarta gigante até olhou para o teto, mas não percebeu nenhum goteira que pudesse estar incomodando o bebê.


 


--- Koffing! -- outro servo surgira de forma que atraiu a atenção de todos. Inclusive da pequena Rebecca. -- Kof?


 Koffing era uma esfera de gás com olhos e boca. Ele levitava por conta das saídas que liberavam um gás potencialmente tóxico. Ele flutuou sobre o bebê, curiosamente, e mesmo no escuro, Rebecca fora atraída pelo som do gás e do ruído, e ria na tentativa de alcançar o espírito gasoso que parecia um móbile.


 Scolipede riu com os olhos e Koffing desesperou-se. Ele entenderá que agora ficaria impedindo que o bebê voltasse a chorar.


 Mas pra surpresa dos quatro, não se ouvia mais som algum. Os bracinhos também não estavam mais estendidos para pegar Koffing. Foi quando todos os quatro voltaram seus olhos para a pequena menina que finalmente pegara no sono.


 Scolipede se aproximou de seus súditos e os aprovou com uma cara entediada, logo em seguida, deixou sobre o chão rochoso e se dormiu. Koffing se direcionou para o interior da gruta, enquanto Ekans apenas baixou sua cabeça e Grimer alongou o seu corpo, para que, além de forro, sua gosma também servisse de cobertor.


  


7 ANOS MAIS TARDE


--- hÁ, hA, hÁ! -- ria a pequena Rebecca se balançando pelos cipós das árvores.


 


Ela crescera bastante. Sua pele ainda era parda, porém estava escura de tão suja. Os cabelos pareciam ser lisos e volumosos, mas estava tão desgrenhados e munidos de tantos gravetos e lama, que pareciam ser crespos. Os olhos eram azuis da cor da agua e pareciam estar vidrados na divertida aventura.


 --- EKANS!


--- KOFFING!


--- G-GRIMER!


 Os três espíritos tóxicos exclamavam na inputil tentativa de chamar a atenção da menina travessa. Seus olhares eram de preocupação e temor, talvez não pelo cuidado com a pequena menina, mas pelo que aconteceria com eles, se o rei Scolipede soubesse que sua filha se machucou.


 --- Hum? -- disse Rebecca em tom de dúvida, quando viu que um dos cipós arrebentara. -- PEDE! -- gritou a menina desesperada.


 O trio arregalou os olhos e se dispersou rapidamente. Ekans lançou-se contra o galho de uma árvore e agarrou-se nela com a mordida, já Grimer deslizou rapidamente para o local onde a menina caíria e serviu de trampolim, afofando sua gosma. Rebecca riu quando foi impulsionada novamente no ar.


 --- Koffing! -- exclamou o espírito gasoso e então a menina percebeu que voava na direção dele.


 Koffing baixou a cabeça e a menina pisou nele e pegou impulso, alcançando a cauda de Ekans e balançando-se com a mesma, ignorando totalmente, que o espírito serpentário, agonizava de dor, tentando prender-se ao galho com suas presas.


 Rebecca voltara a sorrir e alcançando um cipó de verdade, voltara a se balançar pelas árvores.


Koffing e Grimer e a pobre Ekans que ainda estava zonza por conta da dor, se reuniram, e por um momento observaram a menina rebelde, se afastar. Queriam até seguí-la, mas estavam exaustos.


 E começou uma grande discurssão. Grimer e Koffing grunhiam cada vez mais alto, a ponto de Koffing se exaltar tanto e liberar centenas de vezes, os seus gases tóxicos pela floresta. Já Ekans parecia desolado e apático demais para contribuir!


 --- Ekans! -- sibilou descrente.


 Foi quando a discurssão cessou. Koffing e Grimer arregalaram os olhos para o espírito serpentário e este ficou assustado. Encarou o seu corpo, a procura de algo errado, mas não encontrou, até que seus companheiros de berçário, abriram a boca e Ekans resolveu passar sua fina língua ao redor da boca.


 O espírito serpentário ficou desesperado, ele rastejou de um lado para o outro sem saber o que fazer e chorou amargamente, ao ver que suas presas ficaram no galho, onde se segurara.


 --- EKANS! -- sibilou o coitado, cheio de ódio. Rapidamente, o seu corpo encheu-se de energia e ele rastejou rapidamente na direção que a menina havia ido, com seus companheiros em seu encalço.


 Rebecca, já estava longe. A menina se balançava e sentia o vento fresco da tarde, no seu rosto e aquilo parecia fazê-la bem.


 --- Hum? -- disse ela quando ouviu som de agua corrente.


 Rebecca parou se balançar e viu que depois de alguns arbustos, havia um rio. Mais uma vez, o seu sorriso apareceu na boca. Um sorriso preto e cariado.


 A menina largou o cipó e esperando encontrar o chão arenoso, mas ela aterrissou de bunda em algo fofo e cheiroso.



 --- Plume! -- exclamou um espírito nocivo que tinha um formato de cogumelo. Era tinha o corpo roxeado e as pétalas ( onde Rebecca aterrissara, eram vermelhas com pigmentos esbranquiçados). O espírito nocivo encarou a menina com descontentamento e raiva.


--- Pede! -- respondeu ela secamente.


 O cogumelo arregalou os olhos e baixou suas pétalas para que a menina pudesse descer em segurança. Rebecca encarou o cogumelo com seriedade e este sorriu de forma sem graça e depois entrou no meio da floresta.


 --- Vileplume! -- exclamou ele, enquanto acenava para a menina que sorria triunfantemente.


 Rebecca continuou o seu caminho. Ela correu pelos arbustos e jogou-se institivamente nas aguás pluviais. A menina sorria, enquanto nadava de olhos abertos e observava os cardumes de peixes, cada um de uma cor.


 Ela ria e se via obrigada a voltar a surperfície, toda que tentava pegar um peixe e este fugia dela. Mas a menina olhou para trás e viu que alguns espíritos marinos se aproximavam dela.


Eles eram azulados em cima e pretos em baixo, possuíam rubis em suas cabeças. Tinham um par de tentaculos.



 --- Tentacool! -- disseram eles de forma maliciosa e predadora.


--- Pede! -- disse ela mais uma vez, expelindo uma rajada de bolhas que dispersou os espíritos em direções diferentes. Rebecca continuou a nadar, livremente.


 Enquanto isso, o trio de guardiões continuavam a procura da garota. Koffing e Grimes estavam preocupados, enquanto Ekans ainda parecia decidido a se vingar da filha do chefe.


 --- Ekans? -- sibilou a serpente quando ouviu um grito familiar.


 Os outros dois não entenderam, quando a serpente que agora, já demonstrava preocupação, rastejou por dentro da mata, chegando as margens do riacho. O espírito serpentário olhou para os dois lados, até que viu a menina nadando rio abaixo.


 Ekans se desesperou e lançou-se na agua desesperadamente. Aproveitou o fluxo do rio para pegar velocidade e enrolou-se no braço de Rebecca, antes que esta, notasse que estava sendo seguida.


 A menina grunhiu furiosa, ao ver que estava sendo agarrada pela cauda de Ekans, mas o espírito tóxico com o restante do seu corpo, enrolou--se numa pedra. Koffing e Grimer gritavam do outro lado da margem, mas Rebecca só queria brincar mais um pouco.


 --- PEDE! -- gritou ela furiosa. -- PEDE!PEDE!PEDE!


--- Ekans! -- disse a cobra balançando a cabeça e dizendo que não, mesmo que metade da sua cabeça estivesse submersa.


 Rebecca arregalou os olhos. Fora a primeira vez que não entimidara alguém com aquele nome. Foi então que seus ouvidos se destamparam e ela ouviu o som da agua caíndo. O coração da menina acelerou e seu rosto se encheu de pavor.


 --- PEDE! PEDE! -- agora ela gritava em tom de desespero. Mas Ekans não mais respondia com sua cabeça em baixo d'agua.


 Inutilmente Koffing e Grimer gritavam do outro lado da margem. Mas eles logo emudeceram, quando o corpo de Ekans afroxou-se e ela e Rebecca foram levados pela correnteza. A menina abraçou o corpo de Ekans e estes voaram pela queda d'agua.


 


***************************


 --- Bom dia, querida! Dormiu bem? -- dissera alguém.


 Rebecca abria os olhos devagar. Ela viu que uma mulher estava diante dela com um sorriso aberto. Ela tinha uma pele cor de café, assim como seus olhos. Seu cabelo era cacheado, de um castanho médio.


 


A menina saltou da cama de palha e encolheu-se no canto do casebre de madeira com um olhar acuado e apavorado.


 --- Hei! Não se preocupe! Não vou machucar você! -- disse a mulher. -- Eu juro que te encontrei caída nas margens do rio e aí te trouxe para casa!


--- PEDE! -- gritou a menina cheia de autoridade.


--- Oi? O que disse?


 A menina se lembrou de Ekans e também fitou a mulher em sinal de dúvida. Rebecca se levantou e aproximou-se da mulher que esperava para ver a reação da menina.


 --- Está com fome? -- perguntou a mulher.


 A menina ficou olhando para a mulher e nada respondeu. Esta foi até um armário de madeira e a pequena ficou em alerta. Quando a mulher voltou, ela havia trazido um pedaço de pão e uma tigela com frutas. Rebecca arregalou os olhos, pegou o prato com violência e correu para o canto para comer de costas para a mulher.


 --- Tadinha! -- exclamou a mulher. -- Ela não é das Colinas Verdejantes do Norte... Se ela veio com o rio, ela veio...


 Rebecca olhou ameaçadoramente para a mulher que sentara ao seu lado, mas a mesma, apenas sorriu. A menina sentiu-se segura para voltar a comer e voltou a sua atenção para o prato.


 Ate que institivamente, ela se levantou e rompeu pela porta a correr. A mulher não tentou seguí-la, mas antes da porta, a observou subir rio acima e voltar para as terras amaldiçoadas do sul.


 --- Como pode? Como pode alguém conseguir sobreviver naquele lugar?


 Rebecca tinha lágrimas nos olhos. Ela corria pelo chão pedregoso e sentia as pedras finas, machucarem a sola de seu pé. Até que uma figura conhecida surgiu no seu campo de visão. Ele jazia inerte na margem do rio, com sua cauda ainda dentro da agua.


 --- PEDE! -- a menina gritou para o espírito serpentário, mas este, não respondeu.


 Ela baixou e bateu no corpo inerte. A cobra não se mexeu. Rebecca bateu mais uma, e mais uma e mais uma e começou a chorar alto. E por fim, fez carinho na cabeça de Ekans.


 --- KOFFING!


--- GRIMER!


 Rebecca levantou a cabeça e correu para junto dos outros guardiões e os abraçou. Os espíritos tóxicos encararam o corpo de Ekans e lamentaram tão alto quando a menina. Mas eles precisavam levá-la para casa. Logo, logo iria anoitecer.


 Rebecca só teria de se acostumar. Essa noite, ela não teria mais o cercado de sua cama.


 



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Autor(a): chander

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 4



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  • flashstrike Postado em 30/01/2021 - 00:44:37

    Flash in the house 😎 Um excelente início de história, com a introdução do nosso tão querido deus das colinas verdejantes e de alguns mistérios que rondam sua vida, do jeitinho que a gente gosta. Até o próximo!

    • chander Postado em 30/01/2021 - 01:08:11

      VEM FLASH, VEM COMIGO <3

  • SirN Postado em 29/01/2021 - 07:50:15

    Yo Chander! Vim aqui deixar em Masters of Types aquele comentáriozinho maroto, sabe? O negócio é que aqui fomos apresentados a duas situações né, uma envolvendo ali o scolipede e outra envolvendo o personagem homônimo a ti, ao qual devemos ver mais no próximo capítulo, né? Logo mais volto pra ler o 2 e deixar um comentário, meu bom!

    • chander Postado em 29/01/2021 - 08:10:23

      Obrigado por vir, Napo-san. Fico feliz que esteja gostando.


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