Fanfics Brasil - Fourth Step 13 Steps to The End

Fanfic: 13 Steps to The End | Tema: Pokémon


Capítulo: Fourth Step

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Brendam e May tagarelavam sobre seus planos e sonhos para as suas jornadas. Eu ouvia as vozes deles lá longe, porque dedilhava a touca branca do Bren ( mesmo agora, eu ainda coro quando me percebo chamando ele assim), percebendo o tecido mole e confortável com a ponta dos meus dedos. Teve uma hora que eu percebi que os dois estavam distraídos e levei a touca próximo do meu rosto, como se fosse colocá-la na cabeça, mas apenas queria sentir o seu odor.


  Ela tinha um cheiro adocicado, mesmo ficando tanto tempo sobre a cabeça do filho de Norman. Eu reconheci o perfume inconfundível do shampoo de Beautifly que era o mais indicado para quem tinha problemas com pontas duplas.


   ― Ficou ótimo em você! ― Bren me tirou daquele torpor e me fez corar na frente de May que ainda me encarava de soslaio. ― Wally! O que você pretende fazer em sua jornada por Hoenn?


  ― Ahn... Como assim?


  ― Eu serei um top coordenador como a Johanna Diamond! ― Bren estava tão feliz, empolgado e cheio de vida. Eu não via mais nenhum vestígio do garoto deprimido que me socara mais cedo. ― Eu vou participar de todos os Contests possíveis e vou chegar ao grande festival.


  ― Que legal, Bren...Digo: Brendam! ― eu tapei a boca correndo, mas para minha surpresa ele riu. ― Desculpa!


  ― Eu acho que gostei! Sem problema com o apelido.


  ― Hum-hum! ― May atraiu a nossa atenção. Ela nos encarava de braços cruzados e olhar julgador. ― Bem! Como ninguém me perguntou, eu vou responder assim mesmo: Eu quero ser a maior treinadora que esse continente já viu. Quero desafiar os oito ginásios, A elite Four e o campeão da Liga. Eu sentarei no trono reservado ao treinador mais forte e todos conhecerão a grande MAYARA SHAPPIRE BIRCH!


   Quando May percebeu que estava de pé com um punho no ar em pose de super heroína e eu e Bren estávamos encarando ela com estranheza, a filha do professor pokémon sentou-se sem graça e baixou a cabeça.


   ― Bem! Temos que conversar sobre que pokémon vamos querer ter! Afinal, vamos viajar juntos, certo?


  ― Claro... Bren. Acho que seria legal.


  ― Bem... “Bren” ― ela usou um nítido tom de deboche. ― Eu sinceramente não vejo graça em Contests, então, eu deixo os pokémon mais fresquinhos para você.


  ― Oi? Eu que vou deixar os pokémon mais sem sal para você. Treinadores são uma cambada de trogloditas que não apreciam a arte.


  ― Coordenadores não sobreviveriam um dia de jornada, por isso que você quer ir com a gente.


  ― Gente!


   Uma grande discussão começou. Bren defendendo os pokémon belos e graciosos, enquanto May debochava na cara dura, fingindo que colocava o dedo na própria guela para vomitar. Em cinco minutos de discussão, eles se envolveram numa gritaria que eu pensei que iam demolir o quarto ou até mesmo o centro pokémon.


   ― GENTE! ― finalmente havia capturado a atenção deles. ― Não briguem por uma bobeira dessas, basta que cada um capture o pokémon que achar melhor e...


  ― Diga, Wally! ― a filha de Birch colocou a mão sobre a minha. ― Você não quer ser mais um desses playboyzinhos de contests, certo?


  ― Wal! ― o tempo parou por alguns milésimos de segundo. Bren tinha conseguido um jeito de ficar ainda mais próximo de mim? ― Você é estiloso. Me ajuda a explicar a essa neandertal sobre a beleza da arte?


   Eu fiquei alternando o meu olhar entre os dois e eles ficaram ali me encarando, aguardando que eu escolhesse um lado. Graças a deus, eu fui salvo pelo toque do pokenav da May que se levantou e se afastou para a atender.


   ― Quando eu acabar vamos continuar essa conversa!


  ― Neandertal! ― Bren xingou baixinho e se aproximou do meu rosto para... Ai! A boca dele era linda. Fina como se tivesse sido desenhada por um pincel. Pena que tudo que ele queria era fofocar. ― Você concorda comigo não é, Wal?


  ― Para falar verdade, eu não tenho um objetivo fixo. Eu acho que só quero conhecer o continente, ver pessoas, ouvir sobre outras culturas, experimentar comidas diferentes e quem sabe... ― Bren me olhava atentamente e eu me encantava me vendo refletido nas íris dos seus belos olhos. ― Quem sabe me apaixonar antes deu... Você sabe, né?


   Bren arqueou as sobrancelhas e fez um beicinho involuntário. Eu soltei uma gargalhada e ele ficou irritado. Ele era lindo de qualquer jeito. Irritado, sorridente, triste. Bren me encantava a cada segundo.


   ― Vamos ter que deixar essa discussão para mais tarde! ― May havia retornado e guardava o pokenav no bolso com o rosto sério. ― Era o meu pai. Seus tios estão em Litteroot. Foram procurar você por lá.


  ― Eles não vão desistir tão fácil.


  ― Meu pai perguntou se eu havia visto algum treinador com as suas descrições, mas eu menti. O bom que seus pais vão demorar cerca de trinta minutos à pé até chegarem aqui. Podemos tentar caçar pokémon nas matas ao redor da cidade, enquanto isso.


  ― Acho uma boa idéia! Tem um pokémon nativo dessas bandas que é muito usado em Contests! ― May revirou os olhos na cara de Brendam e ele a ignorou. ― Ele é bem raro, mas costuma sair nos finais de tarde.


  ― Então, vamos Bren! Eu nunca capturei nenhum pokémon! A minha Skitty decidiu vir comigo por conta própria e...


  ― VOCÊ TEM UMA SKITTY? ― tanto eu, como May nos assustamos com a euforia do jovem Ruby. ― Eles são graciosíssimos. Eu super quero capturar um. Eles são muito usados nos contests.


  ― Tá, tá... ― May me puxou para levantar, estragando o clima. ― Vamos logo antes que os tios do Wally voltem!


   A morena foi na frente e eu abafei o riso quando vi Bren dando língua para ela. Descemos as escadarias pesquisando no pokenav que tipo de espécimes encontraríamos pelas redondezas. Foi o único momento em que Bren e May conseguiram ter um diálogo saudável, pois eles conseguiam separar os pokemon por interesses.


  Nós voltamos para o centro de Petalburgh e confesso que fiquei um tanto quanto nervoso. Enquanto eles baixavam os olhos pela relva a procura de pokémon, eu ficava observando a rota e levava um susto ao avistar qualquer pessoa vindo ou indo pela rota.


   ― Calma, Wal! ― bren segurou na minha mão e eu senti um choque percorrer todo o meu corpo. ― Você sabe capturar um pokemon?


  ― É só tacar uma pokebola nele, certo?


  ― Há, há, há.! ― a risada foi tão espontânea que eu me senti a pessoa mais ignorante do mundo. ― Você precisa enfraquecê-los antes! Vou te mostrar!


   Bren entrou um pouco mais na mata e eu fiquei preocupado. Vai que algum pokémon selvagem o picasse/mordesse? Deus me livre.



   ― Ah! ― eu gritei junto com ele, quando algo saltou da relva e bateu no rosto de Bren, derrubando-o e depois ficando entre nós. Tratava-se de um pokémon guaxinim, de pelo listrado e focinho grande. ― Você me paga, Zigzagoon. Vá Treecko!


   O lagartixo surgiu diante do roedor e ele aceitou o desafio. Treecko mordicou um pedaço de caule de planta e chamou o adversário para o confronto. Zigzagoon trotou na direção do pokémon de grama, mas errou o ataque, graças a rápida evasiva. Bren contra-atacou rapidamente e o guaxinim foi atingido no dorso, arrastando-se por alguns metros.


  Zigzagoon jogou um pouco de areia nos olhos de Treecko e Bren ficou preocupado. Ainda mais que Treecko recebera uma bela investida em seu peito, derrubando-o no chão.


   ― Vai Treecko! ― pokémon e treinador sorriram para mim e renovaram seus ânimos.


  ― Treecko! Dê o seu melhor tapa!


   O lagartixo assentiu para o seu treinador e correu com tudo para cima do roedor. Ele virou-se e acertou um poderoso tapa com sua cauda, levantando Zigzagoon no ar e cair girando como um peão no chão.


   ― Ele está fora de combate! ― comemorou Bren. ― Agora é só jogar a pokebola e...


   Nós dois fomos surpreendidos por um dispositivo de captura cortando o ar e atingindo o roedor, sugando-o para dentro e lacrando-o dentro de si. Demoramos um pouco para entender o que havia acontecido, mas só quando uma figura familiar surgiu no nosso campo de vista e baixou para pegar a pokebola que voltamos a realidade.


   ― Mas que merda é essa, Mayara?


  ― Ué? ― ela era terrivelmente cínica. ― Zigzagoon não era um pokémon esteticamente feio? Pensei que não faria mal capturá-lo. Afinal, você só queria ensinar ao Wally como capturar pokemon certo?


  ― ZIGZAGOONS SÃO HORROROSOS, MAS QUANDO EVOLUEM, ELES SE TORNAM UM DOS ESPÉCIMES MAIS BELOS E GRACIOSOS DE HOENN.


  ― Ah! Me perdoe! ― ela desviou o olhar sem desfazer o seu sorriso provocativo. ― É tão difícil prestar atenção no seu papo chato que eu devo ter esquecido dessa parte.


  ― AHHHH! ― o garoto começou a despentear o cabelo possuído pela raiva. ― EU DESISTO! SEM CONDIÇÕES DE VIAJARMOS JUNTOS. ESSA GAROTA É INSUPORTÁVEL!


  ― Espera Bren! ― foi a minha vez de segurar no pulso dele e Brendam voltou a me olhar com o mesmo olhar vidrado e cheio de raiva de mais cedo, mas ao perceber o meu medo, ele desviou o olhar e ficou envergonhado. ― Não vá! Eu sei que não começamos bem, mas acho que podemos nos entender.


   Bren fechou os olhos e puxou o seu braço, me obrigando a soltá-lo. Eu fiquei com o braço parado no ar, encarando as suas costas e seus cabelos esvoassando com a brisa da tarde.


   ― Eu não vou fazer você escolher entre mim e ela, Wal. A gente vai se encontrar de novo, eu juro.


  ― BRENDAM! ― ele saiu correndo e quando fui seguí-lo, senti a mão da Mayara me segurando. ― Me solta!


  ― Você não pode correr, garoto! Quer morrer?


  ― Por que você fez isso, Mayara? ― ela estranhou que pouco a pouco as lágrimas iam se juntando nos meus olhos. ― Brendam tinha começado a sorrir, porque você fez ele ficar sozinho de novo?


  ― Lembre-se que fui eu que te salvei mais cedo, mas você só está dando bola para o cara que te bateu! ― eu arregalei os olhos e fiquei com medo dela me bater. ― Quer saber? Corre atrás dele! Vocês se merecem! Eu sou invisível mesmo!


   Mayara virou as costas e começou a andar aleatoriamente para se afastar de mim e quando percebi, estavamos próximos da entrada da cidade de Oldale novamente. Eu a gritava e ela se fazia de surda, mas quando ouvimos o som de um arbusto farfalhando, ambos ficamos curiosos com o que sairia dali.


   ― Você quer me machucar? uma voz infantil surgiu na minha cabeça e eu olhei para o lado mesmo sabendo que não havia sido a Mayara. ― Eu sou valente e posso lutar, viu?


   Eu entrei na mata a procura do dono daquela voz e May veio atrás de mim. A voz na minha cabeça ressoava como uma enxaqueca e parecia que à qualquer momento eu desmaiaria com aquela ressonância. Foi aí que eu achei no meio de uns arbustos, um pokemon diferenciado. Ele tinha um corpo esbranquiçado como se usasse um vestido e um pelo esverdeado que caía como uma cuía sobre a cabeça. Eu mal podia ver seus olhos e nariz, apenas sua boca aberta em sinal de pavor ao me ver. Ele me ameaçou com seu chifre vermelho no alto da cabeça.


 


  ― O que é isso?


  ― Esse é o pokémon que aquele almofadinhas queria! ― Mayara surgiu atrás de mim e olhou o pequeno pokémon na minha frente com água na boca. ― Ele é raro por essas bandas! Ele não parece muito forte, mas as evoluções são! Eu vou...


  ― Eu vou ficar com ele! ― a garota se assustou com o meu tom decidido e sério. ― Você me deve isso! Eu vou capturar esse pokémon e dá-lo ao Brendam como pedido de desculpas! Vá, Skitty!


   Minha gatinha surgiu no meio da relva e encarou o pequeno adversário na sua frente. May se afastou um pouco e parecia chateada comigo, mas eu nem estava me importando com ela. Talvez eu estivesse dando atenção demais ao Bren e esquecendo dela, mas todos nós acabamos de nos conhecer. Ela também não deveria esperar tanto de um cara morimbundo como eu.


   ― Skitty use a investida! ― a gata ronronou e atingiu o pequenino de frente, obrigando ele a sair da relva e rolar para a rota 102. ― Vamos atrás dele!


   Eu estava de olho em Mayara que corria atrás de nós. Eu não iria deixar que ela nos boicotasse de novo. Mas também não perderia o pequeno pokémon de vista.


   ― RAAAAAAAAALTS! ― ele balbuciou o seu provável nome e começou a ser envolvido por uma segunda pele luminosa que envolveu o corpo da Skitty.


  ― Ele está usando a Confusão.


  ― Eu e Skitty vamos dar um jeito! ― disse eu tentando manter a calma, enquanto Ralts fazia minha gatinha de bola de basquete. Fazendo-a quicar no chão por diversas vezes. ― Skitty use o grunhido.


   Como esperado, o grito de guerra da gata assustou o pokémon psiquico, obrigando-o a quebrar seu elo mental. Skitty balançou a cabeça e ronronou alto. Ela andava cambaleante e mal conseguia manter-se de pé.


   ― Ela ficou confusa!


  ― Eu notei May! ― revirei os olhos e forçava a minha mente para pensar num plano. ― Skitty! Respira fundo e foque! O ralts está na sua frente!


   Eu vi o pokémon sorrindo malignamente e investindo com seu pequeno chifre para uma estocada, mas aparentemente, nada aconteceu com Skitty. May falou algo sobre a estocada ser um golpe do tipo fantasma e ser inviável contra pokémon normais. Ufa.


   ― Não deixe ele fugir! ― Ralts encarou a gata a sua frente com terror, ainda mais ao senti-la cravando as presas no seu ombro, segurando-o. ― INVESTIDA!


   Skitty saiu correndo e arrastando o pequeno pokémon até que ambos colidiram contra uma árvore. Eu e May tivemos que proteger a cabeça, pois algumas berrys cairam sobre as nossas cabeças.


  Eu peguei uma pokebola e encarei Mayara seriamente. A filha de Birch segurou o próprio braço e virou-se de lado, envergonhada. E pensando que estava vingando o futuro amor da minha vida, eu lancei a pokebola com a certeza de que aquela era a melhor decisão do mundo. Eu fiquei tão orgulhoso quando capturei Ralts, não só por ser a minha primeira captura, mas também porque ele me daria a motivação de procurar por Brendam.


  Conforme o pequeno pokémon psíquico tentava se livrar do dispositivo de captura, eu chegava a conclusão de que eu não me interessava por Contests e nem por ginásios. Eu queria viver. Eu queria estar com pessoas que me fizessem bem.



 


  ― Vai lá! ― eu ouvi às minhas costas. ― Vai atrás dele.


  ― Nós vamos! ― me pus de pé com a pokebola de Ralts nas mãos e encarei Mayara com um sorriso. ― Me desculpe se eu não te agradeci ou te valorizei como deveria. Espero que você possa me perdoar.


  ― Wally... ― ela ficou extremamente surpresa e corada.


  ― Eu só não queria ter que escolher entre você e o Bren. Eu sei que é muito cedo para dizer isso, mas eu sinto que vocês dois serão muito importantes para mim. Por isso vem comigo, May. Vamos entregar o Ralts para ele.


   May desviou o olhar, mas me encarou novamente quando segurei em suas mãos. Ela me encarou assustada e bastante corada. Imaginei que ela estivesse se sentindo culpada. Porque eu era muito inocente nessa época, não sabia nada sobre a vida, quanto mais sobre casos da adolescência.


  Ela assentiu que sim e eu a abracei forte. Até que ela me lembrou dos meus tios e voltamos às pressas ao centro pokémon.


  Quando chegamos, descobrimos que Brendam já havia ido. Decidimos que passaríamos a última noite em Petalburgh e depois o seguiríamos no dia seguinte. Na minha cabeça, Ralts era a chance de consertar tudo com o Bren e unir o grupo nonamente, mas no meu coração, Ralts era o buquê de flores que denunciaria os meus verdadeiros sentimentos por ele.


  Pena que Ralts foi o meu quarto erro durante essa jornada.


  


*[ O FIM]*


   Eu havia esperado por aquele momento por todo aquele ano. Os lábios de Bren eram mais doces que todas as berrys que eu comi durante a jornada. Foi por um breve segundo, mas valew a pena bebericar cada gotícula de saliva dele.


  Mesmo que ele tivesse me empurrado logo em seguida.


   ― NÃO WALLY! ― ele estava absurdamente irritado. ― ESTAR MORRENDO NÃO TE DÁ ESSE DIREITO!


   Ele limpou a boca com as costas das mãos, transbordando o seu nojo de mim. Nem todas as crises respiratórias que tive na vida doeram como a rejeição do homem da minha vida.


   ― Eu vou acordar o Rayquaza, vou dar um fim nisso e depois... ― ele virou-se de costas, exatamente como fez em Petalburgh. ―E-eu não quero nunca mais ver a sua cara!


  ― É isso, então?


  ― Não se esforce, Walihan! ― disse o ex-campeão da liga.


  ― Tudo que vivemos até aqui não significou nada pra você? ― ele continuou calado. ― Eu te amo desde aquele dia, Bren! Eu sobrevivi cada dia dessa jornada só para viver mais um dia ao seu lado. Eu até entendo que você não sinta o mesmo por mim, mas nojo? ― eu vomitei mais um pouco de sangue e sujei a entrada da caverna milenar de Sootópolis. ― Isso é inadmissível.


  ― Eu já disse tudo que tinha para dizer. Eu não tenho nada contigo, Walihan Emerald.


   Mesmo com o ar rarefeito e os pulmões no fim, o meu interior foi invadido por um vórtex de ódio que eu nunca havia sentido na vida. Nem por May ou Scott. Eu queria ter força para empurrá-lo naquelas águas turvas para que ele caísse no meio da guerra entre Kyogre e Groundon, mas um brilho luminoso às minhas costas chamou a minha atenção.



  Os dois adultos atrás de mim, saltaram cada um para o lado e eu caí de joelhos a tempo de ver a minha Gardevoir disparando o seu Brilho Encantado contra Brendam a queima roupa. O filho deNorman virou-se e mal teve tempo de cruzar seus braços. Ele foi lançado no ar com vários feixes de luz multi-colorida transpassando o seu corpo juvenil, intocado e belo. Brendam me encarou com o rosto inundado de pavor, enquanto eu inultimente estendia o meu braço na tentativa de alcançá-lo.


  Não sei de onde tirei ar para gritar, mas ao ver o corpo do meu amado caindo no meio das águas de Sootópolis, eu não aguentei. Ele não havia sido vítima dos colossos que resolviam suas pendências milenares diante de todos nós, mas foi vítima do pokémon que capturei para ele.


  Eu comecei a engatinhar até a água, mas fui impedido por Steven. Ele me prendeu entre os seus braços, enquanto Gardevoir urrava de tristeza, assim como eu. O pior que o meu desespero, o meu pecado e a minha dor não foram suficientes para chamarem a atenção dos colossos que continuavam se enfrentando, pregando as mensagens do fim do mundo.


  Gardevoir se achegou e eu pude ver a tristeza se apossando de seus olhos. Eu gritei minha última ordem e ela desapareceu comigo contra o gosto dos dois homens mais importantes que o continente já tivera. Agora que ambos os protagonistas haviam caído, tudo dependia de mim. Esse seria o epitáfio do jovem moribundo que havia acabado de assassinar acidentalmente o amor de sua vida.


 



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Autor(a): chander

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  Na manhã seguinte, eu e Mayara tomamos café no centro pokémon e nos dirigimos a floresta de Petalburgh para...Espera! Antes deu contar sobre os eventos assombrosos daquela tarde ensolarada, eu preciso contar algo para vocês que ocorreu paralelamente aos fatos da tarde de ontem.   Eu começo dizendo que os fatos que narrarei aqui ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 10



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  • koscheii Postado em 22/02/2021 - 11:07:01

    Hello Chander, Leucro aqui, finalmente lendo 13 Steps (aliás eu já tinha lido esse capítulo no Spirit antes, mas esqueci de comentar na época hajhajdajkkkk), enfim eu amei este primeiro capítulo por alguns motivos, como por exemplo o Wally que é um dos meus personagens favoritos de Hoenn e é sempre esquecidinho no rolê e eu gostei que você deu a ele esse breve destaque e acrescentou mais ao personagem dele, quero logo ver mais do meu menininho de cabelo esverdeado

    • chander Postado em 23/02/2021 - 23:29:57

      Ah, man! Bom te ver por aqui. Wally tem meu coração, sabe? Eu adoro fazer isso nas minhas histórias. PEgar personagens sem plot e dar chance deles contarem suas histórias. Espero que você faça uma viagem gostosa aqui! Bjs leucro.

  • domramone Postado em 01/02/2021 - 16:55:09

    Que massa, eu tô empolgado com a história. No começo achei que era a May machucada na areia, mas fui enganado. Hahahaha

    • chander Postado em 01/02/2021 - 19:37:49

      Meme do pica-pau inserido aqui: Fui tapeado kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

  • flashstrike Postado em 30/01/2021 - 01:48:43

    Capítulo 2 - A May é a minha terceira Pokégirl favorita, então confesso que estava deveras ansioso para a aparição dela na história, principalmente porque queria conhecer a personalidade e o contexto familiar da sua May. Ela tem essa rebeldia característica da adolescência, mas da para perceber que também é bem coração quando o assunto é o seu pai, ela parece se importar bastante com ele, apesar de o homem nem sempre ser direto com ela. Como bom leitor, eu já estou criando algumas teorias sobre a atuação da mãe dela, e algo me diz que ela faz parte de uma certa equipe vilã. Enfim, aguardando por esse encontro no futuro. Agora assim, cara. Que plot twist foi esse no final, em?! Sou seu leitor há anos e ainda me pego surpreso com a morte de um personagem importante. Acho que nunca vou me acostumar com isso, na real HAHAHAHAHA. Espero que o Wally consiga mudar o destino dela...

    • chander Postado em 30/01/2021 - 01:59:33

      HAHAHAHAHAAHAHAHAHAHA e ainda dizem que eu não consigo surpreender ninguém. Mas sim, essa May é maravilhosa. Eu estou apaixonado por ela e pra mim, Mayara ficou normal, não tem como o nome dela ser outro kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk e vamos ver. Quem sabe a mama esteja viva por aí. Obrigado por vir.

  • flashstrike Postado em 30/01/2021 - 01:36:49

    Capítulo 1 - Esse foi um dos capítulos mais emocionantes que eu já li em toda a minha vida, na moral. Eu simpatizei bastante com o Wally de cara, ainda mais por se tratar de um personagem incomum nas fanfics de Pokémon. Estou ansioso para acompanhar a trajetória dele pela região de Hoenn e conhecer esse desfecho do final do capítulo que me deixou tão instigado! Parabéns =D

    • chander Postado em 30/01/2021 - 01:44:19

      Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh o Wally é meu nenê. Ele é tudo de bom. Espero que você continue curtindo a história :)

  • domramone Postado em 29/01/2021 - 21:33:21

    Caramba, eu tô adorando essa forma de contar o início e o fim ao mesmo tempo. Você consegue unir os dois de uma forma muito natural. Tá ótimo!

    • chander Postado em 29/01/2021 - 22:05:12

      Que bom que está curtindo. Eu faço isso, porque esse inicio não é tão movimentado, então, vamos colocar um pouco de tensão no ar hauahuahauahauah


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