Fanfic: More Than A Chance - SasuSaku | Tema: Naruto
O vento gélido que passa por um extenso corredor, onde ele faz sua curva para direita. Invadindo um cômodo amplo. Suas cortinas na cor branca com detalhes vermelhas, a saber, rosas vermelhas, voavam levemente. O vento gélido dançava no meio do cômodo que possuía as paredes num tom marrom claro e o piso de madeira lisa. Era magnífico a dança que o vento fazia. Sobre a cama de casal estava um certo livro, esse estava aberto. Mas por conta de o vento dançar no ambiente, o livro fez questão de seguir os passos do ar. Folheava sozinho, indo para o último capítulo. Conforme o livro era folheado, o ambiente em si mudava. De cores alegres para as cores tristes. O que era isso?
O livro continuava a folhear sozinho.
No momento em que o livro chega em seu final com brusquidão e onde o mesmo acabava se fechando, o vento que dançava se dissipou-se. O silêncio era algo assustador. As cortinas que ante era brancas com detalhes vermelhas, era num tom amarelado e seu vermelho se desbotava. As paredes estavam se descascando aos poucos, devido o cupim. Só que tinha algo a mais ali. Uma jovem sentada no chão, naquele piso desconhecido até por mim, ela parecia perdida em seus próprios pensamentos. Seu cabelo curto no tom róseos, corpo magro, sua pele parecia porcelana. Não dava para ver seus olhos.
O silêncio que reinava ali, era substituído por um breve soluço. O som vinha da jovem sentada no chão. Podia ouvir sua alma gritando, implorando para arrancarem aquilo de sua alma. Seu corpo pequeno estava indefeso, sem forças de levantar ou erguer seu rosto. Os soluços desenfreados que vinha dela, me fazia ter pena. O tempo em que passei aqui, pude acompanhar a jovem em sua jornada de ir até a janela que estava com uma parte quebrado, e de voltar a sua posição de antes. Nesta jornada vi seus olhos. Grandes orbes verdes, sem brilho algum. Só que estavam inchados e vermelhos de tanto chorar. No auge de seus vinte e seis anos, que eu acho que ela tenha.
Até agora não ouvir sua voz.
Os olhos da jovem circularam pelo cômodo. Parecia procurar por algo até que parou em um ponto distante, não sabia o que pensava, nem seu nome eu sabia, para ser claro. Ela tinha ido até o ponto e de lá ir para a cama. Segurava uma porta retrato e com a ponta de seus dedos sobre o vidro. Me aproximei e vi que acariciava levemente o rosto do rapaz na foto.
Queria saber o do porquê ela estar aqui, para a idade dela, deveria estar com os amigos. Ainda estava ao seu lado, seus cabelos na altura dos ombros meio que bagunçados, dando um ar de desleixada.
— Sasuke….
Sua voz não pertencia aquele mundo meu. Pela primeira vez que eu ouvir a sua voz, embargada pelo choro, tive uma imensa vontade de abraçá-la. As lágrimas que faziam questão de cair na fotografia. Os olhos dela não saía da fotografia que estava em um porta retrato descascado.
O rapaz da fotografia sorria abertamente para a moça ao lado, a saber, era garota que estava ao meu lado. Sasuke, foi esse o nome que eu ouvi dela. Demorou alguns minutos até ela começar a falar.
— Poderia ter sido diferente. – Sua voz denunciava saudade. — Tantos anos se passaram e ainda assim sinto sua falta. Saudade de seus carinhos. Seu jeito rabugento de falar e de agir às vezes. Tudo em você, eu sinto falta.
As palavras dela me atingia de tal maneira que me afastava.
— Mas fui egoísta. Pensei mais em mim do que em nós, em você… – Ouvia sua voz ficando distante. Flashs de uma possível memória surgia em minha mente. — Dez anos… Fora o tempo em que você se reergueu. Conhecendo outra pessoa, que não era eu. Namorando outra pessoa, que não era eu. Casando-se com outra pessoa, que não era eu. E tendo filhos para com aquela que fez juras no altar.
Meus olhos que se fechava quando ela continuava a se desabafar, sim, era um desabafo.
— Não soube te valorizar perfeitamente…
Não ouvir mais sua voz, então me virei e vi a mulher de joelhos com o retrato sobre o peito, o abraçando. O seu cabelo fazia um véu, cobrindo seu rosto.
Isso me fez lembrar de como as vezes por nós queremos ir atrás de nosso sonho, acabamos por deixar para trás tudo aquilo que pode nos atrapalhar no momento, fazendo uma promessa, achando que um dia iremos ter de volta. Pode ser um Grande engano? Em certas ocasiões sim, já em outros não. Para este público dos “Não”, eles praticamente mantêm contato ou é pura sorte, sabe? O engraçado é nós irmos para a faculdade, conhecer gente nova, conhecer cada canto da cidade em que nos encontramos. Mas nada é comparado a nossa antiga cidade, ao nosso lar.
Acredito eu que ela tenha passado por isso, mas o arrependimento que se apossou em sua alma, era maior que o sonho dela. Medicina.
Todos nós temos escolhas. Mas acho que para ela…
— Queria que me perdoasse, ter lhe trocado por um sonho que não era verdadeiro.
“Um sonho que não era verdadeiro”, as vezes ouvimos que devemos atrás de nossos sonhos. Mas temos que ter a certeza de que aquele sonho é o sonho.
— Você era o meu sonho… – Um choro agudo se foi ouvido. — Meu verdadeiro sonho…
Fechei os olhos, era doloroso isso que ela sentia. Eu sentia. Talvez você sinta...
***
As vezes o amor dói, certo?
Mas quando nós vemos que não conseguimos recuperar o que abandonamos, a dor aumenta mais ainda. Acredite. Minha dor não era a dela, e sim a do rapaz que ela tanto amava. Minhas memórias eram a do rapaz que amava ela intensamente. Mas ele sentiu…
Sentiu a troca…
Sentiu a dor da maldita troca…
A ambição dela era notória demais.
Qual era e ainda é a minha dor para com essa cena? Coração quebrado.
Amar pode doer.
Oh sim! Dói demais.
Mas podemos manter as memórias boas que nós temos em nosso coração.
Amar pode doer.
Mas devemos saber que pode ficar difícil as vezes, é isso que nos mantém vivos.
Cada um de nós sempre teremos recordações.
Mantendo nossas memórias boas e ruins no coração.
Acredito que esteja pensando sobre como posso ter força para continuar.
Eu também não sei.
***
Amar pode lhe curar. Remendar sua alma.
Para aquela que não podia mais amar, esta se superou.
Amar pode lhe fazer sorrir novamente? Sim.
E também fazer esquecer do primeiro amor? Nunca.
Você pode amar, mas esquecer daquela pessoa que te mostrou o amor. Isso não.
A mulher no auge dos seus trinta e dois anos, andava apressada pela avenida movimentada de Tokyo junto com sua filha.
— Mamãe, mamãe, mamãe! – Uma garotinha de seis anos, chamava por sua mãe. A mais velha que parou para encarar a vitrine da loja de roupas desvia a atenção para sua filha. Dando o mais belo sorriso.
— Diga Sayuri. – Com sua voz doce disse para a pequenina. Esta possuía os orbes verdes num tom claro, pareciam duas jades. Seu cabelo curto no corte Chanel tendo a coloração rosa-pastel em sua raiz até a última ponta do cabelo. Mantinha o mesmo corte por sinal.
O olhar da pequena que possuía duas orbes verdes que mais pareciam duas jades raras, quem já viu uma pedra dessa, teve sorte na vida. Com seu cabelo curtinho na coloração vermelha. — Quero comer. Podemos comer um X-Tudo? – Indagou ela com um olhar pidão, recordo-me do Gato de botas nessa cena.
A mais velha ainda sorrindo assentiu levemente. Ambas então caminharam em direção a lanchonete, com a alegria estampada na face da pequenina que logo contagiou a sua mãe, adentraram no local "Lanchonete: Mais Alegria”, se assentaram numa mesa para quatro pessoas, nesse meio tempo a garçonete que as viu chegar, pegou seu bloco de notas e caneta, saiu patinando pelo piso xadrez (preto e branco) até chegar perto das novas clientes. Com sorriso no rosto desejou umas boas-vindas, e perguntou o que elas desejariam comer.
— Queremos apenas dois hamburguês e dois sucos de laranja.
Depois que a moça se afastou, o badalar dos sinos soou naquele ambiente. A mulher sempre sendo curiosa, olhou em direção a entrada e se deparou para com o seu sonho.
O rapaz da fotografia, Sasuke, que tinha visto a rosada entrando na lanchonete. Seguiu a mesma. Jade vs Ônix. Dois corações que antes quebrados foram remendados através do último amor. Mentes evoluídas. O que esperar quando tudo o que sempre almejamos ver novamente estar a nossa frente a poucos metros?
O amor tem seus segredos.
E como tem segredos.
Achamos que conhecemos tudo sobre o amor. Mas não sabemos de nada.
Então você percebe que não era só você que possuía uma fotografia.
Uma memória. Uma vida.
Onde se abraçavam e se beijavam com tanto amor.
Você achava que estava só.
Não, você não estava.
— Sakura… – Sua voz grossa transmitia saudade, naquele pequeno nome, nome esse que fazia ele sentir a paz. Mas o medo de se aproximar e sentir que ela não queria ele por perto era grande. Suas mãos suavam, e muito.
Então o amor pode simplesmente te fazer voltar as origens sem perceber.
Origens essa que você tenha se esquecido.
Não se espante quando você ver uma fotografia sua guardada no bolso da calça do cara.
Daí você verá que não estava sozinha todo esse tempo.
Mesmo distantes, vocês estavam juntos.
Mesmo brigados, se odiando, vocês estavam juntos.
— Sasuke! – Ela se levantou quase derrubando sua bolsa que estava sobre seu colo. A menina ficou curiosa e surpresa pela atitude de sua mãe. Sakura se encontrava surpresa em um misto de alegria, sua pulsação estava elevada. A memória de ambos pareciam entrar em sincronia. O passado que estava por lá veio até o futuro, como uma cobra que rasteja na terra. O medo a atingiu, sentia que ele poderia lhe xingar ou dizer algo pior, lembrou-se de sua filha pequenina.
Ela se virou para a pequena e sorriu nervosa, voltou sua atenção para o homem a sua frente. Viu que o mesmo tinha seus olhos sobre a sua filha, os olhos dele brilhava.
— Tanto tempo não? – Ousou falar com um certo receio, seu medo de ser humilhada era grande.
— Sim.
Mesmo com os corações restaurados,
E se vocês se machucarem, tudo bem.
Apenas as palavras sangram dentro daquele livro que vocês costumavam a ler.
Se abracem, apenas isso, se abracem como vocês nunca deram.
Espere ele te dizer que esta de volta.
Pois o tempo é está sendo seus melhores amigo.
Ele sabe o que é bom para os dois.
Então espere que apenas uma palavra faça com que você lute.
Espere e verá.
— Eu te perdoo… - Diz Sasuke se aproximando da rosada, suas mãos segurou as bochechas da mulher. — Éramos muito egoístas, principalmente eu. Por isso que… Me perdoe, Minha Rosada. Quando tínhamos 16 anos, você costumava a me dizer “Mantenha isso no fundo de sua alma, te amo demais! Mantenha isso no fundo de sua alma. E se você me machucar. Está tudo bem meu amor. Quando eu estiver longe, me lembrarei de como você me beijava. Ouvindo você sussurrar pelo telefone que esperava a minha volta. Apenas isso… Espere por mim.” Por isso que meus pensamentos era você o tempo inteiro. Minha alma almejava tanto esse encontro. Me perguntava onde você estava. Ate que vi você entrar naquela lanchonete sorridente junto a sua filha, precisava, e como precisava-lhe dizer o quanto te amo e o quanto te perdoo. Meu passado com a minha falecida esposa, seria idêntico se você não tivesse ido. Meus filhos sabem de minha história e torcem para eu ser feliz ao seu lado. Minha falecida esposa me desejou felicidades como também agradeceu por eu tela amado, amei ela. Não me esquecerei do meu último amor, nunca. Ela foi meu porto seguro, ela foi meu tudo. Mas você Sakura, sempre será o meu primeiro amor, nunca lhe esqueci. O nome de sua filha é uma homenagem (Sem perceber) a minha falecida esposa. Por isso que eu simplesmente acredito no que o tempo é capaz. E como acredito.
Fim
Autor(a): AnaSilva_
Este autor(a) escreve mais 2 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?
+ Fanfics do autor(a)Loading...
Autor(a) ainda não publicou o próximo capítulo