Fanfic: Use-me - Vondy (Adaptada) [Terminada] | Tema: Vondy

Christopher

—Nos vemos na próxima quinta-feira, ao vivo, para o pré-jogo, antes que o Blackhawks detone o St. Louis Blues. Tenham uma ótima noite de descanso. — Eu empilhava os papéis à minha frente enquanto aguardava que saíssemos do ar. O Blackhawks acabara de vencer o Minnesota Wilds na prorrogação, e eu estava exausto.

— E estamos fora.

Ao contrário do que eu presumia ser a rotina diária das transmissões de Dulce, as minhas eram apenas quando havia jogos. Eu entrava ao vivo na TV em qualquer lugar de trinta minutos a uma hora a cada pré e pós-jogo, duas ou três vezes por semana. Tomás e eu discutíamos sobre o Blackhawks, sobre o jogo que havia acabado ou o que ainda aconteceria, além de discutir sobre nossas expectativas. Fazíamos entrevistas com emissoras esportivas, bem como com jogadores do time, e claro, passávamos horas enfiados na redação, porque nossos trabalhos eram mais do que além daquilo que mostrávamos na TV.

Veja só... eu, pensando em Dulce, como se fôssemos namorados. Não éramos. Aparentemente, estamos apenas fodendo e, por mim, tudo bem.

Claro que das vinte e quatro horas que passamos juntos, transamos apenas algumas vezes, e a vez do barco, que foi inesperada, não contava. Mas eu estava precisando. Precisava me perder no momento e esquecer a cadela que estava tentando causar merda entre mim e Dulce, sem motivo. Quando me virei ao ouvir meu nome, cheguei a pensar que fosse imaginação da minha cabeça. Nunca, em um milhão de anos, teria pensado em esbarrar com Natalia em um barco no meio do Lago Michigan. Ao olhar para aqueles olhos, me senti encurralado. Ou pelo menos pensei que estivesse. Também me preparei mentalmente para uma briga de mulheres. No entanto, Dulce me arrastou para o banheiro, usando o apelido com o qual eu a chamava.

Eu adorava cupcakes.

Peguei minhas coisas na mesa e o celular para enviar uma mensagem de texto para Dulce. Vinha pensando nela desde o dia em que passamos juntos, mas queria que ela me procurasse. No entanto, quanto mais eu esperava, mais achava que, provavelmente, ela estivesse fazendo o mesmo. Se eu quisesse continuar o que quer que fosse aquela relação, precisava pelo menos comunicá-la e mostrar que ainda estava interessado. Ela já devia estar a caminho de casa, e eu queria saber como passou o dia. Não pude acompanhar o noticiário dela dessa noite e, aparentemente, assisti-lo havia se tornado meu programa favorito nas últimas duas semanas.

Enquanto digitava a mensagem para Dulce, recebi uma de Natalia.

Sinto sua falta baby, me liga.

Encarei as palavras na tela. Quando essa mulher ia dar um descanso? Esse o preço que tenho que pagar por ter namorado alguém bem mais jovem do que eu.

— O pôquer ainda está de pé na sexta-feira? — perguntou Christian, vindo em minha direção. Semanalmente nos reuníamos no meu apartamento para jogar. Os rapazes levavam cervejas e salgadinhos e eu pedia pizza. Como os jogos de hóquei aconteciam em dias diferentes a cada semana, o pôquer variava com a nossa agenda. Esta semana teríamos a jogatina em uma noite de sexta-feira.

— Claro.

— É da Dulce? — Christian inclinou a cabeça em direção ao meu telefone.

— Natalia — corrigi.

Ele gemeu.

— O que essa puta quer? Começamos a sair do prédio.

 — Meus contatos.

— Ela realmente pensa que, depois de ter dito na sua cara que estava contigo só porque queria conhecer jogadores de hóquei, você a aceitaria de volta?

Dei de ombros.

— Ela está tentando.

— De verdade... Eu nunca gostei dela. Claro que ela era gostosona, ainda mais quando dançava no Judy’s e os seios praticamente saltavam, mas eu nunca soube o que você realmente viu nela. Ela nem era lá isso tudo.

— Você esperou tempo demais pra me dizer isso. O que aconteceria se eu a tivesse pedido em casamento?

— Eu sabia que você não seria tão estúpido.

Por sorte, não era mesmo. Christian e eu chegamos aos nossos carros, e cada um seguiu seu rumo. Quando cheguei em casa, estava temeroso de que Natalia estivesse à minha espera. Com a minha sorte, era bem capaz de ela ter feito outra cópia da chave. Mas quando abri a porta, estava escuro e calmo dentro do meu apartamento. Tranquilo até.

Antes de tomar banho, liguei a TV na ESPN, precisando que o ambiente não parecesse tão silencioso e solitário, e enviei uma mensagem para Dulce, a que queria ter enviado uma hora antes.

Como foi sua noite? Perdi o noticiário, mas tenho certeza que você foi incrível.

Antes de enviar, pensei em adicionar um emoji sorridente e piscando. Desisti. Em vez disso, enviei e entrei no chuveiro. Quando saí, havia uma resposta de Dulce.

Apenas mais um dia reportando notícias. Ouvi que o Blackhawks venceu, então isso quer dizer que você também teve uma boa noite?

Sorri enquanto escrevia de volta.

Eu: Venceu sim. E tive mesmo. Você está em casa?

Silenciosamente, rezei para que ela me convidasse para ir até lá, enquanto vestia a minha boxer. Ela respondeu:

Dulce: Estou. E você?

Eu: Também. Quer vir aqui?

Achei que deveria ao menos perguntar, já que ela não perguntou primeiro.

Dulce: Já estou na cama.

Ah, eu poderia tirar proveito disso...

Eu: Tudo bem. Então... O que está vestindo?

Sou homem. Eu tinha que tentar. Os pontos dançavam na tela enquanto eu seguia para a sala, desligava a TV e deitava na cama. Os lençóis ainda conservavam o cheiro dela, o que ajudou bastante. Eu poderia embarcar na brincadeira se ela topasse brincar junto.

Dulce: Eu deveria responder... Nada?

Sorri

Eu: Isso ajudaria com a imagem que eu estou pintando de você neste momento.

Dulce: Ok. Então estou nua.

Eu: Na cama?

Dulce: Sim

Eu: Passe a mão pelo estômago.

Dulce: Pelo estômago?

Eu: Faça o que eu estou falando. Passe as pontas dos dedos, suavemente, pela sua barriga... Até o mamilo.

Dulce: O que você está fazendo enquanto eu acaricio meus seios?

Eu não tinha pedido que ela acariciasse os seios. Ela simplesmente entrou na brincadeira. Ótimo! Se ela não estivesse realmente nua, tenho certeza de que quando eu acabasse a nossa brincadeira, definitivamente estaria.

Eu: O que você quer que eu faça?

Eu observei as bolinhas saltando na tela novamente. Elas começaram, então pararam, e começaram novamente. Finalmente, recebi uma resposta:

Dulce: Você está nu?

Eu: Estou

Menti, mas rapidamente tirei a cueca e a joguei no chão.

Dulce: Então eu também quero que você belisque o mamilo.

Eu ri.

Eu: Como você sabe que eu gosto que meus mamilos sejam beliscados?

Isso não era necessariamente verdade. Nunca aconteceu antes, mas decidi continuar brincando.

Dulce: Porque é gostoso. Também é pra você?

Sim. Estávamos fazendo isso. Dulce  tinha embarcado no jogo.

Eu: Sim, Cupacke. Isso te deixa molhada?

Instantaneamente fiquei duro quando meu cérebro projetou uma Dulce molhada.

Dulce: Encharcada

Gemi, acariciando a ponta do meu pau algumas vezes antes de digitar uma resposta.

Eu: Me manda uma foto dos seus peitos.

Os três pontos dançaram novamente na tela enquanto eu segurava o celular com uma mão e lentamente acariciava o pênis com a outra. Então pararam, e eu segurei a respiração, à espera.

Esperei.

Esperei.

E esperei.

Finalmente, meu telefone tocou, e o nome de Dulce apareceu na tela.