Fanfic: Use-me - Vondy (Adaptada) [Terminada] | Tema: Vondy

Eu estava exausto. O jogo tinha ido para a prorrogação, e eu não queria fazer nada além de me jogar na cama. Na cama com Dulce.

Não era assim que amigos com benefícios funcionavam, era? Eu não estava nem aí. Enviei uma mensagem para ela antes de sair do estúdio.

Eu: Está acordada, Cupcake?

No percurso até chegar em casa, Dulce tinha me enviado algumas mensagens.

Dulce: Estou.

Dulce: Estou no Judy’s com Zora.

Dulce: Venha se juntar a nós para tomar um drink.

Não respondi. Em vez disso, subi as poucas quadras até o Judy’s. Ao entrar no bar aquecido, vi Dulce rindo com a amiga e isso instantaneamente colocou um sorriso no meu rosto. Era assim que um cara dominado se parecia? Foda-se. A boceta de Dulce era a minha heroína. Sabia que tinha ouvido essa citação em algum lugar antes, mas agora entendia. Era mais do que apenas sexo. Eu ansiava por ela.

Caminhei até Dulce e sussurrei em seu ouvido:

— Cupcake.

Dulce virou-se, um sorriso nos lábios.

— Você veio.

Sentei no banquinho ao lado dela.

— Vim. É bom te ver novamente, Zora. Ela sorriu.

— Você também.

— Não vai beber? — Dulce perguntou.

— Não, estou acabado.

— Imagino. — Dulce assentiu. — Tirei uma soneca no sofá depois do almoço.

— Algo que vocês gostariam de me contar?

Nós nos viramos para olhar para Zora, mas Dulce falou:

— Você já sabe tudo. Pare de agir como se não tivesse me perturbado a noite toda.

Eu ri.

— Você estava falando sobre mim, Cupcake? — Seus olhos se arregalaram quando ela me olhou. — Fico lisonjeado.

— Bem, essa é minha deixa pra ir embora — disse Zora, sarcasticamente.

— Não — Dulce protestou. — Fique para mais uma bebida.

Zora levantou do banquinho.

— Seu homem está cansado, e eu preciso chegar em casa para os meus bebês. Eddy provavelmente deve estar ficando louco.

Seu homem. Gostei de ouvir.

— Ok, vamos esperar com você até o Uber chegar.

— Não, vocês ficam.

— Não, está tudo bem. Esperamos com você.

Zora pegou o telefone, e eu supus que ela estava solicitando um Uber.

— Eles estarão aqui em dois minutos. Dulce e eu ficamos de pé.

— Você precisa pagar sua conta? — perguntei. Dulce sacudiu a cabeça.

— Não. Nós já pagamos o que bebemos.

As meninas caminharam na minha frente e, depois de se abraçarem e Zora entrar no carro, Dulce e eu caminhamos em direção aos nossos prédios.

— Eu assisti ao jogo — ela confessou. Sorri.

— Assistiu?

— Eu até vi você na transmissão do pós-jogo, mas não consegui ouvir nada. Nós já estávamos no bar.

— Eu tenho certeza de que papo de esportes não é sua praia.

— Bem, eu posso passar a gostar de papos de esportes. Eu quero ir a um jogo.

Eu me animei.

— Posso fazer isso acontecer.

— Pode?

— Tenho minhas conexões. — Eu ri. Também conhecidas como “comprar ingressos”. Eu geralmente recebia desconto. Às vezes ganhava algumas cortesias, mas não era sempre.

— Mas você não poderia ir, né?

Balancei a cabeça, e assim que estava prestes a dizer que infelizmente ela estava certa, senti que estava sendo observado. Olhei para a esquerda e vi Natalia de pé na entrada do meu prédio, olhando para nós.

— Caralho — sibilei entredentes. O olhar de Natalia fixou no meu e ela atravessou a rua em nossa direção. Nem sei se ela olhou para os lados para ver se vinha carro, simplesmente veio em linha reta.

— Isso só pode ser sacanagem.

— O quê? — Dulce perguntou.

— Natalia.

Dulce só virou quando Natalia começou a gritar:

— Então é com ela que você está fodendo?

— Como é? — Dulce sibilou.

Dei um passo à frente, bloqueando Natalia.

— Vá para casa, Natalia.

— Não me diga o que fazer!

— Vamos embora. — Dulce puxou meu braço.

— Cala a boca, sua puta! — murmurou Natalia.

Tantos pensamentos estavam passando pela minha cabeça, mas antes que eu pudesse fazer qualquer coisa, Dulce postou ao meu lado.

— É hilário observar você tentar encaixar seu vocabulário inteiro em uma única frase. Às vezes, é melhor manter a boca fechada e dar a impressão de que você é estúpida em vez de abri-la e acabar com todas as dúvidas.

Natalia ficou sem palavras.

Fiquei chocado.

Em poucas palavras, Dulce chamou Natalia de estúpida, mas, no entanto, fez isso com a classe pela qual era conhecida. E era por isso que minha mãe admirava essa mulher. Era por isso que eu também a admirava.

Peguei a mão de Dulce e entrei no prédio dela enquanto Natalia permanecia atônita na calçada.