Fanfics Brasil - Capítulo 37 Use-me - Vondy (Adaptada) [Terminada]

Fanfic: Use-me - Vondy (Adaptada) [Terminada] | Tema: Vondy


Capítulo: Capítulo 37

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Vcs sabem o caminho do meu coração né? Comenteeeem 


PS. Já chegamos na metade da história!



Dulce


Acordei com a sala cheia de gente.


Imediatamente, percebi que estava deitada no meu sofá e um cobertor me cobria. Pela rápida olhada no meu corpo, vi que ainda estava com o vestido de gala. Eu não sabia o que tinha acontecido, mas vagamente me lembrava de ter algo a ver com Xavier chegando à minha casa.


Quando me virei em busca das vozes, a primeira pessoa que vi na névoa foi meu irmão.


— Poncho?


Ele olhou para mim quando o chamei, e se abaixou ao meu lado. Um movimento à direita captou minha atenção. Christopher estava ali. Um puxão no meu braço me alertou para a presença de uma paramédica usando um manguito de pressão arterial.


— Como você está se sentindo? — Perguntou a paramédica.


— Tonta. O que aconteceu?


— O sintoma vai desaparecer em breve. O efeito do éter só permanece no sistema enquanto está sendo administrado. E você precisará perguntar ao detetive sobre o que aconteceu. Eu não sei o que houve.


— Quanto tempo fiquei apagada? — Pareceram horas, talvez até dias, mas eu estava no meu apartamento.


— Talvez uns vinte minutos — Christopher respondeu.


— O que aconteceu? — Perguntei a Christopher desta vez. Percebi que ele ainda estava com o smoking.


— Eu vou esclarecer tudo, assim que você estiver um pouco melhor.


 Voltei a olhar o meu irmão.


— O que você está fazendo aqui?


— É uma longa história.


Christopher me entregou uma garrafa de água.


— Beba um pouco.


— Sim — concordou a paramédica. — Você precisa descansar, e nós precisamos levá-la ao hospital, mas vamos colocá-la próxima à janela aberta, dessa forma o ar puro vai ajudar a aliviar o mal-estar.


— Eu preciso ir para o hospital?


— Eu te aconselharia a ir.


Christopher e Poncho me ajudaram a levantar do sofá e me levaram até a janela onde a paramédica colocou uma cadeira. Christopher a abriu e o vento gelado do inverno causou arrepios pelo meu corpo. Bebi um gole da água.


— Mas eu não tenho que ir ao hospital, não é?


— Bem, como era apenas éter, e seus sinais vitais estão estáveis, não precisa, mas...


— Eu não quero. — Aspirei profundamente o ar puro. Eu já estava começando a me sentir um pouco melhor, eu conhecia um pouco dos efeitos do éter, sabia que os médicos o usavam como se fosse Propofol, para auxiliar na anestesia geral.


— O meu outro irmão é médico e se eu não melhorar, peço que ele dê uma olhada em mim.


— Tudo bem — disse a mulher. — Apenas prometa que vai se hidratar e respirar ar puro.


Eu assenti. A paramédica aferiu minha pressão arterial mais uma vez.


— O que aconteceu com Xavier? — Perguntei ao Christopher e Poncho, sem me preocupar de onde viria a resposta.


Os dois se entreolharam, mas foi meu irmão quem respondeu:


 — Ele está...


Christopher se ajoelhou ao meu lado e colocou uma mecha de cabelo atrás da minha orelha, falando antes que Poncho terminasse o que ia dizer:


— Ele não vai mais te machucar, Cupcake.


— Ele está preso? — Olhei para o meu irmão esperando uma confirmação.


Poncho respirou fundo.


— Não. Eu atirei nele.


Engasguei, e meus olhos se arregalaram em choque. Eu não sabia que Poncho tinha chegado enquanto tudo estava acontecendo. Imaginei que tivesse sido chamado depois.


— Você atirou nele?


— A situação ficou complicada, Dul.


— Aparentemente — respondi secamente. Senti náuseas, então voltei para a janela e respirei um pouco de ar frio e puro.


Outro detetive chamou Poncho em um canto. Christopher começou a esfregar círculos nas minhas costas.


— Você quer caminhar até o meu prédio?


— Sim. — Em hipótese alguma eu ficaria no meu apartamento. Christopher olhou para a paramédica, e ela assentiu.


— Se você estiver bem para caminhar, então não tem problema. Apenas vá devagar.


— Deixe-me ver se podemos ir embora. — Christopher levantou-se e conversou com meu irmão por alguns segundos. Depois de aparentemente trocarem números de telefone, ele voltou.


— Nós podemos ir. Poncho mexeu alguns pauzinhos, então os detetives vão pegar sua declaração amanhã de manhã.


Assenti com a cabeça e fiquei de pé. Christopher estendeu a mão e me guiou como se eu fosse uma mulher de noventa anos. Na verdade, era assim que eu me sentia. Não tinha me dado conta dos fatos até notar o monte coberto por um lençol branco, no trajeto em que Christopher me guiava até a porta. Senti minha respiração presa na garganta.


— Aquele é o...


— É. — Christopher bloqueou minha visão.


— Ele está morto? — Poncho dissera que tinha atirado nele. Eu não imaginei que o que ele realmente quis dizer era que tinha matado o Xavier.


— Está. — Christopher entrelaçou nossos dedos enquanto passávamos pelos investigadores na porta de entrada. Quando chegamos ao térreo, Christopher murmurou: — Merda. Não peguei um casaco pra você.


— Tudo bem. É só até o outro lado da rua. Acho que vou sobreviver.


Christopher tirou a jaqueta do smoking e a envolveu nos meus ombros. Estava quentinha e tinha seu cheiro, e quando estávamos quase saindo, Christopher me puxou para o calor de seus braços.


— Senhorita Saviñón! — José correu até nós. — Você está bem? Assenti.


— Sim, estou bem.


Ele suspirou aliviado.


— Não posso acreditar que isso aconteceu enquanto eu estava no meu intervalo.


Parei de andar.


— Honestamente, José, acho que ele estava esperando por esse momento.


Eu não sabia se isso era verdade ou não, mas só poderia ter sido daquele jeito. Fora o fato da minha estupidez ao pensar que eu estivesse recebendo flores enquanto estava ausente para a entrega do Emmy, ou mesmo imaginando que José estava levando até meu apartamento. Porque, vamos lá... já era tarde da noite, e as entregas geralmente não acontecem depois das cinco. A imprudência havia obscurecido meu julgamento.


— Eu sei, mas se...


— Você é porteiro, não o segurança.


— Eu sei, mas sei quem entra e sai deste prédio em todos os momentos.


— Exceto quando está de folga ou no intervalo — Christopher lembrou.


Ele deu um aceno lento com um sorriso constrangido.


— Certo.


Segurei seu braço e dei um ligeiro afago.


— Não foi sua culpa.


Christopher e eu nos dirigimos à porta, e José a abriu para nós.


— Tenham uma boa-noite.


Fomos apressadamente pela rua até o apartamento de Christopher. Uma vez lá dentro, Christopher me preparou um banho e disse que voltaria com uma bebida. Eu esperava que ele me trouxesse mais água, mas, depois de tomar banho e vestir uma de suas camisetas, ele me entregou um copo com dois dedos ou mais de um líquido ambarino.


— Uísque? — perguntei enquanto cheirava o copo. Ele assentiu.


— Vai te ajudar a dormir.


— E você? Você estava lá quando Poncho atirou no Xavier, não é?


— Estava. — Christopher suspirou e desviou o olhar. Tive a impressão de que ele não queria que eu visse o medo em seus olhos.


— E você está bem? — No meu estado confuso, nem pensei em perguntar antes, mas agora com a mente mais desanuviada, tudo o que havia acontecido estava começando a assentar em mim.


— Bem... Eu vi um cara morrer segurando você nos braços. Não é uma coisa que esteja me descendo bem, ainda.


— Poncho atirou nele enquanto eu estava... — sussurrei, mas não consegui terminar a sentença.


Ele assentiu.


— Foi. Beba, e eu te conto tudo o que você quiser saber.


Christopher tirou a roupa e entrou no chuveiro enquanto fui para o quarto, tomando goles do uísque. Quando saiu do banheiro usando apenas uma toalha em volta dos quadris, pegou seu copo no criado-mudo e tomou a bebida de uma vez. Eu o observava, absorvendo lentamente o licor suave, enquanto Christopher vestia o pijama e se arrastava para o colchão luxuoso, inclinando-se contra a cabeceira da cama, refletindo minha posição.


— Por onde quer que eu comece?


Senti meu coração começar a bater um pouco mais rápido. Queria saber o que tinha acontecido, mas estava nervosa, como se estivesse à beira de um precipício, e o mero pensamento de pular me deixasse inquieta e angustiada.


— Comece do momento em que eu apaguei.


Fiquei em silêncio enquanto processava toda a história, e então eu disse:


— Acho que precisamos de outra bebida.



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Autor(a): Primasvondy

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Christopher —Ei, bichinha! — Enfiei os livros apressadamente dentro da mochila, querendo ir para o treino, bem como sair da reta de Paco Álvarez. — Estou falando com você! — Ele agarrou a parte de trás da mochila me empurrando contra os armários. — Eu não sou bichinha! — sibilei. — Não? &Ea ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 1127



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  • taci Postado em 04/11/2023 - 01:31:59

    Eu amei, a história é muito linda 🥰

  • capitania_12 Postado em 30/03/2021 - 21:55:15

    Acaciaaaaaaa,posta Ferida por favor,kkkkk

  • dayanerodrigues Postado em 30/03/2021 - 12:29:24

    Simplesmente ameiiiiiii

  • anne_mx Postado em 27/02/2021 - 02:07:54

    AAAAAAAHHHHH não creio que acabou, vou sentir tantas saudades, vinha aqui todos os dias só pra ler essa fanfic, foi incrível, foi leve e gostosa de se ler, muito obrigada <3 Sentirei saudades, não vejo a hora de você voltar com outra fanfic perfeita de novo, beijos, aproveita o descanso e volta pra gente um dia <3

    • Primasvondy Postado em 28/02/2021 - 15:42:39

      Ain miga... Decidimos fazer a família crescer. Preciso me concentrar nesse momento sabe?! Mas eu volto!!!

  • ana_vondy03 Postado em 26/02/2021 - 22:32:35

    Aaaaaa essa história foi perfeita!! Como todas obv! Aí amg, vai fazer falta suas histórias, volta logo viu kkkkkk S2

    • Primasvondy Postado em 28/02/2021 - 15:41:44

      Obrigadaaaa. Eu voltarei logo!

  • taianetcn1992 Postado em 26/02/2021 - 20:05:35

    ai que lindoooooo, ja to ansiosa pela proxima como sempre

    • Primasvondy Postado em 28/02/2021 - 15:41:13

      Vai demorar um pouquinho. Mas voltarei

  • binha1207 Postado em 26/02/2021 - 19:46:14

    Amei o final.... Eu sei que vc precisa desse tempo pra vc mas mesmo assim me sinto triste...vc foi é minha companhia...amo suas fanfic e louca por sua voltar...Se cuide e volte pra nós... Bjs soberana...

    • Primasvondy Postado em 28/02/2021 - 15:40:58

      A família vai crescer miga... Preciso realmente de um tempinho! Mas eu vou me esforçar pra voltar o mais breve possível!

  • binha1207 Postado em 26/02/2021 - 18:55:07

    Eles são lindos.... Poste o epílogo... Apesar que estou triste com o fim....

    • Primasvondy Postado em 28/02/2021 - 15:40:03

      São meu xodó também

  • ana_vondy03 Postado em 26/02/2021 - 16:27:08

    Aaaaaa quem disse q o Paco estragou algo hein?? Q ele apodreça na cadeia! Aiii não acredito q o próximo já é o epílogo! Continuaaa amoreee S2

    • Primasvondy Postado em 28/02/2021 - 15:39:45

      Acabou tão rápido né?

  • anne_mx Postado em 26/02/2021 - 14:33:58

    Incrível a capacidade do Paco mrm kkkkkkkk FINALMENTE ESSES DOIS CASADOS E PACO ATRÁS DAS GRADES!

    • Primasvondy Postado em 28/02/2021 - 15:39:27

      Merecia coisa pior hahaha


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