Fanfic: TEMPO PERDIDO | Tema: Suspense, ação, família
Terceira parte:
Em casa, Eduardo avistou o carro do seu amigo de trabalho. O que ele estava fazendo na sua casa? ele se perguntou. Sem ter resposta, decidiu entrar em casa sem fazer barulho. Foi adentrando cômodo por cômodo até chegar próximo da sala. Cada vez que se aproximava ele pôde ouvir uma conversa estranha, quando viu uma cena que esquentou seu sangue de raiva.
Antes disso, em casa, Mônica ouve a campainha tocar e resolve atender. Era o amigo de trabalho do seu marido. Renato estava parado na porta com um semblante de preocupação. Ele entrou na casa sem dar tempo de Mônica o convidar para entrar. Ele estava nervoso e aborrecido. Seu aborrecimento era devido a demora de alguma coisa que ele não recebeu. Ele mostrava a tela do celular dele para o rosto de Mônica e vociferava:
-Cadê o dinheiro que você prometeu transferir hoje?
-Calma, você ainda nem fez o serviço.
-Eu vou fazer, não fiz antes porque, como eu disse, tinha uma outra pessoa aqui nesta casa.
-Quem estaria aqui além do meu marido?
-Eu não sei, eu pensei que fosse ele, mas daí Eduardo chegou no carro e o outro saiu correndo pra floresta. Então eu desisti de fazer o serviço com medo desse estranho testemunhar alguma e estragar tudo.
-Como assim havia outra pessoa rondando a casa e não era você?
-Já disse! Não era eu!
-E você não me disse nada?
Somente aí que Mônica percebeu que podia não ser Renato na janela do quarto quando ela e Eduardo faziam amor. E também na janela do quarto da sua filha. Um estranho de verdade! Um ladrão! Um pedófilo! Um frio tomou conta do corpo de Mônica ao imaginar que algo de ruim poderia acontecer com sua pequena Clarisse.
-Transfira logo o dinheiro! Gritou Renato.
-Eu não posso transferir nada pra você ainda, amor!
Amor?
-Eu preciso que você o mate para que eu receba o dinheiro do seguro!
Seguro?
-Eu preciso da primeira parte que você me prometeu. Preciso pagar minhas dívidas!
-Olha aqui, eu não vou viver com você se você continuar com esse vício em jogos!
-É claro, amor! Eu já parei! Só tenho que pagar essas últimas dívidas e pronto.
Renato abraçou Mônica e a beijou. Um beijo longo e apaixonado. Foi demais para Eduardo assistir parado. Pegou a arma, apontou para os dois amantes e falou com muita raiva no coração.
-Então era esse seu plano, desgraçada?!
-Eduardo!!! Exclamaram surpresos os amantes.
-Era pra ele me matar e você pegar o dinheiro do seguro pra vocês dois viverem juntos? Onde? No cassino? Desde quando vocês são amantes? Hein, Mônica? Desde quando você me trai com esse maldito aí?
Mônica tentou desmentir tudo, mas percebeu que não dava mais pra esconder. Então decidiu contar.
-lembra de quando você andava preocupado e muito ocupado no trabalho. Eu pensei que você estava me traindo. Então decidi seguir você. Ficava rondando seu trabalho esperando descobrir quem era a vagabunda que estava roubando meu marido. Até que Renato me descobriu observando você. Perguntou o motivo que eu estava fazendo ali. Eu contei pra ele, ele riu, conversamos bastante e aí acabamos ficando. Achei que seria uma pequena aventura. Tentei te procurar, mas você não reagia. E então, acabei me envolvendo com ele pra valer.
-Nós nos apaixonamos, Eduardo!
-E por isso querem me matar? De quem foi a ideia? Sua Renato? com certeza! Quer pagar suas dívidas de jogo com a minha morte?!
-Não é bem assim, Eduardo! Disse Renato. -Era eu quem estava na vez pra ser promovido. Isso ia resolver tudo. Mas daí você, com sua vidinha perfeita, mulher maravilhosa e família boa, veio estragar tudo. Foi promovido no meu lugar. Mas não dá valor a nada do que você tem. Deixou sua mulher sem atenção...
-Cale a boca!!! Irritou-se Eduardo e apontou a arma para os dois amantes em tom maior de ameaça.
Mônica chorava pedindo para que o marido não fizesse nada do que podia se arrepender. Renato disse que Eduardo poderia pegar muitos anos de prisão por assassinato.
Muitos anos de prisão?
Eduardo ficou parado ao perceber que a história do estranho homem poderia ser verdade. Então foi isso que aconteceu!
Ele descobriria a traição da esposa e a mataria, seria preso e passaria anos na cadeia.
Mas e a Clarisse?
Na história do estranho, Eduardo matava tanto a esposa quanto a filha.
Por que Clarisse?
Enquanto, Eduardo se perdia nos seus pensamentos. Renato viu a chance de reagir e tomar a arma de seu amigo enquanto ele murmurava palavras sem sentido. Renato hesitava se partia pra cima do amigo ou não. Foi quando a pequena Clarisse apareceu na sala, e sua presença repentina naquele ambiente surpreendeu Eduardo.
-Clarisse, saia daqui! Gritou Eduardo para sua filha que ficou parada na entrada da sala com sua pequena mochila pendurada na sua barriga, mas foi surpreendido com o peso do corpo do seu amigo de trabalho se jogando em cima dele.
Os dois caíram no chão, Renato agarrou o braço que Eduardo segurava a arma, mas ao se chocar no chão, a arma disparou acertando em cheio a pequena menina que caiu no chão totalmente desfalecida.
-Não!!! Gritaram seus pais ao verem sua filha morta caída no chão. Porém, não deu tempo para Eduardo chorar a tragédia que tinha acontecido, quando sentiu um forte golpe na cabeça e perdeu a consciência. Foi Renato que pegou um objeto pesado da estante e golpeou seu amigo bem forte na cabeça. Ao ver Eduardo desmaiar no chão, tratou logo de apanhar a arma e se levantar. Mônica correu para chorar em cima do pequeno corpo de sua filha.
Renato se agacha para falar com Mônica e pedir para que os dois saiam dali. Mas Mônica protesta:
-Eu não posso deixar minha filhinha aqui!
-Mas a polícia vai chegar logo aqui...
-É culpa sua! Acusou Mônica, você não devia ter agarrado o Eduardo.
-Mas ele iria nos matar!
-Eduardo nunca matou nem uma mosca!
Renato ficou sem saber o que fazer diante daquela situação. Ficou com medo da polícia encontrá-lo dentro da casa. Afinal, ele era o único estranho alí. A pequena Clarisse estava morta, Renato desmaiado, Mônica o culpava pelo acontecido e ele sairia dali sem o dinheiro, sem nada.
Então, quando ele ainda pensava o que fazer viu a presença de outra pessoa entrar na casa.
-Quem é você?!
O estranho foi entrando sem dizer nenhuma palavra. Renato apontou a arma pra ele e ameaçou atirar se ele desse mais um passo. No entanto, o estranho de capuz não obedeceu.
-Quem é você?! Indagou mais uma vez ao estranho que respondeu:
-Eu sou seu pior pesadelo.
A voz ainda rouca mas soou familiar para Mônica que se virou para olhar quem falava. Ela achou que Eduardo havia acordado, mas se assustou a ver a presença de mais alguém na sua casa.
O estranho de capuz que Eduardo falava!
-Mas quem é você e o que está fazendo aqui na minha casa?
-Você falou, Mônica, pro seu amante que você não colocou o nome dele como beneficiário do seguro milionário que você fez em meu no... Quer dizer, no nome do Eduardo?
-Como você sabe dessas coisas? Exclamou ela atônita.
-Não colocou meu nome? Do que ele está falando Mônica? Reclamou Renato.
-Ele está mentindo! Ele não pode saber dessas coisas.
-Eu sei sim! Eu vi a apólice de seguros. Disse o estranho.
-Você entrou na minha casa, seu maldito?!
-Então era você na casa naquele dia? Percebeu Renato.
-Sim, era eu naquele dia que vocês tinham combinado de acabar com a vida de Eduardo e por em prática o plano macabro de vocês. Eu vi o Renato se aproximando da casa e depois indo embora sem falar com seu amigo de trabalho. Estranho não? Daí eu desconfiei que vocês estavam tendo um caso. Um dia, entrei e procurei nas suas gavetas algo que denunciasse sua relação extraconjugal, mas achei outra coisa mais interessante. A apólice de seguros em nome de Eduardo com somente você como beneficiária.
-Você não colocou meu nome. Por que, Mônica? Você prometeu!
-Eu ia colocar seu nome pra quê, seu idiota! Pra polícia depois descobrir seu envolvimento e botar nós dois na cadeia? Você não pensa?
-Então eu vou acabar logo com isso, vou matar ele antes que a polícia chegue aqui. Gritou Renato apontando a arma para o corpo caído de Eduardo no chão.
-Não! Gritou o estranho. Mônica, ele já falou pra você que pretende viajar para o exterior sozinho com toda sua grana. Las Vegas não é Renato?
-Do quê ele está falando Renato? Perguntou ela.
-Ele está mentindo, eu comprei passagens pra mim e pra você. Pra gente viajar. Você iria querer dar uma volta depois de tudo isso.
-Pra Vegas? O que eu vou fazer em Las Vegas?
-Mônica!?
-Foi bem mesmo eu não ter incluído você na apólice. Você iria gastar todo o dinheiro em jogos.
-Não! Não ia não!
-Obvio que sim, Renato, quem vai em Las Vegas se não pra jogar naqueles cassinos? E eu já não sei se quero realmente ficar com você. A minha filha está morta!
-Você não vai ficar comigo? Indagou ele mudando seu semblante.
Renato deixou de apontar a arma para o estranho e virou-se para sua amante. Mônica se levantou indagando o que Renato estava pensando em fazer. E sem titubear, seu amante disparou. Mônica caiu ao lado do corpo de sua filha exatamente a imagem que o velho Eduardo guardava nas suas lembranças.
-Não!!!!! Gritou ele partindo pra cima do ex amigo. Desgraçado!!!
Os dois caíram no chão em mútua agressão enquanto a arma cai longe deles.
-Você destruiu minha vida, miserável! Gritou o velho Eduardo enquanto tentava enforcar Renato.
Renato tentava se desvencilhar do estranho que apertava com mais força seu pescoço.
Renato, mais forte e mais jovem, conseguiu rolar no chão e ficar em cima do seu agressor. Vantagem que lhe deu a oportunidade de desferir um soco no rosto do estranho. Deu mais um soco, outro e mais outro. O estranho afrouxou os braços e largou Renato que se levantou e desferiu um chute na barriga do estranho que se retorceu de dor no chão. Renato procurou com os olhos onde a arma havia parado na hora da queda. Olhou em volta da sala e viu que a arma estava embaixo do sofá, mas ao dar um passo em direção dela, o velho Eduardo agarrou sua perna e o derrubou no chão. Renato caiu de peito no chão e de imediato sentiu o estranho surgir em suas costas colocando seus braços em volta do pescoço novamente enforcando-o. Renato esticou as mãos para alcançar a arma, porém, ela estava longe demais dela.
Renato decidiu reunir todas as suas forças para se levantar mesmo com o peso do corpo de seu algoz em cima dele. Com muito esforço, Renato se levantou e jogou o corpo contra a parede. Com o choque, o velho Eduardo largou Renato que se virou e de imediato desferiu um soco no velho. Desferiu outro soco que foi bloqueado pelo velho Eduardo. A luta foi intensa entre os dois, mas o vigor físico do atlético Renato conseguiu vencer o corpo esquálido e maltratado pelos anos na prisão do velho Eduardo. Então, após mais um soco, o velho Eduardo caiu exausto ao chão. Renato se viu vencedor daquela luta, mas ao tentar se recuperar de seu cansaço, um som agudo ecoou vindo da rua. Era a sirene da polícia.
A chegada de várias viaturas assustou Renato que ia fugir, mas um disparo interrompeu sua atitude. O susto com a sirene fez ele se esquecer que o corpo do estranho havia caído próximo do sofá, onde estava a arma caída. Renato se virou para o velho e ainda pôde ver a fumaça saindo do cano do revólver. O estranho ainda disparou mais duas vezes fazendo o amante tombar no chão da sala.
Depois que o jovem Renato caiu no chão, o velho Eduardo rastejou em direção do seu outro Eu e sacudindo seu corpo tentava despertá-lo. Com muito insistência, o jovem Eduardo abriu os olhos e de imediato chamou pela sua filha. Mas seu Eu mais velho o consolou dizendo que estava tudo bem com ela.
-Como isso é possível se ela levou um tiro no peito?
-Lembra do dia que ela falou pra você que havia falado comigo?
-Sim, eu lembro!
-Eu coloquei um pedaço de blindagem na mochila dela. Muito comum hoje. Aí eu disse pra ela que o dia em que ela visse seus pais discutindo, era pra ela colocar a mochila na frente da barriga e ligasse pra polícia dizendo que um estranho estava tentando entrar em sua casa.
-Você está me dizendo que ela está viva?
-Sim, deve ter desmaiado com a força do impacto mas ela está viva.
-Minha nossa! Isso é uma ótima notícia...
-Tem mais uma coisa que preciso te falar...
-O quê?
O velho Eduardo não conseguiu mais proferir nenhuma palavra, sua voz desapareceu por completo. E quando ele meteu a mão no bolso, o velho Eduardo desapareceu por completo. Como num passe de mágica, o jovem Eduardo viu seu Eu mais velho sumir diante de seus olhos.
E quando ele olhou em volta, percebeu o corpo caído de sua esposa ao lado de sua filha. Mas quando ele tentou se levantar, dois policiais chegaram e apontando suas armas pra ele, davam ordens para que ele levantasse suas mãos e as colocasse na cabeça. Um policial se aproximou dele e o imobilizou. O outro contou os mortos e achou a arma próximo de Eduardo.
-Você fez uma festa aqui né meu chapa? Matou todo mundo!
-Eu não matei ninguém! Ahrg...
Gritou Eduardo, mas sentiu as algemas apertarem seu pulso com força enquanto o outro policial dizia pra ele ficar calado e não dizer nenhuma palavra sequer.
-Você está preso cara! Sentenciou o investigador entrando na casa:
-Levem-no daqui e o coloquem na minha viatura!
Enquanto ele era conduzido pela dupla de policiais para fora da casa, o investigador ficou para analisar a cena do crime. Eduardo pensou em protestar sobre sua prisão, mas ao ouvir o que o policial dissera, ele lembrou da história que seu velho Eu lhe relatara:
-Você está sendo preso pelo assassinato de sua esposa, sua filha e do outro cara.
Preso pelo assassinato de sua esposa e filha
Exatamente como ele dissera. Ele tentou me avisar sobre tudo isso, mas eu não lhe dei ouvidos, pensou totalmente intrigado. Agora eu vou viver tudo aquilo que ele disse:
-20 anos na prisão!
-Eu não matei minha família!
-Isso você vai dizer pro juiz quando chegar seu julgamento! Concluiu o outro policial fechando a porta da viatura na cara de Eduardo. Esse é seu destino! Seu outro eu tentou impedir, mas sem sucesso afinal.
Ele teve duas chances para mudar seu futuro, mas fracassara. Vai pra cadeia e se tiver sorte, talvez consiga evitar a cadeira elétrica. Este definitivamente era seu fim, resignou Eduardo e abaixou sua cabeça chorando copiosamente.
xxxxxxxxxxx
Parte final:
Dentro da casa, o detetive investigador Jeremias anotava tudo em seu caderno, examinou o corpo do homem que levara três disparos na região do tórax, examinou a mulher que levou apenas um tiro no peito. E quando foi examinar o corpo da menina, um outro detetive, seu auxiliar, chegou perto dele relatando as informações que ele colhera sobre as pessoas naquela cena. O homem é um colega de trabalho do preso, eles trabalham na mesma empresa. Ela é esposa do preso e essa criança é a filha do casal.
-Eu acho que ele chegou em casa, descobriu a traição da esposa com o amigo do trabalho e enlouqueceu! Afirmou o detetive auxiliar.
-Mas por que atirar na criança? Por que matar sua própria filha? Intrigou-se o investigador chefe.
-Como eu disse chefe, ele enlouqueceu! Está lá fora falando coisa com coisa.
O detetive olhou a perfuração na mochila da criança. Foi um disparo certeiro no peito. Ele retirou a mochila da criança com cuidado, mas se surpreendeu ao perceber que no peito da criança não havia nenhum vestígio de sangue. Ele passou a mão no peito da menina e não conseguiu perceber nenhuma perfuração de bala.
Como isso pode ser possível?
Então ele passou a mão na parte interna da mochila que também não tinha nenhum buraco. Ele abriu a mochila e percebeu que ela havia sido equipada com um material de proteção balística, muito usado hoje em dia devido aos atentados ocorridos em escolas.
-Chamem uma ambulância agora! A menina está viva!
Todos ficaram surpresos. O detetive chefe olhou em volta e algo chamou sua atenção. Um objeto pequeno estava caído no chão. Ele se aproximou e viu que uma espécie de pendrive se encontrava alí. Não era um pendrive comum, parecia pertencer a outro equipamento. Chamou seu assistente e pediu que trouxessem um notebook para ele.
O outro detetive chegou e imediatamente ligou seu computador portátil, conectou o pendrive no suporte USB e abriu uma pasta de arquivos onde possuía vários arquivos de vídeos. O detetive chefe pediu para abrir qualquer um. Era uma filmagem de algum lugar da sala. Os outros vídeos eram do mesmo ângulo do ambiente. O detetive observou bem o ângulo da filmagem e se aproximando da estante conseguiu descobrir onde estava essa câmera escondida. Abriu o objeto de vidro e retirou a pequena câmera dali, examinou o artefato eletrônico e percebeu que o restante do corpo da câmera era semelhante ao corpo do pendrive. O detetive girou as duas extremidades e num clique, o objeto se abriu dividindo-se em dois. A câmera e o pendrive. Mas este pendrive tinha a filmagem dos últimos acontecimentos na sala. Esta câmera filmou os assassinatos!
Depressa o outro detetive conectou o novo pendrive no seu computador. E todos assistiram tudo o que aconteceu naquela sala em preto e branco. O beijo dos amantes. Eduardo chegando com a arma na mão. Renato agredindo Eduardo e os dois caindo no chão longe do alcance da câmera. O disparo atingindo a criança. A discussão entre os amantes. O plano sobre o seguro de vida. Eduardo aparecendo novamente. Renato atirando em Mônica à queima roupa e à sangue frio. Renato lutando com Eduardo. E Renato sendo atingido por três disparos.
Vendo o vídeo e ouvindo o plano dos amantes, o detetive concluiu.
-Soltem ele! Gritou o detetive aos policiais próximo da viatura em que se encontrava preso Eduardo.
Sem entender direito, os policiais olharam para o detetive que repetiu a sua ordem. Eduardo viu a porta do veículo se abrir e o detetive o olhar dizendo para que saísse dali. Eduardo saiu sem nenhuma hesitação. Um policial tirou suas algemas.
-Você está livre meu rapaz! A câmera que você colocou na estante da sua casa filmou tudo. Vou levar as filmagens pra delegacia e colocar no meu boletim de ocorrência.
-O quê? Indagou Eduardo.
-Você está livre! Repetiu o oficial da polícia.
-Você disse câmera?
-Sim, você instalou câmeras na sala de sua casa não foi?
Eduardo se lembrou das últimas palavras que seu Eu mais velho queria lhe dizer, mas não conseguiu. Meteu a mão no bolso mas não teve tempo de mostrar nada. Talvez era o pendrive que estava em seu bolso.
-Sim, foi eu quem instalou as câmeras!
-Pois bem, essas filmagens salvaram sua vida, meu rapaz, você poderia pegar uns 25 anos de cadeia. Você já imaginou passar o resto da vida na cadeia?
-Eu imagino sim! Exclamou Eduardo quando uma voz de criança chegou em seus ouvidos.
-Papai!!!
-Minha filha!
Eduardo olhou para a ambulância onde sua filha se encontrava sob os cuidados dos paramédicos que não deixavam que ela saísse da maca. Eduardo correu em direção a ambulância e abraçou bem forte sua filha.
FIM
Autor(a): Mauro Celso
Este autor(a) escreve mais 7 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?
+ Fanfics do autor(a)