Fanfic: Cartas Encontradas - Vondy | Tema: Vondy

Eu estava sentando tomando uma taça de vinho quando o pai de Dulce se aproximou.

- Eu sei que não tem nada que possa ser feito, mas eu gostaria que o senhor soubesse que eu e sua filha nunca tivemos nada, eu mandei aquelas cartas para tirar minha mãe do meu pé.

- E quem me garante que não fez com ela tudo o que estava descrito naquela carta?

- Depois que minha mulher faleceu eu nunca mais saí dessa cidade, e a Dulce é da capital.

- Tanto faz, agora eu estou tranquilo, me livrei de um peso. Eu realmente pensei que Dulce seria sozinha para sempre, vossa graça sabe como são essas mulheres dos palcos né, ninguém respeita, só querem sexo com elas e mais nada.

- Não sei não - Ele estava difamando a própria filha para o esposo dela, que homem desprezível.

- Eu queria tirar Dulce de casa o mais rápido possível, ela seria uma péssima influencia para a irmã, e então vossa graça apareceu, um duque. Quem diria, que ela ainda conseguiria alguém com título de nobreza, mesmo sendo cantora, se mostrando, vendendo o corpo em cima de um palco.

Pronto, aquilo já era demais.

- Eu ouvi boatos de que vocês eram  uma família humilde, e o senhor era um simples empregado de um comércio. E agora são ricos, proprietários de uma loja de tecidos, tudo graças ao trabalho de Dulce. Se ela era sua filha, agora é minha esposa e não permitirei que fique a desrespeitando.

- Eu poderia te desejar felicidades, mas eu só posso lhe desejar boa sorte, porque vai precisar.

E então ele partiu, se eu já não tinha ido com a cara dele agora então nem se fala.

Quando o relógio bateu meia noite Dulce, eu e todos os outros sabíamos o que ia acontecer. Eu caminhei até ela e lhe estendi a mão, suas bochechas estavam coradas quando aceitou e viramos as costas para o salão indo rumo ao quarto.

- Graças a Deus - Disse ela enquanto se jogava na cama - Não aguentava mais ficar sorrindo e andando pra lá e pra cá.

- Pois é, nem eu - Falei enquanto desabotoava minha camisa.

- Ei pode parar - Protestou ela.

- O que?

- Eu não vou transar com vossa graça.

- E quem disse que eu quero transar com a senhorita?

- Vossa graça está tirando a roupa.

- Sim, para me deitar - Falei ficando apenas com a calça.

Ela então se silenciou por alguns segundos antes de me encarar nervosa

- Eu não sou atraente?

- Sei lá, normal - Respondi dando de ombros, mas óbvio que eu achava ela atraente pra caralho, até porque eu não era cego.

Ela então bufou antes de virar para o lado oposto ao meu.

- Vai dormir com esse vestido? Está ocupando a cama inteira - Falei tentando empurrar aquele amaranhado de tecidos para conseguir um pouco mais de espaço.

- É, tem razão.

Ela então se levantou, se posicionou bem a frente das velas e começou a se despir, até ficar totalmente nua. Senti minha respiração mais ofegante, e aquele maldito aperto na virilha novamente. Quando a vi vestida de noiva pensei não ser possível que ficasse mais bonita, porém totalmente despida ela era uma miragem. Seus seios fartos pareciam olhar diretamente para mim, como se pedissem para ser tocados, beijados. Os cachos escuros no meio de suas pernas fazia qualquer um imaginar seu membro ali dentro. Respirei fundo quando ela se deitou ao seu lado da cama, e empinou suas nádegas para o meu lado

- Vai dormir sem roupa?

- Algum problema? Se eu não sou atraente acredito que ficará tudo bem.

Não respondi mais nada, e naquela noite também não dormi, só consegui ficar admirando aquela mulher que agora era minha, mas ela não me queria e eu muito menos queria ela... Bom, assim eu acho.